Um relatório recente do Banco Mundial reitera a visão amplamente sustentada de que as agências doadoras comprometem grande volume de fundos na fase imediata do pós-conflito, apenas para voltar a níveis mais “normais” quando a crise acaba. O Banco Mundial critica este fenômeno, conhecido como “sobrecarga frontal”, afirmando que ele prejudica as perspectivas de crescimento econômico, que por sua vez prejudica a paz. Este artigo argumenta que a análise do Banco é incorreta pois ela não faz distinção entre comprometimentos e desembolsos, nem leva muito em conta outros fatores que influenciam modelos de ajuda no decorrer do tempo e em diferentes cenários. Além disto, a conexão entre ajuda oficial e desempenho econômico de pós-guerra possui apenas significado marginal. Qualquer crítica das políticas de ajuda precisa estar baseada em uma análise detalhada do que é implementado em vez do que é prometido e do impacto da assistência dos doadores na base. |