As Organizações Não-Governamentais (ONGs) desempenham hoje em dia um papel fundamental nas operações de paz da ONU, principalmente nas áreas de ajuda humanitária, desmobilização e reassentamento, apoio às eleições e retirada de minas terrestres. Isso reflete a preferência de grandes doadores em utilizar os canais das ONGs para oferecer seus próprios auxílios. Esse artigo examina os desafios trazidos com essa expansão, tanto para as agências que estão envolvidas quanto para o governo do país em questão, com especial destaque para o processo de paz de 1992-95 em Moçambique. O autor descreve as várias dificuldades de ordem prática que as ONGs enfrentam em um ambiente político de pós-guerra e conclui que é necessário definir melhor os papéis mais adequados e padrões operacionais mínimos para que as ONGs implementem tais programas de maneira a não comprometer sua integridade nem atrapalhar o processo de reconstrução de longo prazo. |