Cada vez mais ONGs estão dedicadas à erradicação da pobreza, enquanto vários órgãos de governo estão também comprometidos com o progresso moral e material da chamada ‘família humana’. Contudo, os dados são desanimadores. O comércio de armas constitui um crime contra a humanidade em relação ao qual as ONGs podem fazer pouco progresso. Pelo contrário, campanhas com uma única questão, como por exemplo sobre minas terrestres, podem de fato distraí-los das questões mais gerais. Similarmente, através de seu envolvimento em missões humanitárias, freqüentemente montadas para apaziguar as consciências de cidadãos de países ricos, as ONGs podem involuntariamente estar ajudando a manter a ordem mundial profundamente injusta. Precisamos refletir sobre o que as ONGs na verdade fazem, em vez de refletir sobre os caminhos para se aumentar sua eficiência, tendo em vista que as ações das ONGs sozinhas não podem assegurar os direitos humanos. Se as ONGs não se engajarem em reflexões auto-críticas, os pobres sempre estarão conosco, assim como as ONGs, e o sistema não mudará para melhor. |