De porta-voz a serviço público: suporte de doador a emissoras de rádio em novas democracias
As rádios podem ajudar a estimular melhor a governança. Contudo, organizações de radiodifusão administradas pelo estado no hemisfério sul são normalmente despreparadas para seu papel de serviço público em novas democracias. Elas frequentemente são mal financiadas em comparação com suas rivais novas e comerciais e frequentemente são ainda limitadas pelas mesmas “regras do jogo” que as regeram antes da era democrática. As emissoras permanecem tipicamente subordinadas ao governo e não aos seus ouvintes, e promovem os interesses e agendas da elite política. Este artigo concentra-se nas experiências de suporte do DFID a um programa de rádio no norte da Nigéria que buscou melhorar a comunicação e debate entre o governo e o eleitorado. O artigo argumenta que existem circunstâncias legítimas para parceiros de desenvolvimento engajarem-se com veículos de mídia controlados pelo estado, não apenas em áreas rurais onde emissoras comerciais não possuem incentivo financeiro para estabelecer estações e fornecer programas que tenham relevância para os pobres. Os autores examinam criticamente as lições aprendidas com o suporte do DFID e identificam medidas que poderiam ajudar iniciativas semelhantes no futuro.