A democratização, os ajustes estruturais, a reforma do Estado (incluindo a descentralização) e a liberalização da economia (incluindo privatizações) têm introduzido mudanças dramáticas nas nações, sociedades e cidades da América Latina e Caribe (LAC). Como os governos centrais começam a repassar mais responsabilidades a eles, os governos locais são obrigados a desempenhar novas funções e a fortalecer sua capacidade gerencial para poder arcar com os crescentes problemas urbanos e demandas da população. Em resposta à inabilidade do Estado em resolver problemas locais, está havendo uma proliferação de organizações da sociedade civil (CSOs) engajadas em iniciativas de auto-ajuda, estabelecendo redes sociais e grupos de apoio mútuo para poderem atender suas necessidades básicas. Para fortalecer a democracia e promover a participação popular na solução de questões urbanas é necessário que haja clareza quanto aos princípios e metodologias de orientação. Esses princípios e metodologias devem estar baseados na rica experiência que as cidades latino-americanas têm adquirido no decorrer dos anos. |