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Volume 13
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Os autores analisam a experiência de Tostan, uma ONG senegalesa, com o abandono da Mutilação Genital Feminina (MGF) no Senegal, Sudão e Mali. A Tostan utiliza metodologias informais e participativas para apoiar uma mudança social com base nos vilarejos, especialmente nas áreas de direitos humanos e saúde da mulher. Ao participarem do programa educacional da Tostan, algumas comunidades declararam uma moratória na prática de MGF e têm mobilizado suas famílias e vilarejos para interromper o seu uso. Esse artigo descreve o processo utilizado, analisa questões que têm surgido conforme o conceito é divulgado e disseminado para fora do Senegal e revê as implicações para as iniciativas de políticas de base.
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Esse artigo recorre a cinco estudos de caso para explorar os benefícios e as barreiras em potencial para a rede horizontal promover o monitoramento e avaliação de impacto da microfinança. Sua principal meta é estimular mais discussões sobre essa questão, mas ele também apresenta conclusões exploratórias sobre fatores que provavelmente contribuem para o sucesso. Em particular, a experiência de Honduras sugere que as organizações de rede podem trabalhar mais efetivamente quando promovem um uso mais amplo de atividades de avaliação de impacto (AI) já testadas por um membro líder da rede.
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Esse artigo avalia a pertinência de intervenções patrocinadas por agências de ajuda que buscam atender às necessidades de segurança das mulheres na pós-reconstrução de Ruanda. Segurança pessoal, segurança econômica e segurança sócio-política são usadas como os principais sinais e indicadores de referência metodológica. As informações e dados utilizados no artigo foram reunidos durante diversas visitas à Ruanda em 2001 e 2002. O estudo revela que esforços têm promovido impactos positivos na vida das mulheres. Contudo, os resultados também mostram que estratégias específicas que visam aumentar a segurança das mulheres poderiam beneficiá-las mais se fossem mais consistentemente planejadas para levar em conta os modos pelos quais as questões de pobreza, gênero e segurança se interconectam.
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Pequenos produtores rurais de economias em desenvolvimento enfrentam uma série de problemas de comercialização e de intercâmbio. Esse artigo examina a organização de mercados de vegetais em Gana, na qual as transações são caracterizadas pela incerteza, falta de confiança e relações de comprador-vendedor subdesenvolvidas. Ele recomenda a adoção de contratos escritos na forma padrão para melhorar as transações entre comprador-vendedor e sugere características-chave para os contratos. Os contratos oferecem grandes vantagens sobre os acordos verbais existentes ao especificarem os termos de um acordo pelos quais o desempenho pode ser medido, ajudarem a melhorar as atitudes de negócios e intensificarem a obrigação moral.
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Um aumento recente de publicações, cursos de treinamento, conferências e declarações de políticas sobre abordagens baseadas em direitos mostra a importância que está sendo dada ao conceito por profissionais da área de desenvolvimento. Apesar disso, não há definição consensual adotada universalmente sobre o que se constitui uma abordagem baseada em direitos, nem as implicações de se adotar tal abordagem parecem ter sido amplamente questionadas. Esse artigo busca explorar algumas das questões-chave associadas à adoção de uma abordagem baseada em direitos que seja relevante às ONGs.
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Esse artigo relata alguns dos resultados genéricos que surgiram a partir de pesquisa que está sendo realizada no Reino Unido, África do Sul e Uganda sobre as maneiras pelas quais as ferramentas de gestão atualmente promovidas por doadores oficiais são transmitidas pela "cadeia de ajuda", através de ONGs do Reino Unido, para organizações da sociedade civil no hemisfério sul. A competição crescente por fundos de doadores está pressionando as ONGs menores e também definindo uma abordagem cada vez mais padronizada, com a resultante perda em termos de diversidade. O mais inquietante ainda é que as ONGs em todos os níveis estão cada vez mais sigilosas sobre suas próprias falhas e relutantes em divulgar suas preocupações sobre o que está acontecendo, por medo de perder seus financiamentos. Esse ambiente, e as atitudes que ele promove, não levam ao aprendizado, permite que paradigmas e prioridades definidos pelos doadores dominem e ameaça destruir os valores e forças que as ONGs podem, no melhor de seu desempenho, trazer para o desenvolvimento.
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Os projetos de desenvolvimento estão sob pressão para implementarem mudanças positivas na questão de gênero. Esse artigo oferece um exemplo prático de como um projeto na Tanzânia tentou atender a essa demanda. Mostra-se em detalhes como um projeto técnico convencional desenvolveu seu próprio entendimento sobre a que é ser sensível na questão de gênero e identificou as preocupações relativas a gênero que se poderia abordar. Os principais desafios do monitoramento tornaram-se aqueles relativos a como avaliar o significado de eventos registrados rotineiramente, tais como uma maior alocação de vacas para as mulheres, e a como incorporar as atividades de monitoramento que poderia concentrar-se em pesquisas de processos de mudança menos óbvios, menos visíveis e mais sutis dentro do ciclo do projeto. O artigo defende uma maior atenção para atender a esses desafios dentro dos projetos.
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Nesse artigo, o Desenvolvimento Comunitário com Base em Recursos (ABCD - Asset Based Community Development) é apresentado como uma alternativa às abordagens baseadas nas necessidades do desenvolvimento. Após uma apresentação geral dos princípios e práticas do ABCD, quatro elementos importantes do ABCD são examinados à luz da literatura existente sobre pesquisas e práticas relevantes. Isso envolve explorar a teoria e prática da investigação apreciativa (appreciative inquiry), o conceito de capital social como um bem para o desenvolvimento comunitário, a teoria de desenvolvimento econômico comunitário e as lições aprendidas a partir das conexões entre desenvolvimento participativo, cidadania e sociedade civil. O artigo apresenta como o ABCD reflete e integra tendências nessas áreas e beneficia-se com as idéias geradas a partir desse trabalho.
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Muitos leitores já devem estar familiarizados com o trabalho de Robert Chambers, incluindo seus seis "vieses" do profissional da área de desenvolvimento - isto é, espacial, de projeto, pessoal, sazonal, diplomático e profissional - e com suas sugestões para superá-los. Muitos também já estão familiarizados com o desafio de colocar os conselhos de Chambers em prática, notadamente em tarefas de curto prazo. A questão indagada aqui é se o consultor pode fazer qualquer coisa construtiva em relação àqueles que são os "últimos" na escada do desenvolvimento e, fazendo isso, tornar os invisíveis um pouco mais visíveis. Esse artigo oferece quatro ilustrações extraídas das experiências do autor em Moçambique, Malauí, Bangladesh e Zimbábue. Todas envolvem tentativas de aplicar parcialmente as idéias de Chambers. Todas são modestas em ambição, escala e escopo. O principal objetivo de descrever esses casos é estimular a discussão de possibilidades de incorporar as idéias de processos de desenvolvimento participativos e inclusivos no contexto não muito promissor de períodos de trabalho de duas ou três semanas.
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Esse artigo documenta as lições aprendidas a partir de diversos anos de trabalho prático com uma série de processos e ferramentas da Gestão do Ciclo de Projeto e Programa (GCPP). A necessidade de treinamento em GCPP, e não simplesmente o treinamento em Estrutura Lógica, é enfatizada , assim como a importância de se utilizar uma metodologia de treinamento experimental. A propriedade institucional de ferramentas e abordagens de GCPP é considerada vital para o sucesso. Uma vez que tantos doadores agora utilizam as ferramentas de GCPP, a necessidade dos profissionais da área de desenvolvimento terem habilidade e conhecimento em GCPP é primordial. O valor dos logframes (quadros lógicos de referência) como ferramenta para aumentar a propriedade e a comunicação relativa ao programa/projeto é destacado. A importância do pensamento fora dos limites do logframe no estágio de revisão do projeto/programa é também enfatizada.
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O dia 12 de setembro de 2003 marcou o vigésimo quinto aniversário da Declaração Alma Ata da Organização Mundial de Saúde para Estratégia do Ano 2000. A estratégia refletiu um otimismo de que a saúde poderia melhorar para as pessoas pobres e carentes de todo o mundo através da oferta de um serviço de saúde básico (SSB) abrangente. Na prática, o SSB tem sido aplicado apenas seletivamente e, no geral, com menos recursos do que o necessário. Dois grupos de saúde progressivos, o International Peoples Health Council (IPHC) e o Peoples Health Movement (PHM) desafiam a idéia de que um SSB seletivo em vez de abrangente é a abordagem correta e argumentam que a privatização dos serviços sociais relativos à saúde tem tido um efeito devastador na saúde pública do mundo inteiro. Essas organizações reivindicam que a OMS reviva o sonho da Declaração de Alma Ata como questão urgente.
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Esse ensaio é organizado em termos de diversas propostas para discussão que conectam advocacy e dilemas de pesquisa. Para se saber se os pesquisadores podem fazer uma diferença para o Banco Mundial, é necessário haver uma avaliação mais ampla sobre se as campanhas com as quais eles trabalham estão tendo um impacto. Embora tenha havido alguns avanços espetaculares em termos de interromper ou redirecionar projetos do Banco potencialmente prejudiciais, a importância desses avanços em um prazo mais longo é menos clara. Conforme o discurso público do Banco torna-se mais esclarecido, o desafio para as organizações da sociedade civil e pesquisadores está aumentando a fim de destacar as contradições e falta de acordo em relação às suas próprias políticas e o insucesso de seus empréstimos e projetos em alcançar suas metas declaradas. Essa situação exige uma integração vertical ou coordenação sistemática entre os níveis diversos da sociedade civil - do local ao provincial, nacional e arenas internacionais para monitorar as parcerias paralelas entre o Banco Mundial e governos nacional, provincial e local. Finalmente, é feita uma reivindicação para que profissionais da área de desenvolvimento social que conduzem consultorias para o Banco Mundial façam a sua adesão a um código de ética requerendo transparência em seus relacionamentos com as comunidades e organizações sociais que são o alvo de sua pesquisa.
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O fracasso do Estado pós-colonial em institucionalizar a democracia e regular o desenvolvimento em benefício dos pobres tem dado importância a atores privados, incluindo ONGs de desenvolvimento. Com estudos de caso a partir de Malauí, esse artigo mostra como as ONGs podem inadvertidamente promover a participação dos pobres em agendas de desenvolvimento que não os beneficiam. As imagens (como visões do mundo) que os atores sociais formam a respeito de aspectos diferentes do processo de desenvolvimento podem prejudicar as intenções de "empoderamento". Argumenta-se que uma análise das imagens de vários atores na gestão de assistência ao desenvolvimento deve informar a agenda em prol dos pobres das ONGs de desenvolvimento.
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As mudanças rápidas de hoje em dia dentro e fora das ONGs do hemisfério norte e sul aumentam a incerteza sobre como atender a novos desafios e alcançar resultados. Nesse ambiente volátil, a gestão de risco é uma ferramenta para maximizar as oportunidades de uma ONG e minimizar os perigos para o sucesso. Isso permite aos tomadores de decisões das ONGs pensar estrategicamente todo o tempo.
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Esse artigo busca contribuir para o debate sobre a colaboração entre as ONGs nacionais e internacionais. Ele argumenta que é vital para o desenvolvimento de sociedades civis estáveis, independentes e viáveis que as ONGs internacionais promovam uma abordagem a partir da base em seu apoio e colaboração com as ONGs locais, especialmente entre aquelas emergindo de situações de conflito ou outros transtornos sociais profundos. A partir de um estudo realizado em Timor Leste, as autoras concluíram que existe uma grande discrepância entre a retórica e a prática em relação a tal apoio. Os múltiplos desafios da comunidade de ONGs internacionais persistem, embora diversos anos de trabalho de desenvolvimento têm oferecido muitas oportunidades de aprendizado. As autoras argumentam que tais desafios dizem menos respeito a uma questão de padrões e regras do que uma abordagem básica, atitudes e relações de poder. As autoras sustentam que se as ONGs internacionais e a comunidade internacional mais geral não alterarem sua abordagem, elas irão sufocar em vez de promover o desenvolvimento de uma sociedade civil viável e autônoma nos países nos quais elas operam.
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Alguns indígenas estão tentando explorar algumas abordagens para definir e implementar o desenvolvimento sustentável de modo apropriado a eles. Em 1998, quatro organizações iwi (tribais) de Maori iniciaram um projeto de pesquisa com uma equipe da Universidade de Waikato sobre o planejamento de seu próprio desenvolvimento sustentável. As metas da pesquisa incluíram a capacitação de grupos para articular seus próprios valores e percepções sobre desenvolvimento, estabelecendo um conjunto abrangente de recursos e taonga (tesouros), identificando modos de avaliar custos/benefícios das opções de investimento e explorando métodos participativos para envolver a comunidade nas tomadas de decisões estratégicas. Lições úteis têm sido aprendidas e modelos testados para ajudar grupos baseados nas comunidades na implementação de seu próprio desenvolvimento sustentável.
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O discurso sobre capital social continua na arena do desenvolvimento, dentro da qual o conceito é examinado tanto como um meio para um fim como um fim em si mesmo. O fortalecimento do capital social começa no nível da comunidade. Conforme as conexões tornam-se internalizadas e institucionalizadas, as redes criadas oferecem ao estado (fraco ou forte) e cidadãos uma maneira de incentivar as tomadas de decisões participativas, a identificação de problemas e a sua solução. Como o exemplo jamaicano mostra, o desenvolvimento em países pequenos formados por ilhas é um processo interativo e não um processo de cima para baixo. O artigo, portanto, demonstra o uso crítico do conceito como parte da estratégia de metas de desenvolvimento nacional.
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O periódico Development in Practice tem adotado sempre uma perspectiva internacionalista. São incentivadas contribuições do mundo todo, independentemente do idioma, e são feitos esforços para que o periódico seja acessível, inclusive através da tradução. Além dos artigos traduzidos para o inglês, há a tradução dos resumos, inicialmente presentes no periódico e agora no website, para o francês, espanhol e português e a publicação em espanhol de cinco dos livros de leitura do Development in Practice. A Editora gostaria de saber se tais atividades representaram o melhor uso de seu limitado orçamento para tradução ou se existe potencial para que haja mais resultados. Esse é um sumário do relatório de um dos Consultores Editoriais, Mike Powell, que analisando outras organizações e conversando com assinantes e colaboradores do Development in Practice, tentou encontrar respostas para essa questão.
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O papel de organizar e disseminar o conhecimento como um bem público global tem se tornado uma grande preocupação das organizações internacionais de desenvolvimento. Uma área na qual elas são particularmente ativas é no apoio a programas de microfinanças em países em desenvolvimento. Mais recentemente, as "melhores práticas" de microfinanças promovidas e disseminadas por essas organizações internacionais têm sido associadas com o capital social. Esse artigo examina as formas pelas quais a noção de capital social são empregados para explicar o sucesso dos programas de microfinanças. O autor argumenta que os vários tipos de interações sociais que são geradas em relação às operações de microfinanças bem-sucedidas são aleatoriamente chamadas de capital social. Isso significa que a presença de capital social não nos diz muito sobre que tipo de programa de microfinanças, em termos de modelo e implementação, deve ser identificado como boa prática.
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No nordeste da Tailândia, as mulheres estão altamente envolvidas na aquacultura de pequena escala. Contudo, conforme a aquacultura torna-se mais intensiva, as mulheres estão participando menos. O poder das mulheres de tomar decisões na aquacultura e na família é mais forte quando as mulheres possuem mais recursos materiais e conhecimento do que seus maridos e os estudos de caso nos quais o artigo está baseado mostram que o importante não é o quanto as mulheres possuem mas o quanto elas possuem em relação aos seus maridos. Os estudos de caso também ilustram que as tarefas e responsabilidades de gênero das mulheres, assim como suas expectativas sociais, limitam o que elas ganharão através da aquacultura. Na aquacultura intensiva em particular, as mulheres devem investir todos os seus recursos nessa atividade para sustentar o empreendimento familiar.
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Os resultados de um estudo de campo examinado nesse artigo mostram o extraordinário sucesso de um projeto de educação sobre saúde reprodutiva e comunidade de difícil acesso no Camboja que tem sido implementado pelo Ministério de Assuntos de Mulheres e Veteranos desde 1995, em termos dos níveis de atividade de voluntários e impacto do projeto sobre um maior conhecimento e prática em questões sobre saúde reprodutiva entre a população-alvo. Uma questão-chave para o sucesso do projeto parece ser sua adesão aos princípios identificados, mas raramente praticados, tais como um grande comprometimento com a capacitação em todos os níveis.
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Associações de Pais e Mestres ou Comitês Gestores de Escolas (APMs/CGEs) são um importante caminho para promover a participação através da ação coletiva para melhorar a educação. Visitas de campo, pesquisa de literatura e um pequeno levantamento amostral são as três ferramentas utilizadas para explorar o status das APMs/CGEs que têm sido estabelecidas por governos e ONGs das províncias do Paquistão. O principal resultado é que as reformas do setor público para alterar a relação de poder entre pais, professores e representantes do governo, são necessárias para tornar a participação efetiva no ensino. Em geral, as escolas das ONGs tiveram um desempenho apenas marginalmente melhor do que as escolas do governo na participação de mulheres.
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O autor utiliza a metáfora do praticante de desenvolvimento como psicoterapeuta para explorar as relações perversas de dependência e projeção que podem ser promovidas entre as agências de ajuda humanitária e "beneficiários", a menos que haja uma percepção clara de ambas as partes de que o objetivo principal é que os beneficiários devem assumir a responsabilidade de analisar sua situação e adotar medidas apropriadas para melhorá-la.
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O autor examina a história do desenvolvimento comunitário (DC) de base na zona rural de Malauí, com referência a quatro estudos de caso. Os resultados ilustram que, embora os beneficiários visados de tais projetos de "auto-ajuda" precisam ser persuadidos de que os custos de participação são justificados, na realidade a decisão de participar ou não está mais freqüentemente sujeita a pressões sociais e outros tipos de pressão e no passado tem sido apoiada com sanções. O sucesso máximo do esforço do DC pode depender mais do nível de apoio político que ele pode mobilizar do que do apoio mostrado pelas comunidades pobres.
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Zhuhai foi designada como zona econômica especial (ZEE) como um ponto experimental de liberalização econômica. Esse artigo traça o desenvolvimento da Zona Econômica Especial de Zhuhai, desde um humilde vilarejo até um significativo poder econômico no sul da China, concentrando-se na indústria, comércio, educação e logística.
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A adoção de abordagens participativas tem se tornado praticamente a regra nos projetos de desenvolvimento rural, mesmo que seja apenas para satisfazer as demandas dos doadores como evidência de participação. Freqüentemente, porém, a PRA e seus derivados são utilizados como moda e não beneficiam as pessoas locais como desejado. Essa Nota Prática relata um projeto na Etiópia no qual a PRA foi utilizada. Uma avaliação conduzida com as mesmas comunidades após a fase de pesquisa ter sido concluída confirmou que certos aspectos da PRA haviam sido considerados, em particular as oportunidades para o aprendizado de grupos parceiros e o processo havia sido mais no sentido de cima para baixo do que a maioria gostaria. O documento conclui com algumas lições simples sobre como evitar as armadilhas mais óbvias e sobre como garantir que as pessoas locais aproveitem ao máximo a participação em um projeto de desenvolvimento.
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Há mais de uma década, resoluções da ONU e da Comissão Européia têm destacado o sofrimento das mulheres durante as guerras e a injustiça do tratamento oferecido a elas no retorno à paz. Contudo, as injustiças e a hipocrisia continuam. As mulheres são reificadas como as construtoras da paz mas são excluídas dos processos de paz. O sofrimento das mulheres durante a guerra é exibido como prova da desumanidade pelas mesmas organizações que aceitam, ou até promovem, a marginalização das necessidades das mulheres durante os tempos de paz. A autora revê os processos pelos quais esses fenômenos são perpetuados e apresenta algumas maneiras futuras que poderiam ajudar a quebrar esses ciclos.
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Esse artigo busca acabar com alguns mitos sobre a ausência das mulheres nas guerras e conflitos. Ele avalia alguns problemas sobre a vulnerabilidade das mulheres nessas circunstâncias e oferece algumas perspectivas feministas para se abordar esses problemas. O artigo avalia as demandas conflitantes que as mulheres enfrentam em períodos de guerra e revolução, e argumenta que processos históricos diferentes resultam em políticas diferentes relativas às mulheres após o conflito. Existem, porém, experiências comuns que universalmente marginalizam as mulheres nas fases de pós-conflito e reconstrução. Mesmo quando as mulheres participam ativamente em guerras e revoluções, elas são fortemente pressionadas para voltar para casa e reconstruir o domínio privado para assegurar a volta da paz e da "normalidade". Esse artigo afirma que a insistência em se colocar as mulheres dentro da esfera doméstica na era do pós-guerra pode ser contra-produtiva e considerada no desenvolvimento histórico da nacionalidade e nacionalismo como masculino em termos de seu caráter e demandas. Com o início do século vinte e um e a longa história de participação das mulheres em guerras, revoluções e realização de políticas, talvez agora seja possível utilizar a importância simbólica dada a elas em momentos de conflito para se articular uma percepção diferente da nacionalidade e do sentimento de pertencimento, criando uma abordagem mais cooperativa e menos competitiva e hierárquica para as políticas e reconstrução de nações e seu sentimento de pertence.
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A Auditoria de Gênero (AG) e relatórios e revisões associados que são esboçados nesse artigo permitem uma avaliação sobre até que ponto os processos de intervenção em andamento em Kosova desde 1999 têm sido inclusivos em termos de análise de gênero e têm dado apoio às necessidades e interesses das mulheres e meninas. Esse levantamento avalia os pontos positivos e negativos de várias tentativas de utilizar e implementar projetos sensíveis à questão de gênero. A AG foi destinada a apoiar as políticas reconstrutivas feministas emergentes em Kosova. Suas constatações e recomendações lidam com aspectos de empoderamento, eqüidade e oportunidade, apresentando alguns desenvolvimentos do ativismo da comunidade, assim como os resultados da administração internacional. Avaliando-se os desenvolvimentos durante um período de dois anos, é possível colocar as questões de eqüidade e oportunidade no contexto de mudanças no decorrer do tempo, com mudanças nos níveis locais e nacionais conectadas com o desenvolvimento de diálogos internacionais. O artigo analisa o trabalho local realizado pela Rede de Mulheres de Kosova para combater a violência contra as mulheres na guerra e na paz doméstica, e revê o trabalho internacional com engajamento da Kosovo [sic] Women's Initiative (KWI). Muitas mulheres kosovares (de todas as etnias) reconhecem integralmente sua adesão à comunidade e reconhecem os riscos envolvidos ao se conversar sobre suas diferenças para se alcançar a segurança diária e a reconciliação. Relatórios e revisões internacionais como aqueles produzidos em 2002 pelo Secretário-Geral da ONU e pelo Fundo das Nações Unidas para a Mulher (UNIFEM) sobre mulheres, guerra, paz e segurança, assim como a revisão da KWI, permitem uma avaliação de como os diálogos estão mudando e qual o impacto em potencial que tal mudança poderia ter no desenvolvimento de políticas e implementação.
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O aumento no número de "pequenas guerras" tem levado à proliferação de esforços de reconstrução no pós-conflito. A experiência nos Bálcãs com a reconstrução no pós-guerra pode oferecer uma significativa contribuição para se avançar no aprendizado, uma vez que muito aprendizado ainda precisa ser obtido com a maneira confusa, mal concebida e caótica na qual o mundo exterior influenciou e tentou ajudar na década de 1990. Entre as lições mais importantes que surgiram está a necessidade de incluir-se integralmente as mulheres na construção da paz. No caso de Kosovo, como em todos os outros lugares, os esforços internacionais foram dominados por homens, com poucas idéias ou preocupação relativas à abordagem das desigualdades de gênero. Essa indiferença, por sua vez, impregna os programas de assistência, com efeitos particularmente prejudiciais para as mulheres locais.
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O fato da guerra alterar os papéis e responsabilidades dentro da sociedade, ao mesmo tempo expondo homens e mulheres de todas as idades e classes a novas ameaças e oportunidades, tem se tornado cada vez mais reconhecido. Guerras civis atrapalham e destróem a vida dos civis. Os homens partem, morrem em combate, são brutalizados, perdem seu emprego ou recorrem ao desespero, violência ou apatia. As mulheres assumem enormes cargas de trabalho e todas as formas de tarefas e responsabilidades diferentes, perdem sua segurança e seus protetores e são vitimizadas e marginalizadas. Contudo, poucos membros de missões de paz possuem algum treinamento para lidar com a população civil, muito menos com as questões específicas relativas às relações de gênero. Em resposta a isso, um pacote de treinamento básico chamado "Operações de Apoio a Gênero e Paz" foi criado para ser utilizado em cursos de indução preliminares. Esse artigo descreve a base para o seu desenvolvimento e apresenta como ele deve ser utilizado e desenvolvido no futuro.
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Muito tem sido escrito sobre a contribuição das mulheres palestinas à luta pela libertação de sua nação. Essas mulheres não apenas têm sobrevivido em uma atmosfera de violência contínua, mas também têm avançado significativamente em termos de seus direitos e desenvolvimento como mulheres. Uma questão que tem sido menos explorada é o impacto de longo prazo da violência contra as mulheres, seja em termos de seu bem-estar físico e psicológico ou de sua habilidade de participar de modo significativo no próprio conflito ou na situação após o conflito. Esse artigo argumenta que, embora as mulheres palestinas não sejam simplesmente vítimas mas também agentes da violência, tal violência -- seja ela violência aleatória ou institucionalizada, provocada pelo inimigo ou pelo seu próprio povo -- coloca uma significativa limitação na habilidade dessas mulheres de participar da luta de libertação nacional. Conseqüentemente, elas estão inadequadamente preparadas para contribuir para o processo de paz e, portanto, são impedidas de aproveitar integralmente seu potencial no novo estado.
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À primeira vista parece que, apesar da participação vital das mulheres nos processos de paz, elas são em grande parte marginalizadas ou depreciadas. Contudo, afastando-se da idéia das mulheres como excluídas e/ou vítimas, encontramos evidências de seu envolvimento em projetos iniciados e dirigidos por elas e/ou em atividades nas quais elas trabalham em tarefas iguais juntamente com os homens. Muitas mulheres em áreas de conflito estão defendendo e trabalhando efetivamente com abordagens para a paz positiva e duradoura que transcende as estruturas e ideologias tradicionais dominadas pelos homens. Um grande número de mulheres, homens e crianças comuns está trabalhando em grande parte nos bastidores para alcançar a justiça e igualdade. As mulheres estão muito envolvidas, mas recebem muito menos reconhecimento do que os homens. A escala e diversidade dos esforços de base para a paz muitas vezes não-reconhecidas mas efetivas no mundo todo, particularmente entre as mulheres, requerem um reconhecimento muito maior por parte da comunidade internacional. Esse artigo é baseado em um projeto de pesquisa que utiliza uma abordagem de depoimentos orais e uma perspectiva multicultural para dar voz às mulheres que trabalham na área em uma ampla série de processos de transformação.
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As relações de gênero se alteram através dos conflitos? Como o próprio conflito poderia ser estimulado por aspectos da identidade de gênero? Um projeto de pesquisa recentemente realizado, que combinou depoimentos orais com métodos de pesquisa mais convencionais, concluiu que o conflito, sem dúvida alguma, tem resultado em mais responsabilidades para as mulheres e com elas a possibilidade de exercer maior influência nas tomadas de decisões e aumentar sua participação política. A pesquisa esclarece o papel dos cidadãos comuns como "atores" respondendo à crise e descreve como as identidades de gênero são criadas em uma rede complexa de causa e efeito na qual a guerra pode ser vista como um "conflito de patriarcas".
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Esse artigo, baseado na pesquisa de campo realizada em Cabul em fevereiro de 2002, começa discutindo como as mulheres vivenciam a guerra e conflitos violentos diferentemente dos homens, particularmente ao serem definidos tipos diferentes de violência contra as mulheres no Afeganistão. Em segundo lugar, ao identificar mulheres afegãs individualmente, assim como redes e organizações de mulheres, eu analiso suas diferentes estratégias para enfrentar o problema e os modos pelos quais redes de trabalho e formas diferentes de solidariedade em grupo tornaram-se mecanismos de empoderamento das mulheres. Em terceiro lugar, eu demonstro como, em meio a todas as regras dos Talibãs, várias mulheres arriscaram suas vidas ao tornarem suas casas redes clandestinas de escolas para meninas e moças. Eu argumento que, como atores sociais, elas criaram coesão e solidariedade em suas comunidades. Suas organizações secretas já lançaram a base para o desenvolvimento do capital social, que é crucial para o processo de reconstrução do Afeganistão. Na seção final, eu sustento que as mulheres no Afeganistão, como atores sociais, são otimistas e desejam participar do processo de reconstrução. Como pesquisadora, eu pretendo articular a voz, idéias e demandas dessas mulheres, que eu espero que sejam levados em consideração pelos formuladores de políticas e trabalhadores de ajuda humanitária.
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Este artigo analisa o processo de industrialização em Hazira, situada no cinturão costeiro do sul de Gujarat, na Índia. O autor pretende medir o impacto do desenvolvimento industrial na distribuição de terra, nas oportunidades de emprego das pessoas locais, assim como no meio ambiente. As visões de diferentes participantes - moradores do vilarejo e industriais - são apresentadas. A condição das mulheres é examinada, em particular o tipo de ocupação em que elas estão envolvidas, suas habilidades e rendimentos, o tempo que elas gastam nas atividades econômicas e domésticas e a atitude dos membros da família do sexo masculino em relação ao trabalho delas.
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Este artigo, baseado em uma pesquisa de famílias rurais beneficiárias e não-beneficiárias no distrito de Mpigi, em Uganda, analisa o esquema de entrega de Bezerros em fideicomisso (Heifer-in-Trust scheme). Embora o esquema vise aliviar as deficiências na nutrição e renda dos produtores rurais mais pobres através da produção de laticínios, os beneficiários na verdade tendem a ser menos pobres devido aos gastos envolvidos. Este é o destino de diversas iniciativas de desenvolvimento nas quais os benefícios freqüentemente não alcançam os alvos que elas pretendem, com o risco de ampliar o hiato da desigualdade. Por outro lado, aqueles que realmente se beneficiam com o esquema, embora estivessem em melhor situação desde o começo, foram analisados como sendo muito ativos e animados, e é óbvio que o esquema havia dado uma contribuição significativa para avanços na produção de laticínios. O desafio, então, permanece sendo a criação de maneiras pelas quais os produtores mais pobres possam ser alcançados.
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Este artigo resume parte de um projeto de pesquisa realizado na zona rural de Níger. Ele visa oferecer uma idéia sobre o desenvolvimento e funcionamento de organizações de base e das comunidades nas quais elas operam. Surgindo a partir da pesquisa conduzida em cinco seminários, que envolveu quase 160 pessoas de 54 organizações baseadas na comunidade, as metáforas das árvores de baobá e eucalipto foram analisadas como tendo fortes associações culturais para os participantes e ajudaram a explicar a importância de intervenções de longo prazo e fortemente enraizadas em vez de projetos de curto prazo e efêmeros. Este artigo também contribui para o debate contemporâneo dentro das agências de desenvolvimento sobre capacitação de desenvolvimento humano sustentável.
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A pesquisa resumida aqui aborda as ambigüidades e discrepâncias do dialeto de capacitação dentro da indústria da ajuda e desenvolvimento. Três temas inter-relacionados permeiam a literatura sobre capacitação, apesar de diversas persuasões ideológicas. A adequação destes temas dentro do discurso de capacitação é sujeita à análise crítica. Uma análise meta-teórica questiona a habilidade da construção funcionalista da capacitação de reduzir a pobreza ou alcançar o desenvolvimento sustentável. A partir de uma perspectiva de desenvolvimento comunitário, a transformação social eqüitativa ocorrerá apenas quando o enfoque de "desenvolvimento" envolver o fortalecimento de capacidades de todas as pessoas, comunidades e nações para criar um mundo justo e eqüitativo.
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Através de uma análise de como as ONGs bengalesas têm se institucionalizado, a autora examina modelos de burocratização e profissionalização para argumentar que as ONGs fazem parte de um processo de incorporação que faz a mediação da oposição à desigualdade de gênero e outras desigualdades estruturais. Duas tendências importantes--a parceria crescente entre ONGs, o Estado e agências doadoras e a mudança discursiva do bem-estar social e redistribuição para o individualismo, empreendimento e independência--exemplificam estes processos. O artigo mostra como a institucionalização, acompanhada pela reunião da sociedade civil e ONGs, mascara a perda da voz ativa de cidadãos-membro, canalizando a oposição através de ONGs de modo que freqüentemente compromete seus interesses.
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Este artigo mostra como a visão local sobre desenvolvimento pode ser pesquisada empiricamente através de referências a experiências apresentadas em três oficinas de desenho realizadas com crianças da região de Ayacucho, nos Andes peruanos. As crianças foram solicitadas a desenhar figuras de como elas gostariam que sua comunidade estivesse no futuro. Seus desenhos foram analisados utilizando-se uma forma adaptada da Teoria Fundamentada nos Dados (Grounded Theory) e interpretados como expressões de discursos locais de desenvolvimento. Embora os três vilarejos estejam localizados dentro da mesma área e compartilhem uma história violenta de guerra e instabilidade, a pesquisa mostra como cada comunidade possui sua própria interpretação de desenvolvimento.
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Este artigo reflete criticamente sobre questões da colaboração entre norte-sul e pesquisa participativa, surgindo de um projeto sobre gestão participativa e gestão ambiental sustentável no nível local na área periférica-urbana nos arredores de Kumasi, Gana. A rápida imigração, a conversão descoordenada das terras de cultivo em habitação, a exploração intensificada de recursos e o declínio da qualidade e disponibilidade de água são problemas particulares daqui. Os preparativos para pesquisa colaborativa com parceiros locais, assim como as relações participativas sustentadas com comunidades do vilarejo selecionadas foram centrais para este projeto. Em termos mais gerais, o artigo reflete sobre as questões institucionais relacionadas à dicotomia entre projetos de pesquisa e de assistência ao desenvolvimento, e suas implicações para as avaliações de projeto.
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O "sistema lógico" e a "abordagem do sistema lógico" têm se tornado ferramentas comuns de planejamento, particularmente em projetos assistidos por doadores em países em desenvolvimento. Com seu formato simples e a clara relação entre variáveis, o sistema lógico é útil para resumir preocupações principais relacionadas a esquemas de desenvolvimento. Ao mesmo tempo o autor argumenta que as convenções atuais limitam a utilidade do sistema e sugere modificações que devem substancialmente melhorar sua aplicabilidade e capacidade de transferir informações. A abordagem do sistema lógico busca tratar de dimensões adicionais de planejamento. Contudo, ela é demasiadamente circunscrita por medidas e providências padronizados para ser defendida como uma metodologia de planejamento ubíqua como comumente ela é considerada. A "abordagem do sistema lógico" é aqui justaposta com um conceito mais amplo e mais flexível de "planejamento de desenvolvimento", com o qual ela não deve ser confundida.
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A descentralização é uma característica comum de política em muitos países africanos. A questão da governança local, portanto, está tendo relevância mas ainda sem clareza. Baseado na experiência de um projeto de desenvolvimento em Kilimanjaro, Tanzânia, o artigo examina o caso da governança local em prática, utilizando para isto uma análise histórica e concentrando-se na relação entre o governo local e a sociedade civil. Através de um processo por etapas que vai desde os experimentos até testes piloto e lobby, o projeto PAMOJA desenvolve mecanismos de interface para estruturar o governo local - relações da sociedade civil no nível distrital. Três atores são identificados para o sucesso do projeto: o agente externo como facilitador do processo, padrinhos (champions) locais como agentes de mudança e parceiros estratégicos para o componente de lobby. Um resultado bem-sucedido no final fortaleceria os processos de descentralização.
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Pesquisa participativa com grupos de produtores rurais bem estabelecidos e autônomos de Uganda e Gana examinou seus pontos de vista e prioridades a respeito de informações agrícolas. Em particular, ela buscou investigar meios pelos quais os produtores rurais identificaram novas idéias de interesse comum e explorou como estas idéias eram compartilhadas, modificadas e às vezes implementadas dentro do grupo ou da comunidade mais ampla. Após uma série de visitas, ficou claro que dentro de cada grupo em funcionamento certos indivíduos desempenharam um papel crucial, não apenas em relação à troca de informações mas também em seu apoio e incentivo à mudança e desenvolvimento dentro do grupo. Estes indivíduos, referidos como animadores, exibiram características inconfundíveis. Embora pertencendo à comunidade local, eles tendiam a ter níveis de alfabetização acima da média e normalmente eram mais amplamente viajados do que os outros produtores. O papel deles era normalmente apoiar e promover em vez de agir como líderes, e eles freqüentemente agiram como um canal crucial para compartilhar informações. Os animadores agiam como um catalisador importante na promoção do fluxo de novas idéias e informações e eles deveriam receber mais atenção e pesquisa para incentivar a mudança no desenvolvimento.
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Este artigo busca entender o potencial de desenvolvimento humano de um esquema de irrigação elevada (lift-irrigation) introduzido por uma ONG de desenvolvimento no oeste da Índia. Em particular, ele se concentra nos modos pelos quais esta intervenção no nível micro tem sido capaz de criar condições para ampliar as escolhas dos pobres. Mostra-se que o impacto da intervenção, capturado no nível da fazenda e da família através de dados convencionais e PRA, aumentou a produtividade da terra, resultando em uma maior segurança alimentar, mais emprego e uma redução significativa na migração causada pela miséria, especialmente entre as mulheres. O sucesso da intervenção é atribuído à sua adequação às necessidades locais e à criação de um mecanismo institucional adequado. Dado o seu potencial demonstrado, o artigo enfatiza a necessidade de reaplicar-se tais intervenções mais amplamente.