Refletindo sobre as observações dos esquemas de orçamento participativo na região andina da América do Sul, este artigo argumenta que as declarações e comportamento daqueles que participam das reuniões do orçamento participativo devem ser compreendidos como forma de desempenho público que frequentemente difere significativamente dos “discursos por trás dos bastidores” dos participantes quando eles não estão mais atuando em público. Acima de tudo, a priorização generalizada de projetos de infraestrutura de pequena escala que envolvem grandes volumes de cimento destaca as maneiras pelas quais os participantes das reuniões de orçamento participativo de maneira silenciosa mas estrategicamente adaptam esquemas externos e políticas para seus próprios objetivos e estratégias.
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Este artigo examina a natureza do protesto social realizado por uma organização indígena da amazônia contra companhias energéticas internacionais que estão trabalhando no Peru. Ele analisa a resposta de ONGs peruanas e internacionais às atividades do grupo indígena e contesta certos estereótipos a respeito da natureza da ação coletiva indígena e percepções da comunidade. Em particular, ele focaliza a forma como funcionários da ONG tentam explicar o fracasso da organização indígena em mobilizar e sustentar um protesto coletivo. O texto destaca a dissonância entre uma romantização da indigeneidade e a realidade vivida de grupos indígenas. Ele defende o uso de estudos antropológicos e teoria de movimento social para explorar os limites para a mobilização indígena e sugere seu uso para planejamento de iniciativas mais sensível. Como a demanda por petróleo e gasolina cresce em todo o globo e os governos nos países em desenvolvimento buscam aumentar os ganhos com indústrias extrativas lucrativas, os confrontos entre grupos indígenas e companhias energéticas provavelmente aumentarão. A necessidade de um engajamento sensível entre ONGs e grupos indígenas é, portanto, de extrema importância.
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Em 2003, a Lutheran World Relief (LWR), ONG internacional de alívio humanitário e desenvolvimento, lançou uma iniciativa para construção da paz na Colômbia. Eles promoveram a formação de uma parceria entre igrejas santuárias da paz na Colômbia e seis comunidades de fé da Região Centro-Oeste dos EUA, coordenada por funcionários da LWR. Essa parceria, chamada Sal y Luz (sal e luz) tem o objetivo de educação e advocacy na Colômbia e nos EUA. A Sal y Luz representa um poderoso exemplo de solidariedade transnacional para paz. Existem também implicações e lições desse estudo de caso para a área mais geral do trabalho de construção da paz de uma ONG. O modelo de Sal y Luz de construção da paz traz benefícios em termos de accountability e efetividade de ONGs na construção da paz. A inovação-chave do modelo é como a LWR efetivamente ajudou seu eleitorado dos EUA a compreender e tornar-se mais envolvido no trabalho de construção da paz.
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Este artigo analisa as práticas de mudança social da Minga Perú, uma ONG da Amazônia Peruana que promove a igualdade de gênero e a saúde reprodutiva por meio de transmissões de rádio e intervenções comunitárias. Essa análise, baseada em métodos de pesquisa participativa, revela uma abordagem feminista e equitativa em termos de gênero, permitindo aos participantes assumir o papel de líder em vez de sujeito de pesquisa passivo. Além disto, tais métodos de pesquisa participativa ajudaram a empoderar os indivíduos e suas comunidades na Amazônia Peruana, incentivando o desenvolvimento de dinâmicas de grupo e liderança mais produtivos.
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A falta de capital de giro prejudica a comercialização coletiva de recicláveis. A exclusão social e restrições burocráticas impedem que os recicladores tenham acesso a empréstimos bancários oficiais. Como eles continuam a depender de intermediários, o ciclo da pobreza, dependência e exclusão é perpetuada. O artigo discute a comercialização coletiva e o fundo de micro-crédito criado entre 30 grupos de reciclagem na cidade brasileira de São Paulo. Um comitê de oito mulheres recicladoras gerencia este fundo. O artigo contextualiza reflexões sobre empoderamento e desenvolvimento baseado na comunidade, aplicando a estrutura teórica da economia social e solidária. A autora por fim sugere que estruturas de governança inclusivas têm o potencial de gerar uma maior justiça e sustentabilidade.
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Este artigo discute os desafios éticos enfrentados por antropólogos que estejam trabalhando como especialistas em empresas de mineração e no turismo e soluções alternativas que sejam coerentes com os princípios éticos de sua disciplina.
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Um seminário foi realizado em fevereiro de 2008 para identificar o papel de organizações da sociedade civil (CSOs) após a agenda de ajuda da Declaração de Paris, antes do Fórum de Alto Nível para revisar o progresso em relação a alcançar harmonização de ajuda realizada em Accra em setembro de 2008. O artigo destaca as várias preocupações sobre o foco nos mecanismos em vez do propósito dos impactos da ajuda; as formas como os doadores forçam suas próprias agendas; e a lacuna contínua entre retórica e prática sobre questões como igualdade de gênero e propriedade local.
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A experiência de gestão de recursos baseados na comunidade adaptativa sugere que o desenvolvimento da resiliência nos sistemas humanos e ecológicos é uma maneira efetiva de lidar com a mudança ambiental. O fenômeno do El Niño está cada vez mais sinalizado antes de seu início. Argumentamos que é benéfico prestar atenção em alertas de danos em potencial e intervir na sociedade para possivelmente evitar impactos ecológicos e sociais negativos extremos, que podem dar início a stress sócio-político e sofrimento humano generalizado. O El Niño de 2004 na ilha de Bohol nas Filipinas é utilizada como exemplo de intervenção bem-sucedida.
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Este estudo sobre o impacto do comércio justo baseia-se nos novos dados de área de cooperativas de café e banana no Peru e Costa Rica, incluindo uma avaliação detalhada de seus efeitos de bem-estar social por produtores de Comércio Justo com produtores rurais que não são do comércio justo como um sinal de medida. A atenção é concentrada em três efeitos principais: (a) impacto tangível direto de arranjos de Comércio Livre sobre a renda, bem-estar social e meios de subsistência de famílias rurais; (b) efeitos indiretos do comércio livre para melhorar o acesso a crédito para melhorar o acesso à crédito, estoques de capital, investimentos, e atitudes para o risco; e (c) implicações institucionais do comércio justo para organizações de produtores rurais e externalidades para emprego local e regional, barganhando e negociando condições. Embora os efeitos de renda líquida direta permaneçam bastante modestos, benefícios importantes são encontrados para incluir a capitalização de produtores rurais e está fortalecendo suas organizações.
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As parcerias podem alcançar resultados, mas elas não se desenvolvem tranquilamente. Os membros devem explorar suas diferenças antes que elas possam ter um bom desempenho juntas. Algumas agências olham internamente para suas próprias prioridades e esperam que seus parceiros as sigam. Isto leva a um misto de cooperação e competição. Outras organizações voltam-se para fora e buscam por parceiros que possam contribuir para resultados compartilhados. Elas se vêem como as outras as vêem. Elas não olham para trás para se certificar de que as outras estão seguindo-as. Isto leva a um misto de respeito mútuo e reciprocidade que é tão importante para o sucesso quanto um acordo de cooperação primorosamente realizado.
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Os efeitos da legislação de combate ao terrorismo sobre organizações da sociedade civil (CSOs) situadas no hemisfério sul receberam pouca atenção na literatura mais geral. Este artigo relata sobre as constatações de uma série de workshops internacionais para examinar os efeitos de tal legislação adotada no Líbano, a Kyrgyz Republic, India e Países Baixos, Reino Unido e os EUA. A evidência apresentada nestes seminários sugere que a legislação contrária ao terror está prejudicando o trabalho da sociedade civil de maneira complexa e interrelacionada.
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Embora haja quase uma unanimidade sobre a necessidade de participação, não há ainda tal acordo sobre o tipo e grau de participação a serem adotados nos projetos. Algo do qual nunca se duvidou é o fato de que as pessoas locais ainda não receberam o devido reconhecimento e respeito por parte da maioria das agências de intervenção, daí o fracasso de alguns projetos. Assim, como é o desempenho de um projeto que busca abordar questões de cidadania, participação e accountability utilizando uma variedade de metodologias participativas, especialmente em relação ao pano de fundo de uma sociedade multi-étnica, multi-religiosa e politicamente complexa como a Nigéria? Este artigo examina o uso dessas metodologias, destacando questões extraídas e os sucessos e limitações dos resultados para pesquisa futura. Efetivos como os métodos parecem ser, houve muitas perguntas e questões não respondidas além do mandato imediato do projeto que requerem atenção afim de que as comunidades avancem em direção a um desenvolvimento genuíno e acabem com a exposição aberta de agressão inapropriada que às vezes ocorre.
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Este artigo defende o uso da comunicação participativa na pesquisa. Ele introduz a comunicação participativa como uma abordagem coordenada por cidadãos para criar e expressar conhecimento; dentro da pesquisa isto significa que os pesquisadores não são simplesmente responsáveis por gerar informações e comunicar sobre elas, nem estão eles agindo sozinhos. A partir desta perspectiva, a ênfase da comunicação participativa está na comunicação em vez da extração ou entrega de informações. Métodos participativos podem comunicar resultados de pesquisa de novas maneiras e adicionar profundidade e significado para as articulações do conhecimento. Esse conhecimento pode facilmente “perder-se na tradução” quando os resultados são sintetizados ou comunicados por meio de produtos de pesquisa convencionais apenas.
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Apesar de sua longa história em diferentes países, a “comunicação dos cidadãos para mudança social” é pouco conhecida nas instituições acadêmicas e sociais espanholas e, assim, poucos profissionais da comunicação sabem como abordar e realizar planejamento profundo de comunicação para o desenvolvimento. Desde a década de 1990, ainda há uma crescente necessidade de se desenvolver uma comunicação participativa verdadeira na sociedade espanhola. Este artigo descreve as razões principais para essa falta de conhecimento generalizada e oferece uma pequena “cartografia” da área para avançar em direção ao reconhecimento completo do setor na Espanha.
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Os movimentos sociais têm gerado interesse nos círculos de desenvolvimento desde meados da década de 1990 como expressões relativamente independentes da sociedade civil, mobilizando pessoas para definir suas próprias prioridades de desenvolvimento e agendas para questões tão diversas quanto privatização da água, políticas comerciais neoliberais, direitos das mulheres e indígenas e acesso a tratamento com anti-retrovirais para HIV. No caso do HIV e AIDS, iniciativas independentes da sociedade civil têm sido chave para respostas bem-sucedidas. Movimentos sociais de pessoas portadoras do HIV e AIDS, homens homossexuais, mulheres, trabalhadores do sexo e pessoas que utilizam drogas injetáveis têm desenvolvido instituições inovadoras e respostas ao HIV e AIDS e têm se organizado contra o estigma e a discriminação. Ao reunir as pessoas e realizar a advocacy efetivamente, os movimentos sociais têm dado mais voz ativa às pessoas mais afetadas pelo HIV, capacitando-as para que influenciem governos e tomadores de decisões.
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Em meio aos processos em direção à democratização, tem sido afirmado que a rádio alternativa possui um papel central no desenvolvimento dos pobres enquanto cidadãos. Contudo, é importante analisar detalhadamente quais possibilidades uma rádio alternativa ou de cidadãos possui para fortalecer ideias de cidadania e transformar o espaço público em um público crítico e ponderado em locais urbanos. Este artigo concentra-se em uma estação de rádio católica local em Huaycan, uma favela na periferia de Lima. Ele descreve o trabalho jornalístico da rádio, mostrando exemplos de como eles mobilizam líderes locais e monitoram processos democráticos, tais como eleições municipais e o orçamento participativo do distrito. Além disso, ele mostra como o público utiliza a rádio para canalizar suas reclamações. Ele também identifica os fatores que impedem a rádio de empoderar completamente o público e transformar o espaço público em um espaço mais crítico e democrático.
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Este artigo busca compreender as restrições que os agentes de mídia enfrentam no seu trabalho do dia-a-dia em Acholiland, norte de Uganda, e identificar as estratégias que eles adotam para manter um espaço para diálogo e debate. Dois estudos de caso revelam que é difícil ver como os agentes de mídia neste ambiente de conflito podem desempenhar um papel significante em manter o governo dominante responsável e promovendo o desenvolvimento da paz quando eles estão enfrentando leis de mídia repressivas, intimidação, falta de informações e apoio gerencial fraco. Este artigo pede por políticas para apoiar as lutas diárias de agentes da mídia, tais como a adoção do Mecanismo Africano de Revisão por Pares – um instrumento utilizado para auto-monitoramento feito por países participantes da Nova Parceria para Desenvolvimento da África. Então, a investigação afasta-se de questões de censura para investigar o que pode ser feito para apoiar as lutas diárias de agentes da mídia que estão constantemente negociando seu caminho em um labirinto de restrições.
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A mídia de comunidade representa um insumo crucial nos processos de desenvolvimento, desempenhando um papel importante na democratização, lutas sociais e conscientização. Mas ela frequentemente enfrenta dificuldades nos níveis financeiros e legais devido às limitações criadas por leis de mídia nacional. Este artigo mostra a conexão entre a comunicação da comunidade e o desenvolvimento humano. Ele oferece sugestões para defensores e comunidades de desenvolvimento relativas a advocacy para um ambiente de políticas apoiador da mídia da comunidade. Ele reflete sobre o processo de licenciamento e sustentabilidade financeira dos projetos. Para demonstrar como a política de mídia pode ser remodelada de maneira prática para atender às necessidades da sociedade civil, dois estudos de caso são considerados: o Reino Unido, onde o regulador de comunicações abriu um processo para licenciar rádios de comunidade; e o Brasil, onde milhares de estações da comunidade “ilegais” estão enfrentando repressão, mas onde o regulador inaugurou um processo de consulta com praticantes.
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Telefones celulares já têm sido utilizados amplamente no mundo todo para ativismo, desenvolvimento social e econômico e novas formas culturais e comunicativas. Apesar deste uso generalizado dos telefones móveis, eles permanecem um fenômeno relativamente não-teorizado e não-discutido na mídia da comunidade e do cidadão. Este artigo avalia como os telefones móveis têm sido utilizados pelos cidadãos para criar novas formas de expressão e poder. O enfoque específico é o uso de telefones móveis no desenvolvimento da comunidade, como por exemplo a Grameenphone, agricultura e mercados, a comunidade diáspora filipina, atendimento de saúde para casos de HIV/AIDS e telefones móveis no trabalho de ativismo e enquanto mídia. Argumenta-se que telefones móveis formam uma zona de contato entre conceitos tradicionais de mídia de comunidade e de cidadão, por um lado, e movimentos emergentes em cidadania, democracia, governança e desenvolvimento, por outro lado.
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Este artigo utiliza o exemplo de uma plataforma móvel de mídia mista – um rickshaw (tipo de carroça puxada por homens e utilizada para transporte de pessoas) conversível de três rodas –no Sri Lanka para explorar se e como as atividades de criação de conteúdo podem permitir que comunidades marginalizadas tenham uma voz ativa. Ele baseia-se em pesquisa sobre atividades de criação de conteúdo participativo conduzida em 15 locais da Índia, Indonésia, Nepal e Sri Lanka. Os principais resultados são: a necessidade de se prestar atenção no contexto quando se está pensando sobre o que poderia ser localmente apropriado, relevante e benéfico em termos de criação de conteúdo participativo; os benefícios que podem ser obtidos através de criativamente se alcançar e engajar grupos marginalizados e incentivar uma diversidade de vozes; a utilidade do conteúdo produzido localmente para gerar um debate local sobre questões locais e os benefícios de se incentivar a participação em todas as fases da criação do conteúdo, de modo que o conteúdo seja localmente significativo e possa levar a uma mudança social positiva.
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A comunicação e seu papel no desenvolvimento e mudança social ainda são mal compreendidos e apoiados por grandes agentes de desenvolvimento, apesar de décadas de práticas inovadoras e resultados positivos. A distância entre o discurso e a ação, métodos de avaliação ultrapassados, prazos curtos, burocracia e relações de poder, combinados com modelos de comunicação verticais e externamente orientados, e a confusão entre informação e comunicação, impedem que doadores de desenvolvimento dêem apoio a iniciativas de comunicação participativas e que pertençam e sejam gerenciadas pela comunidade. Com base em décadas de experiência e observação, quatro recomendações-chave são feitas para se transformar a profissão de comunicação em ensino superior e em agências doadoras e de desenvolvimento.
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Los medios de comunicación e información ciudadanos no se utilizan apropiadamente ni en la política ni en la práctica del desarrollo. Además, estos tienden a desestimar el trabajo relacionado con el desarrollo porque creen que éste no domina de manera adecuada los procesos sociales, culturales y políticos para que puedan contribuir a una transformación real. En la introducción a los ensayos de este número especial, los editores invitados exponen que los medios de comunicación hacen más que permitir que voces diversas se escuchen en esferas políticas plurales. También influyen en los procesos de construcción social y cultural al redefinir normas y relaciones de poder excluyentes. Poseer o controlar los medios locales puede permitir que las personas ganen espacios donde expresar sus voces.
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Dada a importância da comunicação para a sociedade, que “detém” a mídia, quem consegue falar em nome de quem, e para quais fins são questões cruciais. A regressão da mídia “predominante” dos “cães de guarda” das democracias para empreendimentos de negócios resultando em “refeudalização da esfera pública” Habermasiana é preocupante. A mídia da comunidade torna a engajar as comunidades na periferia, abrindo possibilidades para mudança social. O domínio dos agentes das correntes predominantes na governança da mídia, agravado por preocupações de sustentabilidade das empresas de base, resultam em legislação que impede a potencialidade do acesso à mídia da comunidade e a participação – como mapeado neste artigo com o caso da luta do rádio da comunidade na Índia.
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As rádios podem ajudar a estimular melhor a governança. Contudo, organizações de radiodifusão administradas pelo estado no hemisfério sul são normalmente despreparadas para seu papel de serviço público em novas democracias. Elas frequentemente são mal financiadas em comparação com suas rivais novas e comerciais e frequentemente são ainda limitadas pelas mesmas “regras do jogo” que as regeram antes da era democrática. As emissoras permanecem tipicamente subordinadas ao governo e não aos seus ouvintes, e promovem os interesses e agendas da elite política. Este artigo concentra-se nas experiências de suporte do DFID a um programa de rádio no norte da Nigéria que buscou melhorar a comunicação e debate entre o governo e o eleitorado. O artigo argumenta que existem circunstâncias legítimas para parceiros de desenvolvimento engajarem-se com veículos de mídia controlados pelo estado, não apenas em áreas rurais onde emissoras comerciais não possuem incentivo financeiro para estabelecer estações e fornecer programas que tenham relevância para os pobres. Os autores examinam criticamente as lições aprendidas com o suporte do DFID e identificam medidas que poderiam ajudar iniciativas semelhantes no futuro.
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O artigo examina a noção de desenvolvimento como autodeterminação no contexto de politização atual dos assuntos dos indígenas. Ele analisa as conexões entre estudos de desenvolvimento, movimentos sociais indígenas e práticas de mídia da comunidade; e mais especificamente entre visões específicas sobre desenvolvimento, autodeterminação e identidade, e como estes termos tornam-se incorporados em práticas de trabalho de mídia específica (vídeo). O artigo resume dois estudos de caso da produção de mídia indígena em um contexto transnacional: o projeto financiado pela UNESCO sobre Tecnologias de Informação e Comunicações para Diálogo Intercultural: Desenvolvendo Capacidades de Comunicação dos Indígenas (ICT4ID) e a emergência e consolidação da CLACPI, uma rede de produção de mídia indígena na América Latina.
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Um processo de Aprendizado de Ação integrado com a Abordagem de Capacidade de Sen pode apoiar agências de desenvolvimento a formular intervenções que aumentam a liberdade. Os autores mostram que colocar esta abordagem em prática possui implicações importantes para a maneira como o “desenvolvimento” é realizado como um projeto ideológico. Isto pode ajudar a examinar e desafiar aqueles que detêm o poder no desenvolvimento—os guardiões. Este resultado provém de um processo de Aprendizado de Ação Emergente que foi iniciado aplicando-se os princípios de Sen para entrevistas com enfoque de grupo com mulheres que cuidam de pessoas afetadas pelo HIV e AIDS. Um dos resultados destes grupos de enfoque foi que os participantes valorizaram o processo porque ele abriu um espaço para eles influenciarem o trabalho da ONG implementadora. Essencialmente, eles poderiam manter a agência implementadora responsável. Reflexões sobre este resultado pela agência levaram a mudanças importantes nos processos que são mais apoiadores da liberdade.
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Este artigo examina as condições variáveis do conhecimento, percepções e atitudes dos moradores de vilarejo em relação às tarefas e relações de gênero no decorrer do tempo. Os dados foram coletados da região leste de Bangladesh por meio de pesquisa e entrevistas aprofundadas. Os resultados mostram que o conhecimento sobre discriminação, empoderamento e violência contra as mulheres e questões maritais aumentou incrivelmente e as atitudes sobre estas questões, inclusive as percepções gerais em relação aos homens e mulheres mudaram positivamente, mas não mudaram tanto quanto era esperado. Normas, valores, cultura e estruturas sociais patriarcais tradicionais ainda foram reconhecidas como barreira à igualdade de gênero.
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Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa quantitativa/qualitativa sobre as dinâmicas de “aprendizado transformativo” e de “mudança de mentalidade” entre representantes da comunidade rural que estão participando do Programa de Solidariedade Nacional do Governo do Afeganistão [NSP]: uma iniciativa orientada para a comunidade que engloba toda a nação para reabilitar a infraestrutura do país. Baseando-se em estruturas para “aprendizado transformativo” proposto por Mezirow (1990) e Freire (1993), e “mudança de mentalidade” proposto por Gardner (2004), argumenta-se que o NSP catalizou o aprendizado de desenvolvimento transformativo através de (1) sua sensibilidade às necessidades expressas e interesses dos participantes do projeto; (2) engajamento de representantes da comunidade como parceiros de desenvolvimento ativos; (3) delegação da responsabilidade gerencial do projeto durante todas as fases; (4) provisão de espaço social para reflexão e análise crítica; (5) oportunidades para se alcançar resultados de projeto que sejam significativos, atrativos e lucrativos; e (6) características de programa compatíveis com as realidades sociais e culturais da zona rural do Afeganistão.
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Este artigo examina o impacto da profissionalização das ONGs sobre quem trabalha em ONGs e por quê. Com base em uma pesquisa aprofundada de funcionários de 20 ONGs de advocacy na Jordânia, ele demonstra o impacto da profissionalização em termos de gênero. A maioria dos funcionários de ONGs são mulheres altamente instruídas, frequentemente instruídas no Ocidente, que trabalham em ONGs principalmente devido às oportunidades de carreira e porque são atraídas pelos objetivos das ONGs. Contrastando com a literatura existente, este artigo argumenta que as considerações sobre gênero, tais como flexibilidade de emprego para acomodar os deveres familiares, têm menos influência para determinar por que as mulheres buscam trabalho em ONGs e sua satisfação no trabalho.
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Este estudo de caso etnográfico aborda a questão de como as mulheres da sociedade patriarcal de Jopadhola no leste de Uganda lembram das três décadas de guerra civil e violência e sobreviveram às suas consequências. Quando a guerra terminou, pouco mudou para estas mulheres, que ainda estão expostas a uma violência contínua baseada na questão de gênero e continuam a utilizar as mesmas táticas que, durante a guerra, permitiram que elas de alguma forma vivessem com seu sofrimento. O Projeto de Mifumi, uma ONG indígena fundada por uma das mulheres cuja história de vida foi registrada para este artigo, começou a ajudar as mulheres de Jopadhola a melhorar sua qualidade de vida atualmente. Ao reconstruir o capital humano e social delas, esta ONG está também criando espaço para as mulheres cicatrizarem suas memórias de guerra.
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Este artigo examina a experiência de serviços urbanos privatizados de fornecimento de água e esgoto na Turquia, focalizando o caso de três cidades que optaram por tal privatização. O artigo inicia-se com o exame da gestão dos serviços urbanos de água e esgoto na Turquia e explora o desenvolvimento dos serviços de água e as políticas de água em instituições públicas locais. A segunda seção introduz estudos de caso de cidades que transferiram a gestão, operação e manutenção de serviços urbanos de água para operadores privados.
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Este artigo destaca as lições aprendidas com a pesquisa de campo e análise relacionada, para abordar três aspectos fundamentais do desenvolvimento que são frequentemente omitidos: cultura e governança, desenvolvimento inclusivo, e abordagens baseadas no mercado. Todos os três casos abordam questões da pobreza e desigualdade. Além disto, o papel crucial das instituições na governança e desenvolvimento também é destacado. Finalmente, acabando com a lacuna entre cultura, economia e sociedade através destas abordagens, políticas e programas de desenvolvimento melhores e mais efetivos podem ser formulados e implementados.
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Este é um estudo de caso de um projeto de desenvolvimento local integral combinando elementos de agroecologia, comércio justo e finanças conservadora em termos de risco operada em parceria entre uma organização de base e uma organização promotora. Concluímos que a confiança é um elemento-chave na transição de uma unidade econômica familiar rural tradicional para uma empresa familiar. Nós refletimos sobre a necessidade e os limites para que os projetos de desenvolvimento atendam à complexidade da pobreza estrutural. O texto conclui com uma exortação à experimentação do valor na prática de desenvolvimento, com responsabilidade ética e em termos que isto possa ser compartilhado na arena pública mais ampla.
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Este artigo apresenta uma abordagem abrangente para promover a transferência da pesquisa para a prática. Ele abrange três questões principais de importância: as atividades devem ser vistas como parte de um esforço de longo prazo em vez de eventos únicos isolados; existem muitos públicos que podem fazer uso dos resultados de pesquisa de várias maneiras; e existem muitos modos pelos quais o processo pode ser promovido.
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Compreender a variabilidade local em contexto e mobilizar a participação local para definir as agendas de desenvolvimento são estratégias de desenvolvimento amplamente aceitas. Permanecem, porém, desafios significativos para a sistemática e para a inclusão efetiva de comunidades e famílias locais. O projeto MAPLAN, um projeto-piloto do Ceará, Brasil, é um esforço conjunto do setor público e da sociedade civil destinado a criar um processo de planejamento de desenvolvimento participativo que integra variações contextuais de nível local. Neste esforço, o uso de um Sistema de Informações Geográficas Participativas (PGIS) estimula a participação de membros da comunidade na análise de suas necessidades, objetivos e prioridades. A visualização desses fatores através de mapas facilmente compreendidos promove a comunicação e contribui para um processo de planejamento democrático e transparente, permitindo assim a articulação de prioridades locais com o aparato de planejamento em nível de estado. O MAPLAN representa parte de um paradigma de mudança para o planejamento de desenvolvimento rural no estado e oferece as ferramentas para incluir efetivamente a voz do cidadão na política de desenvolvimento.
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O Fundo de Alívio da Pobreza do Tibete (TPAF) tem trabalhado na Região Autônoma do Tibete da República Popular da China desde 1998 para aumentar a renda e ativos dos tibetanos rurais. Desde o início o TPAF reconheceu que uma alta taxa de morbidade e mortalidade era uma limitação nos esforços dos Tibetanos rurais para melhorar os meios de subsistência. Intervenções precoces para treinar médicos e parteiras da cidade não foram sustentáveis. Em 2005, em parceria com autoridades de saúde locais, o TPAF lançou uma estratégia de Comunicação de Mudança de Comportamento (BCC) para desenvolver a capacidade de moradores do vilarejo de melhorar as práticas de saúde e higiene e fazer escolhas bem-informadas sobre o uso de serviços de saúde primários e preventivos do governo. Os resultados de países e cidades em três Prefeituras são preliminares mas mostram mudanças significativas no conhecimento e prática sobre saúde e ligações cada vez maiores entre as necessidades do vilarejo e serviços do Governo. Os próximos passos incluem fortalecer a implementação e institucionalizar o apoio do governo para estender e apoiar a abordagem.
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Este artigo revê experiências de se implementar intervenções de empoderamento na Tanzânia. Os dados estão baseados em visitas de campo a programas, projetos e organizações envolvidas na implementação de intervenções de empoderamento em várias regiões do país. Essas visitas envolveram entrevistas de informantes-chave, levantamentos de amostra e Discussões de Grupo de Enfoque (FGDs) com produtores rurais. A revisão destaca as percepções do empoderamento nos níveis de funcionários de projeto e praticantes /beneficiários, assim como as abordagens utilizadas por várias organizações/projetos na implementação de atividades de empoderamento. Além disto, o artigo discute os fatores percebidos para levar ao empoderamento e também suas consequências.
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Grandes quantias estão sendo investidas em tecnologia de informação e comunicação (ICTs) tais como telefones celulares e sua infraestrutura de telecomunicações. Agências de desenvolvimento oferecem uma visão convencional sobre o “ambiente” necessário para incentivar tal investimento; particularmente que uma boa governança e segurança são necessários. Nós questionamos esta visão convencional com um estudo de telecomunicações móveis em três estados inseguros que possuem uma pontuação muito ruim em relação aos Indicadores de Governança Mundiais. Os dados são limitados mas sugerem que insegurança e “má governança” podem não ser as barreiras ao investimento que normalmente se supõe. Na verdade, é possível—pelo menos para este tipo de tecnologia digital—que eles incentivem o investimento.
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No dia 29 de agosto de 2008, o Comitê do Patrimônio Mundial da UNESCO (WHC) e o Banco do Japão para Cooperação Internacional (JBIC) co-organizaram um seminário de um dia de duração chamado “Patrimônio Mundial e Trabalhos Públicos: Cooperação de Desenvolvimento para Redução da Pobreza”, realizado na Universidade das Nações Unidas em Tóquio. O seminário concentrou-se no papel dos Patrimônios da Humanidade no desenvolvimento e redução da pobreza, fazendo o balanço dos trabalhos públicos que sustentam a vida da comunidade e preservação de propriedades do Patrimônio Mundial e o papel do desenvolvimento e cooperação – especialmente organizações financeiras internacionais – em projetos de cultura e desenvolvimento.
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Este artigo relata sobre o décimo aniversário da conferência da Iniciativa Comercial Ética (ETI), chamando atenção para a ironia de que justamente quando o progresso está sendo alcançado em relação às pessoas que trabalham em seu próprio domicílio, que estão entre os trabalhadores menos protegidos de todos, as duas organizações que têm feito tanto para despertar a conscientização sobre essas questões enfrentam o encerramento de suas atividades por falta de fundos.
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Este artigo examina a evolução semântica do termo Desenvolvimento de Comunidade (DC) no final do século vinte. Ele argumenta que o DC tem adquirido diferentes significados, base teórica e aplicação prática, começando com um enfoque nas sociedades tradicionais até a década de 1960, movimentos de direitos sociais e/ou civis até a década de 1980 e a classe média moderna a partir da década de 1990. O ponto principal do argumento é que o conceito não é coeso e unificado, mas representa um repertório de significados que abrangem várias nuances do DC que não são necessariamente mutuamente compatíveis mas refletem as práticas políticas e sociais particulares nos contextos nos quais elas ocorrem.
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Preocupações quanto à equidade de gênero têm estado à frente de discussões e análises de intervenções e ações de ONGs desde a década de 1970. A equidade de gênero, definida como direitos iguais de acesso, oportunidade e participação para homens e mulheres, tem sido sempre uma característica distinta nos programas da Gram Vikas, ONG importante do estado indiano de Orissa. Esforços conscientes para identificar e abordar estas questões tiveram início em meados de 1980. Diversas iniciativas específicas têm sido tomadas para se criar uma competição justa entre mulheres e homens nas comunidades do vilarejo onde a Gram Vikas trabalha e dentro da organização. Têm havido resistências e desafios a diversas dessas intervenções e, embora algumas delas têm se incorporado para criar impacto duradouro, outras têm tido apenas um efeito limitado.
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Neste artigo nós discutimos o processo de transformar parcerias a partir de uma estrutura conceitual para uma estrutura prática e operacional para a interação em nível de campo entre organizações humanitárias. Nós abordamos esta transformação a partir da perspectiva dos valores centrais do conceito de parceria e a habilidade dos trabalhadores de campo de exibir um comportamento que seja consistente com estes valores centrais. Nós apresentamos os resultados de um estudo empírico sobre as relações entre o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (UNHCR) e Organizações Não-Governamentais (ONGs) em um programa de assistência a refugiados no norte de Uganda Nós conectamos a estrutura inter-organizacional com o papel das pessoas que estão aptos na tarefa de fazer a parceria funcionar. Concluímos que as estruturas e contexto no qual os indivíduos operam tornam impossível para eles “representarem” os valores centrais da parceria. Ao identificarmos os principais desafios para a criação de parcerias em nível de campo e operacionais, nós fornecemos lições para iniciativas de desenvolvimento de parcerias atuais e futuras, tais como a Plataforma Humanitária Global.
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O artigo oferece uma análise de vários problemas encontrados e lições aprendidas na implementação de um programa para melhorar a segurança de meios de subsistência dos pobres da zona urbana de Bangladesh. O estudo está baseado no envolvimento do autor enquanto parceiro de pesquisa de ação externa e uma revisão da literatura. As lições-chave para o sucesso são identificadas como (i) uma compreensão clara por parte de todos os funcionários das ligações entre atividades de projeto e objetivos de projeto; (ii) capacitação de funcionários, que é adaptada de acordo com suas necessidades; (iii) claros critérios de metas e abrangência de programa; (iv) ter todas as orientações operacionais, planos de trabalho e modelo de Monitoramento & Avaliação necessários antes da implementação; (v) garantir “parceria das organizações” e não “parceria das atividades”; (vi) garantir o envolvimento real de beneficiários em todos os aspectos do projeto; (vii) “empoderamento” de funcionários e uma “abordagem flexível” das operações são mais compensadores; (viii) conduzir reflexões de rotina sobre o progresso do projeto, e finalmente (ix) ser suficientemente ousado para realizar as mudanças estratégicas necessárias mesmo que isto signifique desviar-se de atividades pré-estabelecidas e cronogramas hipotéticos fixados nas propostas do projeto.
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A diversidade genética da cultura agrícola e a pobreza estão ligadas: em primeiro lugar, produtores rurais com poucos recursos frequentemente mantêm a diversidade genética e, em segundo lugar, a diversidade da cultura agrícola, quando adequadamente valorizada pelo mercado, possui potencial para reduzir a pobreza. Este artigo examina esta suposição com base em três estudos de caso da interseção do mercado com a pobreza e diversidade do milho no México. Esses casos sugerem que grande parte do mercado para milho oferece pouco espaço para “maize landraces” (variedade de milho local conhecida como milho crioulo), no sentido de não recompensar a variação qualitativa de grãos de milho mas, em vez disto, apresentar incentivos que tornam o cultivo de germoplasma de milho “melhorado” a escolha econômica racional para os pequenos produtores rurais. Enquanto isto, tentativas de adicionar valor ao milho crioulo via diferenciação de mercado têm obtido sucesso variável. Embora exista potencial para mercados diferenciados contribuírem para modelos de negócios bem-sucedidos e redução da pobreza, estes estudos de caso mostram os prós e os contras entre a consistência do produto, investimento de trabalho e recursos e conservação de diversidade genética.
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Este artigo relata pesquisa sobre os impactos das microfinanças nas tarefas de gênero, até que ponto fatores sócio-culturais influenciam estas mudanças e como tais mudanças afetam o bem-estar de famílias rurais de Bogoso no Distrito Ocidental de Wassa em Gana. Os resultados indicam que as microfinanças têm mudado o controle das decisões dos homens e mulheres e a alocação de recursos, o que por sua vez afetou as responsabilidades financeiras e a educação das crianças e em grande parte contribuiu para o bem-estar da família. Contudo, o pequeno montante de empréstimos foi uma limitação. O artigo conclui que fatores sócio-culturais podem promover ou inibir a qualidade de vida das famílias rurais e que as microfinanças não são uma ferramenta suficiente por si só para promover a qualidade de vida das mulheres e das famílias. Para que as pessoas da zona rural tenham qualidade de vida, é essencial que haja esforços colaborativos na apreciação, monitoramento e avaliação das iniciativas de microfinanças, com o governo oferecendo liderança.
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Este artigo examina o papel dos acordos de livre comércio que integram economias profundamente assimétricas, simultaneamente beneficiando a nação mais poderosa e exacerbando as desigualdades dentro e entre os países envolvidos. O último de uma série de acordos como estes nas Américas, o Acordo de Livre Comércio da República Dominicana e América Central (DR-CAFTA), abre as economias destas pequenas nações aos investimentos e exportações dos EUA, uma vez que empresas multinacionais conseguem tirar vantagem dos custos de produção mais baixos e fraca legislação trabalhista. Na economia global, acordos comerciais Sul–Sul oferecem uma alternativa muito melhor para países com instituições fracas e com pouco poder econômico ou político.
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Fixar preços adequados para bens ambientais é essencial para a gestão sustentável de recursos naturais. Não é fácil, porém, estabelecer um valor para os recursos naturais pois o problema da exclusão torna difícil proteger os recursos naturais do uso não-pago e exercer os direitos de propriedade sobre eles. Este artigo discute as conquistas e limitações das políticas atuais de recursos naturais a partir da perspectiva da visão de eficiência e equidade. Ele argumenta que um fundo de desenvolvimento operando por meio de transações baseadas no mercado é uma abordagem promissora para ajudar a se alcançar simultaneamente os objetivos de eficiência, sustentabilidade e redução da pobreza, contanto que os direitos de propriedade sobre os recursos ambientais sejam distribuídos de maneira justa dentro das gerações atuais, assim como entre as gerações atuais e futuras.
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O desenvolvimento de um sistema cadastral para a República da Guatemala foi uma das prioridades do Acordo de Paz de 1997 que acabou com 30 anos de guerra civil. Embora a incerteza da posse da terra e do título da terra sejam questões contenciosas, o desenvolvimento de um cadastro nacional, a distribuição equitativa de terra e o arrendamento de terra são vistos como algo crucial para se manter a paz na Guatemala. Este artigo aborda as barreiras mais importantes para o desenvolvimento de um Sistema Nacional de Informações da Terra utilizado para apoiar a reforma cadastral. Resultados de entrevistas com agências governamentais indicam que embora melhorias técnicas possam ser prontamente implementadas, fatores sociais relativos à interação de ONGs e governos, a difusão de política governamental equitativa em relação a direitos da terra, e os custos do processo de registro da terra prejudicam seriamente a finalização do processo cadastral. Estes resultados são discutidos à luz da política de ajuda internacional e desenvolvimento.
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Este artigo aborda a situação das favelas na cidade de Daca em relação a mecanismos de governo e ONGs e prioridades para o desenvolvimento e aprimoramento de favelas. Ele conclui com sugestões específicas para uma melhor gestão de favelas urbanas.
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Este artigo contesta os termos nos quais as agências doadoras avaliam o sucesso do desenvolvimento, recorrendo a um caso em particular para ressaltar sua idéia. Ele descreve o reassentamento de 60.000 pessoas que estavam ocupando os trilhos de trem em Mumbai, um processo planejado e realizado por uma federação dos próprios residentes da ferrovia, com apoio da ONG SPARC. O artigo argumenta que este esforço, que atendeu aos critérios do doador para um projeto bem-sucedido, foi a ponta de um iceberg. Sem uma avaliação dos anos de aprendizado e inovação que o antecedeu e a base dos princípios e relações construídas durante muitos anos, esta conquista não pode ser adequadamente avaliada ou compreendida—e certamente não copiada. Porém no mundo da avaliação e levantamento formais, tende a haver uma falta de interesse no aprendizado mais profundo sobre mudança social que torna possível tais história de sucesso.
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Em todo o Distrito de Gaya em Bihar, independentemente da casta ou condição social da pessoa, a irrigação é o tópico predominante de preocupação nas plataformas públicas e conversas privadas. Na ausência de ação governamental adequada, tipos diferentes de esforço comunitário estão emergindo para atender às necessidades, alguns apoiados por movimentos políticos radicais, outros por organizações de uma persuasão religiosa e outros ainda em grande parte por cidadãos locais conhecidos.
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A Reabilitação Baseada na Comunidade (Community-Based Rehabilitation - CBR) tem sido adotada em vários países para ajudar as pessoas deficientes. Este artigo analisa a interação entre a CBR e a auto-alienação de mulheres deficientes físicas de suas comunidades. Entrevistas aprofundadas com 40 mulheres com deficiência física no norte da Tailândia constataram que a CBR é raramente capaz de capacitar as mulheres com deficiências físicas a realizar seu próprio senso dentro de sua comunidade porque a própria CBR foi incapaz de mudar a falsa impressão da comunidade sobre a deficiência. Apesar de participar de programas da CBR, a auto-alienação de mulheres deficientes físicas de sua comunidade permaneceu devido à forte dependência da CBR da prática médica, ignorando a questão de gênero como um fator colaborador importante. Além disto, trabalhadores de campo da CBR obviamente falharam em captar a magnitude de modelos sociais na reabilitação da deficiência.
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Este artigo analisa em detalhes o impacto e efetividade de projetos de educação entre colegas implementados no Camboja sob a Iniciativa de Saúde Reprodutiva para a Ásia (RHI), em uma tentativa de oferecer lições importantes para a montagem e implementação de tais intervenções e contribuir para o desenvolvimento da melhor prática. Sob a RHI, que foi o primeiro programa no Camboja planejado especificamente para abordar as necessidades de saúde sexual e reprodutiva dos jovens, a educação entre colegas foi implementada como se fosse um método diretamente transferível, em vez de um processo a ser baseado em contextos sociais e políticos específicos. Conseqüentemente, os conceitos de educação entre colegas relativos a empoderamento e participação entraram em conflito com tradições hierárquicas e relações de poder locais com relação a gênero e pobreza, educadores de colegas foram treinados para transmitir mensagens desenvolvidas por adultos e as intervenções não foram planejadas para refletir as dinâmicas sociais de grupos jovens de colegas.
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Engajar e ajudar as comunidades marginalizadas permanece sendo um grande desafio para governos de países em desenvolvimento pois várias estratégias de desenvolvimento nacionais tendem na prática a marginalizar ainda mais as comunidades cronicamente pobres. Estratégias de ajuda de desenvolvimento, inclusive iniciativas para redução da pobreza, têm se concentrado principalmente no desenvolvimento econômico e, como resultado, têm contribuído para a erosão da base de bens destas comunidades e em particular seu acesso a recursos naturais. Embora questionando o impacto dos arranjos de ajuda humanitária sobre as comunidades mais pobres e mais vulneráveis da sociedade, este artigo reconhece que os arranjos de ajuda atuais, tais como estratégias nacionais de redução da pobreza, têm criado um ambiente no qual a pobreza crônica pode ser abordada por governos nacionais e outros stakeholders. Os autores destacam a necessidade de uma maior sensibilidade nos processos de planejamento e gerenciamento de estratégias de desenvolvimento nacionais que buscam reduzir a pobreza, assim como um compromisso com arranjos institucionais que incluam grupos marginalizados na economia política do país.
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O Banco Mundial e o FMI propuseram a estrutura do Documento sobre a Estratégia de Redução da Pobreza (Poverty Reduction Strategy Paper - PRSP) a todos os países pobres como condição para receberem ajuda incondicional com a dívida sob a iniciativa dos HIPCs. Os PRSPs também serão o veículo-chave para o Banco Mundial e FMI e outros doadores para vários pacotes assistenciais, inclusive empréstimos. Assim como seus antecessores, a estrutura do PRSP também impulsiona as idéias de “participação” e “posse”. Este artigo argumenta que a posse de uma estrutura tão grande não pode provavelmente ser de responsabilidade dos países pobres ou de sua população se a idéia toda é produto de pensadores do Banco Mundial e do FMI. Ele discute a participação no desenvolvimento da PRSP de Bangladesh e argumenta que nem a participação nem a posse foi o alvo na preparação de uma estratégia nacional de redução da pobreza, mas foram um componente necessário de um documento requerido para continuar as relações de dívida e empréstimo com o Banco Mundial e FMI.
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Este artigo examina a implementação inadequada de serviços sociais por parte de governos municipais da Nigéria e identifica três problemas: falta de transparência e accountability na governança, funcionários e administração subqualificados e a relação frágil (uma dicotomia de “nós” versus “eles”) entre os residentes urbanos e governos locais. Não se pode mais argumentar que a falta de fundos é a limitação-chave.
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Uma boa governança é essencial para sustentar a transformação econômica em países em desenvolvimento. Contudo, muitos países em desenvolvimento atualmente não têm a capacidade, em oposição à vontade, para alcançar e sustentar um ambiente de boa governança. Este artigo aborda, a partir da perspectiva de campo de um trabalhador, os objetivos fundamentais, princípios e áreas-chave que precisam ser abordados para desenvolver a capacidade para uma boa governança. Estas estruturas estão agora começando a ser reconhecidas pois governos e instituições doadoras visam aproveitar a demanda atual e oportunidades para abordar os déficits de governança. Ao buscar o desenvolvimento de capacidade para uma boa governança, países em desenvolvimento devem garantir que tais iniciativas sejam montadas de maneira abrangente para estarem simultaneamente relacionadas com a mudança e transformação nos níveis individuais, institucionais e da sociedade e serem pertencidas e controladas localmente.
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Grande parte da migração interna na Índia, inclusive nos estados de Rajasthan e Orissa, é guiada pelo sofrimento. Anteriormente, questões relacionadas à gênero eram negligenciadas pois a migração tendia a ser vista como um movimento predominantemente masculino, com as mulheres de fora do processo ou como seguidoras dependentes. A migração atual está ocorrendo em um mundo marcado por uma convicção mais profunda sobre a importância da igualdade da oportunidade entre as divisões sócio-políticas. Este artigo ressalta a necessidade de se analisar a migração por meio de experiências diferenciais de mulheres e de homens no contexto de um mundo altamente marcado pela questão de gênero.
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Uma abordagem para estabelecer a provisão de serviço de extensão privada para pequenos produtores de horticultura no Quênia foi desenvolvida entre abril de 2003 e dezembro de 2005 pelo Centro Internacional de Fisiologia de Insetos e Ecologia e Instituto de Recursos Naturais no Reino Unido, em colaboração com a EurepGAP FoodPLUS GmbH e a House of Quality-South Africa, ONGs internacionais, empresas de exportação e grupos de produtores rurais de fomento agrícola. A abordagem concentrou-se nas boas práticas agrícolas, segurança alimentar, Regulações da UE sobre os limites máximos residuais de pesticida e o Padrão EurepGAP. A abordagem não é um modelo mas as lições aprendidas são aplicáveis a sistemas semelhantes de produção de pequenos produtores em outros países africanos.
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Dos círculos de tomadas de decisões mais altos até as organizações locais e de base, todos enfrentam um desafio semelhante: como trabalhar com outros grupos para estabelecer parcerias mais sólidas e chegar a um consenso em relação aos objetivos? Este artigo descreve a Caixa de Ferramentas Net-Map, uma nova ferramenta que constrói e expande abordagens sociais-de trabalho de rede existentes. O artigo destaca a experiência de se utilizar a Caixa de Ferramentas com a White Volta Basin Board em Gana, uma organização com vários stakeholders que é responsável por supervisionar recursos hídricos locais. A discussão inclui como a Caixa de Ferramentas Net-Map pode ajudar os membros de organizações orientadas para o desenvolvimento a compreender melhor e interagir umas com as outras em situações onde vários atores diferentes podem influenciar o resultado.
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Reconhecendo que a posição de investigadores poderia promover um grande impacto na qualidade e /ou interpretação de resultados de estudo sobre desenvolvimento, uma pequena investigação para explorar as posições e tarefas de pesquisadores foi implementada. Este foi um componente subsidiário de um estudo sobre desenvolvimento de saúde maior que visou explorar a base de evidência para a formulação e implementação de política de saúde físico-social e mental em dois países afetados por conflito e com baixos recursos. Cinco pessoas da equipe de pesquisa foram entrevistadas por um sexto membro em um formato de entrevista e os dados foram analisados tematicamente. O principal aprendizado para a equipe, com implicações mais amplas para outros agentes em pesquisa e prática sobre desenvolvimento, é que para o objetivo produzir resultados críveis de investigações desta natureza, é importante apresentar um alto grau de transparência em relação à função e posição de cada pesquisador e uma tentativa explícita de ser reflexivo em relação aos desafios associados.
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A cooperação entre pesquisadores do hemisfério global norte-sul é crucial para a produção de novos conhecimentos que forneçam informações às políticas de desenvolvimento. Contudo, o processo de definição da agenda é um grande obstáculo em várias parcerias de pesquisa sobre desenvolvimento. A primeira seção deste artigo examina como as estratégias de doadores bilaterais afetam os processos de definição de agenda cooperativa. A segunda seção explora as motivações para que pesquisadores estabeleçam parcerias Norte–Sul; os obstáculos que pesquisadores do hemisfério sul encontram nos processos de definição de agenda e as estratégias que eles empregam para garantir que as parcerias de pesquisa respondam às suas preocupações. Essa análise sugere que embora as sólidas organizações de pesquisa do hemisfério sul estejam melhor posicionadas para maximizar os benefícios da colaboração, doadores e pesquisadores estão igualmente bem orientados para reconhecer as limitações dessa abordagem e para utilizá-la prudentemente, uma vez que parcerias Norte–Sul não são necessariamente a melhor maneira de se avançar em agendas de pesquisa enraizadas em prioridades do hemisfério sul.
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A pesquisa de desenvolvimento tem respondido a várias acusações nas últimas décadas. Quando, por exemplo, a pesquisa tradicional foi acusada de ocorrer “de cima para baixo”, a resposta foi a pesquisa participativa, conectando os “receptores” com os geradores de pesquisa. Como os processos participativos foram reconhecidos como produzindo resultados limitados, surgiu a agenda liderada pela demanda. Com acusações relativas ao fracasso da pesquisa em gerar resultados, o modelo de ”ligação”, que conecta pesquisa com o setor privado, tem se tornado popular. Contudo, utilizando exemplos da pesquisa sobre saúde de animais, esse artigo demonstra que todas as abordagens citadas acima sofrem grandes restrições na geração de resultados que abordem os problemas multi-facetados enfrentados pelas pessoas pobres. O artigo apresenta uma nova abordagem da pesquisa, o modelo Mosaico. Ao combinar diferentes formas de conhecimento e concentrando-as nas lacunas existentes, o modelo visa associar resultados básicos e aplicados com o objetivo de aumentar a eficiência e o valor da pesquisa passada, atual e futura.
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Parceria tem se tornado uma palavra-chave no jargão do desenvolvimento internacional. Esse artigo apresenta os resultados de uma pesquisa sobre as perspectivas de trabalhadores de ONGs cambojanos e filipinos acerca das condições de levantamento de recursos. Em geral, os praticantes expressaram uma visão de que suas relações com os financiadores não são consistentes com a retórica de compartilhamento de poder e colaboração que freqüentemente acompanha as discussões de parceria, confirmando amplamente a literatura negativa sobre parceria. Apesar disso, os praticantes expressaram um desejo de continuidade das relações colaborativas existentes com organizações do hemisfério norte, idealmente com um maior enfoque sobre o contexto local e as relações pessoais. Os praticantes acreditam que uma parte importante de sua função é mediar o desenvolvimento para torná-lo mais relevante e sensível às demandas.
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Partindo de uma análise da injustiça social e ambiental, a autora argumenta que o conceito de racismo ambiental é integral ao modelo hegemônico do desenvolvimento capitalista. Ela revela como os mega-conglomerados financeiros, auxiliados pela mídia, exploram tais preconceitos e destaca a relevância do racismo ambiental na luta para combater as desigualdades, valorizar a importância da diversidade e desenvolver a cidadania plena para todos.
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Este artigo argumenta que a prática do alívio da pobreza é em grande parte limitada por uma visão da pobreza que não consegue capturar as causas localmente específicas das barreiras que se encontram no caminho do bem-estar humano e as soluções para elas. Essa visão problemática da pobreza assume a forma do mundo-real em coisas como os Textos sobre Estratégia de Redução da Pobreza, sendo uma razão-chave desse e de outros esforços de alívio da pobreza atual não mostrarem com freqüência resultados melhores com relação aos esforços anteriores. Ao reformular nosso entendimento dos desafios ao bem-estar humano da pobreza para as “pobrezas”, porém, nós poderíamos visualizar uma nova abordagem para o desenvolvimento de políticas em relação à pobreza que nos faça mover em direção a um desenvolvimento verdadeiramente sustentável.
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Os direitos humanos estão atualmente enfrentando um paradoxo: a coexistência de desafios profundos em território familiar (liberdades civis) mais a expansão para novas áreas. As abordagens baseadas em direitos (RBA) são uma parte dessa última corrente em expansão. Este artigo argumenta que quatro tipos de valor agregado podem potencialmente ser apontados. Primeiramente, o valor agregado pode ser buscado por meio de usos diretos, indiretos e estratégicos da lei. Em segundo lugar, recentralizar o Estado e perguntar novamente a questão sobre seu papel adequado no desenvolvimento (implementação, supervisão), bem como realizar estrategicamente o engajamento com o Estado, também agregam valor. Em terceiro lugar, em relação à sua accountability, a RBA agrega valor ao fazer o Estado prestar contas, capacitando aqueles que possuem direitos e deveres e incentivando um novo tipo de propriedade de direitos humanos entre as ONGs. Em quarto lugar, o artigo explora as alegações de que a RBA re-politiza o desenvolvimento, redefinindo-o como desenvolvimento baseado em direitos em vez de benevolência; reivindicando ou politizando novamente os termos-chave (processo) do desenvolvimento; abordando a raiz, as causas estruturais, em vez dos sintomas da pobreza e conflito; e falando a verdade sobre o poder. Nem todas essas contribuições são exclusivas à RBA, porém; e de qualquer maneira, é preciso ainda verificar se a RBA cumprirá sua promessa.
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O comportamento de ONGs internacionais (ONGIs) continua a impedir a efetividade da ajuda. As razões para isso são identificadas. Seis prescrições são oferecidas que, se adotadas pelas ONGIs, reduziriam o prejuízo que elas causam.
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Nos últimos 10–15 anos, tem havido um aumento de interesse no assunto de Estudos de Desenvolvimento (DS). Existem agora significativamente mais cursos regulares concentrados em DS e os fundos de pesquisa estão aumentando rapidamente. Contudo, durante o mesmo período, os DS enfrentaram críticas recorrentes sobre sua natureza essencial. Isso tem nos levado a perguntar: O que são Estudos de Desenvolvimento? E o que eles poderiam ou deveriam ser?
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Este breve artigo destaca algumas das principais contribuições feitas pela ONU ao pensamento e prática de desenvolvimento de 1945 a 2000. O termo desenvolvimento é utilizado aqui amplamente para se referir não apenas aos aumentos no crescimento econômico e renda per capita e à mudança estrutural, mas também refere-se ao progresso na promoção dos direitos humanos, redução da pobreza, geração de emprego, distribuição mais justa dos benefícios de crescimento, participação nas tomadas de decisão em diferentes níveis, igualdade de homens e mulheres, desenvolvimento e bem-estar infantil e justiça social e sustentabilidade ambiental. Há primeiramente uma discussão dos valores que têm apoiado o trabalho da ONU sobre desenvolvimento. Após essa discussão há um sumário de algumas das contribuições-chave feitas pelo sistema da ONU para o pensamento sobre questões de desenvolvimento. O artigo conclui com algumas observações sobre as maneiras pelas quais essas contribuições foram feitas e sobre os pontos positivos e negativos do sistema na criação de idéias e ação de desenvolvimento.
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A qualidade do trabalho das ONGs depende imensamente da qualidade do pensamento crítico e da análise da pobreza entre todos os níveis de funcionários. Em particular, a qualidade do trabalho na área – entre parceiros e a comunidade – depende de uma compreensão dos processos de desenvolvimento e de sólidas habilidades de facilitação, que dependem de níveis elevados de pensamento crítico. Embora quase todos os tenham naturalmente, a aprendizagem mecânica nos sistemas educacionais e patriarcais e estruturas de poder centralizadas freqüentemente minam seu desenvolvimento. Este artigo sugere algumas maneiras práticas pelas quais as agências de desenvolvimento possam desenvolver um sólido pensamento analítico e sólidas habilidades de facilitação entre seus funcionários. Embora o artigo seja voltado principalmente aos funcionários de linha de frente, a implicação é que tais mecanismos são necessários em todos os níveis para que as organizações desenvolvam suas próprias capacidades.
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Os vastos recursos naturais florestais da Índia, inclusive em produtos florestais não-madeireiros (NFTPs) como plantas medicinais e aromáticas, animais e produtos animais, bambus, canas e minerais, oferecem empregos que representam até metade da renda de cerca de 25 por cento da força de trabalho rural do país. Contudo, práticas de colheita inadequadas e o excesso de exploração em face da crescente demanda de mercado estão ameaçando a sustentabilidade desses recursos e, assim, os meios de subsistência das comunidades tribais dependentes da floresta. Este artigo analisa o estado dos NTFPs e iniciativas recentes que visaram melhorar sua conservação e gestão sustentável, recomendando políticas para otimizar o potencial dos NTFPs tanto para apoiar os meios de subsistência rurais quanto para contribuir com o bem-estar social, econômico e ambiental da Índia.
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Muito tem sido pesquisado e falado sobre os impactos da liberalização comercial internacional em nível de país; mas pouco é conhecido sobre seus impactos sociais e ambientais em nível local. Uma vez que as médias nacionais podem mascarar a existência de vencedores e perdedores, estudos no plano nacional podem ser um guia inadequado para abordar as dificuldades dos pobres da zona rural e do meio ambiente, que estão no centro da agenda do movimento social e de conservação. Este artigo compara o debate da liberalização comercial internacional com os resultados encontrados nos estudos de caso locais em zonas rurais de sete países, coordenados pelo WWF e pelo Banco Mundial durante 2004–2006, discutindo ainda algumas ações que o movimento de conservação e o movimento social poderiam adotar para melhorar a discussão e a prática de liberalização comercial, redução da pobreza e conservação ambiental.
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pp 658-669
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Este estudo de caso do distrito de Búzi, em Moçambique, investigou se a igualdade de gênero, em termos de participação de homens e mulheres em grupos, leva à eqüidade no compartilhamento dos benefícios do capital social criado por meio do grupo. Explorando a complexa conexão entre gênero, grupos e capital social, nós constatamos que a eqüidade de gênero não é necessariamente alcançada com a garantia de direitos iguais aos homens e mulheres por regras estatutárias, ou lidando com grupos como uma entidade coletiva. Embora não tenham havido diferenças significativas nos padrões de investimento de homens e mulheres em termos de participação nas atividades de grupo e contribuição ao trabalho comunal, o acesso às posições de liderança e aos benefícios do capital social foram distribuídos de maneira desigual. Em comparação com os homens, as mulheres acharam também difícil transformar as relações sociais em direção a um maior acesso à informação, acesso aos mercados ou ajuda em caso de necessidade. pp 650-657
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Os projetos do Centro Internacional de Melhoria de Milho e Trigo (CIMMYT) relacionados às novas tecnologias de conservação de recursos (TCRs) nas Planícies Indo-Gangéticas do Nepal tiveram por objetivo reforçar a eqüidade de acesso, a redução da pobreza e a orientação de gênero nos processos correntes de mecanização rural – mais especificamente, promover a conservação de recursos com máquinas e tecnologias de redução de trabalho penoso entre os pequenos produtores rurais. Tais projetos, com outros exemplos e outros atores, deram origem a um projeto informal de "coalizão", que utilizou as abordagens de desenvolvimento de tecnologia participativa (DTP), em que produtores rurais, engenheiros, cientistas e outros parceiros trabalharam em favor de um acesso equânime às novas TCRs. Essa experiência mostrou que projetos DTP necessitam ser flexíveis, fazendo uso de abordagens de aprendizado e mudanças. Assim que a adoção bem-sucedida esteja ocorrendo, então o que fazer? Tais projetos precisam assegurar que todos estejam sendo beneficiados em termos de inclusão social e eqüidade; isso poderia requerer novo trabalho não previsto. pp 643-649
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Avaliações envolvendo stakeholders (partes interessadas) incluem avaliação colaborativa, avaliação participativa, avaliação de desenvolvimento e avaliação de empoderamento – distingüidas pelo grau e profundidade de envolvimento dos stakeholders locais ou dos participantes do programa no processo de avaliação. No monitoramento e avaliação participativos (M&AP) da comunidade, as comunidades definem os objetivos do programa e desenvolvem indicadores locais para traçar e avaliar as mudanças. O M&AP não está livre de limitações, um deles sendo o fato de que os indicadores comunitários são altamente específicos e localizados, o que limita uma ampla aplicação dos indicadores comunitários comuns para a avaliação de programas em espaços sociais e geográficos amplos. Nós desenvolvemos indicadores comunitários com seis comunidades de produtores rurais em Malauí a fim de avaliar um projeto de desenvolvimento comunitário. Para aplicar os indicadores às seis comunidades, nós os agregamos e utilizamos a escala e a pontuação Likert para avaliar a percepção das comunidades quanto à extensão com que o projeto havia atingido seus objetivos. Nós analisamos os dados usando um confronto das médias a fim de comparar os indicadores entre as comunidades e por gênero. pp 633-642
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Embora a pobreza rural seja endêmica na região andina, os programas de ajuste estrutural têm levado a um desmembramento entre pesquisa agrícola e serviços de extensão, de forma que eles são incapazes de atender às necessidades dos pequenos produtores rurais. A ONG Ação Prática tem trabalhado nos Andes com as necessidades veterinárias e agrícolas dos produtores rurais. O trabalho inclui o treinamento de agentes de extensão de produtor rural para produtor rural, conhecidos localmente como Kamayoq. Os Kamayoq têm estimulado a pesquisa participativa com produtores rurais e os produtores locais os pagam pelos seus serviços em dinheiro ou em espécie. O modelo Kamayoq é em grande medida uma abordagem não subsidiada para a provisão de serviços técnicos adequados e estímulo à participação dos produtores rurais. O modelo também ilustra que, no contexto estimulante de participação dos produtores e inovação, as ONGs possuem vantagens em relação às organizações de pesquisa devido a sua presença de longo prazo, capacidade de estabelecer a confiança com produtores locais e suas ênfases nos processos sociais e comunitários. pp 627-632
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O PETRRA foi um projeto de gestão e pesquisa agrícola que utilizou uma abordagem baseada em valores no desenho, planejamento e implementação de projetos. Mediante um processo de aprendizagem baseado na experiência, institutos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) agrícolas, ONGs, agências privadas e organizações comunitárias redescobriram e aperfeiçoaram o conhecimento de seus pontos fortes no atendimento dos compromissos do desenvolvimento. O projeto mostrou de maneira bem-sucedida como a pesquisa baseada em valores pode significativamente ser implementada e como um impacto em favor dos pobres sustentável pode ser alcançado. pp 619-626
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As mulheres exercem um papel importante na oferta de alimentos nos países em desenvolvimento, mas muitas vezes sua capacidade de alimentar as famílias adequadamente vê-se comprometida; o resultado são os altos níveis de doenças oriundas dos alimentos e o conseqüente acesso limitado aos mercados de mais alto valor. Nós argumentamos que as abordagens de risco – a atual melhor prática para gestão da segurança alimentar nos países desenvolvidos – requerem uma adaptação ao difícil contexto dos mercados informais. Nós sugerimos a pesquisa participativa e a análise de gênero como mecanismos de ampliação de fronteiras, juntando comunidades e implementadores de segurança alimentar para analisar problemas de segurança dos alimentos e desenvolver soluções viáveis. Os exemplos utilizados mostram como essas metodologias podem contribuir para operacionalizar as abordagens de risco em ambientes urbanos e para desenvolver uma nova abordagem para avaliação e gerenciamento da segurança alimentar em países pobres, que nós chamamos de “análise participativa de risco”. pp 611-618
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Os reais especialistas em pobreza são as pessoas pobres, contudo a incidência e as tendências da pobreza são geralmente medidas pelo uso de indicadores econômicos oficiais que são assumidos como sendo relevantes pelos pesquisadores. As famílias pobres fazem distinção entre renda monetária e de subsistência. Em um exercício de “auto-avaliação de pobreza”, moradores pobres de vilarejos rurais da China especificaram e avaliaram o peso de indicadores-chave de pobreza. Oito indicadores centrais descrevendo três tipos básicos de pobreza foram separados e utilizados para construir um índice de pobreza participativo (IPP), cujos componentes oferecem uma idéia a respeito das causas básicas da pobreza. Além disso, o IPP permite uma comparação direta da incidência de pobreza entre os vilarejos – a despeito das diferenças nas características sociais, culturais e ambientais de cada uma delas. Como resultado, o IPP oferece um método objetivo de condução do monitoramento da pobreza, independentemente de características físicas e sociais. Este artigo apresenta uma breve descrição do IPP e dos dados necessários para a construção de um IPP que seja específico dos vilarejos. pp 599-610
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Este estudo avaliou a extensão com que métodos participativos tinham sido usados pelo CIMMYT, e como os cientistas os viram. Os resultados sugerem que as abordagens participativas no Centro foram amplamente "funcionais" – isto é, voltadas a melhorar a eficiência e relevância da pesquisa – e tinham na verdade agregado valor aos esforços de pesquisa. A maioria dos projetos avaliados também deram ênfase à formação da consciência dos produtores rurais. É compreensível que nós pensemos que o fator limitante nos intercâmbios entre cientistas e produtores rurais seja a limitada base de conhecimento dos produtores. Assim, em condições tais como as existentes nas áreas marginais e na pequena propriedade rural, a exposição a novos genótipos e a melhores opções gerenciais possíveis seria um requisito inicial para interações efetivas e implementação das abordagens participativas. pp 590-598
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Até recentemente, as abordagens participativas e convencionais da pesquisa agrícola eram vistas como mais ou menos antagônicas. Este artigo apresenta evidência de três sub-projetos de um programa cooperativo de pesquisa Tailandês-Vietnamita-Alemão sobre "Uso Sustentável do Solo e Desenvolvimento Rural em Regiões Montanhosas do Sudeste da Ásia", em que elementos participativos foram integrados com sucesso na pesquisa agrícola convencional na forma de atividades complementares. Em todos esses três sub-projetos os custos de estudar o conhecimento local ou promover as experimentações dos produtores rurais consistiram em pessoal local adicional, custos de oportunidade do tempo dos produtores participantes e custos de viagens. Contudo, esses elementos participativos dos projetos de pesquisa constituíram somente uma pequena fração dos custos totais. É possível então concluir que uma pesquisa agrícola convencional pode ser complementada por componentes participativos de maneira efetiva em termos de custos, enquanto produz benefícios significativos na forma de criação de sinergias ao combinar conhecimento científico e local, aperfeiçoar dados no nível micro e enfatizar as limitações dos produtores rurais que afetam a adoção de tecnologia. pp 576-589
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A popularidade das abordagens de pesquisa participativa é amplamente impulsionada pelos benefícios esperados com a ponte realizada entre as instituições formais da ciência agrícola e as comunidades rurais locais, tornando a pesquisa agrícola mais relevante e efetiva. Não há, contudo, certeza de que essa abordagem, que tem sido principalmente baseada em projetos, será bem-sucedida em transformar a pesquisa agrícola nos países em desenvolvimento em direção a instituições mais sensíveis aos clientes e orientadas para impacto. Os gerentes de pesquisa devem considerar estratégias apropriadas para tal transformação institucional, incluindo: (1) cuidadoso planejamento de processos e interações sociais entre os diferentes participantes, documentando como ela poderia resultar em sucesso ou fracasso; (2) objetivos claros que influenciem os métodos participativos utilizados; (3) claras trajetórias de impacto e hipóteses de impacto desde o início, especificando os produtos, resultados, impactos e beneficiários esperados; (4) desejo de adotar aprendizagem institucional, onde as práticas e culturas existentes possam ser mudadas; e (5) compromisso de financiamento de longo prazo para sustentar o processo de aprendizagem e mudança. pp 564-575
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Este estudo explora o impacto intra-familiar do feijão-de-corda melhorado de duplo propósito (IDPC no original) a partir de uma perspectiva de gênero, em termos de produtividade e disponibilidade de alimento, forragem e renda, cujo impacto é associado à renda que vai para as mãos das mulheres. O excedente de renda é importante para os lares em termos dos benefícios alimentares e nutricionais, particularmente nos períodos de risco. Mais importante, a renda gerada por meio das variedades de feijão-de-corda melhorado passou a fazer parte de um domínio amplamente feminino, em que as transferências de rendas foram repassadas para mulheres de diferentes idades, com um impacto significativo em temos de desenvolvimento econômico e social. Entretanto, a tecnologia tem reforçado a separação das esferas de trabalho entre homens e mulheres. As futuras tecnologias deveriam, desde o início, explorar as possibilidades existentes na rubrica local, a fim de se concentrar nas mulheres com o objetivo de expandir sua participação na agricultura com os benefícios associados para suas famílias. pp 551-563
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A necessidade de aumentar a sustentabilidade agrícola tem levado ao governo da Índia a promover a adoção do gerenciamento integrado de pragas (PIG). Uma avaliação dos sistemas convencional e de agricultura PIG foi conduzida na Índia (2002-2004). Os produtores rurais que administravam as fazendas PIG haviam participado do treinamento ecológico baseado em descoberta, nominalmente as Escolas de Campo Rurais (ECR). A avaliação incluiu cinco áreas de impacto: (1) a matriz ecológica e (2) riscos ocupacionais da produção de algodão; e os efeitos da adoção do PIG sobre (3) alocação de trabalho; (4) práticas gerenciais; e (5) meios de vida. A análise mostrou que uma combinação de abordagens aumentou a profundidade e a relevância das descobertas. Métodos participativos e convencionais foram complementares. O estudo também revelou impactos diferentes sobre os meios de vida de mulheres e homens, assim como entre produtores rurais ricos e pobres, e demonstrou que o valor da experiência pode ser capturado também em termos das próprias estruturas de referência dos produtores rurais. O processo de avaliação consumiu recursos consideráveis, indicando que há necessidade de distribuições orçamentárias adequadas. pp 539-550
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O debate sobre o empoderamento abrange um discurso mais antigo sobre o valor intrínseco do empoderamento e um discurso mais recente sobre os seus benefícios instrumentais; e o conceito de agência é útil no entendimento dessa distinção. No desenvolvimento agrícola, os esforços do empoderamento são muitas vezes instrumentalistas, vistos como uma forma avançada de participação que irá aumentar a efetividade dos projetos, com taxas de adoção que promovem o cumprimento de metas em vez do empoderamento intrínseco. Entretanto, é possível que os projetos aumentem os meios para o – e a facilitem o processo do – empoderamento intrínseco. Com relação ao processo, a pesquisa e a extensão podem utilizar uma abordagem construtivista antes de behaviorista para apoiar mudanças no conhecimento, comportamento e nas relações sociais. Ao avaliar o empoderamento, tanto os desenvolvedores como os "desenvolvidos" necessitam buscar evidências de que as pessoas estão assumindo o controle de suas vidas. Estudos de caso – tais como aqueles usados pelo Programa Indonésio de Gerenciamento Integrado de Pragas (PIG) – ajudarão a capturar o contexto e a cronologia, com comportamentos não planejados tornando-se indicadores particularmente úteis. pp 524-538
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Este artigo baseia-se na pesquisa de desenvolvimento participativo conduzida no distrito de Soroti em Uganda, com o objetivo de avaliar o impacto do desenvolvimento agrícola entre produtores rurais pobres. O argumento central é que uma combinação de empoderamento dos produtores rurais e inovação por meio de aprendizagem a partir da experiência em grupos da escola de campo rural (ECR) mudanças na estrutura de oportunidade mediante a transformação dos funcionários locais, o estabelecimento de novas instituições locais administradas por produtores rurais e a emergência de um provedor privado de serviços te sido bem-sucedida na redução da pobreza global. Baseado em um estudo empírico da adaptação bem-sucedida e da difusão de tecnologias em favor dos pobres, o estudo avalia o impacto no bem-estar por parte do desenvolvimento da tecnologia agrícola no distrito de Soroti. O estudo conclui que a difusão baseada no mercado das tecnologias agrícolas em favor dos pobres requer um contexto institucional que combina o empoderamento dos produtores rurais com um ambiente de política capacitador. pp 506-523
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Este artigo traça a história da pesquisa agrícola participativa, amplamente baseada na experiência pessoal do autor. A pesquisa participativa na década de 1970 foi liderada principalmente pelos cientistas disciplinares e caracterizada por atividades inovadoras e debate acadêmico aberto, com algum reconhecimento de que a política e a prática do desenvolvimento eram um processo político. Os anos 1980 presenciaram uma mudança para o aprendizado a partir da experiência passada, de modo que foi desenvolvida uma corrente dominante participativa, buscando métodos de intensificação. Enquanto isso, outros procuraram entender e influenciar as políticas e a mudança institucional em seus contextos políticos e culturais, assim como manter abertos os debates acadêmicos. O autor vê os anos 1990 como "anos perdidos", durante os quais os praticantes participativos da corrente dominante tornaram-se generalistas de desenvolvimento voltados para si mesmos, não tão interessados em aprender com outros que estavam fora desse paradigma. O final da década de 2000 oferece uma chance para reconhecer a inserção política e cultural da ciência e da tecnologia; para reintroduzir disciplinas fortes e amplas; e para aprender com as atividades do passado que resultaram em conseqüências positivas de desenvolvimento (planejados ou não planejados). pp 489-505
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Este artigo faz uma resenha, por meio de referências à literatura publicada, de algumas das questões-chave sobre a pesquisa participativa. Quando a pesquisa participativa pode ser usada? Como a pesquisa participativa pode ser utilizada? E a qualidade da ciência na pesquisa participativa? Há questões institucionais associadas com o uso da pesquisa participativa? O artigo não corresponde a uma resenha detalhada da literatura, ele não pretende estabelecer padrões para a pesquisa participativa, nem definir o que constitui a "boa" pesquisa participativa, mas antes disso pretende resumir as realidades da implementação da pesquisa participativa, como discutida e debatida por diversos autores já publicados, e oferecer uma base de referência útil para este número especial. pp 479-488
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As abordagens de pesquisa participativa têm se tornado crescentemente populares entre os cientistas que trabalham para a diminuição da pobreza, o desenvolvimento rural sustentável e a mudança social. Esta introdução oferece uma visão geral do número especial do Desenvolvimento em Prática sobre o tema "operacionalizando a pesquisa participativa e a análise de gênero". O objetivo deste número especial é agregar valor à discussão das questões metodológicas, práticas, filosóficas, políticas e institucionais envolvidas no uso de métodos participativos sensíveis ao gênero. Baseados em 16 artigos, nós colocamos alguns dos principais debates, questões e experiências da pesquisa participativa e do desenvolvimento da tecnologia participativa no contexto da implementação, avaliação e institucionalização das abordagens de avaliação e pesquisa participativa. pp 467-478
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In English only
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Na tentativa de reconstruir Estados enfraquecidos pós-conflito, a comunidade internacional tem se inspirado fortemente em paradigmas de desenvolvimento neoliberais. Contudo, a construção do Estado neoliberal tem se mostrado ineficaz para estimular o desenvolvimento econômico em Estados pós-conflito, destruindo perspectivas de consolidação do Estado. Este artigo apresenta o Estado desenvolvimentista como um modelo alternativo para a construção do Estado internacional, mais adequado para superar os desafios de desenvolvimento que os Estados pós-conflito enfrentam. Com base na experiência do leste asiático, a construção de Estado desenvolvimentista buscaria a capacitação do Estado para intervir na economia e assim orientar o desenvolvimento, compensando o fracasso do crescimento liderado pelo setor privado em tornar-se realidade em vários Estados pós-conflito. O artigo conclui que tal abordagem exigiria, em primeiro lugar, que a comunidade internacional aceitasse mais honestamente suas responsabilidades de desenvolvimento quando decidisse intervir para reconstruir Estados enfraquecidos. pp307-318
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Na era emergente “pós-Consenso de Washington”, o neoliberalismo está buscando alternativas que novamente enfatizem o Estado. Porém, nem a Dependência latino-americana nem o desenvolvimentismo do leste asiático – dois modelos de desenvolvimento realmente praticados “na base” – compartilham os pressupostos básicos do Estado liberal e racionalista. Primeiramente, persiste uma divisão ontológica significativa acerca do propósito do Estado. Desenvolvimentistas e dependentistas defendem uma agência estatal profunda e dinâmica em vez de um Estado sem intervenções, liberal, mínimo. Em segundo lugar, a teoria do desenvolvimento tem se desenvolvido dentro de uma estrutura liberal moderna de ciência, democracia, interesses da política externa americana e com um comprometimento cada vez maior com o alívio da pobreza. Dependência e desenvolvimentismo rejeitam estas referências neoliberais no interesse da consolidação e autonomia do Estado. A persistência das visões dependentistas e desenvolvimentistas do Estado impede uma reversão uniforme, pós-neoliberal na teoria de desenvolvimento de volta para o Estado. pp319-332
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Este artigo oferece estratégias para o empoderamento de mulheres em ambientes conservadores, tribais e religiosos, com base em um programa inovador no Paquistão. A Integração Sistemática da Questão de Gênero e Desenvolvimento (MGD) incentivou os participantes a aproveitar as vantagens de suas comunidades, minimizou a resistência entre familiares e comunidades incluindo-os no processo de desenvolvimento e conseguiu desenvolver um quadro de mulheres ativistas. Com base em sua experiência, a autora questiona a importância da ação coletiva, sugere que a seleção de participantes deve ser baseada em aptidão em vez de condição sócio-econômica e destaca o potencial para o empoderamento de mulheres em ambientes desafiadores. pp333-344
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Um número crescente de teóricos e profissionais da área de desenvolvimento vê as ONGs como catalisadores do desenvolvimento sustentável. As ONGs têm sido consideradas defensoras da democratização e promotoras de novas formas de engajamento na política, com influência considerável no desenvolvimento da sociedade civil e novas parcerias na defesa de direitos ambientais e sociais. Este artigo analisa as formas pelas quais as ONGs Ambientais (ONGAs) costa riquenhas engajam-se na política, tratando suas percepções de seus papéis na governança ambiental e na representação da sociedade civil. Os resultados deste estudo sugerem que as formas das ONGAs engajarem-se na política diferem pouco das formas tradicionais de governança, embora suas concepções de engajamento na política, mesmo não sendo políticas, são novas. Ainda que a maioria das ONGAs não possuíssem uma concepção clara das partes envolvidas que elas supostamente estavam representando, a noção da representatividade é complexa e deve ser revista. pp345-356
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Este artigo discute a história e evolução das agências internacionais de envio de voluntários e a história e evolução dos voluntários internacionais como resposta não apenas aos sintomas mas também às causas da pobreza global e desigualdade. Ele avalia como os voluntários internacionais poderiam ser definidos, o que torna a função deles diferente de outras formas de assistência ao desenvolvimento no exterior (particularmente sua contribuição para o desenvolvimento de capacidade) e os pontos positivos e negativos que podem acompanhar estas diferenças. O artigo também analisa a adequação de voluntários internacionais enquanto colaboradores na transição para um Estado mais ecologicamente sustentável globalmente, apresentando algumas idéias de voluntários e outras partes envolvidas. pp357-370
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Este artigo explora os esforços de se associar a pesquisa multidisciplinar e o engajamento de política para lidar com a pobreza infantil nos contextos de países em desenvolvimento, com base nas experiências de Young Lives, um projeto de políticas-pesquisa longitudinal internacional. Ele focaliza um estudo de caso envolvendo a aplicação de evidência de pesquisa sobre pobreza na infância para influenciar debates de políticas a respeito do Documento de Estratégia de Redução da Pobreza de segunda geração da Etiópia (2006–2010). A discussão é situada dentro da literatura teórica na interface entre conhecimento, política e prática, que apóia a conceituação de formulação de política enquanto processo dinâmico não-linear. Observa-se em particular a importância de serem compreendidos os contextos políticos e de políticas de países do hemisfério sul em vez de supor que eles deveriam simplesmente importar modelos de defesa de direitos provenientes do norte. O artigo conclui identificando lições gerais para transformar a pesquisa em mudança política-social. pp371-384
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Embora haja concordância internacionalmente de que as piores formas de trabalho infantil devam ser eliminadas para se promover o bem-estar das crianças, o consenso termina quando se tenta definir o que constitui “trabalho leve”. Este artigo busca mostrar por que é difícil obter a concordância de todos quanto a essa questão, concentrando-se na definição de trabalho infantil proposta pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). pp385-394
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A governança pós-conflito é um aspecto cada vez mais importante da assistência ao desenvolvimento estrangeiro na África subsaariana (AS), onde o enfraquecimento e desintegração do Estado destróem o desenvolvimento humano sustentável. Um grande desafio na reconstrução pós-conflito na AS diz respeito à incorporação de estruturas não estatais subnacionais e instituições informais no instrumento de governança pós-conflito. Para lidar com este aparente hiato na construção da paz sustentável, é preciso haver mais pesquisa teórica e empírica sobre o(s) papel(éis) sutil(is) e contribuição(ões) do Estado pós-conflito na reconstituição da governança e reabilitação das comunidades. Este artigo discute o pós–Consenso de Washington (PWC), uma abordagem de desenvolvimento emergente que busca reintroduzir o papel do Estado nos estudos de desenvolvimento e pós-conflito. A proposta central do artigo é a de que, diferentemente da premissa anti-estatista do Consenso de Washington, Estados, estruturas não-estatais e instituições informais desempenham um papel importante na promoção da conciliação institucional, interpenetração e integração entre estruturas governamentais de nível macro e instituições sociais subnacionais. pp395-402
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O mundo encontra-se em um momento importante pois a humanidade contempla como nossa própria atividade está contribuindo para mudanças na terra e na atmosfera. Desafios terríveis exigem que se levantem questões fundamentais e que se aprenda a partir de fontes improváveis. Baseando-se na pesquisa de campo conduzida na província zambiana de Copperbelt, este artigo explora como as conversas públicas a respeito de visões diferentes da realidade podem informar idéias relacionadas ao desenvolvimento sobre o meio ambiente. Enumerando exemplos práticos em que palavras e imagens transportaram e moldaram pontos de vista conflitantes no ambiente das minas, o artigo afirma que se pode aprender muito com os pontos de vista práticos dos mineiros que trabalham nos túneis subterrâneos. A formulação de políticas poderia beneficiar-se, por exemplo, com a redução de sua dependência de pensamentos econômicos dominantes e cada vez mais basear-se em idéias históricas, culturais, filosóficas e teológicas quando se está planejando políticas, projetos e procedimentos. Questões de poder, controle e auto-concepção da humanidade em relação ao mundo físico também são explorados. pp403-411
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As mulheres planejadoras da África não constituem uma massa importante: o número delas continua insignificante e seus resultados sem reconhecimento, enquanto conselheiros e modelos funcionais ainda tendem a ser masculinos. As experiências das mulheres são desprezadas e seu conhecimento é freqüentemente excluído de políticas, planejamento de projeto e implementação. Este artigo é resultado não de pesquisa acadêmica sistemática, mas de pesquisa confessional, meditativa e de pesquisa-piloto com base na experiência pessoal e nas experiências relatadas por 25 mulheres planejadoras entre 1999 e 2004. Ele deliberadamente busca quebrar a monotonia de basear-se em resultados de pesquisa, que freqüentemente estão desconectados de encontros práticos e emocionais. Utilizando material de depoimentos do Quênia, Nigéria, África do Sul, Uganda e Zimbábue, o texto examina o treinamento e ambiente profissional das "planejadoras" e discute as emoções, expectativas e experiências de mulheres planejadoras em encontros do dia-a-dia. pp412-419
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Embora menos do que esperado, há recursos para intervenções simples e baratas que podem acelerar o progresso em direção aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. O gerenciamento baseado em resultados tem sido a chave para aumentar o acesso à educação e ao serviço de saúde, mas faz pouco para mudar as condições políticas, sociais e econômicas que tornam as pessoas pobres. A menos que haja um melhor equilíbrio entre o direcionamento para se alcançar impacto mensurável, investimentos em medidas de erradicação da pobreza de longo prazo e a criação de espaço onde pessoas pobres podem discutir e desenvolver estratégias para alcançar igualdade e justiça social, não será tão fácil tornar a pobreza um fato da história, como muitas pessoas pensam. pp420-423
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Embora haja freqüentemente uma forte ênfase na resposta a desastres, a preparação para desastres e mitigação de desastres estão, corretamente, recebendo mais atenção. Ao examinar o estado da preparação na Indonésia, este artigo está dividido em três seções. Primeiramente, ele revê os riscos presentes no país, tais como conflito, terremotos e tsunamis. Em segundo lugar, ele examina alguns dos esforços atuais em andamento por parte do governo e da comunidade internacional. Finalmente, o artigo afirma que o processo de preparação para desastres ainda não está completo. Os principais desafios permanecem: melhorar a coordenação entre organizações diferentes, criando uma cultura de gestão dos riscos de desastres, implementando métodos apropriados e mantendo o ímpeto em relação a esta questão no futuro. pp424-429
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O desenvolvimento traz mudanças na vida das pessoas e suas formas de compreender e lidar com seu mundo. É possível distingüir entre dois tipos de intervenção de desenvolvimento: (a) melhorias na situação externa, principalmente por meio da provisão de bens públicos; e (b) fortalecimento da capacidade interior das pessoas, um esforço que depende de processos cognitivos. O artigo conecta conceitos básicos da teoria cognitiva com a prática de desenvolvimento e propõe caminhos para mais pesquisa para estudar a forma pela qual as pessoas desenvolvem suas capacidades e encontrar maneiras de apoiar tais processos. Uma compreensão mais ampla da mudança cognitiva como um fator-chave poderia aumentar enormemente a sustentabilidade dos projetos de desenvolvimento. pp430-436
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Este artigo relata um estudo para explorar os fatores e motivações que contribuem para a participação de voluntários de comunidade em um projeto de alimentação em creches em Malauí. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com voluntários da comunidade em 15 dos 32 locais do programa. Os resultados apontaram para uma mescla de motivações pessoais, especialmente uma profunda preocupação com órfãos e crianças vulneráveis, uma obrigação moral de ajudar e um amor declarado pelo trabalho realizado, e também para fatores externos como espiritualidade, relações de reciprocidade e desenvolvimento de capital social. Compreender o que motiva voluntários a participar em ambientes com poucos recursos é crucial para reconhecer, promover e apoiar o trabalho que eles realizam. Pesquisas adicionais sobre trabalho voluntário no hemisfério sul são crucialmente necessárias. pp437-445
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O boom na indústria de construção da África do Sul tem chamado atenção para a necessidade de desenvolvimento de habilidades. Este artigo relata uma avaliação do programa de treinamento “People at the Gate” iniciado pela Group Five nas províncias de Gauteng e Mpumalanga. O programa visa empoderar membros da comunidade local desempregados em áreas onde a empresa opera. O programa é voltado para mulheres e homens que vêm às unidades da empresa buscando vagas para trabalhar e não conseguem emprego devido à sua falta de qualificação. O estudo avaliou as dificuldades que os participantes enfrentam durante e após o projeto; oportunidades de emprego que são criadas e as habilidades mais necessárias em diferentes negócios e províncias. pp446-449
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In English Only pp161-163
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Os governos dos países em desenvolvimento necessitam programas efetivos para avançar as políticas públicas e melhorar o bem-estar social. Freqüentemente as ONGs possuem programas bem testados e resultados de pesquisas que são relevantes para tais necessidades; contudo, a ampliação da abrangência de programas-piloto para o nível nacional é difícil de ser alcançada e fracassa muitas vezes. Este artigo apresenta um caso bem-sucedido de ampliação de alcance com um programa de saúde sexual e competências psico-sociais para adolescentes no México, por meio de uma parceria ONG-governo envolvendo o IMIFAP, uma ONG mexicana. O caso ilustra como uma ONG pode criar uma parceria bem-sucedida com governos para ampliar a abrangência de programas efetivos, de forma que atendam às necessidades da população atingida e ao mesmo tempo protejam os valores centrais da ONG. pp164-175
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O HIV ameaça a sobrevivência de muitas organizações da sociedade civil (OSCs) na África. Embora conheçamos o conjunto de custos potenciais para tais grupos, nós não possuímos um quadro detalhado da extensão do impacto. Este artigo trata de importantes resultados de uma pesquisa exploratória em Malauí. As pessoas que responderam à pesquisa perceberam que o desempenho geral nas quatro OSCs estudadas declinou 20% em média porque eles estavam trabalhando em um contexto de alta incidência do HIV. Porém, a resposta vinda da base das OSCs a essa ameaça foi muito limitada, de forma que elas continuam altamente vulneráveis a impactos futuros. Nós discutimos porque as CSOs não têm sido mais pró-ativas e recomendamos que a política dos doadores deveria ajudar os parceiros a responder à epidemia e habilitá-los a permanecer efetivos. pp176-189
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Este artigo analisa a resposta humanitária internacional ao terremoto em Jogjakarta, Indonésia em maio de 2006. O texto também compara essa experiência com uma pequena mais muito bem-sucedida iniciativa local. O artigo identifica fraquezas inerentes no sistema internacional e defende a possibilidade de estender as lições aprendidas de um exemplo local. pp190-200
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A prática de desenvolvimento é informada por teorias de mudança, mas indivíduos e organizações podem não deixar isso explícito. Os ativistas podem não ter consciência da extensão com que escolhas estratégicas e debates são informados por idéias divergentes acerca de como a história se desenrola e do papel da intervenção consciente para uma mudança social progressiva. Nos últimos anos, alguns funcionários da Oxfam GB têm criado processos para debater suas teorias de mudança como parte de um esforço para aperfeiçoar a prática. Nesse contexto, os autores introduzem quatro conjuntos de idéias sobre a mudança, com uma discussão de como elas têm sido exploradas em duas situações, além de alguns desafios que emergem desse processo. Por meio do debate explícito das teorias de mudança, os processos de tomada de decisão organizacional podem ser melhor informados e as decisões estratégicas tornar-se mais transparentes. pp201-212
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As ONGs de países asiáticos muitas vezes enfrentam flutuações em seus fundos financeiros devido às prioridades em constante mudança de seus doadores internacionais. Sem recursos domésticos, as ONGs asiáticas são forçadas a realinhar suas prioridades de acordo com os interesses dos doadores a fim de competirem por recursos. No caso das ONGs dedicadas à advocacy, a assimetria resultante nas relações doador-receptores freqüentemente leva a uma crise de legitimidade e efetividade declinante da ONG. Devido à natureza política do trabalho de advocacy, essas ONGs devem preservar uma reputação de independência e legitimidade se elas quiserem ser influentes no processo político. Este artigo analisa o impacto da assistência de doadores internacionais às ONGs de advocacy no Camboja, Filipinas e Tailândia, além de oferecer recomendações para os doadores. Ainda que os doadores tenham gasto recursos significativos construindo a capacitação das ONGs de advocacy no sudeste da Ásia, as tendências dos fundos normalmente minam a efetividade dos receptores muito antes do financiamento ser concluído. pp213-222
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Este artigo realiza uma reavaliação crítica de um projeto financiado pelo DFID na África do Sul entre 1998 e 2001. A avaliação buscou testar se o desenvolvimento de indicadores voltados à comunidade melhoraria a governança. Desde que o projeto terminou, uma série de textos foi publicada que são críticos de tais métodos participativos, argumentando particularmente que eles são apolíticos e adotam uma abordagem tecnocrática. À luz destas críticas, este artigo reavalia o projeto do DFID, dando prosseguimento à avaliação inicial realizada pelo autor em 2001. Sobantu, uma cidade negra em Pietermaritzburg, foi um dos locais do projeto original. Este foi o tema escolhido de nossa pesquisa porque a agência implementadora local foi uma instituição politicamente astuta e bem-conectada, que compreendeu a natureza política do processo requerido para se desenvolver os indicadores. Embora o projeto tenha alcançado alguns resultados positivos, o compromisso de longo prazo com os indicadores tem sido desde então comprometido. Isto se deveu em grande parte à incapacidade dos membros da comunidade engajarem-se significativamente com provedores-chave de serviços municipais. Contudo, mudanças recentes no regime de planejamento sul-africano poderiam oferecer oportunidades para que os indicadores se tornassem mais úteis novamente. pp223-234
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Este artigo investiga a interação entre os processos de construção de teorias de desenvolvimento e práticas de desenvolvimento, argumentando que a teoria deve começar com a prática – e não deve ser de cima para baixo, começando com “o olhar exterior” de um acadêmico ou formulador de políticas supostamente imparcial. As questões levantadas levam a críticas das narrativas de desenvolvimento da corrente dominante e das noções de inovação por meio da difusão de novas tecnologias. Os autores sugerem que os pressupostos inseridos nos processos de desenvolvimento da corrente dominante conduzem ao acesso desigual a mercados globais e locais e que quando eles são impostos de fora sem uma compreensão real do contexto, o projeto de desenvolvimento está fadado a fracassar. Parâmetros para avaliar e analisar os resultados também precisam estar baseados em uma compreensão próxima do contexto – e isso freqüentemente surge por meio do envolvimento ativo em seu interior e não através de sermos “imparciais” de fora. O pressuposto de que um olhar de fora é “objetivo” está baseado em um discurso implicitamente colonizador, enquanto construir a teoria pelo envolvimento na prática produz melhores metodologias para ação e desenvolvimento. pp235-244
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Ao mesmo tempo em que passam de uma abordagem de resposta às necessidades e demandas para uma abordagem mais baseada em direitos, algumas ONGs francesas estão repensando suas áreas de trabalho e suas maneiras de trabalhar. “Empoderamento” tem se tornado um conceito-chave neste contexto em mutação, embora às vezes seja difícil saber qual a melhor forma de aplicá-lo e compreender o que ele realmente significa em um cenário de ONG. Este artigo compartilha algumas das idéias sobre empoderamento, analisando seu “objeto” (indivíduos, organizações, redes ou movimentos) e o “processo” pelo qual ele é realizado. Utilizando a própria experiência do autor e uma breve revisão da literatura, o conceito é ilustrado pelos exemplos de movimento de deficientes internacionais e do movimento gay americano. pp245-257
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O artigo explora o conhecimento e práticas de planejamento familiar entre a população tribal do sul de Gujarat. Os autores examinam as razões pela descontinuidade e não utilização de vários métodos contraceptivos modernos pelas tribos e esboça contrastes com práticas da população urbana. Eles consideram os papéis das mulheres, membros da família, líderes locais e comunicação efetiva, juntamente com ONGs e o setor privado e fazem recomendações para aumentar o acesso e o uso de vários métodos de planejamento familiar pelas comunidades tribais. pp258-266
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Abordagens tradicionais para lutar contra a pobreza têm produzido resultados insatisfatórios em alguns países africanos e têm sido claramente/diretamente prejudiciais em outros. Crescimento econômico e gastos sociais por parte de governos nacionais e doadores internacionais têm sido ineficientes em alguns países, enquanto em outros eles têm exacerbado a pobreza. O autor considera que isso se deve à ausência de uma governança participativa. A partir de uma perspectiva teórica, o apoio à governança participativa baseia-se na abordagem de Amartya Sen para entender a pobreza, que conceitualiza esta última como ausência de capacidades (capabilities), levando à exclusão social. A falta de tal governança tem levado ao fracasso de abordagens tradicionais na luta contra a pobreza na África Subsaariana. Finalmente, o autor propõe uma ferramenta para avaliar a qualidade da governança e sua aplicação em Camarões. pp267-272
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Com uma população crescendo rapidamente e recursos limitados, a accountability tem assumido uma importância crescente, especialmente na área de gestão pública. Para avaliar a efetividade dos gastos públicos em educação no Caribe, este artigo compara o desempenho de cinco nações caribenhas, examinando indicadores básicos, como a taxa professor–aluno, gasto por aluno, número de professores adequadamente treinados como uma proporção do total dos professores e comprometimento público com a educação. Ele analisa seu impacto nos indicadores de resultado, inclusive desempenho em inglês e matemática, taxa de repetência e taxa de sobrevivência na nota final da escola. O artigo conclui que os níveis de eficiência no desenvolvimento de capital humano no Caribe são muito desiguais e que países caribenhos enfrentam sérios desafios quando eles buscam maximizar os retornos de seu investimento na educação. pp273-279
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Comparado com as visões divergentes do passado, o pensamento integrativo tem caracterizado recentemente o debate metodológico sobre a pobreza. "Qualitativo versus quantitativo" tem dado lugar para "qual–quant"; "inter-disciplinaridade" tem substituído "economia versus antropologia". Este artigo pretende avaliar esta mudança. Ele se inicia com uma visão geral histórica da abordagem econômica pura da pobreza e suas críticas. As críticas, tanto de dentro da economia quanto das disciplinas participativas e antropológicas, são examinadas e as tendências recentes são consideradas. A atual abordagem "qual–quant" é ilustrada com exemplos e o autor conclui que o futuro poderá assistir a emergência de uma abordagem "qual–quant participativa". pp 280-288
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Valores são um importante tema nas discussões das ONGs internacionais (ONGIs), ajudando a criar as condições para a solidariedade entre os funcionários. Mas ao mesmo tempo, eles são também freqüentemente uma fonte de desmoralização e conflito destrutivo. Isto porque as percepções de valores que prevalecem como instrumentos de gestão ou como elementos em alguns conjuntos místicos incipientes tornam a relação de poder entre funcionários e gerentes difícil. Os valores precisam não ser pensados como um instrumento de gestão, e eles estão acima de todas as idealizações. Uma teoria alternativa de valores é a de que eles são um fenômeno emergente e intensamente social que surge diariamente entre pessoas engajadas em uma iniciativa coletiva. Eles são idealizações, mas devem ser discutidos no contexto cotidiano. O conflito é inevitável, mas a exploração da natureza deste conflito na prática diária é a única maneira de garantir que a discussão sobre valores seja um processo alentador. pp 5-16
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Baseado em um estudo de dois anos, multi-método, sobre o “desenvolvimento” em uma pequena comunidade na área rural de Manitoba, Canadá, o artigo examina como as razões da comunidade e das pessoas viverem lá têm mudado e permanecido consistentes desde o início do povoamento da área pelos imigrantes ucranianos no final do século dezenove. A comunidade tem muito em comum com áreas marginalizadas do hemisfério sul, em termos de seu tratamento nas mãos daqueles no centro e daqueles que promovem o “desenvolvimento”. A autora argumenta que o conceito de “engajamento comunitário” (“place-making”) permite uma maior compreensão das dinâmicas na comunidade e mais possibilidades para se construir locais sustentáveis e habitáveis do que permite o conceito ou prática de “desenvolvimento”. pp 17-29
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Only in English
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Este artigo é uma tentativa de examinar um dos mais conhecidos fracassos de desenvolvimento comunitário no Reino Unido – o Projeto Barrowfield em Glasgow (1986-1996) – e compará-lo e contrastá-lo com outras tentativas de desenvolvimento comunitário, especialmente alguns associados ao trabalho de Mohammad Yunus e o Banco Grameen, bem como o legado de Paulo Freire. Concluímos que tanto Freire quanto Yunus supuseram a pré-existência de um tipo de comunidade que limitasse o impacto potencial de suas idéias em uma área como Barrowfield, onde anomia e apatia eram disseminadas. Concluímos, além disso, que assim como ações que pretendem ser liberadoras podem reforçar a hegemonia dominante, o oposto pode ocasionalmente ser verdadeiro também. Nos últimos anos, o Projeto Barrowfield tem ressurgido das cinzas de seu fracasso anterior, de forma que o presente trabalho precisa ser visto em tal contexto. pp 30-39
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Para os propósitos de accountability e uniformidade, e como uma forma de dar idéias para seu capital intelectual relacionado às práticas de desenvolvimento, as agências doadoras requerem que as ONGs na África do Sul descrevam suas atividades em termos muito claros e precisos. Esses requisitos podem incluir a expressão de abordagem teórica, o desenvolvimento de esquemas lógicos, objetivos claros, indicadores de sucesso, critérios para desenvolvimento sustentável, e relações com políticas governamentais. Entretanto, a relação entre realidade, de um lado, e esses instrumentos e medidas planejados, de outro, na maioria das vezes estabelecida sem a contribuição das comunidades que eles terão de servir/atender, produz um quadro muito mais confuso, dinâmico e envolvente do processo de desenvolvimento. Apesar disso, exige-se das ONGs ainda assim que sejam transparentes e acessíveis, tendo por base os seus planos e propostas originais. O autor apresenta exemplos desse fenômeno e discute os desafios que um avaliador enfrenta quando lida com princípios conflitantes de accountability, autonomia e autenticidade. pp 40-52
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Em 1993, o Banco Mundial deu assistência ao Ministério de Águas e Irrigação do Jordão na revisão de uma avaliação do setor de abastecimento de água, tendo então se iniciado o processo de participação privada (PSP) na provisão de serviços para melhorar a eficiência do setor de água e esgoto. Neste artigo, a privatização dos serviços de água e esgoto é examinada a partir das perspectivas dos colaboradores (insumos) e consumidores (produto). O objetivo é avaliar as mudanças que ocorreram até o momento em relação aos princípios de boa governança. Os resultados das entrevistas com as partes envolvidas e dos questionários aos consumidores mostram que o processo de privatização têm apresentado até agora somente uns poucos sinais de “boa” governança. A despeito do conjunto das partes envolvidas, o Estado permanece responsável pelo desenho de uma abordagem de boa governança que seja sensível às preocupações e aos interesses de todos as partes envolvidas. pp53-65
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Como nos movemos da identificação de princípios éticos para o aperfeiçoamento da prática de desenvolvimento? Como os doadores e as ONGs podem ir além do relato de resultados técnicos e explorar aspectos menos tangíveis de seus projetos de saúde: contribuições para reconstruir a confiança, promover a coesão social e aperfeiçoar a governança no nível comunitário? Este artigo considera essas questões em relação às atividades de saúde e construção da paz em contextos de conflito. São descritas as dificuldades enfrentadas pelos praticantes e doadores que se empenham em trabalho de saúde e paz, dando ênfase em particular à ausência de ferramentas apropriadas para pesquisa, monitoramento e avaliação de projetos. O artigo critica o esquema lógico, uma ferramenta comumente utilizada no planejamento, monitoramento e avaliação de projetos, e o compara com uma nova ferramenta, o Filtro de Saúde e Construção da Paz, que foi elaborado para refletir a programação de saúde em contextos frágeis e conflituosos. Os autores argumentam que tais ferramentas podem ajudar a nos levar para além da concentração em recursos e produtos e em direção ao exame dos processos, relações e conseqüências indiretas dos programas de ajuda. pp 66-81
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O entusiasmo pela sociedade civil que surgiu no final dos anos 1980 e 1990 com o colapso do Muro de Berlim e a disseminação de regimes democráticos tem sido substituído nos últimos anos por uma reação contra a sociedade civil em vários níveis e frontes. Isto intensificou-se particularmente após os ataques de 11 de setembro de 2001 e a guerra global ao terror que se sucedeu. Este artigo examina as causas desta reação dentro do contexto da “Longa Guerra ao Terror”, descreve as manifestações explícitas e implícitas da reação e reflete sobre as implicações para o futuro. Ele avalia como o crescente aumento de preocupações com a segurança e a concomitante expansão de medidas contra-terroristas em todo o mundo ameaçam os espaços para a sociedade civil prosperar e agir. Ele argumenta que embora as manifestações da reação, tais como as decisões sobre as ONGs na Rússia e a domesticação de ONGs promovida por agências bilaterais e multilaterais, possam parecer fenômenos distintos e desconectados, analisando-os mais minuciosamente, fica claro que eles estão intrinsecamente interligados. pp 82-93
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O recente interesse nas remessas dos migrantes como um recurso de desenvolvimento chama a atenção para uma questão mais profunda: a relação entre migração e desenvolvimento. As remessas podem ser uma fonte significativa de entrada de recursos para os países e regiões pobres, mas seu impacto real sobre o desenvolvimento (positivo ou negativo) está ligado aos processos migratórios que o geram. A atenção à migração por sua vez cria uma oportunidade para pensar acerca do contexto mais amplo da política e prática de desenvolvimento, e para repensar as fronteiras que nós colocamos ao redor de nosso trabalho. pp 94-99
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No início de 2007, o governo da Indonésia decidiu retirar suas amostras do vírus da influenza aviária (“gripe aviária”) dos centros que colaboram com a OMS, aguardando um novo mecanismo global para o compartilhamento de vírus que ofereceria melhores termos para os países em desenvolvimento. Em seguida, a 60a Assembléia Mundial de Saúde ocorrida em maio de 2007 resolveu estabelecer um estoque internacional de vacinas de influenza aviária e formular mecanismos para o acesso justo a tais vacinas. O artigo pergunta se existem oportunidades análogas para voluntários de estudos ou doadores de materiais biológicos exercerem uma pressão correspondente para avançar a eqüidade em saúde. pp 100-109
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Notícias sobre os planos da Noruega de criar um “cofre do fim dos dias” na região congelada do arquipélago de Svalbard no Ártico, como uma reserva de garantia para os bancos genéticos convencionais, chegaram à imprensa mundial em 2006. A idéia de um Cofre de Sementes Global, que hoje é considerado uma “Arca de Noé” para sementes, foi inicialmente recebida com desconfiança e considerada irrealista. Em 1989/90 o governo norueguês ofereceu-se para construir um depósito internacional para sementes na área congelada, mas a iniciativa foi deixada de lado nos debates agitados entre países desenvolvidos e em desenvolvimento sobre o acesso aos recursos genéticos das plantas e o seu controle. A realização pela FAO do Tratado Internacional sobre Recursos Genéticos das Plantas para Alimentos e Agricultura (2004) resolveu algumas das mais difíceis questões e tornou possível o lançamento de uma nova iniciativa norueguesa para proteger alguns dos mais importantes recursos genéticos de plantas do mundo para o futuro. pp 110-116
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Instituições nacionais e internacionais de formulação de políticas têm reconhecido a contribuição das ONGs no alívio da pobreza, por meio do empoderamento dos pobres e da continuidade ao apoio de suas atividades. Em Bangladesh, as ONGs estão trabalhando em níveis locais e nacionais, mas muito poucas estão trabalhando com os grupos mais pobres e vulneráveis que vivem em áreas de rios e costeiras, conhecidas como terras queimadas. Essas áreas são diferentes de outras partes do país em termos de suas estruturas físicas, econômicas e sociais, e elas requerem uma abordagem diferente a fim de lidar com o conjunto único de problemas que enfrentam os que lá vivem. Utilizando programas experimentais e inovadores, um pequeno número de ONGs locais começou a causar impacto em uma área onde as intervenções e sucessos governamentais são raros. pp 117-124
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O Patronato de Nutrición introduziu um conjunto de 18 tecnologias agrícolas opcionais na comunidade indígena de Chalite, Panamá. Três das tecnologias foram adotadas por mais da metade dos agricultores pesquisados, enquanto oito tecnologias adicionais foram adotadas por 20 por cento a 50 por cento dos agricultores. Os agricultores tenderam a adotar tecnologias associadas a culturas familiares, implementadas previamente por outros grupos ou que requeressem quantidades de trabalho ou recursos financeiros limitados. O artigo mostra como os grupos de desenvolvimento podem rapidamente reduzir o número de tecnologias oferecidas a fim de ofertar serviços mais efetivamente. pp 125-130
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Este artigo discute duas organizações que oferecem atualmente seguros privados de saúde voluntários em Uganda e considera suas contribuições para superar a lacuna no atendimento do serviço público de saúde do país. pp 131-135
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Esta introdução apresenta os conceitos centrais que dão forma a esta edição especial sobre o impacto da violência e os processos de desenvolvimento na América Central e na América do Sul. O entendimento do desenvolvimento é considerado em termos mais amplos do que o contexto econômico isolado para avaliar aspectos sociais e políticos mais gerais. Com um escopo igualmente amplo, são abordadas formas de violência que vão desde lesões físicas diretas e ataques corporais até as agressões freqüentemente mais sutis de abuso racial ou a pressão das forças de mercado dominantes sobre a produção baseada na comunidade. Nestes contextos, a violência, iniciativas econômicas e lealdade política formam redes de conseqüência não intencionais e freqüentemente perigosas para as questões de desenvolvimento. Todos os artigos neste volume exemplificam mais os ambientes espaciais da violência e “paisagens de medo” diversas que moldam nossa existência e ajudam a definir nossas ações, territórios e compreensão do que acontece ao nosso redor. pp 713-724
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A partir de uma análise de pesquisa empírica recente na República Dominicana, este artigo aborda as maneiras pelas quais o racismo influencia o elemento de governança e explora respostas organizacionais e individuais diante da discriminação racial iniciada pelo Estado. O contexto é oportuno, dado os relatos de aumento constante de ataques racistas e violentos contra pessoas que são presumidamente de origem haitiana na República Dominicana nos últimos cinco anos. O governo tem intensificado as batidas militares e policiais de migrantes e colonos suspeitos de serem de origem haitiana e este artigo avalia as respostas coletivas e individuais frente a estas ações lideradas pelo Estado, analisando intervenções formais e informais, sua evolução, manutenção e impacto. pp 725-738
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Embora cada vez mais se reconheça que a violência, o crime e o medo associado estejam desafiando a governança democrática na América Latina, tem-se dado menos atenção às maneiras pelas quais as respostas do Estado ao crime contribuem para o problema. Analisando El Salvador como um estudo de caso, este artigo aborda três questões-chave interconectadas neste debate. Primeiramente, ele explora a dinâmica da violência. Em seguida, o texto identifica as gangues de jovens como atores violentos dentro deste contexto. Finalmente, o artigo aborda a resposta do Estado para o fenômeno crescente de gangues de jovens. Argumenta-se que as estratégias atuais, apelidadas de Mano Dura – Mão de Ferro – empregadas pelo governo salvadorenho servem para revelar a fragilidade do projeto democrático, revelando o lado do autoritarismo que permanece central na vida política salvadorenha no processo de transição da guerra civil para a paz. pp 739-751
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Uma parte da legislação progressiva de 1993 concedeu direitos à terra coletivos para comunidades negras da Colômbia que vivem nas áreas rurais da região costeira do Pacífico. Esta medida visou em parte apoiar estratégias de desenvolvimento sustentável na região por meio do empoderamento territorial de comunidades locais. Porém, 14 anos depois, a escalada dos conflitos internos do país na região do Pacífico tem criado níveis sem precedentes de deslocamento forçado entre as comunidades negras rurais. Antes conhecida como “refúgio da paz”, a costa Pacífica Colombiana é atualmente caracterizada por novos espaços de violência e terror, impostos por guerrilhas em luta e grupos paramilitares, assim como as forças armadas. Este artigo examina a natureza da violência externamente induzida na região e mostra como interesses econômicos específicos, em particular no setor de Palmas Africanas, estão conspirando com grupos ilegais que são utilizados para disseminar o medo e o terror entre residentes locais, para os fazer obedecer aos requisitos destes atores econômicos. pp752-764
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Embora as formas cotidianas de resistência não sejam novas na Argentina, a espontaneidade que caracterizou a insurreição em 19 e 20 de dezembro de 2001 foi sem precedentes. Ela mostrou como a ausência de liderança, coordenação e perspectivas podem abrir as portas para formas poderosas de mobilização e práticas radicais na democracia direta. A autora sugere que ao se desafiar o capitalismo e os paradigmas sociais que ele gera, os valores e práticas de contra-poder, auto-afirmação, coletividade e multiplicidade podem todos desempenhar um papel vital no sucesso e sobrevivência da democracia radical. O artigo é em grande parte inspirado pelos trabalhos da “Colectivo Situaciones”, uma coletivo autônomo de pesquisa em Buenos Aires, e recorre ao exemplo do Movimiento de Trabajadores Desocupados (MTD) Solano. Este movimento de trabalhadores desempregados luta contra o capitalismo e a violência do Estado, praticando constantemente uma espiral renovada de rebelião e criatividade. O artigo avalia seus sucessos, desafios e limitações no desenvolvimento do pensamento e prática democrática radical a partir da perspectiva de um observador participante. pp 765-774
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Advocacy no projeto de gás da Amazônia e de Camisea: implicações para ação pública não governamentalO artigo examina a advocacy internacional relativa à exploração de reservas de gás em uma área habitada por um grupo de indígenas isolados no Peru, o Machigengua. Uma considerável atividade de advocacy internacional concentrou-se principalmente em Washington, DC. Uma comunicação ruim entre aqueles diretamente afetados e ONGs ambientais internacionais ilustraram agendas muito diferentes e nem sempre compatíveis. O artigo conclui que este fracasso em adaptar o lobby internacional com as visões da população indígena e com as realidades políticas no Peru enfraqueceu severamente o impacto do trabalho de advocacy internacional. pp 775-783
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As traduções levantam dilemas éticos e epistemológicos inerentes na pesquisa inter-cultural. O processo de comunicar as palavras dos participantes de pesquisa em um idioma e um contexto diferentes pode impor um outro esquema conceitual em seus pensamentos. Isso pode reforçar os termos hegemônicos que os Estudos de Desenvolvimento deveriam buscar desafiar. O artigo explora a idéia de que uma abordagem reflexiva para a tradução não pode apenas ajudar a superar as dificuldades envolvidas na pesquisa inter-cultural, mas também ser uma ferramenta para desconstruir a teoria hegemônica. São abordados os problemas epistemológicos e políticos nas traduções, técnicas de tradução e o impacto da tradução na própria pesquisa do autor, que é utilizada para ilustrar algumas das maneiras pelas quais a tradução pode apoiar a desconstrução e destacar a importância do desenvolvimento de uma estrutura para se falar com, antes do que para os participantes da pesquisa. pp 784-790
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As fronteiras nacionais com ecossistemas que passam por rápidas mudanças impõem difíceis desafios para contribuições científicas a processos democráticos para a governança ambiental. Descrevemos um modelo inovador de divulgação, a “caravana de compartilhamento de conhecimento”, que combina divulgação educacional com mecanismos de capacitação para ampliar a participação do público no planejamento para o desenvolvimento sustentável. O esquema envolveu uma equipe internacional de cientistas e profissionais da área prática de organizações de conservação e desenvolvimento, que viajou por uma área de fronteira entre três nações no sudoeste da Amazônia para compartilhar descobertas recentes com líderes locais e comunidades interessadas de diversos municípios. A caravana de compartilhamento de conhecimento ampliou rapidamente a conscientização pública em diversos lugares e ofereceu uma maneira de ampliar a participação no planejamento e governança. Este modelo apóia o planejamento para o desenvolvimento sustentável e pode ser adaptado para outros contextos e assuntos geográficos. pp 791-799
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Embora a ênfase no pensamento atual sobre o trabalho com crianças de rua tenha mudado, passando da dependência de ajuda para o protagonismo de jovens, muitas organizações ignoram o papel das famílias das crianças em suas intervenções. Ao fazerem isto, elas reproduzem tradições de bem-estar obsoletas e também violam os direitos garantidos pela Convenção sobre os Direitos da Criança e a legislação nacional. Este artigo ilustra a importância da ligação criança–família, tanto para as crianças quanto para as famílias, e argumenta que as intervenções que carecem de envolvimento dos pais e famílias servem para reproduzir imagens de famílias mal-sucedidas e mães inadequadas. O autor apresenta uma abordagem alternativa a partir do Brasil que respeita os direitos e as necessidades das crianças e famílias por meio do empoderamento familiar. pp 800-806
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Este ensaio concentra-se nos pontos mais cruciais na evolução da contribuição de Celso Furtado para o pensamento econômico e político em relação ao desenvolvimento, na esperança de que um maior número de leitores apreciarão a importância de suas idéias para o “desenvolvimento” da América Latina durante as décadas de 1960 e 1970, e talvez até mesmo enxergarão o valor de revivê-las. Ela inicia com uma descrição do cenário para o crescimento da economia de desenvolvimento, destacando aspectos da disciplina que este notável economista brasileiro confrontou e transformou. Em seguida há uma descrição de seu período como teórico do desenvolvimento ou ‘vendedor de reformas” (Hirschman 1963) e seu exílio posterior (1964–1975). O artigo conclui com uma discussão de alguns dos trabalhos produzidos em seu retorno ao Brasil. pp 807-819
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Apesar de seu uso generalizado, o significado do termo 'desenvolvimento' permanece vago, tendendo a se referir a um conjunto de crenças e pressupostos sobre a natureza do progresso social em vez de algo mais preciso. Após apresentar um breve histórico do termo, o autor argumenta que não apenas o desenvolvimento falha em enfrentar a pobreza ou diminuir a distância entre ricos e pobres como, na verdade, ele amplia e aprofunda esta divisão e em última instância cria a pobreza, uma vez que recursos naturais e seres humanos estão cada vez mais sendo mobilizados para a busca de consumo e lucro. A sobrevivência do planeta dependerá do abandono da idéia enraizada de que o crescimento econômico pode promover a justiça social, o uso racional do meio ambiente ou o bem estar humano e de se abraçar a noção de que haveria uma vida melhor para todos se fossemos além do 'desenvolvimento'.
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Uma análise de palavras de seis documentos de políticas governamentais (White Paper) do governo do Reino Unido (selecionados entre 1960 e 2006) compara as 20 principais palavras e palavras-chave equivalentes utilizadas em cada documento. Compõem-se sentenças características das 20 palavras principais para representar o espírito de cada documento. Os resultados iluminam as mudanças no conteúdo dos White Papers sobre ajuda e apontam para tendências na história da abordagem do Reino Unido sobre o desenvolvimento internacional. Uma sentença característica para ilustrar a Declaração de Paris de 2005 sobre a Efetividade da Ajuda é contrastada com uma sentença de palavras que não apareceram naquele documento. Os leitores são convidados e desafiados a identificar palavras que eles gostariam que fossem utilizadas e servissem de base para mais ação no desenvolvimento.
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A idéia de redução da pobreza naturalmente atrai todos os tipos de indivíduos bem-intencionados – em ONGs, departamentos de governo e instituições financeiras internacionais – mas suas recomendações são frustradas por muitos obstáculos. Entre eles estão a maneira estreita e estática que os economistas definem os pobres; o distanciamento dos pobres, sua invisibilidade social e ambigüidade para as principais formas de se definição de metas e a ausência de vontade política para que haja engajamento em políticas de redução da pobreza. A resposta bem-intencionada a esses obstáculos tem sido a de alardear uma campanha global de redução da pobreza com metas do milênio, alvos de ajuda internacional e textos sobre estratégias de redução da pobreza. Seria melhor redescobrir a linguagem do risco, vulnerabilidade e seguro social. A mensagem da associação entre o risco e a recompensa e a necessidade coletiva de mecanismos sociais que permitirão que os indivíduos suportem maiores riscos sem exposição a prejuízos irreversíveis é uma mensagem que realmente necessita ser transmitida.
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O termo 'proteção social' tem sido amplamente utilizado em todo o mundo e é freqüentemente tratado como sinônimo de 'previdência social', o que é errôneo. Este artigo considera os numerosos termos que têm se tornado parte da linguagem da proteção social, indicando que a imagem expressa pelo termo é muito diferente daquela que o artigo considera.
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O termo 'globalização' é amplamente utilizado para descrever uma variedade de mudanças econômicas, culturais, sociais e políticas que têm influenciado o mundo nos últimos 50 e poucos anos. Por ser um fenômeno complexo e multifacetado, a globalização tem sido associada a uma ampla série de poderes e efeitos. Seus proponentes reivindicam que ela é um resultado 'natural' e inevitável do progresso tecnológico e cria uma positiva convergência econômica e política. Os críticos argumentam que a globalização é hegemônica e antagônica às economias locais e nacionais. Este artigo argumenta que a globalização é uma forma de expansão capitalista que acarreta a integração de economias locais e nacionais em uma economia de mercado global e desregulado. Embora econômica em sua estrutura, a globalização é igualmente um fenômeno político, influenciado por negociações e interações entre instituições de capital transnacional, Estados nacionais e instituições internacionais. Suas principais forças condutoras são instituições de capitalismo global – especialmente corporações transnacionais – mas ela também necessita de mãos firmes dos Estados para criar ambientes favoráveis para que ela se aprofunde. A globalização é sempre acompanhada por democracia liberal, que promove o estabelecimento de um Estado neo-liberal e políticas que permitem à globalização florescer. O artigo discute a relação entre a globalização e o desenvolvimento e destaca que alguns dos pressupostos mais comuns promovidos por seus proponentes são contraditórios frente à realidade da globalização; e que mais da metade da população do globo resiste à globalização porque ela não é capaz de cumprir suas promessas de bem-estar econômico e progresso para todos.
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Este artigo questiona o uso crescente do termo 'baseado na fé' em políticas e práticas de desenvolvimento. Argumenta-se que ele homogeniza as pessoas em migrantes minoritários e contextos de países em desenvolvimento e exclui muitos que estão trabalhando por direitos humanos e justiça social a partir de perspectivas seculares, fornecendo assim uma base analítica infundada para políticas. Em relação ao cenário da 'guerra ao terrorismo', a autora também examina as diferenças entre as políticas de desenvolvimento dos EUA e da Grã-Bretanha que surgem do termo 'baseado na fé'.
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A participação era originalmente concebida como parte de uma abordagem contra-hegemônica para uma transformação social radical e, como tal, representou um desafio ao status quo. Paradoxicalmente, durante as décadas de 1980 e 1990, a 'participação' ganhou legitimidade dentro do mundo de desenvolvimento institucional até o ponto de alcançar o status de modismo. As manipulações precisas necessárias para transformar uma proposta radical em algo que poderia servir à ordem mundial neoliberal levaram à decapitação política da participação. Reduzida a uma série de pacotes e técnicas metodológicas, a participação perdeu lentamente seu significado filosófico e ideológico. Para fazer com que a abordagem e a metodologia auxiliem o processo contra-hegemônico da resistência e transformação de base, esses significados precisam imensamente ser recuperados. Tal resgate demanda que a participação seja rearticulada dentro de processos mais amplos da luta social e política para promover a recuperação da transformação social no mundo do capitalismo do século vinte e um.
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Este artigo discute os diferentes significados que a cidadania tem assumido na América Latina nas últimas décadas. Seu principal argumento é que, na perversa confluência entre os projetos neoliberais e projetos participativos democráticos, a referência comum à cidadania, utilizada por diferentes atores políticos, projeta uma aparente homogeneidade, obscurecendo as diferenças e diluindo o conflito entre aqueles projetos.
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Este artigo traça a evolução por séculos do conceito e prática do empoderamento, sua adoção por movimentos sociais radicais, especialmente movimentos de mulheres a partir da década de 1970, e sua conversão, no final da década de 1990, em um modismo. Situando a análise no contexto de intervenções de empoderamento de mulheres na Índia, o artigo descreve a dinâmica da despolitização e subversão de um processo que desafiou as estruturas mais profundas do poder social. A 'redução' e limitação do conceito dentro da política do Estado, o diminuição do financiamento de estratégias de empoderamento genuínas de base e a substituição do empoderamento por microfinanças e quotas políticas são examinados e analisados.
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Em paralelo com a globalização e como complemento a ela, o 'capital social' tem apreciado uma ascensão meteórica nas ciências sociais nas últimas duas décadas. Como era de se esperar, ele tem sido particularmente notório entre os estudos de desenvolvimento, inclusive por meio da forte promoção feita pelo Banco Mundial. Como conceito, porém, como tem sido argumentado persistentemente por uma literatura crítica minoritária, o capital social é fundamentalmente equivocado. Embora capaz de abordar quase tudo designado como social, ele tem tendido a negligenciar o Estado, as classes, o poder e o conflito. Como um modismo, ele tem fortemente limitado a presente ruptura progressiva em relação aos extremos do neoliberalismo e pós-modernismo em uma época de ataques extremamente agressivos do imperialismo econômico. O capital social não deve ser ignorado mas contestado – e rejeitado.
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Este artigo baseia-se em entrevistas com diversos funcionários de ONGs localizadas em San Cristóbal de Las Casas, Chiapas, México, a respeito de parcerias entre elas e suas fontes de financiamento, tais como fundações ou agências do hemisfério norte que realizam ou apóiam trabalho de desenvolvimento no hemisfério sul. O motivo por trás das entrevistas era um interesse na palavra 'parcerias', em particular as parcerias estratégicas. Existem parcerias agora e, em caso afirmativo, o que significa para as ONGs ter uma parceria com uma fonte financiadora? A conclusão geral foi a de que as parcerias estratégicas existiram realmente no passado e podem novamente surgir no futuro, mas que atualmente elas existem apenas esporadicamente, dadas as maneiras distintas de ver e realizar o trabalho de desenvolvimento dentro de ONGs, de um lado, e das fundações ou agências, de outro.
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Este artigo reflete sobre o vocabulário comumente utilizado dentro de organizações de desenvolvimento para comunicar sobre 'gênero e desenvolvimento'. Argumenta-se que a terminologia relevante, embora freqüentemente utilizada, permanece problemática. Alguns termos estão quase totalmente ausentes, enquanto outros sejam usados de maneira livre e inapropriada – freqüentemente sem a precisão de conceitos cuidadosamente desenvolvidos e bastante debatidos. Termos como 'empoderamento', 'gênero' e 'gender mainstreaming' (integração sistemática da questão de gênero), que se originaram no pensamento e ativismo feministas, têm perdido suas origens e se tornado despolitizados. Apesar destes problemas, existem indicações de que os debates e a linguagem podem estar tomando um rumo mais radical com o reconhecimento das falhas das práticas de integração sistemática da questão de gênero, o aprofundamento do interesse na noção de empoderamento e a adoção explícita de uma linguagem de direitos humanos.
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Como um 'termo de fronteira' totalmente efetivo, capaz de conectar grupos desiguais com base em uma ampla agenda comum, a 'sustentabilidade' tem avançado um longo caminho desde sua associação técnica com a gestão florestal na Alemanha no século dezoito. Nas décadas de 1980 e 1990, o termo definiu – para um momento histórico em particular – um debate-chave de importância global, trazendo com ele um coalizão de atores – entre governos, grupos civis, academia e negócios – em talvez uma moda sem paralelo. Se esses atores concordem com tudo (ou mesmo se conhecem muitas vezes alguma coisa das definições técnicas do termo) não é o ponto. O trabalho de fronteira realizado em nome da sustentabilidade criou um momento importante para a inovação de idéias, mobilização política e mudança de políticas, particularmente em conexão com a Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (UNCED) realizada no Rio em 1992. Tudo isso logicamente não resultou em tudo que os defensores no centro de tais redes tinham imaginado, e hoje o debate avançou, com diferentes questões de prioridade e novos atores e redes. Mas, o autor argumenta, essa mudança não diminui o poder da sustentabilidade como um modismo: enquanto um ponto de encontro de idéias e políticas continuamente poderoso e influente.
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Este artigo oferece uma genealogia intelectual de como o conceito de direitos humanos foi inserido no discurso sobre desenvolvimento—desde a formulação de um 'direito ao desenvolvimento', a incorporação retórica de direitos dentro do discurso predominante, até a articulação de uma 'abordagem baseada em direitos' para o desenvolvimento. O texto conclui com algumas propostas sobre o papel importante que um enfoque nos direitos poderia desempenhar na prática de desenvolvimento internacional.
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A idéia de sociedade civil tem se mostrado muito evasiva, fugindo de enquadramentos conceituais e esquivando-se da definição firme do próprio conceito. Ressurgido em um cenário histórico muito definido, de Estados autoritários, o conceito de sociedade civil passou a significar um conjunto de práticas sociais e políticas que buscaram engajar-se com o poder do Estado. A ligação próxima entre a re-emergência do conceito e o colapso dos Estados ditatoriais tornou a sociedade civil atrativa para uma variedade de agentes políticos buscando agendas diferentes: expandindo o mercado às custas do Estado, transitando das políticas de massa para campanhas limitadas a uma questão e exclusivas, destruindo a confiança em modelos aceitos de representação como partidos políticos e em geral reduzindo o domínio do Estado e do modelo aceito de política. Que o conceito de sociedade civil possa adequar-se a tal variedade de projetos políticos diferentes é motivo de um certo alarme, pois ele pode muito bem significar que a sociedade civil passou a significar tudo para todos remotamente interessados nela.
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A advocacy pública e a centrada nas pessoas são influenciadas pala cultura política, sistemas sociais e estrutura constitucional do país no qual elas são praticadas. É a prática de advocacy que determina a teoria e não vice-versa. Se a advocacy não estiver enraizada em realidades de base e for praticada apenas no nível macro, a voz dos marginalizados cada vez mais, provavelmente, será apropriada por elites profissionais. Contudo, a própria credibilidade dos praticantes da advocacy depende de seu relacionamento com movimentos de massa e percepções de base sobre o que constitui uma mudança social desejável.
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As associações que o termo 'ONG' tem adquirido no discurso de desenvolvimento precisam ser criticamente analisadas em relação a práticas de base. Recorrendo a uma análise do crescimento de ONGs na Palestina, o autor sugere que o desenvolvimento do movimento de ONGs serviu para desmobilizar a sociedade civil palestina em uma fase de luta nacional. Por meio da profissionalização e dependência de projetos ocasionadas por tentativas financiadas por doadores para promover a 'sociedade civil', um processo de 'ONGuização' tem ocorrido. A progressiva despolitização do movimento de mulheres que a 'ONGuização' tem promovido tem criado um vácuo cada vez mais preenchido pela militância do Movimento Islâmico (Hamas). Como mostra esse caso, as 'ONGs' podem ser um modismo de desenvolvimento, mas elas não são um pó mágico. Em vez de tomarem como dados os efeitos positivos e democratizantes do crescimento e disseminação de ONGs como se elas representassem a própria 'sociedade civil', esse artigo afirma que uma abordagem mais crítica é necessária, uma abordagem que leve mais em conta as políticas de contextos específicos e das dinâmicas da institucionalização.
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Este artigo focaliza o papel que as ONGs de desenvolvimento possuem na capacitação institucional, argumentando que várias práticas de ONGs convencionais visam no fundo reter poder em vez de empoderar seus parceiros. Isso leva a uma visão limitada e a uma accountability que olha para cima em vez de uma que mire de cima para baixo ou horizontalmente, baseada no pressuposto de que a transferência de recursos é um processo de uma via. Na pior das hipóteses, isso prejudica em vez de fortalecer as capacidades das organizações que as ONGs estão tentando ajudar. Compartilhar responsabilidades e riscos, accountability mútua e dedicação no longo prazo em vez de projetos de curto prazo são provavelmente mais capazes de criar parcerias que possam resistir às vicissitudes e contribuir para mudanças duradouras.
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A harmonização dos esforços de doadores é um dos modismos atuais no mundo da ajuda oficial. Contudo, embora essa seja uma idéia atrativa em teoria, enquanto os doadores não reconhecerem e enfrentarem as operações de poder nas relações da ajuda humanitária, a harmonização provavelmente será countraprodutiva na promoção de respostas iniciadas localmente aos desafios de desenvolvimento.
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O termo 'propriedade nacional' (country ownership) refere-se a uma propriedade da condicionalidade anexada a programas, processos, planos ou estratégias envolvendo uma parte 'doméstica' (geralmente um Estado-nação) e uma parte estrangeira (geralmente o FMI, o Banco Mundial, os Bancos de Desenvolvimento Regional e outras instituições multilaterais e bilaterais). Sob quais circunstâncias e como pode o conceito de propriedade de uma nação ser relevante a um país com uma miríade de visões e interesses heterogêneos e freqüentemente conflitantes? Ou a um país cuja legitimidade representativa do governo ou credenciais democráticas estejam em questão? O autor argumenta que o termo tem sido abusado a tal ponto que ele, na melhor das hipóteses, tornou-se sem valia e na pior das hipóteses, tornou-se pernicioso: um termo cujo tempo já se foi.
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Nesta breve crítica da idéia de 'melhor prática', o autor argumenta que a boa prática não é reproduzível ou uniforme; ela não pode ser reduzida a suas partes componentes para a reprodução em algum outro local. Além disto, os critérios para o que constitui a 'melhor prática' são, na melhor das hipóteses, não-científicos e tendem a desincentivar a diversidade e as experimentações locais.
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O conceito de construção da paz (peacebuilding) é um modismo da abordagem dominante sobre a política e as práticas de desenvolvimento. A recente introdução de ferramentas gerenciais e o enfoque na medição da 'efetividade' da construção da paz têm marginalizado e despolitizado questões críticas sobre as causas de conflitos violentos e têm substituído-as por noções confortantes para doadores de que a paz pode ser construída e medida sem contestar o entendimento ocidental da economia, governança e aspirações sociais das pessoas.
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Os conceitos de transparência e accountability estão intimamente ligados: transparência supostamente gera accountability. Este artigo questiona este pressuposto amplamente aceito. A transparência mobiliza o poder da vergonha, embora a falta de vergonha possa não estar vulnerável à exposição pública. A verdade freqüentemente falha em conduzir à justiça. Após explorar definições e dimensões diferentes das duas idéias, a questão mais relevante passa a ser: quais tipos de transparência levam a quais tipos de accountability e sob quais condições? O artigo conclui propondo que o conceito pode ser desagregado em termos de duas variantes distintas. Transparência pode ser tanto 'clara' quanto 'opaca', enquanto accountability pode ser tanto 'suave' quanto 'rígida'.
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Este artigo trata das formas com que a corrupção tem ocupado o centro das atenções em muito da formulação e da retórica das políticas de desenvolvimento. Argumenta-se que há necessidade de desestabilizar pressupostos 'assumidos como óbvios' sobre o que é corrupção e como ela opera. Isso significa gerar uma compreensão de como os significados variam, e com essa variação é determinada pelas características sociais daqueles engajados na conversa sobre corrupção. Isso também significa examinar como os discursos de corrupção e anti-corrupção são traduzidos dos níveis internacionais para os nacionais e locais – da 'elite' anti-corrupção para as realidades de encontros burocráticos em contextos diversos.
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O conceito de boa governança originou-se entre acadêmicos africanos em relação às relações Estado-sociedade na África, expressando a preocupação que essas fossem em favor do desenvolvimento, democráticas e socialmente inclusivas. O termo tem sido desde então assimilado pelas organizações de desenvolvimento internacionais – em particular o Banco Mundial – e usado como um novo título para a condicionalidade da ajuda humanitária, em particular o ajuste estrutural em todas as suas manifestações.
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Este artigo examina os vínculos entre desenvolvimento e 'segurança', situando esses conceitos dentro de seus contextos filosóficos e políticos, particularmente em relação às guerras contemporâneas, incluindo a 'guerra ao terrorismo' e a assim chamada 'influência da segurança' no desenvolvimento. A segurança de Estados não necessariamente assegura que a segurança de seus cidadãos e o próprio conceito de segurança é complexo e contestado. O autor oferece um sumário das várias interpretações de segurança – dos Estados, coletividades e indivíduos – mostrando como cada uma é ambivalente e possui dois lados.
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Desde a década de 1990, os Estados que não possuem capacidade de realizar suas funções normais e promover o desenvolvimento têm sido chamados de 'Estados frágeis'. Este artigo trata da África, que não somente reúne a maior concentração de protótipos de Estados frágeis como também tem sido o foco de atenção de acadêmicos, agências internacionais de desenvolvimento e ativistas. O autor resenha as análises divergentes do Estado na África pós-colonial e conclui que suas características de instituições frágeis, desigualdades sociais, corrupção, conflito social, conflitos armados e guerra civil não são condições originais, mas antes enraizadas em contextos históricos específicos. É essencial entender tanto os fatores externos quanto os internos da fragilidade, se tais Estados forem receber a assistência e o empoderamento que necessitam – não somente para o benefício dos cidadãos pobres, mas também para a causa da paz global, prosperidade e segurança. Em última instância, são os cidadãos dos países envolvidos que são responsáveis por determinar quando os Estados deixam de ser frágeis – não doadores 'benévolos' e a comunidade internacional, cujo motivação primária para as intervenções, supostamente para fortalecer o Estado, é para assegura que os Estados frágeis encontrem seus lugares 'certos' na ordem hegemônica global.
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Este artigo examina a 'gestão de conhecimento', utilizando um estudo de caso do departamento de pesquisa do Banco Mundial, localizado em sua Vice-Presidência de Economia do Desenvolvimento. A despeito do Banco apresentar seu ramo de pesquisa como conduzindo um trabalho 'rigoroso e objetivo', o autor sustenta que a 'gestão de conhecimento' do Banco Mundial envolve pesquisa que tem tendido a reforçar a agenda dominante de políticas globalizantes neo-liberais. O artigo discute alguns dos mecanismos pelos quais o departamento de pesquisa do Banco assume um papel central no que Robert Wade denominou 'manutenção de paradigma', incluindo incentivos na contratação, promoção e publicação, bem como cumprimento seletivo de regras, desestímulo de vozes dissonantes e manipulação de dados. A análise do autor é baseada em entrevistas extensas com profissionais antigos e atuais do Banco Mundial e na análise da literatura relevante.
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Este artigo apresenta alguns dos resultados-chave do Projeto de Reconciliação Sul-Africano (SARP). O SARP foi um projeto de pesquisa colaborativa envolvendo cinco ONGs sul-africanas em Malauí, Moçambique, Namíbia, África do Sul e Zimbábue. Ele examinou como o conceito de reconciliação foi entendido em contextos políticos e da comunidade no sul da África e investigou as formas pelas quais políticas governamentais nacionais e a participação da sociedade civil nas iniciativas de reconciliação têm criado e/ou executado oportunidades de reconciliação, justiça de transição e a promoção de uma cultura de direitos humanos. O autor resume o contexto histórico da reconciliação no sul da África, apresenta iniciativas de reconciliação em cada país e identifica debates emergentes sobre reconciliação e princípios da reconciliação que emergiram no trabalho das organizações da sociedade civil (CSOs) na região.
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Nos últimos anos, tem havido um interesse renovado no conceito de sociedade civil nos círculos de desenvolvimento e governança. Geralmente entendida como o espaço na sociedade onde ocorre ação coletiva dos cidadãos, a sociedade civil tem, na verdade, se mostrado um conceito extremamente difícil de se definir e operacionalizar. Este artigo propõe uma estrutura e metodologia para medir e comparar o estado das diferentes sociedades civis em todo o mundo. Ele conclui com uma discussão das questões e desafios de destaque, recorrendo a idéias preliminares dos esforços atuais para aplicar a abordagem em mais de 50 países.
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Este artigo propõe uma estrutura teórica, o Paradoxo da Capacitação, que define o trabalho de relacionamento individual como a base para a capacitação. Ele explica por que a capacitação tem sido até agora, em grande parte, mal-sucedida. O “trabalho de relacionamento” é central para as funções dos que trabalham na área prática. Ele consiste em “trabalho dependente” e “trabalho de amizade”, sendo o trabalho de amizade sinônimo de capacitação. Para realizar o trabalho de relacionamento, os atuantes na área prática requerem poder para superar os obstáculos ambientais. Recursos financeiros surgem como a influência ambiental predominante, freqüentemente estimulando os atuantes na área prática a utilizarem o trabalho dependente em vez do trabalho de amizade. Isto resulta em uma redução da capacidade e não contribui para o desenvolvimento sustentável. A maior parte da literatura atual oferece ferramentas organizacionais e institucionais para capacitação. Embora exista um crescente reconhecimento da centralidade dos relacionamentos pessoais neste trabalho, não existe ainda uma estrutura teórica dentro da qual alocá-lo. O artigo apresenta uma pesquisa original das experiências das pessoas sobre o trabalho de capacitação em um contexto de desenvolvimento e propõe um modelo conceitual que pode ter implicações importantes para a prática de capacitação.
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Este artigo apresenta idéias baseadas na aplicação da técnica de Mudança Mais Importante (MSC) como um método de monitorar mudança social resultante de uma intervenção de desenvolvimento. A documentação desta inovadora técnica de monitoramento qualitativo está lentamente crescendo, mas está principalmente limitada à literatura cinzenta. Em particular, existe uma falta de investigação rigorosa para avaliar as complexidades e desafios de se aplicar a técnica com integridade no contexto de desenvolvimento. Os autores empregam um modelo conceitual de práticas de monitoramento e avaliação (o “Ciclo de Dados de M&E”) para um exame sistemático dos desafios da aplicação bem-sucedida da técnica de MSC e os seus componentes-chave. Eles oferecem uma análise detalhada de como a MSC foi empregada em dois projetos em Laos, extraindo as lições aprendidas e idéias geradas. Esta informação baseada na prática pode servir de base para o emprego futuro da técnica de MSC e contribui para o seu desenvolvimento.
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Este artigo extrai lições preliminares a partir da experiência de engajamento de elites do vilarejo em apoio a um programa da BRAC para mulheres ultra-pobres na zona rural de Bangladesh. Ele descreve as origens, objetivos e operação deste programa, que oferece apoio abrangente de meios de subsistência e bens produtivos aos extremamente pobres. Com base na pesquisa de campo na zona rural do noroeste do país, o artigo examina as condições sob as quais as elites podem apoiar as intervenções para os ultra-pobres e os riscos e benefícios de tal engajamento. Ele descreve o impacto de comitês enviados para apoiar participantes do programa de ultra-pobres e tentativas de entender o sucesso de um certo modo paradoxal desta intervenção. As conclusões e lições desta experiência envolve o reexame dos pressupostos que dominam bolsas de estudo e programas relativos às políticas de pobreza na zona rural de Bangladesh.
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Os mercados e negócios estão passando por grandes mudanças conforme a globalização se aprofunda. A pressão de diversos grupos sociais, tanto ambiental quanto econômica, está mudando o ambiente operador. Muitas corporações estão interessadas em criar estratégias de responsabilidade social, tanto como resposta a pressões externas quanto em função de seus próprios interesses. Contra este pano de fundo, o artigo considera o caso da Inditex, companhia baseada na Galícia, e o “assédio” ao qual ela foi submetida pela Setem, representante espanhola da Campanha Roupas Limpas (CCC). A revisão das reivindicações da Setem leva a uma melhor compreensão das repercussões para os sistemas sociais que são agora cada vez mais informados por atores externos. Os autores argumentam que tanto as corporações quanto as organizações não-governamentais devem prestar conta pelo impacto social de suas atividades.
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O Camboja embarcou em um processo de descentralização e democratização, inclusive com o estabelecimento de Conselhos eleitos das Comunas no início de 2002. Dada a falta de uma tradição de incentivar a participação cívica em assuntos públicos, contudo, houve inicialmente uma pequena conscientização geral de como se engajar com esses Conselhos. Os autores descrevem um projeto apoiado pelo Ministério do Desenvolvimento Rural e a agência bilateral alemã, GTZ, e realizado com organizações locais não-governamentais, para identificar e apoiar grupos de comunidade ativos e melhorar sua capacidade de interagir com os Conselhos das Comunas, ao mesmo tempo buscando formas dos Conselhos das Comunas apoiarem os diferentes grupos.
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Os bancos de arroz estão cada vez mais sendo utilizados no sudeste da Ásia como uma forma de abordar crises de alimentos sazonais que as comunidades pobres enfrentam. Apesar da visão geral da efetividade dos bancos de arroz gerenciados pela comunidade em melhorar a segurança alimentar, não tem havido quase nenhuma pesquisa sobre a sua efetividade em alcançar os mais pobres ou os prospectos da sustentabilidade conectada a pagamentos regulares do arroz. Em relação a Laos, buscou-se responder estas questões através da mobilização da comunidade, formando regras e regulamentos para incentivar a participação dos mais pobres, desenvolvendo ferramentas e procedimentos simples em linha com a capacidade existente da comunidade e desenvolvendo maior capacidade da comunidade. Outros desafios permanecem, tais como a mudança da mentalidade de 'alívio' que prevalece, garantindo a participação das mulheres e estabelecendo esquemas de poupança regulares para aumentar a efetividade e sustentabilidade dos bancos de arroz.
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Este artigo descreve as Plataformas de Aprendizado, um esforço estruturado da agência holandesa SNV para incentivar seus consultores especialistas a engajarem-se na leitura e análise de pesquisa acadêmica relacionada ao contexto no qual eles trabalham e realizar suas próprias pesquisas. Embora a habilidade dos atuantes na área prática de aplicar sua pesquisa à sua prática diária e a habilidade da organização de absorver os resultados da pesquisa como parte de suas próprias formas de trabalhar terem sido parciais ou limitadas, a abordagem possui o potencial de reunir esforços acadêmicos e baseados na prática de maneira que sejam mutuamente benéficas.
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A gestão baseada em resultados (RBM) está bem estabelecida como ferramenta de desenvolvimento para a prática de desenvolvimento internacional. Embora após uma década de uso, muitos agentes da área prática do desenvolvimento viram a RBM sob uma luz negativa, considerando-a como um requisito de doador que desvia tempo, energia e recursos do trabalho de desenvolvimento que realmente está sendo feito. Este artigo oferece algumas reflexões amplas sobre a RBM a partir de um ponto de vantagem distinto: a perspectiva do avaliador do projeto (ou programa). O artigo reflete sobre os desafios associados à RBM e extrai destas reflexões várias estratégias sugeridas para melhorar seu uso. Ele conclui que os atuantes na área prática do desenvolvimento precisam ser mais agressivos na implementação da RBM.
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O artigo identifica desafios e oportunidades para a robusta indústria de café de Uganda no contexto da crise do café global. Ele apresenta uma avaliação qualitativa e quantitativa de estratégias de desenvolvimento através das quais a Uganda poderia promover sua maior commodity de exportação. É sugerido que a Uganda se beneficiaria do aumento moderado da produção robusta, embora um maior declínio na produção poderia prejudicar seu próprio preço atual no mercado. Pode também haver benefícios importantes associados com o aumento do valor da robusta indústria ugandense através de melhorias na qualidade.
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Limitados em grande parte pela falta de recursos – técnico, financeiro, legal e/ou administrativo – governos em países em desenvolvimento freqüentemente criam estruturas de gestão de várias camadas para regularizar e monitorar recursos protegidos.Tais estruturas são criadas quando organizações não-governamentais são dadas a autoridade para monitorar e /ou gerenciar certos aspectos de um recurso indígena ou natural protegido. Outros aspectos, freqüentemente regulatórios, permanecem sob a gestão do governo. Utilizando estudos de caso de Belize e Malásia, a pesquisa relatada aqui sugere que as estruturas de gestão de várias camadas criadas entre ONGs e governos nos países em desenvolvimento freqüentemente incentivam um monitoramento caótico, políticas reativas e conflitos sobre jurisdição, assim como recursos de dependência sobre recursos técnicos, financeiros e/ou recursos legais de ONGs.
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Este artigo baseia-se na pesquisa que explorou e analisou o papel em potencial das diásporas na ajuda de desenvolvimento nos Países Baixos. A pesquisa adotou a hipótese de que as agências de desenvolvimento poderiam beneficiar-se do conhecimento, habilidades e visões das diásporas enquanto “agentes de desenvolvimento” e assim tornar a ajuda mais efetiva e sustentável. Os dados foram derivados de entrevistas semi-estruturadas com representantes de diásporas residindo nos Países Baixos; ONGs holandesas selecionadas pelo governo holandês por seus programas de capacitação; doadores oficiais, a saber: Ministério Holandês de Relações Exteriores (Ministerie van Buitenlandse Zaken); e organizações internacionais, tais como a Organização Internacional de Migração (IOM). Dados secundários derivaram-se de uma revisão da literatura.
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Este artigo descreve a fase exploratória e preparatória de um projeto de pesquisa destinado a utilizar uma pesquisa cooperativa como método para pesquisa de ação transformadora e participativa nas relações entre doadores e recebedores em dois países em desenvolvimento, Bolívia e Bangladesh. O texto descreve as origens de nossa idéia, os desafios conceituais que enfrentamos na busca por financiamento e o que aprendemos com essa primeira fase. Analisamos por que os pesquisadores, assim como os sujeitos em potencial da pesquisa, não estavam à vontade com a metodologia proposta, inclusive os desafios surgidos de nossas próprias posições e a natureza altamente sensível do tópico. Explicamos por que decidimos abandonar o projeto e chegamos a algumas conclusões preliminares a respeito das opções para aprendizado e pesquisa sobre ação participativa na prática de desenvolvimento.
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Superando desafios para as demandas da saúde do ecossistema para se acabar com as barreiras disciplinares e profissionais. Através de reflexão sobre um projeto de pesquisa e desenvolvimento para abordar preocupações relacionadas a pesticidas no norte do Equador, esse artigo apresenta os desafios enfrentados e as acomodações feitas, que vão desde o recrutamento de funcionários até avaliações, atividades educacionais com a comunidade e mobilização para mudança de política. Ao fazer isso, ela expõe problemas subjacentes a paradigmas e processos que surgem ao reunirem-se pesquisadores e praticantes de desenvolvimento, assim como o papel problemático da defesa de direitos que está associado com iniciativas conjuntas envolvendo agricultura, saúde, pesquisa e desenvolvimento.
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O chiclete natural representa apenas 3.5 por cento do total do mercado de chicletes, que é dominado por chicletes sintéticos feitos a partir de hidrocarbonos. Contudo, um interesse recente em estratégias de meios de subsistência sustentáveis tem criado oportunidades para intensificar a comercialização de chiclete para um mercado que é ainda pequeno, de nicho. A produção de chiclete pode ajudar a aumentar a conservação da floresta e oferecer emprego regular àqueles dependentes de recursos florestais, como parte de uma série de atividades sustentáveis. Contudo, a produção e comercialização do chiclete natural têm enfrentado diversos problemas sérios: produtores no México têm se organizado sob formas que os levam a ser explorados por instituições intermediárias e estatais, e os processos de certificação para o comércio orgânico e comércio justo são difíceis de manejar e caros. Este artigo sugere várias maneiras de lidar com esses problemas.
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Entre 1994 e 2003, o Acordo TRIPS (Acordo sobre Aspectos de Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio) da OMC foi refinado para permitir flexibilidade no uso de licenças compulsórias para importar e exportar variedades “genéricas” de produtos farmacêuticos, inclusive drogas antiretrovirais para o tratamento de HIV/AIDS. Após resumir esse processo e avaliar suas implicações práticas para os países em desenvolvimento, o artigo insere brevemente o regime atual em um contexto de mais longo prazo da proteção institucional de patentes na Grã-Bretanha e Europa datando do século dezenove. O trabalho mostra como tal modelo, que beneficia grandes detentores de patente, continua a estar presente nos TRIPS. O artigo prossegue para demonstrar a continuidade da influência corporativa sobre o Estado como expresso nas condições “TRIPS-plus”, que estão aparecendo nos acordos de livre comércio bilaterais entre os EUA e países em desenvolvimento individuais ou grupos regionais. Esse conjunto de medidas que constitui obstáculos institucionais à disponibilidade sustentável de drogas baratas, no momento e no futuro, apresenta sérios problemas para operações futuras da cadeia de abastecimento para diversos medicamentos importados e, no caso do HIV/AIDS, com implicações negativas para a efetividade clínica de longo prazo das drogas mais amplamente utilizadas.
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Esse artigo revê metodologias atuais para a elaboração de projetos de desenvolvimento e identifica razões básicas para conflito entre propostas e métodos participativos. Várias abordagens alternativas para os modelos de intervenção em sistemas sociais são examinadas e explora-se a aplicação potencial de algumas dessas novas idéias dentro de um processo que é baseado na racionalidade comunicativa. Concluímos que existem diversos problemas s serem superados antes de descrever uma metodologia de modelo completo que se move a partir da base objetivista de sistemas existentes. Sustenta-se também que a nova abordagem precisará abordar as relações de poder e os problemas conseqüentes e inter-relacionados de accountability e confiança.
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A accountability das ONGs de desenvolvimento internacional (ONGIs) tem atraído muito interesse de acadêmicos e praticantes do desenvolvimento. A accountability das ONGIs enquadram-se em duas categorias: accountability prática (para o uso de contribuições, a forma como as atividades são desempenhadas e para resultados) e accountability estratégica para a forma como as ONGIs estão atuando em relação à sua missão. Esse artigo apresenta uma estrutura conceitual para explorar a accountability das ONGIs. Ele está baseado em informações coletadas através de uma revisão da literatura e entrevistas com representantes de 20 ONGIs situadas no Reino Unido. A pesquisa descobriu que as ONGIs tendem a utilizar vários mecanismos de avaliação de qualidade para alcançar accountability “prática”. Contudo, a pesquisa sugere que esse tipo de accountability não necessariamente permitirá que as ONGIs alcancem suas metas de aliviar a pobreza e eliminar a injustiça. Além disto, o uso predominante de accountability prática tem levado a várias lacunas na accountability das ONGIs. Sugere-se que, como o período de participação antes dela, a accountability tem sido cooptada por seus benefícios instrumentais para o desempenho e gerenciamento de projeto das ONGIs. Argumenta-se que para as ONGIs alcançarem sua missão, exigir-se-á mais formas “estratégicas” de accountability adequadas para modificar de maneira fundamental as estruturas sociais, econômicas e políticas que promovem a pobreza.
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Andries Du Toit (2004) argumenta que o conceito de exclusão social tem uso limitado no campo dos estudos de desenvolvimento, uma vez que a pobreza crônica resulta freqüentemente da incorporação sob termos particularmente desvantajosos (incorporação adversa) em vez de qualquer processo de exclusão. Du Toit, portanto, clama para irmos além da visão da “exclusão” e “inclusão” em termos binários e analisarmos mais de perto como os diferentes tipos de poder são formados e mantidos. Este artigo argumenta que o pensamento sobre exclusão social já ultrapassou uma simples dicotomia incluído /excluído e que o uso da estrutura analítica de Sen ajuda os pesquisadores a desenredar os fatores complexos e interconectados que estão por trás da pobreza crônica, tais como aqueles enfrentados por trabalhadores agrícolas do distrito de Ceres, do Cabo Ocidental da África do Sul.
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Neste breve Ponto de Vista, o autor argumenta que o entendimento comum sobre a expectativa média de vida em qualquer país não é uma medida apropriada em relação ao desenvolvimento. pois entre a população afetada pela AIDS, ela não consegue diferenciar entre períodos de vida significativamente diferentes dependendo se uma pessoa contrai a doença ou não.
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As redes internacionais para mudança social estão crescendo em número e influência. Embora elas precisem ser capazes de avaliar até que ponto elas alcançam seus objetivos e determinar maneiras de serem mais efetivas, os métodos de avaliação convencionais não são destinados a formas organizacionais tão complexas, ou para os tipos diversos de atividade aos quais elas são caracteristicamente dedicadas. Baseando-se em uma versão anterior do artigo, os autores apresentam um conjunto de princípios e abordagens participativas que são mais apropriadas para a tarefa de avaliar tais redes.
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Este artigo discute o papel dos animais em sistemas de pequena escala na produção de culturas agrícolas/animais na Ásia. Ele examina como os animais podem ser utilizados geralmente em vários propósitos em vez de um único ou de um duplo uso, sendo a segurança também um elemento importante. Produtores rurais podem ser estimulados a produzir mais carne e leite quando outras formas de segurança, como bancos, são considerados igualmente confiáveis. A multicultura é o sistema predominante da produção de plantas na região, com a plantação de leguminosas complementando plantações de não-leguminosas. Isso também traz benefícios para o solo. Sistemas multiculturais são intensivos em mão-de-obra, mas em um contexto em que o trabalho não é um problema, dispositivos que economizam mão-de-obra não oferecem solução. Os animais na agrofloresta são discutidos em detalhes, com ênfase em pastagem de animais em plantações de coco e óleo de palma. Cientistas de animais asiáticos deveriam dedicar mais tempo explorando os papéis da multicultura e de animais na agrofloresta.
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A morbidade e a mortalidade relacionadas à AIDS afetam não apenas os indivíduos e suas famílias, mas estão rapidamente destruindo a capacidade de luta para o desenvolvimento de Estados africanos. Deter os impactos da pandemia, então, tem se tornado uma grande preocupação. Isso exige abordar as questões de cuidado e suporte àquelas pessoas afetadas e ampliar o acesso de pessoas que vivem com o HIV/AIDS a um tratamento efetivo. A provisão de tal medicação complexa em cenários de recursos limitados é um fenômeno bastante recente. Neste contexto, o artigo baseia-se em experiências emergentes do campo na identificação de questões e desafios que precisam ser abordados para facilitar a intensificação do tratamento de HIV/AIDS na África.
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Neste estudo, o Perfil do Estilo de Vida de Promoção da Saúde foi utilizado para comparar comportamentos que promovem a saúde em três grupos de pessoas cronicamente doentes sendo tratadas como pacientes não internos em clínicas e hospitais em Fiji, Nauru e Kiribati. Diferenças significativas foram observadas entre homens e mulheres e entre grupos no que diz respeito a práticas e atitudes quanto à responsabilidade com a saúde, atividade física, nutrição e gestão de stress. Profissionais da saúde e educadores devem desenvolver formas de transmitir a mensagem de estilos de vida saudáveis a populações que não dão muita atenção a métodos de educação em saúde convencionais.
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Este relatório resume um projeto de ação-pesquisa participativa combinando conceitos da área de gestão de desenvolvimento com a prática em saúde mental internacional. A pesquisa foi conduzida na Estônia, Quirguistão e Romênia. O modelo de política-como-processo é central para a compreensão da gestão de desenvolvimento mas não é familiar para organizações que estão trabalhando com saúde mental, mesmo aquelas que atuam a partir de em um nível comunitário, de uma perspectiva de baixo para cima para influenciar a política de saúde mental. Ao mesmo tempo, a prática e aprendizado do campo de saúde mental e modelos radicais de empoderamento de usuário têm recebido pouca atenção dos gerentes de desenvolvimento. A pesquisa relatada aqui descobriu que o modelo de política-como-processo foi útil para ativistas de saúde mental e que ele forneceu uma estrutura alternativa aos conceitos de políticas mais tradicionais, de cima para baixo e prescritivos, possibilitando assim que as perspectivas múltiplas, os conflitos resultantes de valores diferentes e as dinâmicas de poder que caracterizam entendimentos e práticas em saúde mental fizessem sentido. Entre as recomendações do texto está uma campanha para ligações mais próximas entre o ativismo em saúde mental e a gestão de desenvolvimento, assim como uma transferência de conhecimento, entendimento e experiência entre as duas disciplinas.
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Existe praticamente um consenso de que a pobreza é multidimensional. Contudo, medidas “econômicas” ou de renda/despesa/monetária da pobreza ainda possuem um status mais elevado nos indicadores e políticas-chave de desenvolvimento: A Meta de Desenvolvimento do Milênio número um (MDG) é a de um dólar-por-dia; o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o Índice de Desenvolvimento de Gênero (IDG) do Programa de Desenvolvimento da ONU (UNDP) utilizam pesos que favorecem muito fortemente o PIB per capita. Além disso, a renda per capita de pobreza é geralmente o foco principal nos Documentos sobre Estratégia de Redução de Pobreza. Este artigo preocupa-se com essa aparente contradição entre o consenso sobre o significado da pobreza e a escolha de métodos com os quais medir a pobreza na prática. Apresenta-se um breve histórico do significado e da medida da pobreza e argumenta-se que, embora o determinismo “econômico” tenha gradualmente retrocedido de seu lugar central no significado da pobreza, ele continua a dominar a medida da pobreza. Em seguida, há uma seção que contrasta os méritos relativos das medidas “econômicas” e “não econômicas” da pobreza. A questão é colocada: por que as medidas “econômicas” da pobreza ainda têm um status mais elevado do que as medidas não-econômicas?
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A desigualdade de gênero é agora amplamente reconhecida como um importante fator na disseminação e enraizamento da pobreza. Esse artigo examina o Relatório de Desenvolvimento Mundial 2000/01 como o anteprojeto do Banco Mundial para abordar a pobreza no século vinte e um, juntamente a vários documentos mais recentes sobre Estratégia de Redução da Pobreza (PRSPs), visando analisar a maneira pela qual o gênero é incorporado no processo de realização de política e se constitui numa nova abordagem para o gênero e pobreza. Argumenta-se que é improvável que a abordagem do Banco Mundial sobre a pobreza implemente justiça de gênero porque continua havendo grandes discrepâncias entre as políticas econômicas e sociais que ela prescreve. Mais especificamente, afirma-se que o Banco emprega uma abordagem integracionista que aprisiona as questões de gênero dentro de paradigmas de desenvolvimento existentes sem tentar transformar uma agenda de desenvolvimento geral cujo objetivo principal é o crescimento econômico como algo oposto à eqüidade. Estudos de caso do Camboja e Vietnã são utilizados para ilustrar esses argumentos.
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A pobreza e a forma pela qual ela é pesquisada são grandes preocupações para diversos cientistas sociais. Este artigo apresenta maneiras diferentes de pesquisar a pobreza urbana na África Subsaariana (SSA), concentrando-se em métodos qualitativos e nas diferentes formas com que eles podem ser utilizados para colher dados. Foram extraídos exemplos de pesquisa de campo realizada em áreas urbanas da República Democrática do Congo (antigamente Zaïre) para ilustrar as formas pelas quais métodos e técnicas diferentes de pesquisa são utilizados no campo e como um pesquisador poderia organizar a coleta de dados.
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A preocupação que orienta o debate atual sobre a extensão agrícola concentra-se cada vez mais naquilo que pode ser feito para ajudar os produtores rurais a aprender como lidar com o mundo complexo ao redor deles de maneira responsável e lucrativa de tal forma que o trabalhador de extensão seja um auxiliar. Esse artigo busca desconstruir e oferecer uma avaliação mais fundamentada dos serviços de extensão agrícola através de uma reflexão sobre paradigmas de desenvolvimento, educação de adultos, empoderamento individual e pluralismo institucional. Questionando as dimensões éticas subjacentes da extensão agrícola, é possível desenvolver um paradigma alternativo e assim gerar novas idéias sobre o tema. O artigo conclui que a razão de ser da extensão agrícola hoje em dia deve ser a de criar uma base ética que garanta que as práticas de extensão sejam mais inclusivas e assim mais sensíveis às necessidades dos produtores rurais e de outras populações rurais, integrando expectativas individuais ao ambiente sócio-econômico, cultural, político e geográfico mais geral.
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Esse artigo revê estratégias de prevenção iniciadas e implementadas por ONGs em todo o globo para abordar o tráfico sexual feminino. Ele apresenta as bases conceituais para medidas anti-tráfico em geral e medidas de prevenção em particular antes de apresentar um conjunto representativo de programas e abordagens sendo implementados atualmente. As autoras identificam algumas das lacunas aparentes nessas respostas e fazem recomendações para melhorar a implementação de estratégias de prevenção. O artigo conclui que as medidas de prevenção anti-tráfico devem ser habilmente integradas a práticas atuais de desenvolvimento comunitário e que, por essa razão, planejadores de desenvolvimento local e global devem tornar-se mais cientes dessa questão e das ações estratégicas necessárias para abordá-la.
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Afirma-se freqüentemente que as ONGs e o contexto mais geral de desenvolvimento são intrinsecamente diferentes de outros contextos organizacionais dentro dos quais acredita-se que o Desenvolvimento de Recursos Humanos (DRH) desenvolve um papel importante. Neste artigo, o autor apresenta os conceitos básicos que sustentam o desenvolvimento humano dentro das organizações e desenvolvimento organizacional e aponta os argumentos para um maior investimento nas pessoas. Embora isso possa suscitar questões éticas e práticas nas organizações que dependem de fundos externos em vez de gerar sua própria renda, o fracasso em desenvolver os funcionários dos quais uma organização de desenvolvimento em última instância depende gera muito mais riscos. A gestão e especificamente o DRH não são atividades de escritório que podem ser buscadas através da aplicação de protocolos e sanções, mas requerem visão, liderança e engajamento prático.
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Este artigo discute o papel que as ONGs desempenham, não em sua função tradicional de prestadoras de serviço, mas como empregadoras no mercado de trabalho egípcio. Durante as duas últimas décadas, as ONGs têm oferecido oportunidades de emprego atrativas a profissionais da classe média que estão desiludidos com o setor privado e não estão mais interessados em fazer parte da burocracia estatal. As condições de trabalho de um número cada vez maior de empregados das ONGs e como as ONGs se saem como empregadoras não têm sido investigadas pela substancial literatura acadêmica e de políticas relativas a ONGs, que até agora tem se preocupado quase que exclusivamente com o relacionamento das ONGs com seus “beneficiários” em vez de sua posição enquanto agentes ativos em um mercado de trabalho em mutação.
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Este artigo discute o significado do desenvolvimento a partir de uma perspectiva pós-desenvolvimento, baseada em um estudo de caso de um projeto de criação de cabras envolvendo uma pequena comunidade de produtores rurais de uma cidade rural no nordeste do Brasil. O projeto de desenvolvimento estava repleto de visões conflitantes de desenvolvimento quando buscou impor uma visão intervencionista, etnocêntrica e modernista do que era melhor para a comunidade, até mesmo estipulando como os produtores rurais deveriam trabalhar juntos. A interpretação modernista tem sido criticada sob vários ângulos, mas mesmo assim continua a condicionar a maneira como a “indústria de desenvolvimento” define seus valores e enxerga sua missão.
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O projeto político de igualdade de gênero na África tem tido destaque e obtido muitas conquistas. Contudo, tais conquistas têm se limitado em grande parte ao trabalho de “grandes” mulheres nos contextos burocráticos públicos e privados nos quais existe um comprometimento maior com a igualdade de gênero. Argumenta-se que no contexto de Camarões, enquanto essas “grandes” mulheres não renovam seu compromisso com suas irmãs de base, a experiência de igualdade de gênero permanecerá em grande parte desigual. Apenas uma ligação forte entre trabalhadores de escritório e mulheres menos privilegiadas vencerá esse abismo.
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Este artigo argumenta que os esforços para o desenvolvimento da África podem ser imensamente expandidos tanto por um aumento em seu poder de barganha quanto por uma demonstração mais sincera de generosidade por seus parceiros comerciais, em particular os países desenvolvidos. Essa generosidade implica não colocar condições ou restrições nos produtos da África, particularmente nas exportações agrícolas, e eliminar subsídios rurais em países desenvolvidos. A menos que isso seja realizado, as concessões feitas a países africanos permanecerão meramente simbólicas.
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Este artigo oferece um estudo de caso sobre uma substituição temporária de funcionários de uma ONG do hemisfério norte (Trócaire) para um parceiro do hemisfério sul, a Comissão Católica de Desenvolvimento (CADECOM) de Malauí, como um possível modelo para capacitação. A abordagem descrita foi tentada no contexto de um programa de emergência mas poderia também ser utilizada em um contexto de desenvolvimento. O artigo analisa a adequação do modelo em termos de sua estrutura administrativa, foco e impacto e tentativas de extrair lições para funcionários da área prática para a sua aplicação bem-sucedida.
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Embora não fazendo parte do currículo nacional até 2004, a educação sobre HIV/AIDS tem sido ensinada há algum tempo em escolas secundárias de Uganda através de várias formas extracurriculares, inclusive através da mídia, grupos de jovens, teatro, música e Associações de Pais e Mestres. Este artigo identifica e avalia a integração de informações sobre HIV/AIDS no currículo nacional em escolas secundárias de Uganda entre 2002 e 2004, com base nos pontos de vista de professores administradores e estudantes de 76 escolas.Embora a maioria das escolas não inclui a questão do HIV/AIDS como parte do currículo nacional formal nesse período, as informações foram disseminadas através de uma série de medidas alternativas. O artigo identifica a mais efetiva delas, discute as reações percebidas dos vários participantes (stakeholders) em relação ao HIV/AIDS sendo ensinado em escolas secundárias e faz recomendações sobre reforma curricular.
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Esse artigo descreve as experiências de uma pequena ONG de Bangladesh no uso de ferramentas orientadas para atores com o fim de concentrar-se em pessoas e parcerias-chave no planejamento, monitoramento e avaliação de projeto. A abordagem tem ajudado a identificar intervenções que são específicas ao contexto, aproveitando agentes locais e redes indígenas e sensíveis às limitações enfrentadas pelos mais pobres. Como resultado, a ONG tem mantido afastada de uma agenda orientada externamente para se tornar uma organização mais atenciosa e sensível. Ao desenvolver a abordagem, a ONG encontrou alguns problemas devido à sensibilidade política a respeito da representação de conexões. Isso destaca a importância do uso dessas ferramentas de uma forma politicamente ciente, positiva e reflexiva.
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O cultivo flutuante tem se mostrado uma maneira bem-sucedida de produção de colheitas agrícolas em diferentes áreas pantanosas do mundo. Em lagos de água fresca e pântanos de Bangladesh, vegetais, flores e mudas são plantadas utilizando-se essa técnica de cultivo flutuante, sem nenhuma irrigação adicional ou fertilizante químico. Nenhum estudo detalhado dessa técnica de cultivo indígena foi publicada até o momento, embora o método de laboratório, hidropônico, seja documentado na literatura profissional. Nosso estudo está concentrado na natureza e características do sistema de Bangladesh, onde produtores rurais locais têm demonstrado o potencial do uso sustentável de tais recursos hídricos locais de propriedade comum. Buscamos estabelecer um ponto de referência para pesquisa adicional sobre essa técnica para o seu possível refinamento e uma avaliação de sua adequação para sua reprodução.
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Baseado no interesse contemporâneo de desenvolver novos programas de alfabetização de adultos com base na “alfabetização para meios de vida”, este artigo examina alguns estudos de caso da Nova Zelândia, Bangladesh e Egito sobre a alfabetização sendo utilizada em meios de subsistência e relaciona-os ao tipo de alfabetização que está sendo ensinada em diversos programas de alfabetização de adultos atualmente. O artigo destaca que as pessoas freqüentemente modificam seus meios de vida e que cada meio de subsistência possui práticas de alfabetização inseridas nele. O artigo sugere que o uso dessas práticas de alfabetização inseridas nas atividades dos meios de vida poderia ser um melhor ponto de partida para a alfabetização de adultos do que um livro-texto escolar.
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Parte da ajuda da Nova Zelândia às nações da Ilha do Pacífico ocorre na forma de bolsas de ensino superior. Os estudantes que recebem as bolsas estudam em instituições de ensino superior em todo o Pacífico, inclusive na Nova Zelândia. Mas o que acontece quando eles retornam para casa, adequando-se novamente à sua cultura e à vida familiar e encontrando emprego? A pesquisa descrita neste artigo explorou essa questão em relação às mulheres graduadas de Vanuatu quando elas retornaram após estudar no exterior por três anos ou mais. Algumas se adaptaram facilmente e encontraram emprego rapidamente, outras enfrentaram um profundo choque de cultura ao retornar e demoraram muitos meses para encontrar um emprego adequado. Para que Vanuatu faça o melhor uso possível das qualificações dessas mulheres no ensino superior e para que os doadores alcancem os objetivos de seu esquema de bolsas de estudo, são necessárias algumas mudanças, entre elas um suporte mais coordenado e estudos de acompanhamento regulares.
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Este artigo oferece uma visão geral das questões relativas ao uso do conhecimento por organizações de desenvolvimento. Ele começa explorando as várias definições de conhecimento que existem em um mundo de diversas culturas e tradições intelectuais e o papel da linguagem. O artigo considera seus relacionamentos uns com os outros e com os diversos e variados “desenvolvimentos de informação” – mudanças relativas à informação no trabalho, cultura, organizações e tecnologia em todo o mundo. Argumenta-se que essas questões impõem vários desafios estratégicos fundamentais para o setor de desenvolvimento. A segunda parte examina onde, na prática, as organizações de desenvolvimento obtêm suas informações e conhecimento e identifica áreas problemáticas com muitos dos canais utilizados. Sua conclusão é que a prática mais corrente consistentemente milita contra o tipo de relação e tipo de comunicação que são essenciais se a política de desenvolvimento e prática for algo que não se constitua em uma imposição de idéias externas, ainda que bem intencionadas.
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Este artigo trata do desenvolvimento dos Estudos Africanos, principalmente na Europa e América do Norte pós-1945, e sua contrapartida na África pós-independência. Os Estudos Africanos possuem uma conexão cada vez mais estreita com a cooperação de desenvolvimento bilateral e multilateral, fornecendo pesquisa e pesquisadores (mais suas próprias estruturas e preocupações conceituais) para ajudar a definir e oferecer direção para ajuda humanitária e políticas relacionadas. Isso está levando a práticas não saudáveis, em que a pesquisa africana é ignorada na formulação de políticas internacionais destinadas ao continente, enquanto africanistas externos assumem a função de interpretar o mundo para a África e vice versa. Essa dinâmica reforça assimetrias existentes em capacidade e influência, especialmente tendo em vista a crise da educação universitária na maioria dos países africanos. Ela também prejudica a comunidade de pesquisa da África, em particular a abrangência para trocas entre nações e internacionais e o engajamento em debates de desenvolvimento mais amplos, com o resultado que aqueles cientistas sociais que não têm sucumbido ao mercado de consultoria ou buscado oportunidades profissionais em outros lugares, são incentivados a concentrar-se em estudos empíricos limitados. Essa divisão política do trabalho intelectual necessita ser substituída por uma outra que permita a livre expressão e troca de idéias não apenas por africanos sobre a África, mas com a comunidade internacional mais ampla que compartilha das mesmas preocupações temáticas amplas e/ou preocupações teóricas que os acadêmicos africanos com os quais eles estão em contato.
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Utilizando experiência autobiográfica relativa à pesquisa sobre madeira como combustível em dois locais no oeste da África, esse artigo ilustra como os processos de conhecimento influenciam o que pode ser produzido como conhecimento; como tal conhecimento é realmente produzido; e o que no final é produzido como conhecimento. Contudo, embora ele explore os vários papéis que o conhecimento desempenha nas relações sociais em momentos históricos particulares do desenvolvimento pessoal e profissional de um único indivíduo, as questões que essa experiência subjetiva suscita são de significado mais amplo: o conhecimento de quem é importante? Como certos conhecimentos são suprimidos ou negados, enquanto outros são privilegiados? Por sua vez, isso suscita outras questões relativas às formas pelas quais as pesquisas e práticas são mediadas através de prismas da pesquisa, política e desenvolvimento locais. De uma maneira geral, o artigo diz respeito à forma pela qual as filosofias, metodologias e práticas da madeira como combustível são construídas, modificadas e mantidas enquanto conhecimento; e a um lembrete de que tais processos de conhecimento não podem ser verdadeiramente entendidos isoladamente, mas precisam estar situados dentro de contextos complexos e diversificados de agendas individuais, estratégias de grupo, etc, assim como em múltiplos locais de produção.
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Este artigo argumenta que aquelas pessoas dispostas a caracterizar e aproveitar o potencial empoderador da Tecnologia da Informação e Comunicações [ICT] para projetos de desenvolvimento têm de entender que a própria existência dessa tecnologia cria modelos alternativos de cooperação e colaboração. Esses próprios modelos precisam romper com modelos de gestão “tradicionais” de comando-e-controle. Uma alternativa é persuadir os participantes, ou participantes em potencial, a coordenar seus esforços seguindo a linha mostrada pelo movimento de software livre e pelos colaboradores da Wikipedia: modelos de coordenação que poderiam não funcionar, mas que parecem estar funcionando. O artigo apresenta esse argumento e então sugere formas pelas quais ONGs em particular poderiam tentar incorporar essas idéias em suas estratégias. Isso é particularmente crucial para organizações dependentes de oportunidades de financiamento sob pressão cada vez maior e que também buscam desenvolver e enfatizar a questão de gênero a partir de dentro e entre grupos-alvo específicos.
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O artigo examina se o conceito de capital social pode facilitar nosso entendimento de redes online nas questões de desenvolvimento. Muito da geração de conhecimento e aprendizado social em desenvolvimento ocorre em redes, que estão cada vez mais online. Embora presuma-se que essas redes sejam uma força positiva na questão do desenvolvimento, existe muito desconhecimento em relação a elas, em parte porque ainda estão em sua infância. O conceito de capital social tem sido tradicionalmente aplicado para examinar o funcionamento de grupos e sociedades. Mais recentemente, ele tem sido aplicado também ao desenvolvimento e a redes online fora do desenvolvimento. São revisadas no artigo três abordagens que não são de desenvolvimento que tratam do capital social em redes e comunidades online. Elementos dessas abordagens, combinados com aspectos relacionados a desenvolvimento, são utilizados para produzir uma estrutura para promover a análise do capital social em redes online em um contexto de desenvolvimento.
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Neste artigo, os autores refletem sobre o estabelecimento e rápida evolução de um boletim eletrônico africano, o Pambazuka News, que é uma iniciativa fundada na relação entre as tecnologias de informação e comunicação (TICs) de um lado, e a luta contra o empobrecimento e as injustiças, de outro lado. Entre os principais pontos de aprendizado está o de que a publicação eletrônica é um compromisso de longo prazo devido à confiança estabelecida entre a organização que esteja fornecendo o serviço e aqueles que o estejam usando. A proximidade do meio permite que as informações se movam em uma série de caminhos diferentes e viabiliza novas formas de transparência mútua. Permanece, contudo, a questão crítica de como garantir os recursos para manter tal serviço sem comprometer o conteúdo ou dissolver o objetivo.
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O conhecimento no desenvolvimento tem sido visto como uma mercadoria de mão-única que as nações desenvolvidas poderiam “rebaixar” até o nível dos “países em desenvolvimento”. Compartilhar conhecimento é geralmente visto como uma operação Norte–Sul. Essa abordagem vertical do conhecimento em desenvolvimento ecoa a abordagem vertical do desenvolvimento em geral, através da qual o conhecimento é visto como um ingrediente da assistência técnica oferecida por aqueles que a possuem para aqueles que não a possuem. Contudo, nenhuma organização pode oferecer transformação social ou compartilhamento de conhecimento se ela mesma não estiver engajada em um processo de aprendizado interno que sistematicamente questione certezas, autoridades e tomadas de decisões. O aprendizado é um processo complexo de adquirir conhecimento tanto dentro da organização que promove a mudança social quanto entre os temas de e parceiros na mudança social.
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Este artigo detalha, explora a motivação e traça o desenvolvimento da estratégia distintiva que molda a Iniciativa de Comunicação (IC), que é uma rede de usuários da comunicação que visa promover mudanças econômicas e sociais em comunidades do mundo todo. Membros da rede acessam informações e colaboram uns com os outros através de um dos três websites sobre conhecimento – um com uma visão e enfoque mundial, o segundo com uma visão mundial e enfoque na América Latina e outro com um enfoque na África – e seus boletins eletrônicos associados. Esses espaços online são componentes de um processo mais amplo que a autora chama de “comunicação horizontal”, que é central para fornecer uma plataforma sem julgamento e nivelada de acesso às informações e interações que sejam importantes àqueles que estejam realmente praticando a comunicação para o desenvolvimento. Recorrendo a essa abordagem, a IC envolveu 50.000 pessoas de mais de 184 países no decorrer dos últimos sete anos; a autora apresenta os elementos que têm sido centrais para esse sucesso.
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As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) têm criado novas oportunidades econômicas e sociais no mundo todo. Seu uso, porém, continua a ser governado por relações de poder existentes em que as mulheres freqüentemente enfrentam uma desvantagem relativa. Em meio a essa desigualdade estão indivíduos e organizações que estão trabalhando para utilizar TICs para promover a igualdade de gênero. Essas são as questões abordadas pelo Kit Cutting Edge da BRIDGE sobre Gênero e TICs. Essa seção é formada por trechos extraídos da parte sobre o Relatório Geral. O primeiro, consiste na maior parte da seção “TICs como ferramentas para combater a desigualdade de gênero e promover o empoderamento das mulheres” (uma seção sobre mulheres e e-governos foi omitida) descreve maneiras pelas quais as mulheres têm sido capazes de utilizar as TICs para apoiar novas formas de troca de informações, organização e empoderamento. O segundo foi extraído da caixa de texto “Telecentros”: Alguns Mitos descrevem três afirmações que freqüentemente levam a problemas em todas as formas de investimento em trocas de informações relativas a desenvolvimento com grupos pobres ou menos poderosos, não apenas aqueles relativos a telecentros e mulheres.
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Sugerimos que pesquisadores de doutorado e de pós-doutorado são um recurso forte, inexplorado, com o potencial de dar uma contribuição real para a pesquisa sobre saúde global (GHR). Contudo, levantamos algumas questões éticas, institucionais e de financiamento que desestimulam novos pesquisadores a entrar nessa área de pesquisa ou reduzem sua capacidade para contribuir. Oferecemos várias recomendações às instituições e financiadores canadenses acadêmicos e não-acadêmicos, visando promover discussão entre eles sobre como superar essas limitações. Precisamos de mudanças na forma como a pesquisa de pós-graduação é organizada e financiada, existindo oportunidades de se trabalhar colaborativamente dentro de parcerias estabelecidas entre países de baixa–média renda (LMIC)/projetos de pesquisa canadenses. Nós reivindicamos mudanças na forma com que as instituições financiam, reconhecem, valorizam e apóiam a GHR, de forma que pesquisadores estabelecidos sejam incentivados a desenvolver relações de LMIC de longo prazo e tornarem-se mentores de novos pesquisadores canadenses/de países LMIC. Solicitamos aos financiadores que reconsiderem atividades de GHR adicionais para receberem apoio, inclusive iniciativas de treinamento estratégico e disseminação de resultados de pesquisa. Nós também incentivamos o desenvolvimento de instituições alternativas que possam fornecer treinamento e oportunidades de ajuda. A GHR enfrenta vários desafios. Se enfrentarmos aqueles que reduzem nosso potencial para contribuir, podemos nos tornar parceiros reais em GHR, trabalhando em favor de uma saúde global justa e de soluções para questões de saúde prioritárias.
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Este breve artigo apresenta uma série de recursos e novos progressos em serviços de rede e de Internet. Embora muitas das aplicações estejam sendo utilizadas para publicação, diálogo, pesquisa e feedback em desenvolvimento, permanece a pergunta sobre o quão profundamente o desenvolvimento das comunicações, e em particular a Internet, está mudando a comunidade de desenvolvimento internacional e a forma como ela funciona.
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Esta resenha examina as idéias teóricas que surgem de dentro do Movimento da Justiça Global e Solidariedade, também conhecido como o Movimento Anti-Globalização, ou Movimento dos Movimentos, e também revê a literatura que se concentra nesse fenômeno de autoria daqueles envolvidos de maneira próxima e também de outros observadores. A preocupação central é entender a natureza e significado do movimento dos movimentos conforme ele opera através das fronteiras locais, nacionais e globais e avaliar sua capacidade de representar e mobilizar milhões de pessoas no mundo inteiro que se posicionam para ganhar pouco ou nada mas que podem perder muito com a globalização neoliberal.
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Este artigo apresenta algumas reflexões iniciais sobre as características distintivas dos Estudos de Desenvolvimento (ED). O objetivo é promover mais debate em vez de tentar “encerrar” a discussão. A discussão sobre a natureza dos DS é oportuna devido à expansão dos cursos oferecidos em vários níveis na última década; devido às críticas recorrentes aos ED nos últimos anos e porque o ED entrou em um período de “busca da alma” – ilustrado por diversos números especiais de revistas e eventos – para identificar suas características. O artigo argumenta que o ED é um esforço compensador (como uma preocupação em reduzir a pobreza global não poderia ser?) mas o campo de investigações precisa refletir sobre como isso aborda a heterogeneidade no “Terceiro Mundo” e abre espaço para “vozes” alternativas.
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Esse artigo examina as experiências de capacitação de duas equipes de pesquisa nas províncias de Yunnan e Guizhou no sudoeste da China que utilizaram o monitoramento e avaliação participativa (MA&P) para fortalecer suas ações de pesquisa de desenvolvimento, particularmente na área de gerenciamento de recursos naturais (GRN). Os autores descrevem seus esforços para incorporar as práticas de MA&P em seu trabalho. O processo mostrou-se desafiador apesar das mudanças políticas e econômicas na China que visam permitir mais espaço para as vozes locais e para o poder de tomar decisões no gerenciamento de recursos naturais e outros assuntos do vilarejo. A institucionalização do MA&P ainda tem um longo caminho a percorrer e precisará de mais prática de campo, mais integração nos processos de desenvolvimento organizacional e conexões mais fortes com agendas de mudanças políticas.
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O argumento central deste artigo é o de que muitas das ferramentas desenvolvidas para fortalecer negócios com fins lucrativos podem ser aplicadas a ONGs para torná-las mais efetivas e transparentes. O artigo aborda uma lacuna na literatura sobre desenvolvimento ao definir e descrever como as ferramentas empresariais podem ser efetivamente transferidas para ONGs. Ele examina a implementação do Padrão de Qualidade ISO 9000 por uma ONG, a Cambodia Trust. As experiências da Cambodia Trust demonstram que as ferramentas empresariais têm espaço no gerenciamento de ONG. O artigo também questiona até que ponto a experiência cambojana pode ser vista como a melhor prática para ONGs.
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Os programas de Serviços de Desenvolvimento de Negócios (BDS) têm se tornado uma questão central para doadores internacionais e ONGs. Concentrando-se em pequenas empresas em países em desenvolvimento, a abordagem de BDS atual gira em torno da idéia de que o desenvolvimento dos mercados é a chave para o sucesso. Contudo, muitos desses programas continuam a ter um impacto limitado. Uma revisão de teorias modernas de inovação e gerenciamento de marketing de serviços sugere que isso pode ocorrer porque a atual prática de suporte de BDS reflete um entendimento um tanto limitado sobre como novos mercados realmente se desenvolvem. Recorrendo às idéias que essas teorias oferecem, os autores sugerem que a prática de BDS deve desenvolver uma abordagem mais evolucionária, reconhecendo que inovações de serviço desenvolvem-se através de uma interação ativa e contínua entre fornecedores e clientes. O artigo conclui com orientações de políticas práticas e uma discussão sobre ferramentas que poderiam ajudar o BDS a adotar essa abordagem mais bem-sucedida.
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As atividades do Comércio Justo no Hemisfério Sul têm tendido a ser estudadas em relação aos objetivos internos das próprias organizações de comércio justo. Esse artigo argumenta que é também importante considerar-se a “arena” mais geral do comércio justo ou o conjunto de interações. Os autores focalizam as “arenas” de café comércio justo da Tanzânia e Nicarágua e estudam o papel de quatro atores-chave – os pequenos produtores, as cooperativas, os parceiros de desenvolvimento e as autoridades públicas. Utilizando dados comparativos de estudos de campo conduzidos em 2002-2003, o artigo extrai questões-chave nacionais e internacionais que estejam afetando produtores locais. Ilustrando como o comércio justo desenvolve-se diferentemente de acordo com o contexto, o artigo examina como o movimento cooperativo na Nicarágua tem sido fortalecido pela produção do comércio justo, em contraste com a situação na Tanzânia. Ele conclui examinando alguns dos desafios enfrentados pelo comércio justo, inclusive como conciliar as demandas do mercado com o desenvolvimento da solidariedade.
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Este artigo destaca alguns fatores-chave que influenciam o setor de microempresa na zona urbana do oeste da África francês. Baseando-se em entrevistas com microempresários e praticantes de microfinanças em Benin, Burkina Faso, Nigéria e Togo, esse estudo explora as necessidades, características, motivações e fatores de sucesso para as microempresas na região, juntamente com alguns dos obstáculos para o crescimento e sucesso dos empreendimentos da microempresa. Verificou-se que aqueles que operam microempresas na economia informal são empresários principalmente por necessidade e que suas necessidades mais básicas tendem a orientar suas atividades e comportamento empresarial. Observou-se também que seu sucesso foi limitado por várias barreiras, inclusive o acesso limitado ao capital, treinamento ruim e aversão geral ao risco. Como resultado, o desenvolvimento do setor de microempresa na zona urbana do oeste francês da África tem sido sub-ótimo e o artigo conclui que essa situação pode persistir a menos que as barreiras econômicas e sociais mais gerais sejam abordadas.
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Sumário: O uso permutável dos termos microcrédito e microfinanças cria sérias confusões e mal entendidos nos discursos acadêmicos e políticas. Os programas de microcrédito fornecem principalmente um tipo de serviço, isto é, distribuição de empréstimos e coleta, enquanto os programas de microfinanças fornecem diversos serviços financeiros e organizacionais, inclusive crédito, poupança, seguro e desenvolvimento da comunidade. A partir da perspectiva funcional, as diferenças parecem ser mais semânticas do que substantivas. Contudo, as diferenças conceituais são fundamentais porque elas envolvem os motivos subjacentes e a forma como os dois tipos de empreendimento operam na prática. O microcrédito é essencialmente uma abordagem não-lucrativa do desenvolvimento e depende de suporte externo, enquanto que os programas de microfinanças buscam um retorno de lucro suficiente para se auto-financiar. Os dois programas, então, precisam ser tratados separadamente em relação ao seu papel no alívio da pobreza do Terceiro Mundo.
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Os Ministérios das Finanças (MF) não podem ignorar o grande desafio imposto pelo HIV/AIDS ao desenvolvimento. Para lidar com a epidemia, uma nova abordagem abrangente e consistente é necessária: o HIV/AIDS deve ser enfatizado sistematicamente. Este artigo investiga os instrumentos que os MF empregam, podem empregar e devem empregar para se tornarem ativos e efetivos na integração sistemática da questão do HIV/AIDS através de suporte da implementação dos “três Uns”, promovida pela UNAIDS e outros parceiros – Uma estrutura estratégica, Uma Autoridade e Um Sistema de Monitoramento e Avaliação (M&A). São sugeridos caminhos estratégicos e também iniciativas específicas para explorar as vantagens comparativas dos MFs ao garantir a implementação de planos estratégicos nacionais, reposicionando autoridades nacionais e oferecendo a base para um sistema de M&A sólido.
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Através de uma análise de exemplos práticos e literatura-chave, esse artigo avalia o que promoverá um melhor aprendizado em ONGs e parceiros de desenvolvimento e entre eles. Os autores exploram como os tipos e a qualidade de relacionamento atualmente em vigor no setor de desenvolvimento afetam o aprendizado, utilizando predominantemente experiências de relacionamento entre ONGs do hemisfério norte e sul. O artigo identifica aqueles aspectos de relacionamento que fomentam o aprendizado e aqueles que o inibem e apresenta recomendações para fortalecer o aprendizado. Os autores destacam a relevância do trabalho de parceria, os desafios impostos por ele e o seu potencial, assim como o impacto das demandas, procedimentos e processos de accountability nos relacionamentos organizacionais e no aprendizado.
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Produzida pelas mulheres da zona rural do oeste da África e desejada por consumidores abastados de produtos de beleza naturais do hemisfério norte, a manteiga de karité parece ser uma forte candidata ao comércio justo, embora até o momento tenha havido pouco estudo da indústria. Esse artigo analisa as oportunidades e limitações do desenvolvimento das exportações comércio justo da manteiga de karité de Burkina Faso, levando em conta o contexto no qual a manteiga de karité é produzida e vendida localmente e internacionalmente, o conceito de comércio justo e o impacto das relações de gênero sobre a produção da manteiga de karité. Embora uma conclusão positiva ou negativa definitiva não possa ser tirada, tendo-se em vista os fatores complexos e divergentes que afetam o mercado internacional em potencial e o processo de produção, a autora conclui que o desenvolvimento da indústria de manteiga de karité do comércio justo em Burkina Faso possui um grande potencial. Contudo, tal desenvolvimento deve ocorrer com moderação e análise de possíveis desafios e limitações para se manter sustentável e viável para as mulheres produtoras rurais.
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Sumário: Microcrédito é uma forma de fornecer serviços financeiros a pessoas que não têm acesso a fontes de crédito convencionais. Novos programas no Hemisfério Norte estão tentando repetir experiências bem-sucedidas no Hemisfério Sul. Mas tais programas têm suas próprias características que os diferenciam daqueles do Hemisfério Sul, como ilustrado em um estudo de caso de experiência na Espanha.
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Graças a uma série de recursos naturais e riqueza de capital humano, o Vietnã está bem colocado para desenvolver seu setor de aquacultura. Embora seja um dos maiores produtores de mariscos, o Vietnã enfrenta problemas ambientais e de segurança alimentar e, portanto, um planejamento adequado é fundamental para que a aquacultura seja desenvolvida de forma sustentável. No Vietnã, os esforços estão sendo redobrados para melhorar as condições físicas em que a aquacultura é conduzida, fornecer condições técnicas, organizacionais, financeiras e de treinamento àqueles dependentes de tais atividades e promover o desenvolvimento do setor em geral.
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Relatando sobre a Conferência Anual de 2005 da AccountAbility, Hyatt observa que a “indústria de accountability (transparência e responsabilidade)” voltada para o hemisfério norte está mais preocupada em prever os resultados e controlar recursos e, assim, está perdendo em grande parte a natureza moral e política da accountability em termos da promoção da eqüidade e integridade, estando pouco preocupada com o fracasso em se aprender e incentivar o aprendizado.
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Este artigo discute a defesa de direitos humanitários no mundo contemporâneo dentro de uma crise mais geral da visão política. A defesa de direitos humanitários nos últimos 15 anos tem chamado a atenção para como as crises têm sido precipitadas por políticas do Estado e tem buscado a intervenção internacional para proteger as pessoas. Essa intervenção tem conseqüentemente se tornado associada com o desafio à soberania do Estado em desenvolvimento. O artigo afirma que o problema é o Estado fraco e sugere que o paradigma existente da defesa de direitos humanitários ajuda a legitimar a erosão da igualdade entre os Estados soberanos e a reafirmação das desigualdades internacionais.
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A guerra crônica da Colômbia é uma das piores crises humanitárias do mundo. Em meio a grupos armados, violência difundida e crescente militarização, diversos cidadãos enfrentam hostilidade de todos os lados. Essa violência preserva a marginalização histórica dos afro-descendentes, indígenas e comunidades campesinas e é intensificada pela Guerra Global ao Terror. Neste contexto, as agências humanitárias são desafiadas em sua chamada para atender às necessidades daqueles que sofrem. Mas algumas comunidades de “paz” estão rejeitando a violência e buscando caminhos para sobreviver dentro da guerra — tornando-se protagonistas em sua própria proteção. Isso é arriscado; isso atrai acusações, ameaças e ataques de todos os grupos armados. No decorrer do tempo, a falta de meios de subsistência sustentáveis, a fraca coesão interna e as dinâmicas externas antagônicas testam a determinação das comunidades de paz. Este artigo examina quatro comunidades deste tipo e explora fatores que geram e sustentam o protagonismo de base, levando a sugestões sobre como as organizações de desenvolvimento podem aumentar a proteção em nível comunitário e reforçar os processos de paz locais para contribuir para a construção de paz mais ampla.
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Este artigo ressalta a importância de fundamentar a análise sobre ajuda humanitária no entendimento da prática diária, apresentando e discutindo vinhetas etnográficas sobre três aspectos da resposta de ajuda humanitária no Sri Lanka após o episódio do Tsunami em 2004. O primeiro aspecto lida com a natureza dos atores humanitários, o segundo explora como diferentes tipos de políticas se entrelaçam e o terceiro discute a questão das parcerias humanitárias. Cada vinheta aponta a necessidade de análises detalhadas das práticas diárias como o ponto inicial para se compreender a ajuda humanitária. Isso iria requerer uma mudança nas abordagens acadêmicas atuais, em que discussões sobre ajuda humanitária normalmente iniciam-se a partir dos princípios em vez da prática. Argumenta-se que os relatos das práticas diárias e dilemas enfrentados pelas ONGs ajudam a contrabalançar expectativas limitadas, a expor admiração acrítica e a colocar críticas irrealistas em perspectiva.
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Por que o mundo humanitário já se esqueceu das pessoas de Ruanda? E por que os sobreviventes do genocídio ruandês continuam a ser deixados de lado, particularmente aquelas mulheres que foram estupradas e intencionalmente infectadas pelo HIV/AIDS em uma campanha de violência sexual sistemática? O enfoque das organizações humanitárias deixou de ser Ruanda após 1994 e essas mulheres – a maioria delas tem de manter sozinhas a sua família – estão morrendo desnecessariamente porque não têm acesso a tratamento. Os esforços humanitários e de desenvolvimento não alcançarão benefícios duradouros sem que haja uma melhor coordenação e habilidade para agir conforme as lições aprendidas.
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As Tony Vaux points out in his Guest Editorial in this issue, the concept of humanitarianism applies to both war and general disaster, and is based on the principle that ‘in extreme cases of human suffering external agents may offer assistance to people in need, and in doing so should be accorded respect and even “rights” in carrying out their functions’. However, policy makers in humanitarian agencies, and aid workers on the ground, face a bewilderingly complex set of challenges in determining such ‘rights’. Gone are any comfortable certainties about what in the commercial sector is known as ‘the licence to operate’, and claims to the moral high ground of ‘neutrality’ have an increasingly hollow ring. Perhaps more to the point, such assumptions are of little practical use to frontline workers who may risk ambush, abduction, deportation, or even their lives as the result of their professional activities. Nor do outdated road maps help relief agencies to orient their decisions on whether to withdraw or continue providing material assistance in the knowledge that a proportion of it is fuelling the violence or lining the pockets of conflict profiteers. There are no standard ‘off-the-peg’ answers, because each situation must be considered on its own merits. And of course no aid agencies share an identical mandate, or have precisely the same expertise or history of involvement with the affected population – all factors that must be weighed up in deciding what is the appropriate course of action. For reasons of space, we have not sought to cover the areas of early warning, prevention, and mitigation associated with ‘natural’ disasters, although of course the two are always linked, as became very clear in wake of the Asian tsunami in Aceh and Sri Lanka. It has long been recognised that since catastrophic events disproportionately affect the poor and marginalised, they expose and may intensify existing social divides and structural injustice. For instance, in his seminal work on the 1943 Bengal famine, Poverty and Famines: An Essay on Entitlement and Deprivation (OUP, 1984) Amartya K Sen argued that such food shortages do not occur in functioning democracies. Similarly, Roger Plant's, Guatemala: Unnatural Disaster (Latin America Bureau, 1978) showed how the 1974 earthquake triggered an intensification in state violence that was to result in the death or disappearance of 200,000 Guatemalans and create ‘a nation of widows and orphans’. In accordance with the focus of this issue, we have given priority to publications and organisations that reflect on some direct involvement in humanitarian endeavour, rather than giving priority to more policy-oriented or scholarly works or academic institutions. We have included literature on the 1994 genocide in Rwanda, since this was such a defining event for humanitarianism; and some recent publications concerning the US-led invasions of Afghanistan in October 2001 (‘Operation Enduring Freedom’) and Iraq in March 2003 (‘Operation Iraqi Freedom’), since these have significantly redefined the global landscape of policy and practice within which humanitarian agencies operate. Inevitably we can offer only a glimpse of the growing literature in these fields, but we hope in so doing that readers, and particularly those directly involved in humanitarian endeavours, will be encouraged to explore the issues further.
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Seria compreensível que alguém concluísse a partir do debate atual que a “proteção de civis” é algo “feito para” os destinatários passivos da generosidade internacional. Seja nas intervenções em nível macro do Conselho de Segurança da ONU ou nas tentativas em nível micro de se reduzir os efeitos negativos da ação de alívio humanitário, as pessoas necessitadas de proteção raramente são vistas como atuantes centrais em relação ao seu próprio futuro. Embora esse tipo de intervenção externa possa ser valioso, ele está longe de ser o cenário completo de como as pessoas agem para sobreviver frente aos efeitos dos conflitos. Essa visão de proteção subestima seriamente a capacidade das pessoas que não têm escolha e, com isso, perdem-se oportunidades de ajudar as comunidades uma vez que elas são forçadas a adaptar-se às suas novas realidades. Uma ação efetiva humanitária, então, não apenas deverá concentrar-se nas ações daqueles com responsabilidade de proteger, mas deverá também apoiar e fortalecer as decisões racionais que as próprias pessoas tomam para ter “segurança” no conflito.
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O artigo documenta lições aprendidas a partir de um estudo sobre parcerias de ajuda no desenvolvimento pós-conflito e construção da paz em Bougainville. O artigo examina como as agências doadoras, neste caso a Agência Australiana para o Desenvolvimento Internacional (AusAID), através da Agência Internacional de Desenvolvimento das Mulheres (IWDA), contribuiu para os sucessos e fracassos da Agência de Desenvolvimento de Mulheres de Leitana Nehan (LNWDA). Embora os doadores tenham contribuído para o desenvolvimento e capacidade organizacional da LNWDA, o balanço de poder permanece enviesado. Além disto, o emprego de um organismo intermediário na parceria exerce uma considerável pressão na LNWDA, uma vez que ela tem de lidar com múltiplas responsabilidades, afetando então o impacto de seu próprio trabalho na base. Argumenta-se que para aumentar o impacto de sua assistência, as agências doadoras precisam desenvolver uma estrutura na qual as parcerias são sustentadas através de responsabilidades mútuas e menos demandantes.
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O humanitarismo e as políticas são mais freqüentemente considerados distintos do que semelhantes, apesar da crescente complexidade dos conflitos contemporâneos. Em alguns casos, a separação é muito grande e leva a conseqüências indesejadas. Esse artigo destaca o caso específico da fuga de um soldado renegado e 300 de seus homens para Ruanda, enquanto a comunidade internacional estava planejando o roteiro para uma solução ideal a que todos pudessem subscrever. O acordo não aconteceu e o artigo estuda o que fez com que as partes envolvidas não conseguissem chegar a uma solução, além de fazer recomendações sobre como melhorar a coordenação e complementaridade nas operações internacionais envolvendo uma série de atores.
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Esta resenha explora a necessidade de tornar os papéis das mulheres e homens visíveis para se entender as formas diferentes pelas quais eles estão envolvidos com o conflito armado e como são por ele afetados, além de examinar as formas pelas quais os papéis de gênero, as relações entre mulheres e homens, são alterados durante tais conflitos e em conseqüência deles. A autora revê a literatura atual sobre a economia política dos conflitos e textos feministas sobre as mulheres nos conflitos, observando que a literatura atual sobre economia política dos conflitos tende a não enxergar a questão de gênero enquanto que os textos feministas geralmente falham em levar em conta um entendimento da Realpolitik mais geral. A autora concentra-se em cinco trabalhos feministas recentes que têm tentado fazer isto e, assim, têm contribuído para levar adiante o debate.
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O setor de ajuda humanitária enfrenta uma crescente escassez de qualificações, em um momento em que ele aspira expandir a escala, a qualidade e o impacto de sua resposta às necessidades humanitárias. A rápida rotatividade de funcionários tem sido apontada como uma das principais limitações da capacitação de funcionários e aprendizado organizacional. Um estudo realizado para a Oxfam GB (OGB) confirma resultados anteriores de que práticas tradicionais de recursos humanos no campo humanitário, com diversos funcionários empregados sob contratos de curto prazo, têm impedido o desenvolvimento de qualificações e também o aprendizado de programa e o aprendizado organizacional.
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A descentralização, ou a transferência do poder de tomar decisões e de fundos do governo central para governos locais é um dos mais importantes movimentos de reforma na América Latina. Mudanças constitucionais recentes no Equador têm contribuído para a democratização e empoderamento de governos municipais. Estudos de caso de três municípios de região montanhosa do Equador examinam novas oportunidades para a colaboração entre ONGs e governo municipal. As ONGs possuem uma considerável experiência em trabalhar localmente e podem ajudar os municípios com planejamento e capacitação. Os municípios oferecem às ONGs a legitimidade e responsabilidade locais que elas podem não ter, assim como as maneiras de expandir as atividades de projeto para fora das comunidades isoladas e manter os resultados quando a assistência da ONG terminar.
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A intensificação de inovações locais na gestão de recursos naturais (NRM) envolve aprendizado que é centrado em três temas: promover inovação em nível local, entender por que inovações locais funcionam em contextos específicos e refletir sobre sua relevância em outros contextos geográficos e sociais. A intensificação bem-sucedida depende em parte das relações entre os stakeholders em diferentes níveis a respeito desse aprendizado. As experiências de pesquisadores que recebem apoio do Centro de Pesquisa sobre Desenvolvimento Internacional (IDRC) fornecem idéias sobre quatro questões: O que é intensificação? Por que intensificação? O que deve ser intensificado? E como intensificar? Os autores propõem que a intensificação é um processo que envolve vários stakeholders e que consiste em cinco componentes, incluindo: enquadramento do contexto, promoção da participação, fomento do aprendizado, fortalecimento das instituições e disseminação de experiências bem-sucedidas. Obstáculos importantes para a intensificação são a ausência de uma comunicação aberta e o reconhecimento mútuo entre os stakeholders dos direitos, responsabilidades e tarefas uns dos outros.
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Evidências epidemiológicas combinadas com evidências de experiências de comunidades podem produzir resultados importantes e às vezes surpreendentes nas relações de gênero, para informar políticas que abordam necessidades variáveis. O CIET padronizou um modelo cruzado baseado na comunidade para coleção e análise sensíveis em relação à questão de gênero de três tipos de evidência: impacto, cobertura e custos. Cinco passos ajudam a garantir que as vozes das mulheres sejam ouvidas no planejamento. A análise estratificada por gênero dos dados existentes é um ponto inicial. A estratificação de todas as respostas por sexo dos respondentes evita uma distorção numérica em favor dos homens que se converta em uma distorção de gênero na análise. Grupos femininos focalizados geram informações ao modelo do questionário, interpretação e estratégias adequadas para mudança. Gênero é um fator na análise de risco e resistência. Por fim, uma logística sensível à questão de gênero garante uma participação igualitária das mulheres. Resultados de primeira ordem incluem dados sobre gênero que podem ser utilizados para advogar em favor das mulheres. Os resultados de segunda ordem incluem um ambiente capacitador para um desenvolvimento eqüitativo, desafiando os padrões de gênero da marginalização econômica.
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O Comércio Justo tem se tornado uma dimensão dinâmica e bem-sucedida de uma contra-tendência emergente ao regime de globalização neoliberal. Este estudo explora alguns dos dilemas enfrentados pelo movimento Comércio Justo conforme ele busca ampliar e aprofundar seu impacto entre os pobres da zona rural do setor de café da América Latina. Argumentamos que os esforços para ampliar o impacto econômico do Comércio Justo entre os produtores de pequena escala e pobres estão criando desafios para aprofundar o impacto político de um movimento que está baseado na justiça social e sustentabilidade ambiental. O estudo baseia-se em uma pesquisa de dois anos e sete estudos de caso de cooperativas de pequenos produtores do México e da América Central que produzem café para o mercado Comércio Justo.
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Este artigo descreve a metodologia de pesquisa seguida no “Projeto sobre Meios de Subsistência dos Extremamente Pobres”, um projeto de pesquisa colaborativa em Bangladesh entre a PROSHIKA (uma grande ONG nacional) e o DFID (Departamento para o Desenvolvimento Internacional do governo do Reino Unido). O objetivo duplo desse projeto foi aprender sobre os meios de subsistência das pessoas pobres e treinar a equipe de pesquisa da PROSHIKA no uso de métodos de pesquisa qualitativos. Os resultados da pesquisa eram para ser utilizados diretamente na formulação de políticas e no planejamento de novas intervenções de desenvolvimento para as pessoas mais pobres de Bangladesh. O artigo oferece uma avaliação do que a abordagem utilizada alcançou em termos de capacitação de funcionários e influência sobre políticas, concluindo que ela tem sido muito bem-sucedida no alcance de seus objetivos.
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Following the Renamo/Frelimo conflict and the 1992 Rome Accord ending hostilities, the Christian Council of Mozambique undertook to remove arms from the civilian population by trading them for development tools. The weapons were given to artists associated with a collective in the capital, Maputo. The weapons were cut into pieces and converted to sculptures that subsequently focused international attention on the Tools for Arms project, or TAE (Transformação de Armas em Enxadas). While succeeding in drawing attention to the proliferation of arms among civilians, and collecting a considerable number of arms and munitions, the project encountered difficulties in relating the production of art to the overall initiative. This paper examines the aspect of the project that produced art from weapons, with insights and observations based on fieldwork conducted for CUSO and the Canadian International Development Agency (CIDA).
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Este artigo critica a visão de desenvolvimento “centrada na liberdade” argumentando que embora o desenvolvimento deve dizer respeito à expansão da liberdade das pessoas, a dinâmica de poder entre os “desenvolvedores” e os “desenvolvidos” não deve ser ignorada. Existe pouca análise das implicações de um sistema político multipartidário (aparentemente equiparado à democracia) na promoção do desenvolvimento e da liberdade. Utilizando Malauí como ilustração, o autor argumenta que a liberdade e o desenvolvimento estão intrinsecamente ligados, a tal ponto que um não pode funcionar sem o outro. O acesso a serviços básicos sociais, o direito à participação democrática de todos os cidadãos e o direito de agir como atores econômicos livres não podem ser alcançados a menos que essa liberdade seja apoiada por estruturas de governo descentralizadas genuínas, sólidas parcerias entre o governo, partidos políticos de oposição e organizações da sociedade civil e uma boa governança apoiada por bons programas de educação cívica sobre os dois temas.
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A integração sistemática da questão de gênero foi estabelecida na Plataforma para Ação de Beijing, de 1995, como uma grande estratégia para a promoção da igualdade de gênero. Como estratégia de desenvolvimento, a integração sistemática da questão de gênero requer atenção às perspectivas de gênero, tornando-as visíveis e mostrando as conexões entre a igualdade de gênero e a conquista de objetivos de desenvolvimento. Para se avaliar a integração sistemática da questão de gênero nos projetos e programas de desenvolvimento, é necessário o aperfeiçoamento dos critérios de avaliação, tais como relevância, efetividade, eficiência, impacto e sustentabilidade, com indicadores da integração sistemática da questão de gênero tanto no nível de projeto quanto de programa. Este artigo sugere uma estrutura para avaliar as intervenções de desenvolvimento a partir de uma perspectiva de integração sistemática da questão de gênero, com uma visão favorável à integração das perspectivas de gênero em todas fases do ciclo de projeto.
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O setor industrial extrativo, cada vez mais dinâmico nos países em desenvolvimento, está cada vez mais ciente das questões ambientais e da comunidade envolvidas na mineração, incluindo questões relativas a gênero. Contudo, o enfoque principal consiste nos impactos da mineração sobre as “mulheres” na comunidade, deixando de lado questões práticas relativas aos processos de integração sistemática da questão de gênero dentro da companhia, no próprio local de trabalho. Quais ferramentas e abordagens seriam úteis para aqueles que estão abordando as questões de gênero no setor minerador, um setor que ainda é visto como uma área de trabalho masculino? Este breve artigo relata um estudo prático realizado em uma mina de carvão administrada privadamente na Indonésia. Através desse exemplo, o artigo sugere maneiras pelas quais é possível dar um primeiro passo em direção à integração sistemática da questão de gênero no setor de mineração.
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Embora a cooperação para o desenvolvimento possa causar ou exacerbar conflitos, a não oferta de ajuda não é a solução. A questão é como oferecer ajuda de maneira a evitar conflitos, de forma que se alcance a paz sustentável. Essa Nota Prática examina como as ONGs têm evitado e gerenciado conflitos surgidos de projetos hídricos na Etiópia. A estrutura legal e as definições institucionais na Etiópia deixam pouco espaço para manobra para as ONGs e, assim, o escopo delas para adotar uma abordagem que evite conflitos concentra-se principalmente em serem mais sensíveis e não partidárias do confronto, embora mantendo-se firmes em seu estilo de comunicação. Diferentes condições de financiamento e uma estrutura legal mais adequada são fundamentais para aumentar a efetividade das ONGs na prevenção de conflitos.
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Uma visita a Gana, com os anfitriões interessados em desenvolver líderes e o convidado interessado em países em desenvolvimento, levou ao questionamento de ambos. Três abordagens do desenvolvimento foram discutidas. A abordagem de cima para baixo do planejamento governamental, desacreditada com a queda do comunismo, tem sido substituída por uma abordagem da “globalização” de fora para dentro, que é agora promovida como a forma de desenvolver uma economia. Mas alguma nação já se desenvolveu lançando-se de maneira aberta a companhias, capital, especialistas e crenças estrangeiras? As notáveis histórias de sucesso, incluindo a dos EUA, apontam para uma terceira abordagem, desenvolvimento local de dentro para cima, que tem operado com intervenção estatal. A globalização, assim, nega aos países em desenvolvimento a própria base com a qual outros países se desenvolveram. Esse argumento é elaborado com um outro correspondente acerca do desenvolvimento de líderes, que deve também ocorrer domesticamente, a partir da experiência de vida de indivíduos, e não programas que se proponham a criar líderes. Nós já tivemos destruição o bastante em nome de lideranças heróicas assim como tivemos o bastante de especialistas externos pretendendo desenvolver os países “em desenvolvimento”.
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Colaboração academia-comunidade, pesquisa sobre gênero e desenvolvimento: fracassos e possibilidadesA colaboração tornou-se uma palavra comum para praticantes e teóricos do desenvolvimento. Contudo, a colaboração e as parcerias entre acadêmicos, de um lado, e pesquisadores e ativistas baseados na comunidade, de outro, têm freqüentemente se mostrado difíceis. Isso é particularmente verdadeiro no caso de parcerias com pesquisadores comunitários de base e de menor dimensão, que possuem geralmente menos recursos do que seus parceiros acadêmicos. Este artigo concentra-se em tais parcerias no caso da pesquisa sobre gênero, com o objetivo de refletir sobre problemas e sucessos antigos a fim de desenvolver estratégias para tornar tais projetos realmente mais colaborativos, em vez de um campo minado de promessas não-cumpridas e ressentimentos silenciosos (e às vezes explícitos).
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Este artigo examina as lições que emergem de uma abordagem específica para associar ativismo e academia – a parceria em pesquisa colaborativa entre acadêmicos e ativistas. O que essas lições compartilham é um foco em reconhecer a diferença a fim de unir as pessoas.
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Décadas de prática de desenvolvimento sugerem a importância fundamental de aperfeiçoar os sistemas de distribuição de ajuda e a competência dos envolvidos [stakeholders] a fim de melhorar o bem-estar das pessoas pobres. Entretanto, é questionável que o sistema de ajuda humanitária seja capaz de transformar suas atitudes e valores através de tais parcerias em uma maneira que vá realizar esse aperfeiçoamento. Este artigo sugere que para essa mudança ser possível, processos de aprendizagem individual, organizacional e inter-organizacional devem ser encorajados, de uma forma que não sacrifique o conhecimento adquirido pelos trabalhadores de ajuda humanitária nos processos de gestão global. O artigo examina procedimentos em projetos de educação comunitária financiados bilateralmente em Gana, com o objetivo de oferecer idéias sobre o funcionamento de esquemas de parceria como um meio de contribuir para a redução da pobreza global. Exemplos críticos de projetos de estudos de caso revelam as formas pelas quais o aprendizado é facilitado, utilizado, ignorado e bloqueado conforme as relações organizacionais desenvolvem-se.
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Este artigo trata do papel da agricultura urbana no enfrentamento das necessidades práticas e estratégicas das mulheres africanas e examina as implicações em termos de gênero resultantes da incorporação da agricultura urbana como uma estratégia de intervenção no desenvolvimento. Evidências empíricas de Botsuana e Zimbábue apontam para o papel multi-facetado da agricultura urbana à medida que algumas mulheres utilizam essa atividade para dar apoio às suas famílias no dia-a-dia, enquanto outras a utilizam como um caminho para o empoderamento social e econômico no longo prazo. Com o objetivo de beneficiar em vez de sobrecarregar as mulheres, a promoção e o apoio da agricultura urbana devem incorporar uma agenda emancipatória, que dê suporte a metas individuais práticas e estratégicas e que, em última instância, desafie as condições estruturais que dão origem ao envolvimento das mulheres naquela atividade em primeiro lugar.
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Existem diversos desafios éticos e problemas sérios relacionados à condução da pesquisa de desenvolvimento em um país pobre. Argumenta-se aqui que a melhor maneira de garantir que a pesquisa seja ética é aplicar três princípios básicos. Ao focalizar a auto-determinação, legalidade, justiça e beneficência, é possível evitar os riscos de uma abordagem aética e formal. Este artigo discute os desafios particulares de aplicar orientações tradicionais da universidade sobre ética em pesquisa na condução de pesquisa social no Uzbequistão, onde a observância de todas essas orientações impediria que a pesquisa ocorresse. Contudo, aplicando os princípios éticos mais básicos, foi possível elaborar um projeto de pesquisa ético.
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Este artigo examina diferentes usos de rendas extraídas da floresta por comunidades locais em Camarões. Acompanhando a legislação florestal de 1994, as comunidades locais tiveram a oportunidade de gerar renda a partir das florestas na forma de taxas anuais sobre companhias madeireiras e através da criação de florestas comunitárias. Atualmente, várias comunidades nas vilas estão se beneficiando desses mecanismos financeiros, que devem possibilitá-los reduzir sua pobreza crônica e desenvolver-se. Porém, este estudo – realizado no vilarejo de Congo – mostra como essas rendas são geralmente mal administradas e desviadas pelas elites locais. Essa descoberta entra em conflito com o objetivo de redução da pobreza subjacente ao desenvolvimento de florestas comunitárias e à alocação de uma parte da taxação das florestas para as populações locais. Uma mudança profunda é necessária, através da instituição de governança local democrática.
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O Balanço de Pesquisa relata sobre a fase piloto do “Desafiando as Fronteiras da Redução da Pobreza/Focalizando o Programa dos Ultra-Pobres” (DFRP/FPUP) do BRAC, que foi inicidado em três dos mais pobres distritos do norte de Bangladesh (Nilphamari, Rangpur e Kurigram) em Janeiro de 2002. Os autores encontraram um estreita relação entre as condições iniciais dos participantes do programa e o grau de mudança que eles têm experimentado em suas vidas desde o início do mesmo, com os mais vulneráveis relatando as menores mudanças. Algumas modificações no DFRP/FPUP são recomendadas.
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O melhor uso de evidências baseadas em pesquisa na política e prática do desenvolvimento pode salvar vidas, reduzir a pobreza e melhorar a qualidade de vida. Mas para isso ocorrer mais efetivamente, os pesquisadores necessitam fazer três coisas. Primeiramente, eles necessitam desenvolver uma compreensão detalhada de (a) o processo de tomada de decisões – quais são os fatores centrais de influência e como eles se relacionam entre si?; (b) a natureza das evidências que eles possuem ou esperam obter – são confiáveis, práticas e operacionalmente úteis?; e (c) todos os outros participantes [stakeholders] envolvidos na área de formulação de políticas – quem mais pode ajudar a difundir a mensagem? Em segundo lugar, eles necessitam desenvolver uma estratégia geral para seu trabalho – identificar apoiadores políticos e oponentes; ficar atentos e ser capazes de reagir a janelas de oportunidade nas políticas; assegurar que as evidências são confiáveis e úteis na prática e construir coalizões com grupos com visões semelhantes. Em terceiro lugar, eles necessitam ser empreendedores – conhecer e trabalhar com os formuladores de políticas, construir programas de pesquisa de longo prazo confiáveis, comunicar efetivamente, utilizar abordagens participativas, identificar pessoas capacitadas em vendas e contatos e utilizar redes paralelas. Baseado em cinco anos de pesquisa teórica e em estudos de casos, o programa de Pesquisa e Políticas em Desenvolvimento da ODI desenvolveu um esquema analítico simples e ferramentas práticas que podem ajudar os pesquisadores a realizar isso.
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Esta Nota Prática examina a elaboração e implementação de programas de Desenvolvimento Orientado pela Comunidade (DOC), utilizando o Programa de Desenvolvimento Kecamatan (PDK) e o Programa de Pobreza Urbana (UPP) na Indonésia como estudos de caso. Lançados em 1998, ambos têm sido elogiados como dois bem-sucedidos pilotos do DOC, possibilitando que grupos comunitários ganhem controle sobre recursos financeiros e processos de decisão. Apesar das similaridades, o artigo chega à conclusão de que diferentes abordagens DOC foram adotadas, por várias razões. Explorando a racionalidade e as escolhas envolvidas nas diferentes abordagens, o artigo oferece idéias mais profundas acerca de como os princípios DOC podem ser traduzidos em práticas locais.
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Este artigo descreve uma técnica utilizada para avaliar um projeto de suporte e desenvolvimento de uma ONG no Nepal. O projeto está operando desde 2000 ou antes em cinco Distritos do Nepal e tem o objetivo principal de dar apoio às ONGs para que trabalhem mais próximas com as pessoas mais pobres e em desvantagem em suas áreas de atuação. A metodologia de avaliação de impacto utilizada é participativa e qualitativa, mas chega a um conjunto de estimativas quantitativas de valor adicionado do projeto em termos de estágios de empoderamento. Os resultados sugerem que o projeto foi bem-sucedido em desenvolver as capacidades internas das ONGs e melhorar as relações entre pessoas pobres e em desvantagem, mas que o impacto sobre os seus meios de sobrevivência é mais limitado mesmo após três anos ou mais de auxílio intensivo.
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As agências de ajuda humanitária oferecem financiamentos significativos para pesquisa dirigida ao desenvolvimento sócio-econômico. Essas agências tipicamente requerem pesquisadores de fora do país (FP) para trabalharem com pesquisadores de dentro do país (DP) em tais projetos. Além do mais, a construção de capacitação em pesquisa para pesquisadores DP é freqüentemente um objetivo importante. Este artigo foi escrito a partir da perspectiva de um pesquisador FP engajado na construção de capacitação em pesquisa para pesquisadores DP.
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Este artigo defende uma combinação de engajamento de longo prazo no fornecimento de segurança, culminando em treinamento e planejamento de novas forças de segurança; uma abordagem abrangente para reintegrar ex-combatentes que também beneficiam comunidades receptoras de civis e ajuda a garantir que os meios de subsistência agrícolas tornem-se viáveis; e a abertura de um espaço para discussão sobre questões de governança e distribuição de renda que é apoiada por uma curadoria de coleta de renda, que toma algumas das principais áreas de pilhagem econômica do limite de atividade do estado e deposita rendas do estado de forma transparente nos cofres públicos, deixando isto para uma nova cultura de políticos liberianos que vai surgir.
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Desde o início da década de 1990, a comunidade internacional tem se tornado cada vez mais envolvida nos esforços de (re-)construir estados que foram devastados pela guerra e conflitos violentos. Hoje, somente as Nações Unidas já está engajada em mais de dez missões políticas e de construção da paz em todo o mundo. O trabalho mais recente de Roland Paris, At War's End: Building Peace after Civil Conflict (2004) examina 14 das principais missões de construção da paz da ONU lançadas entre 1989 e 1999. Em particular, Paris questiona se os modelos predominantes de manutenção da paz, com sua ênfase na rápida democratização e liberalização de mercado, são apropriados para os frágeis contextos pós-conflito. Nesta entrevista, Roland Paris compartilha o que pode ser aprendido com o registro da construção da paz sobre sua efetividade como forma de prevenir a recorrência da violência nas situações pós-conflito.
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Uma revisão crítica de cinco publicações contrastantes sobre a construção da paz, incluindo o relatório da ONU de 2004 "Um Mundo Mais Seguro".
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Esta lista anotada destaca algumas das 70 publicações recentes e organizações que focalizam primariamente o que acontece após o conflito em vez do antes ou durante o conflito armado. Entre as questões abrangidas estão os aspectos políticos, econômicos e sociais da reconstrução do pós-guerra e questões relativas à justiça de transição e reconciliação pós-conflito e temos buscado oferecer uma amostra da crescente literatura teórica e empírica, analisando os desafios contemporâneos envolvidos na construção da paz e reconstrução do pós-guerra.
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O grande desafio enfrentado por um número crescente de intervenções para construção da paz internacional é alcançar a paz sustentável. Este artigo ilustra esta proposição através de uma breve investigação da situação em Timor Leste, quando a missão da ONU retira-se após os cinco primeiros anos de reconstrução, e no Haiti, quando uma nona missão da ONU é estabelecida. Adotando a visão de que uma governança democrática participativa será o melhor para se garantir a paz no longo prazo, o artigo afirma que a construção da paz sustentável requer transformações em três frentes inter-relacionadas: (a) transformação da sociedade, que passa de uma sociedade que recorre à violência para uma que recorre a formas políticas de solucionar o conflito, requerendo que a elite negocie, e de que deve haver um amplo diálogo social e reconciliação; (b) reforma da estrutura de governança para buscar garantir que um arranjo de governança negociado entre as partes evite conflitos futuros e a adoção de uma governança democrática básica; e (c) a criação de instituições sérias que serão sustentáveis após a missão partir. Essas instituições não podem ser impostas de fora, mas devem ser órgãos que sejam capazes de desempenhar suas funções centrais e estejam comprometidas a fazer isso.
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Um relatório recente do Banco Mundial reitera a visão amplamente sustentada de que as agências doadoras comprometem grande volume de fundos na fase imediata do pós-conflito, apenas para voltar a níveis mais "normais" quando a crise acaba. O Banco Mundial critica este fenômeno, conhecido como "sobrecarga frontal", afirmando que ele prejudica as perspectivas de crescimento econômico, que por sua vez prejudica a paz. Este artigo argumenta que a análise do Banco é incorreta pois ela não faz distinção entre comprometimentos e desembolsos, nem leva muito em conta outros fatores que influenciam modelos de ajuda no decorrer do tempo e em diferentes cenários. Além disto, a conexão entre ajuda oficial e desempenho econômico de pós-guerra possui apenas significado marginal. Qualquer crítica das políticas de ajuda precisa estar baseada em uma análise detalhada do que é implementado em vez do que é prometido e do impacto da assistência dos doadores na base.
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Este artigo explora três temas principais em comparação com os processos de transição no Afeganistão e Iraque: (i) a clareza das estruturas de transição e a necessidade de separar discussões sobre tais estruturas de debates sobre novos arranjos constitucionais; (ii) o grau de representação nas instituições de transição e a disponibilidade de canais para consulta política nos processos de transição; e em terceiro lugar, a participação massiva da sociedade civil e do público nos processos de transição.
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Este artigo concentra-se no debate sobre o impacto de desenvolvimento da migração nos países remetentes. Durante todo o período do pós-Segunda Guerra Mundial, a migração de força-de-trabalho temporária tem sido promovida como um caminho de desenvolvimento. As remessas monetárias têm crescido até o nível ou até mesmo ultrapassado o nível da assistência ao desenvolvimento oficial e têm elevado o padrão de vida nos países que exportam trabalho. Contudo, as evidências no decorrer do tempo são as de que as remessas não levam ao desenvolvimento ou até mesmo a rendas mais altas que são sustentáveis sem migração adicional. Alguns esquemas de migração de força-de-trabalho temporária parecem promissores. Mas onde o modelo de migração e remessa monetária fica preso a um arranjo semi-permanente (a linha padrão é "Não há nada mais permanente do que a migração "'temporária'"), isso pode ser uma armadilha de desenvolvimento para o hemisfério sul, embora em um semi-permanente "Acordo de 3 D's", o hemisfério sul renuncia ao auto-desenvolvimento em favor de ser uma comunidade dormitório de longo-alcance para fornecer a mão-de-obra para empregos sujos, perigosos e difíceis no hemisfério Norte.
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Esta Rodada de Pesquisa resume os resultados do Relatório sobre `Controle de Armas de 2004: Armas ou Crescimento?' Avaliando o Impacto da Venda de Armas sobre o Desenvolvimento Sustentável', publicado pela Anistia Internacional, IANSA e Oxfam International, em associação com a Ploughshares e Saferworld.
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Este artigo relata um projeto de pesquisa colaborativa que mostra como a pesquisa social participativa pode ser utilizada como uma estratégia para combater a exclusão social. O Projeto de Parceria de Prevenção do Crime reuniu grupos dominantes e desempoderados para explorar questões sociais de preocupação mútua e identificar soluções em potencial. Estudantes australianos indígenas de graduação desempenharam um papel central neste projeto, trabalhando com a polícia como aprendizes no serviço para clientes e com a universidade como membros de um grupo de pesquisa. Este projeto tornou-se uma oportunidade de treinar e empoderar novos pesquisadores que, como pessoas de grupos em desvantagem, trouxeram seus conhecimentos, preocupações e visões mundiais para um processo de pesquisa que eles próprios ajudaram a montar e realizar. O resultado foi um processo de aprendizado para todos os envolvidos, referido aqui como empoderamento multidirecional. Esse processo levou à construção de uma ponte tangível entre instituições do mainstream e poderosas e a comunidade em desvantagem. O processo do projeto oferece um modelo para utilizar a pesquisa participativa como uma estrutura com que abordar questões de desenvolvimento.
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Como ferramenta para pesquisa e para estruturar a interação no nível-comunidade, a PRA está agora bem inserida na prática de desenvolvimento. Este artigo, contudo, argumenta que para desempenhar um papel capacitador em direção à ação da comunidade, os promotores precisam oferecer muito mais do que a abordagem da PRA tradicional. Baseada no trabalho com grupos de mulheres e de homens em Bengala do Norte, o artigo descreve como políticas locais e as estratégias dos promotores interagem e complicam o uso das abordagens de planejamento como a PRA. O artigo enfatiza a necessidade de estratégias de promoção efetivas e de longo prazo que levem em conta considerações organizacionais, metodológicas e contextuais e argumenta que as organizações precisam investir muito mais do que normalmente ocorre para garantir a qualidade dos promotores.
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O Quênia ainda não é um grande país de emigração mas a emigração de profissionais e técnicos quenianos está aumentando em importância. Os quenianos e aqueles com conexões com o Quênia vivendo no exterior são um recurso potencialmente importante para o desenvolvimento nacional. É útil, então, examinar as várias formas pelas quais esse potencial pode ser mais efetivamente realizado. O artigo primeiramente discute os modelos e impacto da emigração antes de explorar as diferentes maneiras pelas quais a contribuição dos quenianos no exterior pode ser aumentada. O artigo, então, lança propostas para ação prioritária com vistas a implementar as iniciativas sugeridas.
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O Banco Mundial e as religiões do mundo todo são duas das forças mais poderosas nos países em desenvolvimento. O Banco Mundial possui acesso a vastos recursos financeiros, enquanto a fé possui um grande acesso social e credibilidade. A parceria entre o Banco e grupos religiosos poderia ter um impacto significativo nos esforços de desenvolvimento, mas um diálogo entre eles parece ser impotente. Esta situação é decepcionante. O diálogo surge da mudança de longo prazo do Banco Mundial em direção à redução da pobreza e à participação popular. Contanto que o Banco continue a abordar essas questões, suas ações o levarão ao contato com grupos religiosos. Apesar de suas limitações, o diálogo entre Banco e fé tem promovido uma maior abertura a grupos de fé entre funcionários do Banco, que por sua vez tem resultado em tarefas específicas sendo concedidas a grupos de fé em diversos programas sólidos do Banco e aberto a porta para parcerias futuras.
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As remessas monetárias dos trabalhadores globais têm crescido notadamente nos últimos anos. As remessas são agora um fator-chave macroeconômico em diversos países em desenvolvimento, representando um significativo e crescente percentual de fluxo monetário interno. Para diversos países em desenvolvimento, as remessas monetárias são comparáveis ou mesmo superior ao total dos ganhos com exportação, da assistência oficial ao desenvolvimento (ODA) e do investimento estrangeiro direto (FDI). Os fluxos de remessa são também mais progressistas do que estes outros fluxos internacionais, uma vez que eles são distribuídos de maneira mais igualitária. O volume relativo destes recursos e seu rápido crescimento na última década tornam as remessas monetárias cada vez mais significativas em termos de desenvolvimento. Concentrando-se na Nicarágua, este artigo revê a importância crescente das remessas e examina seu potencial para promover resultados de desenvolvimento positivos para os países em desenvolvimento.
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Baseado em pesquisas primárias sobre a aplicabilidade das estruturas de exclusão social para as experiências de pessoas com hanseníase em Bangladesh, este artigo compara duas maneiras de intervenção: educação da sociedade sobre saúde e reabilitação sócio-econômica de pacientes individuais. Essas intervenções comumente permanecem distintas mas conclui-se que apenas integrando as duas abordagens o preconceito profundamente enraizado pode ser removido, promovendo o diagnóstico precoce e a eliminação da hanseníase. Os processos de inclusão são mais efetivos quando eles envolvem os mesmos atores que promoveram a exclusão e quando eles criam pontes entre divisões rígidas que separam os excluídos da sociedade excluidora ou do grupo excluidor.
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As remessas totais de trabalhadores migrantes (US$80 bilhões em 2003) ultrapassaram significativamente o montante total de assistência ao desenvolvimento do exterior (US$55 bilhões no mesmo ano). Muitos concluem que tais remessas oferecem uma contribuição positiva para o desenvolvimento no hemisfério sul global. Contudo, as experiências de mulheres trabalhadoras da área de saúde e migrantes contradizem os pressupostos fáceis e esperançosos sobre os efeitos positivos da migração. Além disto, as análises mais economicistas dos benefícios da migração não subtraem seus custos em termos de gênero e sociais quando são calculadas as economias de trabalho no hemisfério norte ou a renda das remessas no hemisfério sul.
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A educação não-formal freqüentemente representa uma última chance para meninas adolescentes que não freqüentam a escola de ter acesso a alguma educação para melhorar sua saúde antes de tornarem-se mães. Este artigo descreve o desenvolvimento de um currículo de alfabetização e educação sobre saúde para meninas adolescentes no sul de Malauí que nunca terão acesso a escolas formais. O currículo foi redefinido à luz dos comentários dos participantes e observações dos provedores. As mensagens sobre saúde poderiam resultar em mudanças mas teriam tido impacto limitado nas práticas de saúde de meninas sem a participação da comunidade mais geral. A visibilidade inata do currículo "sob as árvores" foi um fator-chave para promover o envolvimento dos moradores dos vilarejos e o aprendizado exponencial.
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Poucas questões no processo de desenvolvimento são tão polêmicas quanto o papel do setor privado internacional na forma de corporações transnacionais (TNCs) e investimento direto estrangeiro (IDE). Esse artigo revê a pesquisa mais recente sobre o impacto do IDE no crescimento econômico e redução da pobreza nos países em desenvolvimento. Um breve histórico do IDE é oferecido. Esse histórico é seguido por uma discussão dos mecanismos de transmissão conceitual conectando IDE, crescimento e pobreza. As evidências empíricas disponíveis são então discutidas. Argumenta-se que não se trata de uma questão sobre se o IDE é bom ou ruim para o desenvolvimento social e econômico, mas que seu impacto é determinado pelos termos nos quais o IDE é aceito. Embora no geral a evidência sobre IDE, crescimento e pobreza não seja conclusiva, a pesquisa tem seguido uma tendência de sugerir que os benefícios do IDE estão ligados ao regime de política do IDE e que a ortodoxia atual de manter-se em regime de política de IDE altamente liberal leva a uma situação em que os países em desenvolvimento possuem um precário trade-off (opção conflitante) entre atrair o IDE e manter instrumentos de política para extrair os benefícios de qualquer influxo de capital.
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Este artigo investiga como, por que e quando as estratégias baseadas na comunidade são efetivas para promover a responsabilidade e transparência corporativa (RTC) para os pobres. Argumenta-se que as abordagens da corrente dominante sobre a responsabilidade social corporativa (RSC) subestimam a importância do poder na relação entre corporações e as comunidades nas quais eles investem, o que limita sua aplicabilidade para diversos contextos de países em desenvolvimento em particular. Ao abordar essa negligência, o artigo recorre à literatura sobre poder, responsabilidade e transparência e participação dos cidadãos para analisar 46 casos onde as comunidades têm tentado manter as corporações compromissadas com suas responsabilidades sociais e ambientais. O artigo argumenta que mais atenção deveria ser prestada a vários fatores ligados ao Estado, corporações e comunidade, que são vistos como cruciais para a efetividade de estratégias que visam levar a RTC aos pobres.
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Embora o conceito de que as corporações são responsáveis não apenas por seus acionistas mas também pelos impactos sociais e ambientais de suas atividades tenha entrado agora na corrente dominante, ainda é necessário haver pressão para garantir que as companhias honrem seus compromissos públicos. Esse artigo descreve o trabalho do Conselho Ecumênico para Responsabilidade Corporativa em aproveitar o poder dos acionistas individuais e investidores éticos para manter as companhias responsáveis, com particular referência às atividades da Shell na Nigéria e na República da Irlanda. Argumenta-se que as companhias não existem para promover o desenvolvimento comunitário e assim devem ser julgadas não nesses termos, mas quanto ao impacto de como eles conduzem suas atividades centrais.
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Impactos econômicos das empresas: a nova fronteira para Responsabilidade e Transparência CorporativaQuestões econômicas associadas à pobreza são complexas e requerem respostas holísticas para realizar as metas de desenvolvimento sustentável. Embora as próprias empresas já possam ter significativos impactos econômicos, a conexão entre o comportamento no nível da empresa e aspirações de desenvolvimento no nível macro não está clara. Ao desenvolver uma sólida compreensão sobre como as companhias entendem e gerenciam esses impactos, estamos melhor posicionados para entender como aglomerados de responsabilidade corporativa, organizações da sociedade civil e governos podem utilizar os impactos do setor corporativo para alcançar resultados de desenvolvimento sustentável qualitativamente melhores no nível macro.
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Enquanto a responsabilidade social corporativa (RSC) aumenta nas grandes organizações empresariais, uma abordagem genuína para o desenvolvimento sustentável é freqüentemente melhor alcançada através da cadeia de abastecimento. Isso é aplicável diretamente às interações nas cadeias de abastecimento dos hemisférios Norte-Sul (organizações do setor privado, ONGs e doadores). A RSC tem adotado técnicas utilizadas no setor de "desenvolvimento", porém um fluxo inverso não tem sido observado em direção ao setor de "desenvolvimento". Isso é lamentável. Organizações do setor privado e ONGs (especialmente as maiores) são bem posicionadas para aproveitar o aumento na RSC relacionada aos países em desenvolvimento. Ainda mais importante, os doadores de todos os tipos teriam aumentado sua influência se eles tivessem assumido os princípios da RSC. Os custos de oportunidade não são altos e o potencial de advocacy é enorme. Este artigo revisa as técnicas de RSC e argumenta em favor de que os doadores aceitem o desafio de incorporá-los em suas operações para que influenciem mais eficientemente o processo que eles buscam transformar.
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Uma corporação tem apenas habilidade limitada para criar capital social através da atividade filantrópica e, em um contexto de declínio da ajuda oficial, o setor corporativo está assumindo crescentemente um papel efetivo no desenvolvimento. A presença do capital social apóia as comunidades na sua mudança para o desenvolvimento sustentável e pode contribuir para os argumentos em favor das parcerias entre corporações e comunidades. Embora não seja papel das corporações distribuir serviços sociais, sua habilidade de elevar o capital social através de parcerias com organizações comunitárias pode tanto contribuir para o desenvolvimento quanto atuar para sua própria vantagem econômica. Tais parcerias, se filantrópicas ou econômicas, serão mais efetivas se estabelecidas por meio de relações equilibradas e transparentes com as organizações comunitárias que ajudem a criar capacidade social no nível local.
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O pensamento dominante sobre desenvolvimento, com a exceção de umas poucas áreas como microcrédito, tende a favorecer o tamanho em detrimento do conteúdo. Este artigo tem por objetivo desafiar a crença de que empresas, mercados e instituições de grande porte são os meios mais efetivos de "promover o desenvolvimento". Nós argumentamos que, definindo instituições que atendam diferentes necessidades em diferentes escalas, resultados de longo prazo em termos de desenvolvimento sustentável são mais prováveis. Através de uma análise do pensamento da "nova economia", nós olhamos especificamente como o conceito de subsidiaridade poderia ser aplicado ao pensamento sobre desenvolvimento nos níveis comunitário e empresarial, ao mesmo tempo em que utilizamos alguns exemplos de onde o conceito já é manifesto na prática, tal como na produção de energia e mercadorias.
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No mundo corporativo, o desenho tem recebido crescente atenção ao longo dos últimos 50 anos e é atualmente firmemente inserido em quase todos os aspectos da atividade corporativa. Este artigo explora o papel do desenho no desenvolvimento. O desenho é amplamente utilizado e compreendido, dentro de economias capitalistas, como forma de indicar um conjunto diverso de instrumentos, utilizados para maximizar a participação acionária, vendas, lucros e para apoiar a diferenciação de mercado e a identidade de marca dos produtos. O progresso de dois caminhos convergentes relacionados ao desenho são brevemente tratados: o crescimento, desde 1950, de uma visão de que o desenho possui uma contribuição real a ser oferecida à responsabilidade e sustentabilidade social; e a crescente evidência de habilidades relacionadas ao desenho sendo utilizadas em contextos de desenvolvimento. O artigo revê os vários modelos alternativos que estão sendo desenvolvidos e conclui com um grande número de estudos de casos curtos, que ilustram esses modelos e iluminam o potencial de suas metodologias largamente baseadas em processos para a atividade do setor privado em um contexto de desenvolvimento.
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Muitos governos e agências de ajuda acreditam que pequenas empresas podem contribuir para promover desenvolvimento mais eqüitativo, bem como elevar a competitividade de indústrias locais dentro de uma economia global. Embora pequenas, micro e médias empresas (PMEs) possam ter um papel na criação de empregos e na geração e distribuição de riqueza, elas necessitam superar vários obstáculos. Este artigo enfatiza a importância de compreender o contexto específico, estabelecendo prioridades entre metas de política concorrentes e distinguindo entre os papéis reais e potenciais de distintos tipos de empresas (por setor, tamanho e localização geográfica). Somente em tal base é possível identificar os recursos e políticas mais adequadas para cada meta e cada tipo de empresa. Esses argumentos são ilustrados com a África do Sul, cujo governo tem procurado simultaneamente promover o desenvolvimento baseado em PMEs, Empoderamento Econômico Negro e competitividade global.
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Desde meados da década de 1980, as agências de ajuda têm endossado a necessidade de apoiar o desenvolvimento da empresa privada em países de baixa renda como um instrumento de desenvolvimento econômico geral e redução de pobreza. A colaboração facilitada entre firmas em países industrializados e em desenvolvimento tem se tornado uma das mais populares formas de assistência neste empreendimento. Embora tais colaborações variem em forma, todas elas envolvem terceiras organizações que identificam parceiros e patrocinam os primeiros passos no estabelecimento de uma plataforma empresarial para a cooperação. Este artigo discute os mecanismos envolvidos em tal facilitação e avalia a efetividade das instituições catalizadoras em cultivar a colaboração entre companhias nos países industrializados e em desenvolvimento. A discussão é ilustrada com estudos de caso extraídos de Gana.
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O microcrédito, definido como pequenos empréstimos para pessoas que não possuem acesso regular ao crédito, é uma estratégia inovadora na luta contra a pobreza. As instituições de microcrédito podem obter fundos dos Investidores Institucionais Privados (IIPs) que canalizam recursos de doadores, emprestadores privados e investidores socialmente responsáveis. O financiamento privado da ajuda de desenvolvimento provavelmente se tornará mais importante e o microcrédito apresenta uma oportunidade de investimento dentro deste contexto. As instituições de microcrédito (IMCs) necessitam tornar-se mais transparentes, contudo, e exigir mais incentivos para buscar fundos privados em vez de depender de subsídios. Com melhor informação sobre as MCIs, os PIIs poderiam conseguir maior impacto com seus investimentos.
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Desde a década de 1990, as agências de desenvolvimento e instituições internacionais têm promovido o envolvimento do setor privado na infra-estrutura, assumindo que isso injetaria investimento e eficiência no setor público com baixo desempenho. Nos setores de fornecimento de água e energia, essas expectativas não têm sido atendidas. O investimento do setor privado nos países em desenvolvimento está caindo, as companhias multinacionais não têm feito retornos sustentáveis em seus investimentos e o processo de privatização no fornecimento de água e energia tem se mostrado amplamente impopular e encontrado forte oposição política. Esse artigo examina o papel dessa oposição no atraso, cancelamento ou reversão da privatização do fornecimento de água e energia. A sociedade civil local tem mobilizado de maneira bem-sucedida uma atividade política altamente efetiva, sua oposição sendo baseada nos conflitos percebidos entre privatização e eqüidade e sobre o papel do Estado e comunidade nesses setores. Tal oposição tem envolvido interações dinâmicas com partidos políticos e estruturas existentes, inclusive o uso de mecanismos eleitorais e judiciais existentes. Seu sucesso impõe desafios à comunidade multilateral e doadora, às ONGs, às próprias campanhas de oposição e ao futuro dos sistemas nacionais de eletricidade e água.
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A recuperação e o desenvolvimento pós-conflito é objeto de atenção atual e um importante desafio é o desenvolvimento econômico pós-conflito, que é fundamental para reduzir a pobreza e melhorar as condições de vida locais. A este respeito, muitos planos de desenvolvimento pós-conflito colocam uma alta prioridade no desenvolvimento do setor privado. Este artigo examina o papel do setor privado nas situações pós-conflito e discute possíveis intervenções para a recuperação econômica, baseado em uma resenha da literatura e do trabalho de campo no Timor do Leste. O artigo identifica fatores-chave essenciais para o desenvolvimento do setor privado pró-pobres em situações pós-conflito, com particular referência ao Timor do Leste; considera alguns dos principais obstáculos e sugere políticas públicas para identificar produtos de exportação potenciais e reforçar pequenas e micro empresas que poderiam ajudar o país a alcançar uma recuperação e um crescimento econômico pró-pobres.
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Este artigo trata da questão de se a participação na economia global leva ao crescimento sustentável da renda. O texto examina a indústria de móveis de Java Central, que tem crescido rapidamente desde a crise financeira de 1997. O artigo mostra que pequenas e médias empresas exportadoras geraram substancial crescimento do emprego e da renda. Contudo, esse crescimento não é sustentável, visto que a viabilidade das exportações tornaram-se dependentes de madeira que é derrubada ilegalmente e está sujeita ao esgotamento. Projetos governamentais e de doadores dirigidos para pequenas empresas correm o risco de jogar tais empresas em uma situação ainda mais grave. O artigo então discute formas de evitar isso, enfatizando a necessidade de uma coalizão de atores públicos e privados dentro do eixo local-global.
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O Projeto de Empoderamento Comunitário e Governança Local (PEC) do Banco Mundial foi o programa doador central a dar assistência com reconstrução comunitária em um novo Timor Leste independente. Iniciado em 2000, o projeto de US$ 18 milhões destinou fundos a mais de 400 conselhos locais de desenvolvimento que tinham acabado de ser criados para atender a suas necessidades de desenvolvimento comunitárias. Em vez de criar estruturas participativas genuínas, os prazos rígidos de desembolso dos fundos e normas burocráticas de projeto reduziram os conselhos a pouco mais do que linhas de transmissão dos dólares controlados pelo Banco Mundial. Ao deixar de lado as estruturas de governança, incluindo aquelas do novo governo, os conselhos também deixaram de lado fontes de legitimidade e conhecimento técnico locais, o que resultou em conflito na comunidade, indiferença e baixa sustentabilidade de projeto. O mal-administrado esquema de microcrédito do PEC levou a uma proliferação de quiosques comercialmente inviáveis ( evidenciando a insensatez de tentar construir às pressas uma economia de mercado a partir de uma economia de subsistência profundamente marcada pelo medo.
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Nas últimas duas décadas, o setor privado tem sido colocado sob crescente pressão para assegurar que ele opera de uma maneira ambiental e socialmente responsável. As empresas têm passado por várias fases de resposta, começando com uma posição de "negar e defender", indo para uma de "pagar penitência" através de donativos e filantropia, e atualmente dedicando-se à gestão de risco por meio da mitigação dos impactos negativos de suas operações comerciais. Apoiando-se em pesquisa realizada pela Oxfam Internacional principalmente com o setor de varejo, bem como com os setores de café e farmacêutico, este artigo argumenta que a abordagem atual é, ainda, inadequada. Simplesmente mitigar os impactos negativos via castigo dos intermediários ou fornecedores não contribui para soluções sustentáveis. Para o setor privado atender às demandas de responsabilidade social corporativa, as empresas necessitam perseguir modelos empresariais alternativos que forjem conectividade, coerência e interdependência entre suas atividades empresariais centrais e seus compromissos éticos e ambientais.
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Uma vez que varejistas no hemisfério norte crescentemente adotam códigos de prática contendo provisões sociais e/ou ambientais nas cadeias de oferta global, há uma necessidade de avaliação rigorosa de seus impactos sociais. Indo além da retórica, é importante estabelecer o impacto real de tais códigos sobre trabalhadores pobres, suas famílias e outros envolvidos (stakeholders) locais. Este artigo trata das questões metodológicas e conceituais centrais que surgem em tal avaliação, conforme identificadas em um estudo de três anos sobre a produção de vinho na África do Sul. O trabalho revê as diferentes motivações e abordagens empregadas por organismos que definem códigos, doadores, acadêmicos e praticantes, bem como chama a atenção para a ausência da voz dos trabalhadores no debate sobre a responsabilidade corporativa e para algumas conclusões de pesquisas anteriores. Por fim, o artigo explica como as desigualdades inerentes de poder nas cadeias de fornecimento globais tornam mais difícil adotar uma abordagem verdadeiramente empoderadora para avaliar o impacto dos códigos.
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O debate entre ativistas de ONGs e de sindicatos sobre como melhorar as condições de trabalho e os direitos trabalhistas tem sido dominado pelos proponentes de abordagens específicas, argumentando de várias maneiras que a melhor rota é através dos códigos de empresas, legislação, organização dos trabalhadores ou campanhas como as feitas contra o trabalho exploratório. Este artigo descreve uma campanha realizada por ONGs e sindicatos que integra essas abordagens para melhorar os direitos trabalhistas e condições de trabalho dos trabalhadores domésticos no Reino Unido. Seu "modelo de mudança" é buscar efetuar mudanças no comportamento das empresas como parte de uma estratégia para fortalecer a legislação, ao mesmo tempo que explora as oportunidades e mecanismos para alavancar a mudança em práticas (empresariais) e políticas (governamentais): a suscetibilidade das empresas com marca estabelecida às campanhas cria uma oportunidade de alavancar mudanças em suas práticas; a campanha (ameaça ou real) estimula, e deveria dar suporte, ao engajamento com varejistas e companhias com marca estabelecida na implementação de códigos voluntários; e o estabelecimento de um "nível de atuação" dinâmico significa que as companhias que atendam a padrões elevados podem tornar-se aliadas na defesa de melhores práticas corporativas e legislação trabalhista. ONGs de desenvolvimento internacional, com sua habilidade de promover campanhas, de engajar-se com companhias com marca estabelecida e de trabalhar com sindicatos e organizações de trabalhadores por todo o hemisfério norte e sul, são especialmente bem posicionadas para facilitar tais estratégias integradas.
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O comércio ético, através de códigos de prática, forma uma parte importante das cadeias de valor para produtos da horticultura adquiridos da África pelos grandes compradores europeus. Este artigo explora a relação entre cadeias de valor no setor de horticultura, o padrão de emprego dos produtores africanos e o processo de implementação de códigos a partir de uma perspectiva de gênero. O trabalho pergunta se, no contexto de uma economia dividida em gênero, apenas os códigos podem melhorar as condições de trabalho de todos os trabalhadores. Utilizando estudos de caso das flores quenianas, frutas sul-africanas, flores e vegetais da Zâmbia, o artigo chama a atenção para as implicações das estratégias flexíveis de emprego para os trabalhadores e mostra que códigos sociais não têm necessariamente alcançado resultados melhores para as mulheres e trabalhadores informais, devido à economia dividida em gênero. Em última instância, é somente enfrentando a economia local dividida em gênero que as condições de emprego de todos os trabalhadores, incluindo aquelas dos trabalhadores marginais e mulheres, podem mudar.
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A indústria global de vestuário confrontará mudanças significativas a partir de 2005, quando o sistema de cotas estabelecido sob o Acordo Multi-Fibras chega ao fim. Essas mudanças representam uma séria ameaça aos empregos nas plantas de montagem da América Central, as empresas maquiadoras. Uma possibilidade, contudo, é que o consumo "politicamente correto" poderia oferecer um nicho para as firmas que fossem comprometidas com a responsabilidade social corporativa e o respeito pelos direitos humanos; e que isso poderia mesmo ser uma forma de melhorar as condições de trabalho na região. Neste sentido, a despeito dos graves riscos que representa para os muito pobres, o mercado poderia servir para levar a efeito mudanças favoráveis para os trabalhadores.
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O comércio justo representa uma abordagem inovadora para fazer as regras do comércio global atuar em favor dos produtores em desvantagem no Sul e do desenvolvimento sustentável. Mas quem são os reais beneficiários do comércio justo? O comércio justo tem resultado em melhorias perceptíveis nas vidas dos pequenos produtores de café e suas comunidades? Este artigo examina a efetividade do comércio justo como uma ferramenta de desenvolvimento e a extensão de sua contribuição para o alívio da pobreza nas regiões produtoras de café da Nicarágua. O artigo argumenta que é crucial analisar as experiências e problemas dos pequenos produtores de café e organizações de produtores envolvidos no comércio justo para assegurar que os objetivos e reivindicações do comércio justo sejam alcançados na prática. O estudo conclui que há limites à extensão em que o comércio justo pode elevar significativamente o padrão de vida dos pequenos produtores de café devido aos fatores como o problema das dívidas enfrentadas pelas cooperativas, ausência de apoio governamental e preços internacionais do café voláteis.
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O movimento para promover o café produzido sustentavelmente é um dos vários esforços que têm por objetivo vincular responsabilidade social e capitalismo de mercado. Na onda de uma crise mundial do café, em que os preços têm caído a níveis que não sustentam a produção em pequena escala ou salários de sobrevivência para os trabalhadores das fazendas, as organizações não-lucrativas de certificação e classificação estão trabalhando para desenvolver um mercado que seja sustentável para os trabalhadores e o meio-ambiente.
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Esse artigo discute a privatização dos serviços públicos na Argentina à luz da crise severa que afetou o país entre 1999 e 2002. Uma estrutura reguladora inadequada e a ausência de agências reguladoras efetivas resultaram no exercício do poder monopolístico nas taxas de serviço público. A emergência de uma série de choques externos, iniciando em 1997 com a crise do sudeste da Ásia, enfraqueceu as contas externas do país. No contexto de um regime estrito de taxa fixa de câmbio, as crescentes taxas do serviço público e as obrigações externas contraídas pelas firmas privatizadas impuseram uma pressão cada vez maior no balanço de pagamentos. Embora as firmas privatizadas não tenham sido diretamente responsáveis pela recessão de quatro anos ou pela crise do balanço de pagamentos, suas ações contribuíram para o início e prolongamento das dificuldades enfrentadas pela Argentina.
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Esse artigo aborda a introdução de uma parceria pública-privada (PPP) para o abastecimento de água na área urbana do Congo. Ele descreve o contexto organizacional de antes e depois da PPP e discute os vários resultados da parceria, tanto positivos quanto negativos. Apesar de alguns resultados iniciais animadores, os arranjos da PPP não se desenvolveram como planejado e as empresas privadas enfrentaram problemas financeiros. O papel do ambiente político em comprometer os benefícios em potencial da PPP foi importante e o artigo encerra com algumas recomendações de política à luz das negociações em andamento do Congo com as instituições financeiras internacionais para assegurar sua assistência para novas reformas econômicas.
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Esse artigo avalia os mecanismos em potencial para promover um maior engajamento do setor privado na pesquisa agrícola para o desenvolvimento e transferência de tecnologia (ARDTT), com ênfase em particular na Bolívia. Ele revê os resultados mistos dos esforço, nos países em desenvolvimento e também nos países em desenvolvimento, para descentralizar o ARDTT e incentivar o investimento do setor privado. Mecanismos em potencial para a Bolívia são considerados dentro de três categorias amplas: esquemas de taxação, arranjos de co-financiamento e abordagens baseadas em resultado. As limitações à participação no ARDTT pelo setor privado que surgiram das preocupações com os altos custos de transação, direitos de propriedade intelectual e o ambiente legal e regulador são também avaliados. O artigo conclui que um esquema de controle do cumprimento, ou um esquema híbrido de controle do cumprimento e um esquema de co-financiamento competitivo, são o mais adequado às necessidades da Bolívia. Uma abordagem flexível para os sistemas de direitos de propriedade intelectual é necessária, embora permaneça um desafio de identificar os regimes de tributação apropriados.
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Abordagens radicais para introduzir parcerias pública-privada (PPPs) para a provisão de infra-estrutura no sul da Ásia têm sido altamente mal-sucedidas. Porém, a região é sede de um setor privado informal em expansão e diversas ONGs regionais têm se engajado em esforços para envolver comunidades em melhores provisões de infra-estrutura. Muitas agências e autoridades locais têm devolvido algumas responsabilidades para a implementação do serviço ao setor privado através de serviço de curto prazo e contratos de gerenciamento. Esse artigo explora as possibilidades para expandir e desenvolver essas atividades, tendo em mente fatores institucionais, incluindo estruturas organizacionais e as atitudes e pressupostos dos vários participantes. Particular atenção é dada às opções para regular o setor privado e o balanço a ser estabelecido entre competição incentivadora e promoção de uma maior cooperação dos participantes. Opções para se mudar para formas mais "elevadas" de PPP são consideradas e os breves comentários finais resumem os resultados cruciais e sugerem algumas direções possíveis para o futuro.
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Desde que o Vietnã introduziu sua política de reforma Doi Moi, em 1986, o desenvolvimento do setor privado tem sido uma grande preocupação de política para o governo e para o Partido Comunista dominante. O principal desafio de desenvolvimento para o Vietnã é como sustentar o crescimento econômico e reduzir a pobreza, uma vez que a força de trabalho continua a expandir. É previsto que o setor privado assumirá um grande papel a esse respeito. Esse artigo analisa a questão de se o setor privado pode atender às expectativas generalizadas. Um alto e estável crescimento econômico indica que as reformas têm sido consistentes mas também que as iniciativas do setor privado têm ido além das mudanças institucionais formais. O desenvolvimento do setor privado é novo no Vietnã e inicia-se a partir de um baixo nível. O setor público e o de investimento estrangeiro são grandes atores em comparação com o setor privado doméstico, que compreende diversas firmas pequenas. A redução da pobreza tem sido impressionante mas é somente agora que o desenvolvimento do setor privado está se tornando um importante auxiliar. Estancar o crescimento na desigualdade permanece um desafio onde a contribuição do setor privado para a crescente receita pública tem ainda de se materializar.
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O diálogo, a participação e a parceria dos envolvidos (stakeholders) têm se tornado conceitos da corrente dominante da política de desenvolvimento internacional, em particular na área de responsabilidade social corporativa (CSR). Contudo, a transparência das iniciativas de multi-envolvidos na CSR para seus beneficiários pretendidos no Sul global é cada vez mais questionada. Este artigo analisa como as agendas de algumas iniciativas nas áreas de comércio ético e registros de sustentabilidade são orientadas por aquilo que as ONGs ocidentais pressionam, o que grandes companhias consideram factível e o que os consultores e contadores buscam promover. O texto descreve como as práticas e os discursos resultantes limitam a mudança e marginalizam as abordagens alternativas desenvolvidas pelos envolvidos do hemisfério sul. Argumenta-se que o entusiasmo para o diálogo, participação e parceria dos envolvidos em questões de CSR e além dela, precisa ser concebido novamente com princípios democráticos em mente. A "democracia dos envolvidos" é oferecida como uma estrutura conceitual para essa tentativa e algumas recomendações são feitas para ONGs, empresas e governos.
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A agenda da responsabilidade social corporativa (CSR) tem avançado desde a década de 1980, com a sociedade civil e atores organizacionais envolvidos na mobilização. Este artigo examina as razões para a mobilização da sociedade civil sobre questões da CSR, os tipos de organizações envolvidas e suas diferentes formas de ativismo e relações com as empresas. O texto então identifica as maneiras pelas quais as grandes empresas estão se engajando com a agenda da CSR e moldando-a, mas questiona se essa agenda pode efetivamente contribuir para o desenvolvimento. O artigo argumenta que a agenda da CSR pode lidar com alguns dos piores sintomas de desenvolvimento ruim, tais como condições de trabalho precárias, poluição e relações precárias entre fábrica-comunidade, mas que ela não lida com os mecanismos políticos e econômicos fundamentais através dos quais as companhias transnacionais prejudicam as perspectivas de desenvolvimento dos países pobres. Uma seção final avalia como essa agenda pode desenvolver-se com base nos desenvolvimentos recentes no ativismo e regulação da CSR.
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Este artigo identifica a necessidade de uma metodologia apropriada para avaliar o Comércio Justo (Fair Trade), tendo em vista que a maioria das avaliações até o momento tem sido revisões domésticas ou comissionadas e, portanto, não tem seguido uma abordagem consistente. Concentrando-se nos aspectos de desenvolvimento do Comércio Justo, o artigo resenha uma série de métodos de avaliação de impacto e apresenta uma metodologia detalhada para analisar o Comércio Justo que incorpora critérios de avaliação de projeto padrão e está baseada em uma série ampla de métodos comprovados para coletar e analisar dados, principalmente qualitativos mas também quantitativos. Essa estrutura é um pacote modular a partir do qual profissionais da área prática podem selecionar de acordo com suas necessidades e objetivos, enquanto ainda mantendo uma lógica abrangente. O artigo ilustra seu uso com avaliações realizadas na Costa Rica, Gana, Nicarágua e Tanzânia. A abordagem permite um entendimento abrangente de programas do Comércio Justo e permite que eles sejam comparados a projetos de desenvolvimento convencionais.
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Este artigo discute a área emergente dos Sistemas de Informações Geográficas (SIG), com um enfoque particular nas oportunidades para sua aplicação como parte da agenda internacional sobre mulheres e desenvolvimento. Discutimos os desenvolvimentos teóricos recentes em SIGs críticos e a teoria feminista que têm criado essa oportunidade, assim como os problemas inerentes ao utilizar-se o SIG em pesquisa sobre gênero. Focalizamos os obstáculos criados por fontes inadequadas de dados sobre gênero e a capacidade do SIG de representar as questões das mulheres.
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O artigo discute a metodologia e aplicação da ferramenta de Monitoramento de Informantes-Chave (KIM) como utilizada pelo Projeto de Maternidade mais Segura do Nepal (NSMP). O NSMP visa alcançar um maior entendimento sustentável sobre o trabalho de parteira e serviços de atendimento obstétricos essenciais ao abordar, entre outras coisas, limitações no acesso a tais serviços. Os dados coletados pelos Pesquisadores Informantes-Chave comunitários (KIRs) são resumidos e utilizados pelo NSMP e parceiros de projetos fundamentais com o propósito de monitoramento e planejamento. O NSMP tem utilizado os resultados do KIM para modificar suas principais intervenções no nível local. ONGs internacionais e nepalesas têm adotado o KIM em seus projetos de maternidade segura e outros projetos de desenvolvimento. Os Comitês de Desenvolvimento do Vilarejo, com apoio de ONGs e NSMP, têm respondido a questões levantadas pelo KIM ao organizar campanhas de conscientização sobre saúde materna, trabalhando com curandeiros tradicionais, melhorando a qualidade do serviço, promovendo transporte emergencial local e financiando esquemas. Os KIRs têm se mostrado efetivos como fonte de informação e como agentes de mudança, disseminando mensagens sobre maternidade segura para promover uma mudança de comportamento.
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Produtores rurais andinos têm tradicionalmente adotado e selecionado variedades de quinoa e batatas para reduzir sua vulnerabilidade a uma série de riscos ambientais. Os dados sugerem que essa estratégia está sendo prejudicada. Pressões do mercado, particularmente em relação aos requisitos de consistência e quantidade, mais a importação de produtos subsidiados do trigo, estão levando ao deslocamento da quinoa e de variedades indígenas de batata. Este artigo explora a viabilidade de se manter a diversidade da colheita garantindo ao mesmo tempo que os produtores rurais se beneficiem das oportunidades do mercado. Para a batata, a abordagem mais promissora é a da `conservação através do uso' pela qual os profissionais da área prática identificam os nichos de mercado para variedades locais em vez de variedades cosmopolitas. Enquanto isto, a produção e consumo da quinoa têm sido ampliados através de iniciativas patrocinadas pelo governo que utilizam a quinoa em programas de apoio alimentar. O sucesso desses esforços para aumentar a segurança dos meios de subsistência requer um ambiente de políticas capacitadoras que incentive abordagens de extensão, em que a ênfase concentra-se na participação ativa dos produtores rurais e apóia intervenções públicas e privadas em áreas rurais remotas.
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Com a inabilidade da integração econômica internacional de criar oportunidades para segmentos importantes da sociedade, diversos mexicanos estão buscando maneiras de promover suas próprias alternativas. Essas estratégias são as manifestações concretas da percepção de que o caminho `principal' da busca por emprego proletário não é mais viável e que o retorno a formas tradicionais de cooperação, organizado em torno de mecanismos para o gerenciamento do ecossistema, poderia oferecer uma maior segurança e uma melhor qualidade de vida. As pessoas estão encontrando formas de fortalecer suas comunidades, para garantir que suas famílias possam permanecer nas áreas rurais como parte de comunidades dinâmicas buscando uma nova relação para suas regiões e para a nação da qual elas desejam continuar a fazer parte. O artigo ilustra esse processo com a análise de um projeto que se concentra na criação de um novo produto - carne de porco com baixa quantidade de gordura - que pode obter um preço especial nos mercados e, como resultado, contribuir para o fortalecimento de uma comunidade, oferecendo novas oportunidades para mulheres e melhorando o gerenciamento ambiental.
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O HIV/AIDS está tendo impactos profundos nos meios de subsistência da África Subsaariana. Entre esses impactos estão as mortes de adultos em idade produtiva, o desvio de recursos para cuidados de saúde e a ruptura de cadeias tradicionais de transmissão de conhecimento. As ONGs estão respondendo através do fornecimento de assistência a comunidades afetadas pela epidemia nas áreas de agricultura, treinamento de habilidades e microfinanças, assim como oferecendo atendimento e suporte em casa. Uma característica-chave de tais iniciativas é o enfoque em grupos anteriormente negligenciados, tais como o de mulheres, alunos que abandonam a escola e órfãos. Fatores de sucesso incluem o uso de processos participativos para identificar grupos-alvo e o envolvimento de líderes políticos locais e adultos nos quais os jovens nas atividades de projeto confiam. Entre os desafios estão uma melhoria nos sistemas de monitoramento, disseminação efetiva de lições aprendidas e persuasão dos doadores, cujas respostas à epidemia estão atualmente concentradas em serviços de saúde preventivos e de cura, para que apóiem as intervenções nos meios de subsistência como uma questão de urgência.
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Cada vez mais ONGs estão dedicadas à erradicação da pobreza, enquanto vários órgãos de governo estão também comprometidos com o progresso moral e material da chamada `família humana'. Contudo, os dados são desanimadores. O comércio de armas constitui um crime contra a humanidade em relação ao qual as ONGs podem fazer pouco progresso. Pelo contrário, campanhas com uma única questão, como por exemplo sobre minas terrestres, podem de fato distraí-los das questões mais gerais. Similarmente, através de seu envolvimento em missões humanitárias, freqüentemente montadas para apaziguar as consciências de cidadãos de países ricos, as ONGs podem involuntariamente estar ajudando a manter a ordem mundial profundamente injusta. Precisamos refletir sobre o que as ONGs na verdade fazem, em vez de refletir sobre os caminhos para se aumentar sua eficiência, tendo em vista que as ações das ONGs sozinhas não podem assegurar os direitos humanos. Se as ONGs não se engajarem em reflexões auto-críticas, os pobres sempre estarão conosco, assim como as ONGs, e o sistema não mudará para melhor.
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Baseando-se nas reflexões realizadas com membros de uma parceria entre uma ONG e comunidades Adivasi (habitantes originais) no estado indiano de Orissa, este artigo examina as várias conexões entre ONGs (internacionais, estatais, distritais ou locais) e organizações de base em termos de suas perspectivas de avançar o ativismo Adivasi para promover uma mudança social. As ONGs internacionais raramente trabalham diretamente com redes de ONGs e organizações de base em nível de vilarejo mas, supondo que a participação das pessoas, agência e ativismo transcendem seu significado retórico para algumas ONGs, tal envolvimento colocaria as ONGs internacionais em contato direto com direitos corporativos (freqüentemente a causa do empobrecimento dos Adivasis) e potencialmente faria com que o poder fosse tratado de uma maneira mais democrática.
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O Reino do Butão não apenas possui um ambiente nacional exclusivo mas também oferece aos pesquisadores uma oportunidade de observar o desenvolvimento efetivo em um sistema relativamente descomplicado e controlado, que é liderado pelo governo em vez de ser direcionado pelos doadores. Esse artigo analisa o progresso recente no desenvolvimento do Butão e vê dois inibidores dessa situação aparentemente `ideal': primeiramente, tensões internas entre os grupos étnicos Drukpa e Nepali e, em segundo lugar, o impacto da própria abertura do Butão à influência externa através da mídia e da Internet, apoiada por uma comunidade interessada de doadores. Desenvolvimentos futuros no Butão poderiam agir como um útil barômetro para eventos globais.
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A metodologia da Investigação Apreciativa (Appreciative Inquiry - AI) tem sido utilizada há muito tempo como uma metodologia para se entender o aprendizado e a mudança organizacional. Este artigo discute suas aplicações para pesquisa de campo baseado em entrevistas dentro do contexto de desenvolvimento. Embora a AI comece analisando o melhor da experiência de uma organização ou indivíduo, ela pode ajudar os pesquisadores a obter um entendimento nuançado e detalhado dos maiores sucessos e mais sérios obstáculos de seus assuntos. Baseado em pesquisa organizada por diretores de ONGs de toda a África, o artigo oferece evidência casual de que utilizando-se a AI em entrevistas, cria-se um ambiente confortável e estimulante para os entrevistados que pode render informações de qualidade excepcional.
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In English only
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A reconstrução do sistema de saúde no Afeganistão está em sua fase inicial e os doadores têm proposto Acordos de Parceria com Base no Desempenho (APBDs) para subcontratar a implementação de serviços de saúde de organizações privadas, tanto com fins lucrativos como não. Além dos debates ideológicos, esse artigo pretende explicar o modelo que serve de base para a iniciativa ABPD e esclarece dados empíricos a respeito dos supostos benefícios de tal abordagem. O artigo estuda a privatização e a contratação de serviços de saúde, embora ainda não haja informações que possam demonstrar a superioridade do fornecimento privado em relação ao fornecido publicamente. Da mesma maneira, a adequação da subcontratação permanece não provada e tais arranjos levantam diversas questões éticas. Quando os APBDs forem tentados, é importante permanecer tendo cuidado e garantir que as operações sejam organizadas de forma a permitir uma comparação adequada. O artigo conclui com recomendações para as organizações envolvidas ou que estejam avaliando os méritos dos APBDs.
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Reformas legais são cada vez mais vistas como algo essencial no combate a várias limitações que as mulheres enfrentam em relação à propriedade e à herança. Esses esforços são reforçados por compromissos que os países têm assumido ao adotar tais tratados como a Convenção sobre Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres (CEDAW) e pela incorporação em suas constituições de vários projetos de lei que reconhecem os direitos das mulheres. Espera-se que tais compromissos reduzam as práticas discriminatórias e promovam a sustentação dos direitos das mulheres. Baseado nos resultados de um estudo sobre direitos de propriedade e herança das mulheres em Malauí, esse artigo discute o papel de Assembléias Distritais na administração e julgamento das reivindicações de herança das mulheres. Ele mostra que o sistema todo é uma base fértil para oportunismo e contribui significativamente para destruir tais direitos. O artigo ilustra que embora a legislação de direitos humanos exerça um papel importante na sustentação dos direitos das mulheres, a realização desses direitos requer que uma atenção crítica seja tomada para as instituições e sistemas administrativos que sejam responsáveis pela implementação. É através dessas operações do Estado que as pessoas vivenciam a lei na prática.
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Embora seja reconhecido que as mulheres possuem papéis fundamentais no desenvolvimento sócio-econômico de suas comunidades, elas são freqüentemente excluídas dos processos de tomada de decisão porque suas opiniões não são solicitadas e seus interesses não são levados em conta na formulação de programas de desenvolvimento local. Baseado em estudos de caso em Gana, este artigo identifica os benefícios para as comunidades do maior envolvimento das mulheres nas decisões e avalia as restrições e oportunidades para as mulheres que buscam assumir funções de liderança comunitária. Estratégias para promover um "envolvimento mais construtivo" com as mulheres nos processos de tomada de decisão em comunidades rurais são discutidas.
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O artigo compartilha algumas idéias acerca de programas comunitários de gerenciamento de recursos naturais (CBNRM, em inglês), que se concentra em três áreas: desenvolvimento rural, conservação da natureza e reforço da governança local. Argumentando que os pré-requisitos de um programa CBNRM bem-sucedido são um contexto legislativo favorável, uma comunidade auto-definida e a ausência de necessidades básicas não-atendidas, o artigo discute as experiências iniciais de tal programa em Moçambique. É mostrada a resposta bastante lenta de uma comunidade no interior do país que possui alguns recursos naturais, mas que tem se concentrado em ganhos econômicos com o mínimo engajamento próprio. Em contraste, uma comunidade de pescadores foi imediatamente inspirada pelo programa, organizando-se em comitês de gestão cooperativa e começando a usar seus recursos já sobre-utilizados de maneira sustentável. Os dois casos mostram que os programas CBNRM não são esquemas universais mas devem ser adaptados a cada situação específica.
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Este trabalho analisa as tendências e principais temas nos campos da economia doméstica (EH) e gênero e desenvolvimento (GED), concentrando-se nas diferentes regiões do mundo e nas mudanças no curso da história recente. A relação desses dois campos de educação e prática são abrangidos pelo trabalho de uma ONG, a Federação Internacional de Economia Doméstica (IFHE, em inglês). A IFHE pode facilitar a renovação de relações estagnadas, desafiar estereótipos e construir novas parcerias para fortalecer as mulheres e melhorar sua qualidade de vida. As autoras sugerem implicações para educação, prática e pesquisa.
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Desde março de 2000, em parceria com o Centro de Montreal das Mulheres e outras unidades das universidades de Montreal, o Centro de Estudos na Área de Desenvolvimento da Universidade de McGill tem conduzido um programa de pesquisa-ação sobre questões de gênero e segurança humana no contexto de guerra e reconstrução. Nossa equipe interdisciplinar de pesquisadores e ativistas tem trabalhado localmente com mulheres refugiadas, pessoas em busca de exílio e imigrantes de vários países que enfrentaram conflitos armados e, internacionalmente, com organizações de mulheres principalmente da região dos Grandes Lagos na África. A combinação de segurança humana - a proteção de civis através das fronteiras - e gênero - as distintas formas em que mulheres e homens são afetados -- nos permite analisar o impacto da desigualdade de gênero em sociedades afetadas pela guerra. Nossa pesquisa-ação em uma aliança entre comunidade e universidade trata das necessidades pessoais (especialmente trauma não tratado clinicamente) e direitos das mulheres, ao mesmo tempo em que examina o contexto sócio-econômico e político dos conflitos violentos.
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A sociedade civil é vista cada vez mais como um elemento necessário para o desenvolvimento humano sustentável. Algumas ONGs do hemisfério norte esperam contribuir para o desenvolvimento da sociedade civil através de parceria com ONGs do hemisfério sul. Pesquisas recentes, porém, mostram que as parcerias são freqüentemente dominadas pelas ONGs do hemisfério norte, inibindo assim o estabelecimento de organizações da sociedade civil que sejam vibrantes, além de mantidas e gerenciadas localmente. Esse artigo explora algumas das razões práticas por esse fracasso e sugere estratégias para se trabalhar dentro do que Alan Fowler chama de "parcerias autênticas". Tais parcerias evitam que as ONGs do hemisfério norte dominem e assim ajudam a criar um ambiente mais receptivo ao crescimento da sociedade civil. Estratégias sugeridas para promover parcerias autênticas abordam financiamento, relações de trabalho, retirada por etapas, advocacy e avaliação da própria parceria. O artigo baseia-se em um estudo de caso do trabalho de parceria do Christian Reformed World Relief Committee (CRWRC), ONG religiosa da América do norte.
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Esse artigo examina a tarefa do estado no programa de Gerenciamento Florestal Conjunto (GFC) na província do norte de Haryana, na Índia. Nas duas última décadas, desenvolvimentos significativos relativos a reformas institucionais na promoção de parcerias entre comunidade - estado na proteção e gerenciamento de florestas têm sido tomados na província. Ao revisar as experiências em gerenciamento hídrico - estruturas de culturas agrícolas e de arrendamento da área florestal a comunidades locais, o artigo demonstra que a adoção da retórica "gerenciamento conjunto" não garante parcerias bem-sucedidas na realidade do trabalho de campo. A implementação do programa requer uma redefinição radical do papel do estado para estabelecer compromissos confiáveis com as comunidades locais em termos de políticas e práticas.
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Os pastoralistas são marginalizados na região do Chifre da África e recebem serviços veterinários inadequados. Sob os programas de ajustes econômicos estruturais, os serviços veterinários públicos tornaram-se cada vez mais inefetivos e, em resposta, programas comunitários de ONGs foram criados em algumas áreas pastoris. Embora esses programas fossem freqüentemente considerados efetivos, com poucas exceções eles eram programas de pequena escala, isolados do governo central e baseados em sistemas subsidiados de distribuição de medicamentos. Conseqüentemente, sua sustentabilidade era questionável. Os governos agora têm incentivos para melhorar os serviços veterinários para os pastoralistas devido às novas possibilidades de aumentar a exportação de gado juntamente com novas preocupações sobre proteger os consumidores de doenças relacionadas ao gado. A atual reforma de políticas e reformas institucionais estão incentivando uma maior função para o setor privado na oferta de serviços, mas isso tem se desenvolvido lentamente, particularmente em áreas pastoris onde a provisão futura provavelmente envolverá parcerias públicas - privadas.
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Esse artigo explora a implementação da Convenção 182 sobre as Piores Formas de Trabalho Infantil no setor de mineração em Burkina Faso. Ele destaca lições-chave de um projeto financiado pelo DFID e pela organização Save the Children do Reino Unido e implementado pela COBUFADE, uma ONG de Burkina Faso. As crianças foram identificadas como agentes importantes e capazes na luta contra o trabalho infantil, notavelmente em pesquisa e lobby e o artigo explora o papel que a sociedade civil pode ter em levar os interesses locais para os formuladores de políticas nacionais e em conectar os agentes diferentes envolvidos na Convenção 182.
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O governo britânico tem assumido cada vez mais o papel de árbitro e pacificador internacional, seja com ou sem um mandato da ONU. O seqüestro de princípios morais elevados e a afirmação repetida do consenso global - até mesmo na presença de esmagadora oposição - revela uma desconsideração pela integridade da diversidade cultural e de opinião. Preocupações "humanitárias" freqüentes têm sido utilizadas para justificar intervenções militares e a promessa de ajuda é utilizada para desviar dissensão. Baseada em suas experiências como funcionária de ajuda humanitária em Kosovo no pós-conflito, a autora ressalta dois pontos centrais. Primeiramente, que o caos social, cultural e institucional causado por conflito é altamente previsível e constitui um poderoso argumento contra as soluções militares. Em segundo lugar, de que a ajuda não é uma panacéia universal. Ela é um último recurso e freqüentemente, mesmo com as melhores intenções, é feita de forma inadequada. Ela nunca deve ser utilizada para mascarar imperativos políticos.
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Para assumir o desafio de responder às idéias instigantes encontradas no The Selfish Altruist (Vaux 2001), a autora reúne algumas das questões do livro e combina-as com suas próprias abordagens psicológicas para aumentar a auto-conscientização para levar adiante sugestões específicas sobre como o desenvolvimento pessoal e a auto-conscientização poderiam ser melhorados tanto para os gerentes de agências de ajuda humanitária quando para trabalhadores de linhas de frente.
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Em 2002, o Secretário Geral da ONU, Kofi Annan, criou um Painel sobre as Relações da Sociedade Civil com a ONU, para o qual foram indicadas mais de uma dúzia de "pessoas eminentes". A criação desse Painel foi um sinal de que a ONU em seus níveis hierárquicos mais altos reconhece, corretamente, que estava perdendo uma oportunidade de trabalhar mais efetivamente com a sociedade civil e uma oportunidade para levar em conta as visões da sociedade civil na busca pelo desenvolvimento humano.
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Esse artigo examina os excessos da "cultura de auditoria" nas relações de parceria de ONGs de desenvolvimento do hemisfério norte-sul. Ele argumenta que o enfoque na documentação precisa ser reduzido e uma maior confiança deve ser colocada na interação pessoal e julgamento entre as ONGs parceiras de desenvolvimento do hemisfério norte e sul. Em algumas circunstâncias, essa é uma estratégia que pode incentivar um monitoramento e práticas de accountability mais rigorosos, que sejam capazes de ir além de um enfoque problemático em metas quantificáveis. O artigo chama atenção para debates similares no setor público do Reino Unido e os problemas associados com o micro-gerenciamento em uma cultura de desconfiança.
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Nessa entrevista, Rosemary Thorp, especialista em economia política da América Latina e atualmente Coordenadora dos Curadores da Oxfam GB, discute o impacto que as reformas de descentralização têm tido em promover o desenvolvimento e aprofundar a governança democrática na região. Concentrando-se em particular nas experiências do Chile e Colômbia, Thorp argumenta que, embora o processo de descentralização democrática seja promissor, ele precisa superar desafios múltiplos para explorar todo seu potencial. Alguns dos fatores-chave que ela identifica para a descentralização ser bem-sucedida são uma liderança política engajada, partidos políticos fortes e capacidade no nível local - todos freqüentemente não presentes no contexto latino americano.
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Esse artigo revê as lições da descentralização democrática em Madhya Pradesh (MP), um estado indiano pobre e semi-feudal que emergiu como um líder e audacioso experimentador no modelo institucional na década de 1990. Apesar de um início pouco promissor, a liderança política em MP definiu que iria utilizar a descentralização como uma alavanca para expandir e melhorar a implementação de serviços básicos. Os arquitetos da estratégia de MP estavam totalmente cientes das limitações sociais e econômicas, mas acreditavam que através de uma montagem cuidadosa, suporte adequado para desenvolver capital social e a conquista dos primeiros avanços, a iniciativa poderia destravar forças poderosas para o desenvolvimento da comunidade. Esse artigo concentra-se em duas iniciativas: uma para aumentar o acesso a escola e outra para promover a democracia direta no nível dos vilarejos. Os autores concluem que, enquanto a primeira fase de descentralização resultou em alguns avanços significativos, especialmente na área da educação, a segunda fase tem sido muito menos bem-sucedida.
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A promoção da democracia tem sido freqüentemente um processo de cima para baixo caracterizado por políticas de assistência que visam o nível macro. Quando políticas da base para cima foram experimentadas, elas também tenderam a abordar as ONGs profissionalizadas com pouca adesão e contato da base. Apenas nos últimos anos os doadores começaram a implementar programas que visam desenvolver aquilo que pode ser chamado de "micro-assistência" à democracia, definida como assistência da democracia dirigida a pequenas organizações na área, freqüentemente com base na comunidade. Esse artigo descreve a micro-assistência da UE à democracia na África do Sul após 1994. Os dados reunidos são provenientes de entrevistas conduzidas com encarregados de projetos e entrevistas semi-estruturadas com todos os diretores das Organizações Baseadas na Comunidade que têm recebido fundos da UE. Alguns resultados preliminares sugerem que a micro-assistência à democracia na África do Sul responde a problemas específicos que estejam afetando a sociedade civil local, mesmo que a maioria dessas organizações permaneçam raramente sustentáveis e suas habilidades de influenciar políticas locais sejam limitadas.
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Desde que o processo de descentralização de Gana começou no início da década de 1990, oficiais do governo e também agências e ONGs internacionais de ajuda têm se engajado em esforços para chamar atenção para as preocupações das mulheres e aumentar a sensibilidade quanto às questões de gênero nos processos de desenvolvimento no nível local. Esse artigo analisa três projetos colaborativos entre organizações de desenvolvimento internacional e assembléias de distrito em toda Gana para promover a sensibilidade quanto à questão de gênero e aumentar a representação das mulheres na governança local. Embora, como a autora sugere, ainda seja muito cedo para avaliar se tais iniciativas têm sido bem-sucedidas, está também claro que os esforços de descentralização precisam ser acompanhados por recursos adequados e suporte institucional apropriado e capacitação para que façam uma diferença.
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Esse artigo analisa um projeto-piloto de liderança transformadora descentralizada lançado pelo UNDP para combater a crise crescente do HIV/AIDS no Nepal. O projeto visa fortalecer a liderança da região e o planejamento participativo multisetorial, esclarecer a resposta do governo na região e criar redes regionais, nacionais e internacionais para responder efetivamente ao HIV/AIDS. A meta é criar líderes que prevejam possibilidades e visualizem oportunidades previamente inimagináveis e levem voz àqueles que antes não eram ouvidos. Mapeando os relatórios e comentários de participantes do projeto, os autores concluíram que o projeto tem fornecido a eles ferramentas valiosas e habilidades para agirem de acordo com o seu compromisso de deter a doença e tem contribuído para aprender lições a partir de uma perspectiva global sobre o que tem funcionado e o que não tem funcionado nas respostas ao HIV/AIDS até o momento.
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Esse artigo utiliza trabalhos teóricos e empíricos selecionados para explorar as conexões entre a descentralização e a democracia e seu impacto na participação e empoderamento no nível local. Entendendo a descentralização como um fenômeno complexo e multifacetado, o autor argumenta que seus benefícios em potencial podem ser percebidos apenas quando políticas complementares e condições nacionais ou locais específicas estiverem em vigor. Além disso, é também importante ter uma abordagem equilibrada entre os níveis locais, regionais e nacionais de governo de modo a proteger a autonomia local enquanto também promovendo um nível razoável de uniformidade em todas as regiões. O ensaio recorre ao trabalho de campo do autor em Moçambique assim como as experiências de descentralização em outros países em desenvolvimento.
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Esse ensaio de revisão analisa três trabalhos recentes sobre a relação entre democracia e descentralização, com um enfoque na participação e empoderamento local: Democracy and Decentralisation in South Asia and West Africa: Participation, Accountability and Performance [Democracia e Descentralização no sul da Ásia e oeste da África: Participação, Responsabilidade e Desempenho] (Richard Crook e James Manor), Good Government in the Tropics [Bom Governo nos Trópicos] (Judith Tendler) e uma edição temática do European Journal of Development Research sobre `Democratic Decentralisation through a Natural Resource Lens: Experiences from Africa, Asia and Latin America' [Descentralização Democrática através de uma Lente de Recursos Naturais: Experiências da África, Ásia e América Latina], editado por Anne M. Larson e Jesse C. Ribot.
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Crianças com menos de 18 anos representam o maior grupo de pobres na Uganda (62 por cento). Sua perspectiva não tem sido, até hoje, incorporada em muitas análises que têm sido realizadas. A pesquisa relatada nesse artigo perguntou a crianças entre 10 e 14 anos suas opiniões sobre a pobreza e também sobre a efetividade dos governos locais em tratar de questões relacionadas a elas. A pesquisa descobriu que as crianças possuem uma perspectiva sobre a pobreza diferente daquela dos adultos consultados em nossa amostra. As crianças têm uma visão positiva sobre seu papel potencial na redução da pobreza e são altamente críticas do desempenho atual do governo local.
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Os autores examinam o papel das ONGs religiosas internacionais na ajuda externa e desenvolvimento para a África, com especial referência ao Comitê Central Menonita (MCC). O MCC é bem-sucedido em sua contribuição ao desenvolvimento e empoderamento nos 20 países africanos em que opera devido ao seu enfoque filosófico e programático na transparência, sua abordagem holística dos direitos básicos e uma abordagem de "ouvir e aprender" que abrange empoderamento e justiça social. Embora a filosofia "ser pequeno é maravilhoso" não necessariamente inspira os métodos de "ajuda rápida" associados à Agenda de Novas Políticas, ela continua sendo a forma mais efetiva, eficiente, transparente e de resposta rápida à base para se tratar das questões do desenvolvimento.
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O autor trata das contribuições de quatro pensadores e ativistas latino americanos quanto à comunicação para mudança social. Argumenta-se que as atividades de desenvolvimento referem-se à comunicação em vários níveis e estão profundamente enraizadas nas culturas dos engajados, envolvendo significativas questões inter-culturais. O autor baseia-se em sua própria experiência abrangente nessas áreas e apresenta uma série de princípios e lições de aplicação mais ampla.
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Esse artigo trata da importância, complexidade e ambigüidade do terreno simbólico, tanto no cotidiano quanto na luta social. Tomando a roupa ou traje tradicional das mulheres Maias como um texto, a autora reflete sobre os múltiplos e contestados significados evocados por eles, argumentando que as mulheres Maias estão ocupando um papel que não tem recebido análise suficiente ou reconhecimento dentro da luta do movimento Maia pela identidade indígena e por direitos. Iniciando com uma breve introdução teórica, o artigo analisa os diferentes significados em disputa e como esses últimos são relacionados a questões mais amplas, concluindo com uma reflexão quanto aos desafios enfrentados pelas relações inter-étnicas e o reconhecimento dos povos indígenas na Guatemala.
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ONGs e ativistas sociais correm o risco de seguir as diretrizes de política favorecidas por agências doadoras internacionais em detrimento de sua própria capacidade organizacional e moral de agir solidariamente com aqueles cujos interesses eles dizem apoiar. Com referência específica à Tanzânia, o texto argumenta que embora as ONGs ajam prontamente para proteger seus próprios interesses, elas não defendem consistentemente as liberdades básicas dos trabalhadores. Em uma época unipolar, em que se diz que a era da política e da solidariedade internacional já passou, é vital para as ONGs e outros ativistas sociais manter viva a crença de que uma alternativa ao mundo atual é tanto necessária como possível.
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A medição de impacto é difícil no trabalho de desenvolvimento uma vez que ela implica atribuir mudança social, pessoal e comunitária de longo prazo às intervenções relativamente de pequena escala e de curto prazo na vida de uma comunidade. Esse artigo examina a experiência da ONG australiana Oxfam Community Aid Abroad em medir seu impacto em duas de suas regiões operacionais, Índia e Sri Lanka. Os resultados destacam a importância de mecanismos de participação e responsabilidade para "baixo", bem como de conectar-se às atividades no nível local com um amplo contexto regional, nacional e global.
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A "Economia da Comunhão": um estudo de caso da empresa e da sociedade civil em parceria para mudançaO papel das organizações da sociedade civil do hemisfério norte tem passado por mudanças dramáticas nos últimos anos. Em particular, seu papel principal como agências "redistributivas" atuando no hemisfério sul tem sido criticado, levando-as a procurar novas formas de definir sua parcela na redução da pobreza. Uma estratégia amplamente adotada tem sido a de ênfase crescente na defesa por justiça social; uma outra é a criação de parcerias com atores não-estatais e estatais, incluindo o setor privado. Tais parcerias levantam algumas questões difíceis relacionadas aos valores básicos e a legitimidade cívica da ação, em particular das ONGs de desenvolvimento baseadas no hemisfério norte. Este trabalho examina a questão das parcerias entre organizações da sociedade civil e empresas, através de um estudo de caso da "Economia da Comunhão", um projeto global que reúne pequenas empresas o organizações de entidades de igreja cujo objetivo comum é o de erradicar a pobreza.
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As questões relativas à restruturação democrática e à cidadania no nível municipal na América Latina têm sido objeto de crescente interesse e debate entre acadêmicos e praticantes do desenvolvimento em anos recentes. Este estudo investiga como a cooperação internacional pode facilitar a participação ativa dos cidadãos nas decisões locais da região, ao examinar um projeto específico de ligação patrocinado pelo Canadá envolvendo as cidades de Charlesbourg, Quebec (Canada) e Ovalle (Chile). O estudo apresenta uma abordagem relativamente otimista do papel que as inovações transferidas como resultado desse projeto têm exercido no estímulo ao envolvimento dos cidadãos no governo local. Ao mesmo tempo, o texto sugere que quaisquer ganhos podem ser limitados, devendo ser vistos dentro de um contexto político-administrativo mais abrangente na América Latina e dos fatores que restringem o estabelecimento de uma ampla cultura democrática no plano local.
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Existe uma grande sinergia em potencial proveniente da colaboração entre uma organização de pesquisa e uma organização operacional, tais como uma ONG, mas colaborações explícitas entre elas não são comuns. Essa Nota Prática examina a parceria institucional entre o Instituto Internacional de Pesquisa de Políticas de Alimentos (IFPRI) e a CARE-USA como uma ilustração concreta das dificuldades e benefícios em potencial de tal colaboração. Ela oferece exemplos de lacunas na orientação organizacional que podem levar a problemas, oferece idéias sobre como reduzir as distâncias e destaca quais choques devem ser esperados no caminho para desenvolver uma colaboração produtiva.
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Corrigir as desigualdades herdadas do apartheid tem criado um contexto complexo e desafiador na tentativa de enfrentar as necessidades básicas na África do Sul contemporânea. Dada a segregação física e política do apartheid, atender a demanda por habitação tem sido um desafio central ao desenvolvimento desde 1994. Mas mesmo que o governo local tenha sido levado a uma maior responsabilidade nessa área, ele deve fazer isso enquanto gerencia relações complexas com atores do setor privado buscando acesso aos serviços básicos anteriormente associados ao setor público. O resultado é que não somente a estrutura dos governos locais tem sido dramaticamente reformada desde 1994, mas também os governos têm adquirido uma nova responsabilidade de capacitar os mercados para trabalharem em nome da redução da pobreza.
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O monitoramento e avaliação de projetos na África têm tradicionalmente dependido do conhecimento "especializado" de avaliadores "profissionais" para desenvolver os chamados indicadores "SMART". Mas esse conhecimento especializado não tem sido difundido nas várias agências implementadoras - que incluem as próprias comunidades. O resultado tem sido alguns dados esporádicos e não-confiáveis e esquemas frágeis de monitoramento e avaliação. No Zimbábue, essas dificuldades têm inibido o desenvolvimento e o estabelecimento de um banco de dados de estatísticas sociais. Uma área frágil de estatísticas sociais é a de informações sobre crianças. Desde 1995, o UNICEF Zimbábue tem trabalhado com comunidades para produzir estatísticas relevantes e atualizadas através de projetos como o Sentinel Site Surveillance Survey e mais recentemente o desenvolvimento de um sistema de registro de vilarejos que conterá indicadores simples, mas vitais. Este artigo procura documentar e iluminar o pensamento sobre esses exercícios e os desafios enfrentados pelo UNICEF e pelas comunidades até agora.
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Dentro da Austrália, os programas de emprego do Estado são uma forma essencial de tentar reparar as desvantagens substanciais sociais e econômicas enfrentadas pelo povos indígenas australianos, particularmente no nível comunitário. Embora tais programas despendam grandes quantidades de dinheiro, os resultados sociais e econômicos para os indígenas australianos permanecem muito inferior ao dos não-indígenas. Esse artigo argumenta que uma importante limitação para o desenvolvimento humano indígena surge como resultado do racismo institucional dentro de uma série de agências do setor público responsável em todos os três níveis de governo dentro do sistema federalista australiano. Os resultados de uma avaliação do Programa de Emprego para o Desenvolvimento Comunitário (CDEP) dentro de uma remota comunidade indígena são apresentados. Isso serve para ilustrar como a exclusão dos indígenas das fases de montagem e implementação de programas cruciais do governo tem o potencial de resultar em uma substancial alocação ruim de financiamento com propósitos de auxiliar a redução da desvantagem econômica e social dos indígenas.
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Expandindo as oportunidades das mulheres: o potencial de projetos com bezerros na África subsaarianaEm todo o mundo, barreiras entrincheiradas de forma profunda excluem as mulheres de uma participação significativa nas atividades sócio-econômicas e políticas. Isso não é apenas uma questão de justiça e igualdade. Tem se argumentado que ao serem expandidas as oportunidades das mulheres, a sociedade como um todo seria simultaneamente fortalecida e isso ampliaria as perspectivas de desenvolvimento. Recentemente, uma ampla variedade de iniciativas internacionais tem sido desenvolvida para expandir as oportunidades das mulheres. Um desses programas é o financiamento de projetos com bezerros para mulheres. Utilizando dados da Cruz Vermelha, esse estudo examina o potencial dos projetos com bezerros para expandir as oportunidades das mulheres na África subsaariana.
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De meados de 1999 até meados de 2001, os autores realizaram um estudo qualitativo na zona rural do Vietnã para explorar as relações entre eqüidade de gênero e saúde reprodutiva. Um dos objetivos do estudo foi desenvolver indicadores culturalmente adequados de empoderamento de mulheres, específicos para o contexto vietnamita. Esse artigo descreve o processo de desenvolver, testar e refinar os indicadores de empoderamento, apresentar alguns dos resultados e discutir os desafios metodológicos acarretados. O artigo conclui recomendando uma série de campos específicos do Vietnã para avaliar o empoderamento das mulheres nas esferas sociais e econômicas da vida e na saúde reprodutiva.
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Esse artigo examina os processos participativos em um pacote de assistência técnica do Banco de Desenvolvimento Asiático (ADB) no setor de recursos hídricos da Tailândia. As autoras analisam vários níveis de interação social na comunidade local, em consultas aos participantes no nível intermediário e em oposição aos programas ambientais do ADB expressos por organizações da sociedade civil. Embora as abordagens participativas sejam empregadas para promover mais regimes de gerenciamento de baixo para cima dos recursos hídricos, as autoras concluem que as diferenças de poder e gênero local têm sido negligenciadas. Instituições em evolução de governança de recursos são constituídas por gênero, reproduzindo desigualdades de gênero, tais como em relação à água voltada para o uso agrícola como um recurso "masculino". Finalmente, o artigo argumenta que entendimentos e práticas de participação legitimizam agendas particulares, especialmente em uma arena politicamente polarizada.
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Desde os ataques do dia 11 de setembro de 2001 nos EUA, os debates relativos à situação das mulheres no mundo muçulmano têm tendido a focalizar até que ponto elas são vítimas de dogma religioso. Como qualquer outra religião, o Islamismo pode ser opressivo para as mulheres. Contudo, as mulheres trabalhadoras não são afetadas apenas por fatores religiosos. Esse artigo revê as experiências das mulheres na Indonésia e Irã, países nos quais os movimentos islâmicos têm tido um papel de destaque no governo. Na Indonésia, a crise econômica asiática do final da década de 1990 acelerou os conflitos civis e levou um governo islâmico ao poder. Desde então, o emprego das mulheres na Indonésia parece ter sido mais afetado pela crise econômica do que pelo movimento islâmico, sendo ele próprio um subproduto da crise. No Irã, poderia se esperar que o emprego formal das mulheres declinasse após duas décadas de Islamismo mas na verdade ele tem crescido. Uma revisão desses dois casos mostra que o impacto do surgimento do Islamismo político é complexo e não pode ser capturado por simples estereótipos.
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"Casamento" com o capital: as alternativas das mulheres trabalhadoras da indústria de roupas de FijiO golpe de estado que ocorreu em Fiji em maio de 2000 provocou uma saída de capital da indústria de roupas do país. Como os trabalhadores perderam seu emprego, a atenção das pessoas distanciou-se das melhorias de salário e condições para se concentrar na manutenção dos empregos nas fábricas de roupas do país. De que maneira os pesquisadores feministas podem contribuir em um clima de grande mobilidade de capital que proíbe organizar-se por um salário de subsistência? Esse artigo aplica a idéia de Amartya Sen das "alternativas" das mulheres em relação a seus maridos em uma análise do "casamento" das mulheres com o capital. Uma análise sobre a vida das mulheres trabalhadoras nas fábricas de roupas que vá além do local de trabalho revela o potencial para se aumentar o poder de negociação das mulheres em relação aos seus empregadores - estimulando os ativos individuais e coletivos das mulheres, seu acesso ao suporte do estado e ONGs, até outras formas de obtenção de renda e sistemas de suporte social sob o qual solicitar assistência.
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Esse artigo concentra-se no desafio e efeitos de se aderir à participação da comunidade como um princípio de desenvolvimento comunitário e a questão relativa de refletir a representação diversificada na prevenção e planejamento da promoção da saúde. Como requisito das agências financiadoras, são exploradas as conseqüências de sustentar esses princípios à luz dos recursos colocados à disposição. As informações são baseadas em um estudo de caso de um comitê consultivo com participação diversificada. Uma avaliação participativa desse comitê ilumina as dificuldades encontradas quando uma agência comunitária iniciou um projeto de promoção da saúde para abordar as necessidades das mulheres que não se expressam verbalmente e sob risco de agressão sexual. Sugestões são feitas sobre como essas dificuldades podem ser superadas. O comitê consultivo é um instrumento comum para o desenvolvimento comunitário mas também possui potencial para ser um modelo para uma maior comunicação e entendimento.
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A ênfase sistemática na questão do HIV/AIDS não diz respeito apenas a adaptar os programas das ONGs, mas também envolve a adaptação das parcerias. Trabalhar em um contexto de elevada incidência de HIV/AIDS exerce um impacto organizacional significativo sobre as ONGs que implementam projetos. Assim que funcionários, ou parentes de funcionários, ficam doentes, há mais faltas no trabalho, desempenho declinante, elevação de custos médicos e custos extras de treinamento e recrutamento. Simplesmente para manter a capacidade existente, as ONGs terão de investir em mudanças nos programas de planejamento, treinamento e cuidados voltados aos funcionários, políticas de saúde e gestão financeira. Isso necessariamente exigirá mais dinheiro para se obter os mesmos resultados do trabalho e essas atividades terão menos impacto (uma vez que uma proporção dos beneficiários poderá estar também doente ou em estado terminal). Portanto, oferecer apoio efetivo para as ONGs parceiras afetadas pelo HIV/AIDS leva a implicações importantes e difíceis para os doadores, particularmente numa época em que seus próprios colaboradores estão exigindo "dinheiro bem aplicado". A ênfase sistemática em parcerias requer que ambos os parceiros mudem - poderemos lançar esse desafio profissional e moral?
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Em 1993, a comunidade internacional reconheceu pela primeira vez que a violência contra as mulheres (VCM) é uma questão de direitos humanos, ao mesmo tempo em que a VCM tem se tornado cada vez mais uma questão de saúde pública global e uma barreira ao desenvolvimento sustentável. Contudo, mesmo quando há o compromisso para se reduzir a VCM através de seus programas e atividades de advocacy, as pessoas que trabalham com o desenvolvimento na área prática às vezes ficam incertas sobre se essa questão enquadra-se na agenda de redução da pobreza. Esse artigo tenta situar a VCM no discurso da pobreza, baseando-se em uma série de fontes documentais para apresentar as conexões conceituais entre a VCM, pobreza e desenvolvimento humano. O artigo, então, analisa questões sobre a avaliação de impacto dos programas que visam reduzir a VCM e oferece exemplos de como programas específicos têm sido avaliados.
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This essay reviews the often heated controversies unleashed by the 2002 publication of Globalization and its Discontents by Joseph E. Stiglitz, former Chief Economist of the World Bank and recipient of the2001 Nobel Prize for Economics. His critique of IMF policies and other economic orthodoxies, particularly in Russia and South Asia, has since come to be accepted more widely among mainstream economists. The author argues, however, that while Stiglitz is sympathetic to some of the arguments made by the so-called `anti-globalisation' movement, his views are far from the radical end of the spectrum.
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Abordagens participativas têm se tornado cada vez mais populares no desenvolvimento internacional. Embora tradicionalmente associadas a pequenos projetos não governamentais, elas são cada vez mais utilizadas por organizações governamentais e internacionais, tais como o Departamento para Desenvolvimento Internacional do Reino Unido (DFID) e o Banco Mundial. Esse artigo - concentrando-se em um pequeno projeto de agente de saúde no Amazonas, Brasil - desafia o pressuposto de que a participação inexoravelmente empodera e argumenta que a participação culturalmente inapropriada pode ser utilizada para legitimizar a intervenção prescritiva.
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Esse trabalho apresenta uma metodologia de desenvolvimento de produto para ser usada com trabalhadores rurais indígenas. Ela é baseada no renascimento de valores culturais e sociais, com um enfoque na conservação de recursos naturais. Ilustrado pelo caso das artesãs de Mixtec no México, esse artigo mostra como os grupos pobres podem melhorar suas condições de vida através da inovação e diversificação de seus produtos. O processo combina técnicas de desenvolvimento de produto baseadas no marketing, com um enfoque participativo e de avanço contínuo, para desenvolver um produto exclusivo e de alta qualidade que possa ser melhor comercializado. As artesãs são agora capazes de planejar sua produção e podem avaliar e comercializar seus produtos.
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O Proyecto Tequisquiapan (PT) oferece serviços de microfinanças protetores em uma pequena região rural do México, incluindo, de maneira importante, o acesso aberto a instalações de depósito. Os autores relatam a nova pesquisa que examinou os registros do PT na capacitação de pessoas com diferentes graus de vulnerabilidade para desenvolver ativos e proteger-se tanto de choques repentinos quanto de demandas mais previsíveis por quantias de dinheiro. O PT foi considerado relativamente mais útil para as famílias mais vulneráveis. Seu sucesso depende de sua pequena escala e no compromisso de seus funcionários, cujos salários são subsidiados, com a inovação e experimentação a fim de permanecer relevante às realidades financeiras variáveis e diferenciadas de seus membros. Isso vai contra a tendência atual em direção às microfinanças comercializadas em grande escala. O Banco Mundial, observam os autores, deveria prestar atenção a isso.
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Esse artigo explora a questão de desenvolvimento da democratização a partir de uma perspectiva de gênero, enfatizando a necessidade de se buscar as bases para a construção da democracia dentro dos setores da sociedade civil onde as mulheres desempenham um papel-chave. As mulheres chilenas e argentinas são um importante exemplo para o desenvolvimento político sustentável através de suas tarefas como Mães, particularmente na década de 1980 nos movimentos de protesto contra desaparecimentos políticos. A autora busca demonstrar como o esforço prático dessas mulheres as têm tornado ingrediente indispensável na conquista de desenvolvimento democrático real no nível de base e como elas servem de modelo para os formuladores de políticas em outros países em desenvolvimento.
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As avaliações das ONGs de desenvolvimento raramente consideram seu impacto sobre o capital social e aprendizado organizacional local. Profundamente vinculados, ambos são dimensões-chave do impacto de longo prazo das intervenções de desenvolvimento. Estudos têm destacado o sucesso relativo de ONGs na redução da pobreza mas têm sido críticos da sustentabilidade dos benefícios e do fracasso das ONGs de fortalecer as instituições. Esse artigo analisa a experiência de um projeto de gerenciamento de recursos naturais sustentável coordenado pela CARE em Villa Serrano, Bolívia, entre 1993 e 2000. O artigo compara o resultado de uma avaliação tradicional com o de uma avaliação de impacto, que nos permite identificar falhas significantes. O artigo conclui refletindo sobre as limitações de abordagens de intervenção tradicionais e sobre a necessidade de se repensar o papel estratégico das ONGs.
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Pesquisadores sociais continuam a identificar fatores importantes que promovam ou impeçam o desenvolvimento do capital social. Esse artigo destaca alguns desses fatores, baseado em uma investigação de um assentamento urbano de baixa renda na Guatemala. Ativistas e líderes comunitários, representantes eleitos, fornecedores de serviço do governo regional, residentes locais, diretores e funcionários de ONGs e outros informantes-chave vivendo e trabalhando dentro do local designado indicaram um conjunto complexo e diverso de questões sociais, culturais, políticas e econômicas que contribuíram para os baixos níveis de capital social de "ampla base". O temor durante muito tempo em relação à violência e corrupção dentro de um Estado historicamente de "cima para baixo" e autoritário foi o fator mais significativo que impediu o capital social, a organização social e a participação cívica. As ONGs do hemisfério norte provedoras de serviços na área também freiaram o capital social de "ampla base" ao promover a dependência através de estratégias de intervenção que eram externas, de cima para baixo, não-participativas e não baseadas na comunidade.
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Os doadores enfrentam muitas questões quando estão tentando apoiar metas de desenvolvimento em grandes regiões como a América Latina. Em suas tentativas de canalizar assistência a usuários finais apropriados, eles também têm de buscar coerência com a estratégia nacional, equilibrar oferta e demanda de recursos técnicos e garantir transparência a seus contribuintes de impostos. A solução dessas questões requer um considerável foco e uma clara compreensão de todos os fatores relevantes. Isso ocorre particularmente, mas não exclusivamente, no caso de pequenos doadores. Esse artigo oferece às agências um modelo de avaliar o envolvimento regional e criar uma estrutura de tomadas de decisões para investimentos futuros. Ele coloca a qualidade da ajuda acima da quantidade de doação.
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Embora as metodologias de pesquisas participativas estejam sendo amplamente defendidas, a maioria dos projetos não envolve a reversão radical da abordagem relacionada. Embora definida na teoria, a pesquisa participativa é difícil de ser implementada e, portanto, uma descrição mais precisa é necessária no nível prático. Aqui, nós descrevemos um projeto de pesquisa participativa sobre domesticação de árvores de agrosilvicultura realizada na área de Meru do Quênia. A interação contínua entre participantes permitiu que o projeto evoluísse de um teste de adequação de espécies de árvore para um estudo de saturação de espécies e finalmente para um levantamento da diversidade de espécies de árvore. Ao permitir a evolução através da interação, os resultados de pesquisa mais relevantes às necessidades reais dos produtores rurais foram obtidos.
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Na virada do século vinte e um, o PNUD (UNDP) havia encampado uma nova forma de financiamento baseada no "compartilhamento de custos", sendo essa fonte responsável por 51 por cento das despesas totais da organização no mundo todo em 2000. Diferentemente da relação tradicional doador - destinatário, tão comum nos projetos de desenvolvimento, a nova modalidade de compartilhamento de custos tem criado uma situação na qual os escritórios locais do PNUD têm se tornado "subcontratantes" e as agências dos países destinatários têm se tornado "clientes". Esse artigo explora essa transição no contexto do Brasil, concentrando-se em como a nova modalidade pode ter comprometido a capacidade do PNUD de promover Desenvolvimento Humano Sustentável, como estabelecido em seu mandato. O grande entusiasmo por essa modalidade dentro do sistema da ONU e sua aplicação em potencial em outros países em desenvolvimento aumentam a importância de uma avaliação sistemática de seu impacto e de suas conseqüências desenvolvimentais.
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The abrupt closure of the WTO Summit in Cancún in September 2003 without any formal agreement dealt a powerful blow to what had been designated as the ‘development round’ in Doha in 2001—and with it to the promise that the concerns of most interest to developing countries would for the first time take precedence in international trade discussions. In this interview, Adrian Lovett, Campaigns and Communications Director of Oxfam GB, talks about the collapse of the summit and about what the future of international trade negotiations may hold. While in many ways Cancún was a missed opportunity, Lovett also argues that the enhanced assertiveness of developing countries may mean that there is now a better chance that the failed negotiations lead to rules that work for the poor as well as the rich.
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O desenvolvimento das mulheres tem estado e muito provavelmente continuará a estar comprometido com políticas, planos e programas insustentáveis em relação a arranjos humanos. As desigualdades de gênero prejudicam o bem-estar e atrapalham o desenvolvimento. As mulheres e garotas, especialmente as pobres, arcam com a maior parte dessas desigualdades. Para alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável de satisfazer as necessidades e atingir as metas de desenvolvimento, com os quais a comunidade internacional tem repetidamente se comprometido, a própria sustentabilidade tem de ser gerada através da ênfase sistemática na questão de gênero.
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The pro-poor agenda sees the dissemination of research findings as fundamental to ensuring that research helps contribute to poverty alleviation. In recent years this has led to a substantial growth in intermediary services, such as ‘infomediaries’ (1), networks and websites. Yet the pathway to, and actual uptake by, the ‘poor’ continues to elude practitioners, researchers and policy-makers alike. This article draws out the key lessons of recent dissemination experience, and sets out a new challenge to maximise research impacts: the support of the poor in exerting their own perspectives (and demand) for knowledge-based services.
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Since July 1999, the International Organisation for Migration (IOM), at the request of the United Nations Mission in Kosovo (UNMIK) and the Kosovo Force (KFOR), has undertaken the implementation of the Information Counselling and Referral Service (ICRS, which aimed to provide support mechanisms for demobilised Kosovo Liberation Army (KLA) combatants in their return to post-conflict society. This Practical Note is based on the findings of a research project funded by the United States Institute of Peace (USIP) to assess the initial impact of this reintegration process.
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Concebida por enfermeiras em um hospital do campo de refugiados palestino em Beirute e inspirada pela Norwegian People's Aid, a agência de ajuda internacional dos sindicatos australianos foi desenhada para oferecer uma base material autêntica para solidariedade com lutas de libertação nacional. Transpondo a difícil divisão na política trabalhista australiana entre a Direita Católica, os Social-Democratas e esquerda pró-Moscow, a agência Australian People for Health, Education and Development Abroad (agora conhecida como Union Aid Abroad, APHEDA) foi capaz de canalizar fundos dos sindicatos e do governo australiano para a agricultura, saúde e projetos de treinamento vocacional no sul da África, Eritréia, Palestina, Vietnã, Camboja e Kanaky. Ao contrário da maior parte de organizações similares na Europa e EUA, seus parceiros anteriores raramente eram sindicatos. Na última década, a ênfase tem sido trabalhar com sindicatos: em relação a igualdade de gênero, alfabetização, cooperativas, HIV e saúde ocupacional e ambiental. Apenas recentemente a APHEDA tem apoiado diretamente o treinamento de sindicatos no Camboja, Timor Leste e Indonésia, sob pressão dos sindicatos australianos, que vêem os direitos dos trabalhadores em países vizinhos como algo crucial para o seu próprio destino. Contudo, os sindicatos de países capitalistas desenvolvidos não compreendem espontaneamente as necessidades humanitárias e de desenvolvimento de países como Papua Nova Guiné, onde trabalhadores assalariados são uma pequena minoria da população. A sindicalização é apenas parte da solução. O congresso em Durban de abril de 2000 da ICFTU reivindicou que os sindicatos "organizem o desorganizado", tais como trabalhadores de setores informais, e construam alianças com ONGs e com a sociedade civil em relação a valores compartilhados. Como uma ONG sindical, a APHEDA está localizada no meio de uma interseção desafiadora. Tendo como objetivo educar trabalhadores australianos sobre questões de globalização, a APHEDA freqüentemente é mais partidária do que outras ONGs de desenvolvimento internacional na Austrália, às vezes mais circunspecta. Com governos nacionais reacionários desde meados de 1990, ataques aos direitos dos sindicatos e o crescente compartilhamento do orçamento de ajuda australiano implementado através de empresas altamente lucrativas, a APHEDA enfrenta decisões sobre sua independência, alianças, direção e sustentabilidade.
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Fundada em 1951, a War on Want é uma ONG baseada no Reino Unido comprometida com o combate à pobreza, com fortes raízes no movimento trabalhista. O programa da War on Want relativo ao Local de Trabalho Global oferece aos sindicalistas uma série de qualificações e conhecimentos práticos sobre questões de desenvolvimento internacional. Parte do programa envolve um "Fórum de Trabalhadores Locais", que leva ativistas de base dos sindicatos do Reino Unido a um setor semelhante ou até mesmo a uma planta pertencente ao mesmo empregador no hemisfério sul. A meta é aumentar o entendimento dos participantes em relação ao impacto da globalização sobre as indústrias nas quais eles trabalham, estabelecer relacionamentos que possam agir como ponto de partida para ação global e incentivar os participantes a divulgar a mensagem dentro de seus próprios sindicatos. Existe também um website que desperta a conscientização sobre a economia global e incentiva os ativistas a fazer conexões e realizar ações conjuntas. É essencial que hoje em dia, mais do que nunca, os sindicalistas trabalhem juntos como uma força internacional para desafiar a globalização e lutar pelo reconhecimento dos direitos dos trabalhadores. O Local de Trabalho Global sugere que demonstrar solidariedade global aos trabalhadores do mundo todo pode ajudar os sindicalistas a despertar para esse desafio.
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Esse artigo argumenta que a posição das ONGs sobre direitos trabalhistas globais está equivocada. A preocupação das ONGs em relação às desigualdades de raça e gênero e sua rejeição da primazia de classe na economia global e capitalista de hoje em dia têm frustrado o projeto de incorporar direitos trabalhistas no regime de livre comércio global. Os sindicatos, enquanto isso, são uma das poucas agências dedicadas a combater as desigualdades de classe, especialmente entre trabalhadores do hemisfério norte e sul. Até que as ONGs repensem sua posição sobre classe, os sindicatos são a única agência capaz de forçar a inclusão das questões sobre direitos trabalhistas na agenda.
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Esse artigo analisa os problemas da sobrevivência organizacional, inovação e parcerias inter-organizacionais de sindicatos e organizações comunitárias de imigrantes. A análise concentra-se no Projeto de Cidadania, um projeto que visa ajudar e organizar os imigrantes mexicanos, lançado em 1995 pela Teamsters Local 890 em resposta à violação dos direitos dos imigrantes na Califórnia. A análise conclui que novas organizações parceiras comunitárias financiadas por sindicatos podem ser uma resposta efetiva a esses problemas se os participantes estabelecerem e sustentarem um balanço adequado de autonomia e accountability. O artigo também traça o desenvolvimento de uma noção radical e ampliada de cidadania através do Projeto de Cidadania e um conjunto relacionado de métodos que integram organização com implementação de serviço chamado de "trabalho de cidadania". Ele recomenda que centros sem fins lucrativos e isentos de impostos sejam estabelecidos em centros de trabalho, conselhos de trabalho e sindicatos internacionais para baixar os custos de tal inovação para os sindicatos locais.
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No início da década de 80, o apoio a sindicatos era um componente significativo dos programas da Oxfam GB em várias partes do mundo, principalmente na América Central e África do Sul. Na América Central, isso foi motivado porque o trabalho organizado teve um papel importante nos movimentos populares que estavam pressionando por arranjos políticos justos para as guerras que estavam devastando a região e porque os sindicatos, assim como seus membros e líderes, foram o alvo de repressão e violência política. Esse artigo analisa o cenário geral para o crescimento do financiamento de sindicatos em Honduras, reflete sobre essa experiência e discute alguns dos fatores que poderiam mudar uma relação de doador-recipiente potencialmente difícil para uma relação de diálogo e solidariedade.
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Entre 1991 e 2002, o movimento internacional anti-trabalho exploratório apresentou um significativo crescimento. Uma série de redes internacionais interconectadas desenvolveu-se, envolvendo sindicatos e ONGs em campanhas para persuadir determinadas Corporações Transnacionais (TNCs) a garantir que os direitos trabalhistas fossem respeitados na produção de seus bens. Embora a forma solta e interconectada da organização que caracteriza o movimento tem a ajudado a crescer e progredir apesar de sua formação diversa, possivelmente a falta de coordenação tem prejudicado sua habilidade de alcançar mudança de políticas. Existe a necessidade de se desenvolver novas formas de cooperação global para evitar fraturas dentro do movimento e a perda de ímpeto.
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Reviewed by Luz María de la Mora, Trade Representative of the Mexican Ministry of Economy at the EU, Brussels
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Os desafios resultantes da globalização econômica tornam imperativo que as organizações da sociedade civil superem as barreiras que as têm tradicionalmente dividido para garantir que os direitos daqueles que se encontram marginalizados ou vulneráveis sejam mantidos firmemente na agenda internacional. Em particular, a globalização renova a necessidade de se promover alianças entre o movimento sindical e ONGs preocupados com o desenvolvimento social e econômico. Embora haja muita evidência de cooperação bem-sucedida, grandes problemas, medos, suspeitas e às vezes hostilidades permanecem entre eles. Algumas dessas diferenças de políticas são substanciais e marcantes, mas outras são a conseqüência de culturas políticas ou organizacionais conflitantes, preconceitos, competição financeira e uma mútua falta de entendimento sobre as respectivas tarefas e objetivos. Debates a respeito da organização de trabalhadores na economia informal, incluindo a discussão da OIT em junho de 2002, oferecem um útil estudo de caso.
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Os sindicatos da Índia operam principalmente com trabalhadores com empregos formais, particularmente no setor público. Contudo, a maioria das pessoas na Índia trabalha na economia informal e suas necessidades são atendidas principalmente por agências voluntárias ou ONGs. A globalização econômica e as políticas associadas a ela estão resultando na crescente informalização do trabalho. Como representante dos trabalhadores, os sindicatos e agências da mesma forma estão sendo marginalizados. Paradoxalmente, essa situação está incentivando essas organizações a superar a desconfiança mútua que tem caracterizado as relações entre elas no passado e a unir forças para combinar suas vantagens. Esse artigo descreve o cenário geral e a situação atual em termos gerais antes de apresentar um estudo de caso do National Centre for Labour (NCL), um órgão de funcionários comerciais de organizações trabalhistas de todos os tipos de trabalho no setor informal da Índia. Seus membros incluem sindicatos e agências ativas entre trabalhadores da construção, assim como da silvicultura, pesca e trabalho doméstico. Tal colaboração não apenas melhorou a efetividade dos sindicatos e das agências como também tem aumentado o caráter representativo dos sindicatos.
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Esse artigo descreve um projeto de ação-pesquisa que possui os objetivos múltiplos de mapear o conjunto de trabalho realizado em domicílio em diferentes países, investigando os modos pelos quais tal trabalho é incorporado em cadeias de produção local ou internacional e desenvolver uma metodologia que facilitará o estabelecimento de organizações sustentáveis de trabalhadores baseados em casa. O artigo concentra-se principalmente na América Latina e Europa Oriental, embora o projeto também esteja ativo na Índia e tem começado a explorar as possibilidades de trabalho na China.
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As fábricas de roupa e produtos têxteis e as plantas de montagem nas zonas de livre comércio da América Central, conhecidas como indústria maquiladora, têm originado novos atores no cenário trabalhista, uma vez que organizações de mulheres e grupos de monitoramento local agora trabalham juntamente com o setor sindical tradicional. Além disso, algumas dessas novas organizações estão conectadas com redes baseadas em outros locais, principalmente nos EUA e Europa, e estão ativamente envolvidas em campanhas transnacionais para melhorar as condições de trabalho nas empresas maquiladoras. Até o momento, tentativas de colaboração entre sindicatos e esses novos atores trabalhistas têm sido decepcionantes e freqüentemente marcadas por conflito. Desafiando a idéia de que sindicatos e ONGs estão em competição pelo mesmo "espaço" limitado, ao analisar as relações entre sindicatos e organizações de mulheres esse artigo pergunta se tais conflitos são inevitáveis e sugere maneiras pelas quais os dois tipos de organizações poderiam trabalhar conjuntamente para melhorar as condições de trabalhadores na América Central.
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A preocupação quanto às condições de trabalho em uma cadeia de abastecimento global tem feito com que sindicatos e ONGs do hemisfério norte sentem-se à mesma mesa. Iniciativas de colaboração incluem campanhas como a Campanha de Roupas Limpas (CCC) em toda a Europa e fóruns sobre comércio ético, como a Iniciativa de Comércio Ético (ETI) do Reino Unido. As relações nem sempre têm sido fáceis. Os Sindicatos e ONGs possuem diferentes modos de trabalhar e tem havido insensibilidade de ambas as partes. O que observamos emergir, contudo, são novas formas de internacionalismo do trabalho que podem responder de forma efetiva à ameaça que a produção globalizada impõe aos direitos dos trabalhadores.
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O autor descreve a evolução do setor manufatureiro de vestuário no distrito de Totonicapán nas terras altas da Guatemala, uma área há muito tempo associada com tecelagem e atividades relacionadas. Os produtores têm sido perspicazes em encontrar maneiras de aproveitar as mudanças na economia global, como por exemplo importando tecidos mais baratos da Ásia para reduzir o custo dos produtos finais. Os produtores têm sido então capazes de explorar o nicho de mercado doméstico e regional para roupas de custo mais baixo do que as que estão disponíveis nas lojas de departamento, adaptando seu resultado para responder às modas e às tendências. Essa adaptabilidade, por sua vez, tem gerado mais emprego local e riqueza entre trabalhadores baseados em domicílio e trabalhadores das vilas, assim como entre pessoas da cidade e comerciantes e um alto nível de auto-emprego. Paradoxalmente, um fator que tem contribuído para essa situação - em oposição a tornar-se envolvido na produção das maquiladoras - é que o fracasso dos sindicatos em organizar os trabalhadores nos anos 1960 finalmente promoveu relações mais justas entre a elite tradicional e seus antigos empregados e um nível mais alto de dependência mútua do que existe na indústria maquiladora.
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Esse artigo explora a implementação da Convenção 182 sobre as Piores Formas de Trabalho Infantil em Honduras. Ele destaca lições-chave aprendidas com um projeto conjunto do Fundo Save the Children - Reino Unido e Ministério do Trabalho. Essas lições são relevantes para projetos similares que abordem a aplicação da legislação sobre trabalho infantil e para projetos que tratem do fortalecimento institucional e participação das crianças. O artigo examina a centralidade da parceria e propriedade e o valor das abordagens centradas na criança. Ele também analisa a capacidade das ONGs de se engajar no governo no nível nacional e regional e a importância de serem conectadas iniciativas no nível nacional, regional e local.
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O debate sobre códigos de conduta do local de trabalho tem criado tensões entre sindicatos e ONGs de direitos humanos. Essas tensões resultam das diferenças estruturais inerentes entre sindicatos orientados por interesses e ONGs de direitos humanos guiadas por ideais. As diferenças levam a diferenças na forma como esses agentes buscam a justiça social em uma economia globalizada. As ONGs de direitos humanos tendem a ver os códigos de conduta como um método para se evitar violações, similar ao seu trabalho tradicional sobre reforma legal e monitoramento de direitos humanos. Os sindicatos avaliam os códigos por seu potencial em ajudar a dar poder aos trabalhadores, especialmente em garantir a liberdade de associação, que levará à realização de direitos participativos. Em nosso entendimento sobre direitos humanos como uma forma de empoderamento de grupos vulneráveis, argumentamos que a perspectiva dos sindicatos sobre direitos humanos é uma boa abordagem de longo prazo. Os sucessos de curto prazo, tais como melhoria das condições de trabalho através de patrocínio externo, parecem úteis apenas até o ponto em que eles servem a esse objetivo de longo prazo.
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No contexto da globalização, a regulação social transnacional é cada vez mais o produto de ONGs interferindo na esfera do comércio global. Utilizando uma pesquisa empírica no sudeste da Ásia, o autor afirma que o que importa tanto quanto os códigos de conduta são os efeitos de transbordamento cuja força vai além de realizar conexões com a sociedade mais ampla do país anfitrião. A base para uma legislação trabalhista efetiva encontra-se dentro dos Estados e o ativismo deve se concentrar em melhorar as condições legais, políticas e sociais para trabalhadores nos países anfitriões em vez de tentar afetar o comportamento corporativo através da pressão do consumidor.
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A proliferação de códigos de conduta corporativos gera aliança e tensão entre os sindicatos e ONGs que trabalham com direitos dos trabalhadores na economia global. Aliança, porque os sindicatos e ONGs compartilham um desejo comum de acabar com o comportamento abusivo de companhias multinacionais e um objetivo mais amplo de pôr em cheque o poder das corporações na economia global. Tensão, porque os sindicatos e ONGs possuem diferentes interesses institucionais, diferentes análises dos problemas e soluções potenciais e diferentes modos de pensar e falar sobre justiça social na economia global. Existe o medo de que os códigos de conduta possam ser utilizados para prejudicar o cumprimento de leis trabalhistas efetivas por parte de autoridades de governo e reduzir o poder dos trabalhadores nos sindicatos. A essência por trás da retórica sobre essa nova geração de códigos de conduta corporativos está certamente aberta a questões. Contudo, esse artigo argumenta que, dada a presença fraca dos sindicatos na linha de montagem global e a capacidade de resposta rápida de diversas ONGs, tais códigos são um valioso bem. Os sindicatos e ONGs ainda possuem mais em comum uns com os outros do que qualquer um deles possui com as corporações, governos ou organizações internacionais que vêem o comércio livre e a livre circulação de capital como a solução para os baixos níveis de direitos trabalhistas. Mas ambos precisam ter clareza sobre suas diferenças e suas tarefas apropriadas enquanto enfrentam as oportunidades e desafios à frente.
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Os trabalhadores enfrentam grandes desafios em sua luta para se organizar, tanto em termos de risco pessoal como pelo número elevado de obstáculos. Superar tais desafios requer estratégias múltiplas e colaboração abrangente. Nesse artigo nós começamos revisando a repressão que os trabalhadores enfrentam. Nós então analisamos como os códigos do local de trabalho voluntário poderiam ajudar os trabalhadores a se organizar. Utilizando o padrão SA8000 como exemplo, nós analisamos alguns dos elementos que poderiam ser mais úteis para organizar os trabalhadores. Finalmente, nós analisamos um projeto colaborativo entre a International Textile, Garment and Leather Workers' Federation e a Social Accountability International para desenvolver um programa de treinamento que não apenas ajuda os trabalhadores a entender como usar os códigos em seu benefício como também desenvolve sua organização atual e estratégias de educação.
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Tentar construir alianças que unam a divisão existente entre sindicatos e ONGs, assim como a divisão entre o hemisfério norte e sul, poderia parecer uma tarefa utópica. Mas isso é exatamente o que uma nova geração criativa de organizadores de movimentos dos trabalhadores e ONGs do hemisfério ocidental estão tentando fazer. Esse artigo analisa dois esforços muito diferentes visando fazer a ponte entre essa "dupla divisão". O primeiro é uma combinação de organizações, incluindo sindicatos e ONGs no hemisfério norte e sul, que estão tratando de violações gritantes da dignidade de trabalhadores nas zonas de processamento de exportação de roupas no hemisfério sul. Esse "complexo de direitos básicos" tem resultado em importantes vitórias. Um segundo complexo de organizações, também envolvendo sindicatos e ONGs no hemisfério norte e sul, tem levantado questões gerais no nível macro sobre governança, enfatizando particularmente o caráter anti-democrático de propostas atuais para uma área de livre comércio das Américas. Nenhum desses complexos está isento de defeitos, mas cada um deixa claro que promover a ponte entre as divisões existentes não deve ser visto como um sonho utópico mas sim como um trabalho em andamento.
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As ONGs de direitos humanos foram a vanguarda da luta pela democratização na Nigéria, mas elas tiveram de forjar alianças com sindicatos e outros grupos para galvanizar esse processo efetivamente. Esse artigo explora as alianças entre sindicatos e ONGs na luta contra a ditadura militar na Nigéria para analisar de que forma as relações horizontais têm desempenhado em trocas dentro da sociedade civil. Ele argumenta que as exigências da luta política sustentada levanta conflitos sobre questões de participação, accountability e igualitarismo, que por sua vez promovem o capital social dentro da sociedade civil ao mitigar hierarquicamente os padrões estruturados e assimétricos da troca entre seus membros.
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Esse artigo examina a relação entre trabalhadores no setor de saúde e usuários dos serviços de saúde vista através de dois estudos de caso de sindicatos e ONGs trabalhando juntos, um na Malásia e outro na África do Sul. Apesar de uma história de tensões entre esses dois tipos de organização, quando eles trabalham juntos efetivamente os resultados podem ser significativos. A Iniciativa de Saúde dos Cidadãos da Malásia (Malaysia Citizens'Health Initiative) criou uma organização em separado e agora possui o poder de mediar diferenças entre sindicatos, ONGs e o governo. A parceria entre a Campanha de Ação no Tratamento e o Congresso dos Sindicatos Sul Africanos (COSATU) na África do Sul está oferecendo uma voz unificada exigindo a ação do governo em relação ao HIV/AIDS.
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Com a aprovação da Lei de Asilo e Imigração de 1999 no Reino Unido, um sistema de vales para todas as novas pessoas que buscam asilo deveria ter sido introduzido a partir de abril de 2000. Esses vales foram amplamente vistos como injustos ao discriminar um setor da sociedade já vulnerável. Uma coalizão única entre duas ONGs (Oxfam GB e Conselho de Refugiados) e um sindicato (Trade and General Workers' Union - TGWU) levou a uma campanha sincronizada contra o esquema de vales que incluiu uma série de trabalhos de mídia, lobby político e conscientização do público. O esquema de vales foi finalmente descartado. Esse artigo utiliza várias lições práticas sobre como desenvolver relações colaborativas bem-sucedidas em todos os setores sociais diferentes. O autor conclui que a principal lição não é a de que as ONGs devem trabalhar com os sindicatos mas a de que ao se trabalhar com outros agentes, unidos por um objetivo comum, pode-se combater a injustiça efetivamente e fazer uma diferença na vida das pessoas.
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Uma comparação de sindicatos e ONGs no Irã demonstra a natureza diversa de suas atividades. Nos últimos 90 anos, os sindicatos têm desempenhado tarefas importantes na mudança do sistema político nesse país. Contudo, os sindicatos são em grande parte organizações dominadas por homens, o que explica por que algumas mulheres têm começado a organizar sindicatos de mulheres. Esse artigo concentra-se, porém, nas atividades de ONGs de mulheres, que estão engajadas em melhorar as condições sócio-econômicas dos setores da sociedade mais marginalizados. Suas atividades são limitadas e elas não estão engajadas em mudanças estruturais. Contudo, elas estão desafiando o acesso específico do gênero e influência sobre o poder institucional, questões que são cruciais para o processo de democratização. É argumentado que, uma vez que diversos sindicatos e ONGs no Irã estão fortalecendo instituições baseadas nas comunidades em diferentes formas, sua colaboração teria um impacto mutuamente transformador que tornaria essas organizações em forças mais poderosas no processo de democratização.
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Os sindicatos são tipificados como tendo "duas faces"--a da justiça social e a do interesse. Esse artigo examina as tensões e dificuldades enfrentadas por movimentos sindicais no Pacífico Sul, buscando equilibrar as "duas faces" do sindicalismo durante um período de instabilidade política e econômica na região. Ele analisa as escolhas difíceis que os movimentos sindicais em Papua Nova Guiné, Ilhas Fiji e Ilhas Solomon têm de fazer para preservar seus interesses em resposta a reformas microeconômicas radicais e como eles têm buscado trabalhar com as organizações da sociedade civil para restaurar a estabilidade política e social. O artigo recorre a algumas lições provisórias que podem permitir que os sindicatos do Pacífico Sul respondam melhor a esses difíceis desafios.
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Esse artigo descreve as estruturas legais que estão governando os sindicatos e ONGs na Ucrânia, com as ONGs definidas em grande parte como organizações trabalhando para o benefício de seus membros e outros cidadãos compartilhando os mesmos interesses em vez de organizações filantrópicas cuja missão é ajudar outros agentes. Os sindicatos e ONGs são incentivados a colaborar em áreas onde seus interesses coincidem, e o artigo descreve dois programas recentes - um para promover mais o esporte e as atividades físicas entre a população ucraniana afim de combater as estatísticas de saúde declinantes e o outro para tratar das necessidades de um número crescente de pessoas com deficiência no país - em que tal colaboração tem sido central.
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Em 1987-1988, um debate nacional surgiu no Canadá sobre a necessidade de se estabelecer um acordo de livre comércio com os EUA e seu efeito potencial sobre a cultura, sociedade e soberania canadense - assim como sua economia. Uma coalizão nacional de sindicatos e grupos da sociedade civil surgiu para se opor a tal acordo com os EUA e mais tarde à sua expansão para o México na forma do Acordo de Livre Comércio Norte Americano (NAFTA). A coalizão foi saudada pelos membros como uma aliança marcante entre sindicatos e sociedade civil, assim como um novo desafio de base para as políticas econômicas neoliberais do governo no momento. A experiência levou a um modelo de colaboração de mais longo prazo entre sindicatos e ONGs no Canadá, mas a coalizão também enfrentou dificuldades em reconciliar as diferentes abordagens e objetivos dos participantes, que foram solucionadas com graus diferentes de sucesso. O artigo discute a coalizão em relação a atitudes e práticas de gênero; questões de representação e accountability; diferentes abordagens da organização, hierarquia, liderança e tomadas de decisões; conflitos de recursos; visões baseadas em classe versus novas visões de desafio e movimentos sociais; e visões dentro do movimento dos trabalhadores canadenses sobre o trabalho de coalizão com os grupos da sociedade civil.
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Os autores analisam a experiência de Tostan, uma ONG senegalesa, com o abandono da Mutilação Genital Feminina (MGF) no Senegal, Sudão e Mali. A Tostan utiliza metodologias informais e participativas para apoiar uma mudança social com base nos vilarejos, especialmente nas áreas de direitos humanos e saúde da mulher. Ao participarem do programa educacional da Tostan, algumas comunidades declararam uma moratória na prática de MGF e têm mobilizado suas famílias e vilarejos para interromper o seu uso. Esse artigo descreve o processo utilizado, analisa questões que têm surgido conforme o conceito é divulgado e disseminado para fora do Senegal e revê as implicações para as iniciativas de políticas de base.
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Esse artigo recorre a cinco estudos de caso para explorar os benefícios e as barreiras em potencial para a rede horizontal promover o monitoramento e avaliação de impacto da microfinança. Sua principal meta é estimular mais discussões sobre essa questão, mas ele também apresenta conclusões exploratórias sobre fatores que provavelmente contribuem para o sucesso. Em particular, a experiência de Honduras sugere que as organizações de rede podem trabalhar mais efetivamente quando promovem um uso mais amplo de atividades de avaliação de impacto (AI) já testadas por um membro líder da rede.
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Esse artigo avalia a pertinência de intervenções patrocinadas por agências de ajuda que buscam atender às necessidades de segurança das mulheres na pós-reconstrução de Ruanda. Segurança pessoal, segurança econômica e segurança sócio-política são usadas como os principais sinais e indicadores de referência metodológica. As informações e dados utilizados no artigo foram reunidos durante diversas visitas à Ruanda em 2001 e 2002. O estudo revela que esforços têm promovido impactos positivos na vida das mulheres. Contudo, os resultados também mostram que estratégias específicas que visam aumentar a segurança das mulheres poderiam beneficiá-las mais se fossem mais consistentemente planejadas para levar em conta os modos pelos quais as questões de pobreza, gênero e segurança se interconectam.
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Pequenos produtores rurais de economias em desenvolvimento enfrentam uma série de problemas de comercialização e de intercâmbio. Esse artigo examina a organização de mercados de vegetais em Gana, na qual as transações são caracterizadas pela incerteza, falta de confiança e relações de comprador-vendedor subdesenvolvidas. Ele recomenda a adoção de contratos escritos na forma padrão para melhorar as transações entre comprador-vendedor e sugere características-chave para os contratos. Os contratos oferecem grandes vantagens sobre os acordos verbais existentes ao especificarem os termos de um acordo pelos quais o desempenho pode ser medido, ajudarem a melhorar as atitudes de negócios e intensificarem a obrigação moral.
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Um aumento recente de publicações, cursos de treinamento, conferências e declarações de políticas sobre abordagens baseadas em direitos mostra a importância que está sendo dada ao conceito por profissionais da área de desenvolvimento. Apesar disso, não há definição consensual adotada universalmente sobre o que se constitui uma abordagem baseada em direitos, nem as implicações de se adotar tal abordagem parecem ter sido amplamente questionadas. Esse artigo busca explorar algumas das questões-chave associadas à adoção de uma abordagem baseada em direitos que seja relevante às ONGs.
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Esse artigo relata alguns dos resultados genéricos que surgiram a partir de pesquisa que está sendo realizada no Reino Unido, África do Sul e Uganda sobre as maneiras pelas quais as ferramentas de gestão atualmente promovidas por doadores oficiais são transmitidas pela "cadeia de ajuda", através de ONGs do Reino Unido, para organizações da sociedade civil no hemisfério sul. A competição crescente por fundos de doadores está pressionando as ONGs menores e também definindo uma abordagem cada vez mais padronizada, com a resultante perda em termos de diversidade. O mais inquietante ainda é que as ONGs em todos os níveis estão cada vez mais sigilosas sobre suas próprias falhas e relutantes em divulgar suas preocupações sobre o que está acontecendo, por medo de perder seus financiamentos. Esse ambiente, e as atitudes que ele promove, não levam ao aprendizado, permite que paradigmas e prioridades definidos pelos doadores dominem e ameaça destruir os valores e forças que as ONGs podem, no melhor de seu desempenho, trazer para o desenvolvimento.
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Os projetos de desenvolvimento estão sob pressão para implementarem mudanças positivas na questão de gênero. Esse artigo oferece um exemplo prático de como um projeto na Tanzânia tentou atender a essa demanda. Mostra-se em detalhes como um projeto técnico convencional desenvolveu seu próprio entendimento sobre a que é ser sensível na questão de gênero e identificou as preocupações relativas a gênero que se poderia abordar. Os principais desafios do monitoramento tornaram-se aqueles relativos a como avaliar o significado de eventos registrados rotineiramente, tais como uma maior alocação de vacas para as mulheres, e a como incorporar as atividades de monitoramento que poderia concentrar-se em pesquisas de processos de mudança menos óbvios, menos visíveis e mais sutis dentro do ciclo do projeto. O artigo defende uma maior atenção para atender a esses desafios dentro dos projetos.
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Nesse artigo, o Desenvolvimento Comunitário com Base em Recursos (ABCD - Asset Based Community Development) é apresentado como uma alternativa às abordagens baseadas nas necessidades do desenvolvimento. Após uma apresentação geral dos princípios e práticas do ABCD, quatro elementos importantes do ABCD são examinados à luz da literatura existente sobre pesquisas e práticas relevantes. Isso envolve explorar a teoria e prática da investigação apreciativa (appreciative inquiry), o conceito de capital social como um bem para o desenvolvimento comunitário, a teoria de desenvolvimento econômico comunitário e as lições aprendidas a partir das conexões entre desenvolvimento participativo, cidadania e sociedade civil. O artigo apresenta como o ABCD reflete e integra tendências nessas áreas e beneficia-se com as idéias geradas a partir desse trabalho.
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Muitos leitores já devem estar familiarizados com o trabalho de Robert Chambers, incluindo seus seis "vieses" do profissional da área de desenvolvimento - isto é, espacial, de projeto, pessoal, sazonal, diplomático e profissional - e com suas sugestões para superá-los. Muitos também já estão familiarizados com o desafio de colocar os conselhos de Chambers em prática, notadamente em tarefas de curto prazo. A questão indagada aqui é se o consultor pode fazer qualquer coisa construtiva em relação àqueles que são os "últimos" na escada do desenvolvimento e, fazendo isso, tornar os invisíveis um pouco mais visíveis. Esse artigo oferece quatro ilustrações extraídas das experiências do autor em Moçambique, Malauí, Bangladesh e Zimbábue. Todas envolvem tentativas de aplicar parcialmente as idéias de Chambers. Todas são modestas em ambição, escala e escopo. O principal objetivo de descrever esses casos é estimular a discussão de possibilidades de incorporar as idéias de processos de desenvolvimento participativos e inclusivos no contexto não muito promissor de períodos de trabalho de duas ou três semanas.
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Esse artigo documenta as lições aprendidas a partir de diversos anos de trabalho prático com uma série de processos e ferramentas da Gestão do Ciclo de Projeto e Programa (GCPP). A necessidade de treinamento em GCPP, e não simplesmente o treinamento em Estrutura Lógica, é enfatizada , assim como a importância de se utilizar uma metodologia de treinamento experimental. A propriedade institucional de ferramentas e abordagens de GCPP é considerada vital para o sucesso. Uma vez que tantos doadores agora utilizam as ferramentas de GCPP, a necessidade dos profissionais da área de desenvolvimento terem habilidade e conhecimento em GCPP é primordial. O valor dos logframes (quadros lógicos de referência) como ferramenta para aumentar a propriedade e a comunicação relativa ao programa/projeto é destacado. A importância do pensamento fora dos limites do logframe no estágio de revisão do projeto/programa é também enfatizada.
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O dia 12 de setembro de 2003 marcou o vigésimo quinto aniversário da Declaração Alma Ata da Organização Mundial de Saúde para Estratégia do Ano 2000. A estratégia refletiu um otimismo de que a saúde poderia melhorar para as pessoas pobres e carentes de todo o mundo através da oferta de um serviço de saúde básico (SSB) abrangente. Na prática, o SSB tem sido aplicado apenas seletivamente e, no geral, com menos recursos do que o necessário. Dois grupos de saúde progressivos, o International Peoples Health Council (IPHC) e o Peoples Health Movement (PHM) desafiam a idéia de que um SSB seletivo em vez de abrangente é a abordagem correta e argumentam que a privatização dos serviços sociais relativos à saúde tem tido um efeito devastador na saúde pública do mundo inteiro. Essas organizações reivindicam que a OMS reviva o sonho da Declaração de Alma Ata como questão urgente.
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Esse ensaio é organizado em termos de diversas propostas para discussão que conectam advocacy e dilemas de pesquisa. Para se saber se os pesquisadores podem fazer uma diferença para o Banco Mundial, é necessário haver uma avaliação mais ampla sobre se as campanhas com as quais eles trabalham estão tendo um impacto. Embora tenha havido alguns avanços espetaculares em termos de interromper ou redirecionar projetos do Banco potencialmente prejudiciais, a importância desses avanços em um prazo mais longo é menos clara. Conforme o discurso público do Banco torna-se mais esclarecido, o desafio para as organizações da sociedade civil e pesquisadores está aumentando a fim de destacar as contradições e falta de acordo em relação às suas próprias políticas e o insucesso de seus empréstimos e projetos em alcançar suas metas declaradas. Essa situação exige uma integração vertical ou coordenação sistemática entre os níveis diversos da sociedade civil - do local ao provincial, nacional e arenas internacionais para monitorar as parcerias paralelas entre o Banco Mundial e governos nacional, provincial e local. Finalmente, é feita uma reivindicação para que profissionais da área de desenvolvimento social que conduzem consultorias para o Banco Mundial façam a sua adesão a um código de ética requerendo transparência em seus relacionamentos com as comunidades e organizações sociais que são o alvo de sua pesquisa.
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O fracasso do Estado pós-colonial em institucionalizar a democracia e regular o desenvolvimento em benefício dos pobres tem dado importância a atores privados, incluindo ONGs de desenvolvimento. Com estudos de caso a partir de Malauí, esse artigo mostra como as ONGs podem inadvertidamente promover a participação dos pobres em agendas de desenvolvimento que não os beneficiam. As imagens (como visões do mundo) que os atores sociais formam a respeito de aspectos diferentes do processo de desenvolvimento podem prejudicar as intenções de "empoderamento". Argumenta-se que uma análise das imagens de vários atores na gestão de assistência ao desenvolvimento deve informar a agenda em prol dos pobres das ONGs de desenvolvimento.
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As mudanças rápidas de hoje em dia dentro e fora das ONGs do hemisfério norte e sul aumentam a incerteza sobre como atender a novos desafios e alcançar resultados. Nesse ambiente volátil, a gestão de risco é uma ferramenta para maximizar as oportunidades de uma ONG e minimizar os perigos para o sucesso. Isso permite aos tomadores de decisões das ONGs pensar estrategicamente todo o tempo.
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Esse artigo busca contribuir para o debate sobre a colaboração entre as ONGs nacionais e internacionais. Ele argumenta que é vital para o desenvolvimento de sociedades civis estáveis, independentes e viáveis que as ONGs internacionais promovam uma abordagem a partir da base em seu apoio e colaboração com as ONGs locais, especialmente entre aquelas emergindo de situações de conflito ou outros transtornos sociais profundos. A partir de um estudo realizado em Timor Leste, as autoras concluíram que existe uma grande discrepância entre a retórica e a prática em relação a tal apoio. Os múltiplos desafios da comunidade de ONGs internacionais persistem, embora diversos anos de trabalho de desenvolvimento têm oferecido muitas oportunidades de aprendizado. As autoras argumentam que tais desafios dizem menos respeito a uma questão de padrões e regras do que uma abordagem básica, atitudes e relações de poder. As autoras sustentam que se as ONGs internacionais e a comunidade internacional mais geral não alterarem sua abordagem, elas irão sufocar em vez de promover o desenvolvimento de uma sociedade civil viável e autônoma nos países nos quais elas operam.
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Alguns indígenas estão tentando explorar algumas abordagens para definir e implementar o desenvolvimento sustentável de modo apropriado a eles. Em 1998, quatro organizações iwi (tribais) de Maori iniciaram um projeto de pesquisa com uma equipe da Universidade de Waikato sobre o planejamento de seu próprio desenvolvimento sustentável. As metas da pesquisa incluíram a capacitação de grupos para articular seus próprios valores e percepções sobre desenvolvimento, estabelecendo um conjunto abrangente de recursos e taonga (tesouros), identificando modos de avaliar custos/benefícios das opções de investimento e explorando métodos participativos para envolver a comunidade nas tomadas de decisões estratégicas. Lições úteis têm sido aprendidas e modelos testados para ajudar grupos baseados nas comunidades na implementação de seu próprio desenvolvimento sustentável.
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O discurso sobre capital social continua na arena do desenvolvimento, dentro da qual o conceito é examinado tanto como um meio para um fim como um fim em si mesmo. O fortalecimento do capital social começa no nível da comunidade. Conforme as conexões tornam-se internalizadas e institucionalizadas, as redes criadas oferecem ao estado (fraco ou forte) e cidadãos uma maneira de incentivar as tomadas de decisões participativas, a identificação de problemas e a sua solução. Como o exemplo jamaicano mostra, o desenvolvimento em países pequenos formados por ilhas é um processo interativo e não um processo de cima para baixo. O artigo, portanto, demonstra o uso crítico do conceito como parte da estratégia de metas de desenvolvimento nacional.
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O periódico Development in Practice tem adotado sempre uma perspectiva internacionalista. São incentivadas contribuições do mundo todo, independentemente do idioma, e são feitos esforços para que o periódico seja acessível, inclusive através da tradução. Além dos artigos traduzidos para o inglês, há a tradução dos resumos, inicialmente presentes no periódico e agora no website, para o francês, espanhol e português e a publicação em espanhol de cinco dos livros de leitura do Development in Practice. A Editora gostaria de saber se tais atividades representaram o melhor uso de seu limitado orçamento para tradução ou se existe potencial para que haja mais resultados. Esse é um sumário do relatório de um dos Consultores Editoriais, Mike Powell, que analisando outras organizações e conversando com assinantes e colaboradores do Development in Practice, tentou encontrar respostas para essa questão.
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O papel de organizar e disseminar o conhecimento como um bem público global tem se tornado uma grande preocupação das organizações internacionais de desenvolvimento. Uma área na qual elas são particularmente ativas é no apoio a programas de microfinanças em países em desenvolvimento. Mais recentemente, as "melhores práticas" de microfinanças promovidas e disseminadas por essas organizações internacionais têm sido associadas com o capital social. Esse artigo examina as formas pelas quais a noção de capital social são empregados para explicar o sucesso dos programas de microfinanças. O autor argumenta que os vários tipos de interações sociais que são geradas em relação às operações de microfinanças bem-sucedidas são aleatoriamente chamadas de capital social. Isso significa que a presença de capital social não nos diz muito sobre que tipo de programa de microfinanças, em termos de modelo e implementação, deve ser identificado como boa prática.
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No nordeste da Tailândia, as mulheres estão altamente envolvidas na aquacultura de pequena escala. Contudo, conforme a aquacultura torna-se mais intensiva, as mulheres estão participando menos. O poder das mulheres de tomar decisões na aquacultura e na família é mais forte quando as mulheres possuem mais recursos materiais e conhecimento do que seus maridos e os estudos de caso nos quais o artigo está baseado mostram que o importante não é o quanto as mulheres possuem mas o quanto elas possuem em relação aos seus maridos. Os estudos de caso também ilustram que as tarefas e responsabilidades de gênero das mulheres, assim como suas expectativas sociais, limitam o que elas ganharão através da aquacultura. Na aquacultura intensiva em particular, as mulheres devem investir todos os seus recursos nessa atividade para sustentar o empreendimento familiar.
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Os resultados de um estudo de campo examinado nesse artigo mostram o extraordinário sucesso de um projeto de educação sobre saúde reprodutiva e comunidade de difícil acesso no Camboja que tem sido implementado pelo Ministério de Assuntos de Mulheres e Veteranos desde 1995, em termos dos níveis de atividade de voluntários e impacto do projeto sobre um maior conhecimento e prática em questões sobre saúde reprodutiva entre a população-alvo. Uma questão-chave para o sucesso do projeto parece ser sua adesão aos princípios identificados, mas raramente praticados, tais como um grande comprometimento com a capacitação em todos os níveis.
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Associações de Pais e Mestres ou Comitês Gestores de Escolas (APMs/CGEs) são um importante caminho para promover a participação através da ação coletiva para melhorar a educação. Visitas de campo, pesquisa de literatura e um pequeno levantamento amostral são as três ferramentas utilizadas para explorar o status das APMs/CGEs que têm sido estabelecidas por governos e ONGs das províncias do Paquistão. O principal resultado é que as reformas do setor público para alterar a relação de poder entre pais, professores e representantes do governo, são necessárias para tornar a participação efetiva no ensino. Em geral, as escolas das ONGs tiveram um desempenho apenas marginalmente melhor do que as escolas do governo na participação de mulheres.
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O autor utiliza a metáfora do praticante de desenvolvimento como psicoterapeuta para explorar as relações perversas de dependência e projeção que podem ser promovidas entre as agências de ajuda humanitária e "beneficiários", a menos que haja uma percepção clara de ambas as partes de que o objetivo principal é que os beneficiários devem assumir a responsabilidade de analisar sua situação e adotar medidas apropriadas para melhorá-la.
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O autor examina a história do desenvolvimento comunitário (DC) de base na zona rural de Malauí, com referência a quatro estudos de caso. Os resultados ilustram que, embora os beneficiários visados de tais projetos de "auto-ajuda" precisam ser persuadidos de que os custos de participação são justificados, na realidade a decisão de participar ou não está mais freqüentemente sujeita a pressões sociais e outros tipos de pressão e no passado tem sido apoiada com sanções. O sucesso máximo do esforço do DC pode depender mais do nível de apoio político que ele pode mobilizar do que do apoio mostrado pelas comunidades pobres.
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Zhuhai foi designada como zona econômica especial (ZEE) como um ponto experimental de liberalização econômica. Esse artigo traça o desenvolvimento da Zona Econômica Especial de Zhuhai, desde um humilde vilarejo até um significativo poder econômico no sul da China, concentrando-se na indústria, comércio, educação e logística.
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A adoção de abordagens participativas tem se tornado praticamente a regra nos projetos de desenvolvimento rural, mesmo que seja apenas para satisfazer as demandas dos doadores como evidência de participação. Freqüentemente, porém, a PRA e seus derivados são utilizados como moda e não beneficiam as pessoas locais como desejado. Essa Nota Prática relata um projeto na Etiópia no qual a PRA foi utilizada. Uma avaliação conduzida com as mesmas comunidades após a fase de pesquisa ter sido concluída confirmou que certos aspectos da PRA haviam sido considerados, em particular as oportunidades para o aprendizado de grupos parceiros e o processo havia sido mais no sentido de cima para baixo do que a maioria gostaria. O documento conclui com algumas lições simples sobre como evitar as armadilhas mais óbvias e sobre como garantir que as pessoas locais aproveitem ao máximo a participação em um projeto de desenvolvimento.
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Há mais de uma década, resoluções da ONU e da Comissão Européia têm destacado o sofrimento das mulheres durante as guerras e a injustiça do tratamento oferecido a elas no retorno à paz. Contudo, as injustiças e a hipocrisia continuam. As mulheres são reificadas como as construtoras da paz mas são excluídas dos processos de paz. O sofrimento das mulheres durante a guerra é exibido como prova da desumanidade pelas mesmas organizações que aceitam, ou até promovem, a marginalização das necessidades das mulheres durante os tempos de paz. A autora revê os processos pelos quais esses fenômenos são perpetuados e apresenta algumas maneiras futuras que poderiam ajudar a quebrar esses ciclos.
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Esse artigo busca acabar com alguns mitos sobre a ausência das mulheres nas guerras e conflitos. Ele avalia alguns problemas sobre a vulnerabilidade das mulheres nessas circunstâncias e oferece algumas perspectivas feministas para se abordar esses problemas. O artigo avalia as demandas conflitantes que as mulheres enfrentam em períodos de guerra e revolução, e argumenta que processos históricos diferentes resultam em políticas diferentes relativas às mulheres após o conflito. Existem, porém, experiências comuns que universalmente marginalizam as mulheres nas fases de pós-conflito e reconstrução. Mesmo quando as mulheres participam ativamente em guerras e revoluções, elas são fortemente pressionadas para voltar para casa e reconstruir o domínio privado para assegurar a volta da paz e da "normalidade". Esse artigo afirma que a insistência em se colocar as mulheres dentro da esfera doméstica na era do pós-guerra pode ser contra-produtiva e considerada no desenvolvimento histórico da nacionalidade e nacionalismo como masculino em termos de seu caráter e demandas. Com o início do século vinte e um e a longa história de participação das mulheres em guerras, revoluções e realização de políticas, talvez agora seja possível utilizar a importância simbólica dada a elas em momentos de conflito para se articular uma percepção diferente da nacionalidade e do sentimento de pertencimento, criando uma abordagem mais cooperativa e menos competitiva e hierárquica para as políticas e reconstrução de nações e seu sentimento de pertence.
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A Auditoria de Gênero (AG) e relatórios e revisões associados que são esboçados nesse artigo permitem uma avaliação sobre até que ponto os processos de intervenção em andamento em Kosova desde 1999 têm sido inclusivos em termos de análise de gênero e têm dado apoio às necessidades e interesses das mulheres e meninas. Esse levantamento avalia os pontos positivos e negativos de várias tentativas de utilizar e implementar projetos sensíveis à questão de gênero. A AG foi destinada a apoiar as políticas reconstrutivas feministas emergentes em Kosova. Suas constatações e recomendações lidam com aspectos de empoderamento, eqüidade e oportunidade, apresentando alguns desenvolvimentos do ativismo da comunidade, assim como os resultados da administração internacional. Avaliando-se os desenvolvimentos durante um período de dois anos, é possível colocar as questões de eqüidade e oportunidade no contexto de mudanças no decorrer do tempo, com mudanças nos níveis locais e nacionais conectadas com o desenvolvimento de diálogos internacionais. O artigo analisa o trabalho local realizado pela Rede de Mulheres de Kosova para combater a violência contra as mulheres na guerra e na paz doméstica, e revê o trabalho internacional com engajamento da Kosovo [sic] Women's Initiative (KWI). Muitas mulheres kosovares (de todas as etnias) reconhecem integralmente sua adesão à comunidade e reconhecem os riscos envolvidos ao se conversar sobre suas diferenças para se alcançar a segurança diária e a reconciliação. Relatórios e revisões internacionais como aqueles produzidos em 2002 pelo Secretário-Geral da ONU e pelo Fundo das Nações Unidas para a Mulher (UNIFEM) sobre mulheres, guerra, paz e segurança, assim como a revisão da KWI, permitem uma avaliação de como os diálogos estão mudando e qual o impacto em potencial que tal mudança poderia ter no desenvolvimento de políticas e implementação.
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O aumento no número de "pequenas guerras" tem levado à proliferação de esforços de reconstrução no pós-conflito. A experiência nos Bálcãs com a reconstrução no pós-guerra pode oferecer uma significativa contribuição para se avançar no aprendizado, uma vez que muito aprendizado ainda precisa ser obtido com a maneira confusa, mal concebida e caótica na qual o mundo exterior influenciou e tentou ajudar na década de 1990. Entre as lições mais importantes que surgiram está a necessidade de incluir-se integralmente as mulheres na construção da paz. No caso de Kosovo, como em todos os outros lugares, os esforços internacionais foram dominados por homens, com poucas idéias ou preocupação relativas à abordagem das desigualdades de gênero. Essa indiferença, por sua vez, impregna os programas de assistência, com efeitos particularmente prejudiciais para as mulheres locais.
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O fato da guerra alterar os papéis e responsabilidades dentro da sociedade, ao mesmo tempo expondo homens e mulheres de todas as idades e classes a novas ameaças e oportunidades, tem se tornado cada vez mais reconhecido. Guerras civis atrapalham e destróem a vida dos civis. Os homens partem, morrem em combate, são brutalizados, perdem seu emprego ou recorrem ao desespero, violência ou apatia. As mulheres assumem enormes cargas de trabalho e todas as formas de tarefas e responsabilidades diferentes, perdem sua segurança e seus protetores e são vitimizadas e marginalizadas. Contudo, poucos membros de missões de paz possuem algum treinamento para lidar com a população civil, muito menos com as questões específicas relativas às relações de gênero. Em resposta a isso, um pacote de treinamento básico chamado "Operações de Apoio a Gênero e Paz" foi criado para ser utilizado em cursos de indução preliminares. Esse artigo descreve a base para o seu desenvolvimento e apresenta como ele deve ser utilizado e desenvolvido no futuro.
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Muito tem sido escrito sobre a contribuição das mulheres palestinas à luta pela libertação de sua nação. Essas mulheres não apenas têm sobrevivido em uma atmosfera de violência contínua, mas também têm avançado significativamente em termos de seus direitos e desenvolvimento como mulheres. Uma questão que tem sido menos explorada é o impacto de longo prazo da violência contra as mulheres, seja em termos de seu bem-estar físico e psicológico ou de sua habilidade de participar de modo significativo no próprio conflito ou na situação após o conflito. Esse artigo argumenta que, embora as mulheres palestinas não sejam simplesmente vítimas mas também agentes da violência, tal violência -- seja ela violência aleatória ou institucionalizada, provocada pelo inimigo ou pelo seu próprio povo -- coloca uma significativa limitação na habilidade dessas mulheres de participar da luta de libertação nacional. Conseqüentemente, elas estão inadequadamente preparadas para contribuir para o processo de paz e, portanto, são impedidas de aproveitar integralmente seu potencial no novo estado.
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À primeira vista parece que, apesar da participação vital das mulheres nos processos de paz, elas são em grande parte marginalizadas ou depreciadas. Contudo, afastando-se da idéia das mulheres como excluídas e/ou vítimas, encontramos evidências de seu envolvimento em projetos iniciados e dirigidos por elas e/ou em atividades nas quais elas trabalham em tarefas iguais juntamente com os homens. Muitas mulheres em áreas de conflito estão defendendo e trabalhando efetivamente com abordagens para a paz positiva e duradoura que transcende as estruturas e ideologias tradicionais dominadas pelos homens. Um grande número de mulheres, homens e crianças comuns está trabalhando em grande parte nos bastidores para alcançar a justiça e igualdade. As mulheres estão muito envolvidas, mas recebem muito menos reconhecimento do que os homens. A escala e diversidade dos esforços de base para a paz muitas vezes não-reconhecidas mas efetivas no mundo todo, particularmente entre as mulheres, requerem um reconhecimento muito maior por parte da comunidade internacional. Esse artigo é baseado em um projeto de pesquisa que utiliza uma abordagem de depoimentos orais e uma perspectiva multicultural para dar voz às mulheres que trabalham na área em uma ampla série de processos de transformação.
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As relações de gênero se alteram através dos conflitos? Como o próprio conflito poderia ser estimulado por aspectos da identidade de gênero? Um projeto de pesquisa recentemente realizado, que combinou depoimentos orais com métodos de pesquisa mais convencionais, concluiu que o conflito, sem dúvida alguma, tem resultado em mais responsabilidades para as mulheres e com elas a possibilidade de exercer maior influência nas tomadas de decisões e aumentar sua participação política. A pesquisa esclarece o papel dos cidadãos comuns como "atores" respondendo à crise e descreve como as identidades de gênero são criadas em uma rede complexa de causa e efeito na qual a guerra pode ser vista como um "conflito de patriarcas".
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Esse artigo, baseado na pesquisa de campo realizada em Cabul em fevereiro de 2002, começa discutindo como as mulheres vivenciam a guerra e conflitos violentos diferentemente dos homens, particularmente ao serem definidos tipos diferentes de violência contra as mulheres no Afeganistão. Em segundo lugar, ao identificar mulheres afegãs individualmente, assim como redes e organizações de mulheres, eu analiso suas diferentes estratégias para enfrentar o problema e os modos pelos quais redes de trabalho e formas diferentes de solidariedade em grupo tornaram-se mecanismos de empoderamento das mulheres. Em terceiro lugar, eu demonstro como, em meio a todas as regras dos Talibãs, várias mulheres arriscaram suas vidas ao tornarem suas casas redes clandestinas de escolas para meninas e moças. Eu argumento que, como atores sociais, elas criaram coesão e solidariedade em suas comunidades. Suas organizações secretas já lançaram a base para o desenvolvimento do capital social, que é crucial para o processo de reconstrução do Afeganistão. Na seção final, eu sustento que as mulheres no Afeganistão, como atores sociais, são otimistas e desejam participar do processo de reconstrução. Como pesquisadora, eu pretendo articular a voz, idéias e demandas dessas mulheres, que eu espero que sejam levados em consideração pelos formuladores de políticas e trabalhadores de ajuda humanitária.
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Este artigo analisa o processo de industrialização em Hazira, situada no cinturão costeiro do sul de Gujarat, na Índia. O autor pretende medir o impacto do desenvolvimento industrial na distribuição de terra, nas oportunidades de emprego das pessoas locais, assim como no meio ambiente. As visões de diferentes participantes - moradores do vilarejo e industriais - são apresentadas. A condição das mulheres é examinada, em particular o tipo de ocupação em que elas estão envolvidas, suas habilidades e rendimentos, o tempo que elas gastam nas atividades econômicas e domésticas e a atitude dos membros da família do sexo masculino em relação ao trabalho delas.
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Este artigo, baseado em uma pesquisa de famílias rurais beneficiárias e não-beneficiárias no distrito de Mpigi, em Uganda, analisa o esquema de entrega de Bezerros em fideicomisso (Heifer-in-Trust scheme). Embora o esquema vise aliviar as deficiências na nutrição e renda dos produtores rurais mais pobres através da produção de laticínios, os beneficiários na verdade tendem a ser menos pobres devido aos gastos envolvidos. Este é o destino de diversas iniciativas de desenvolvimento nas quais os benefícios freqüentemente não alcançam os alvos que elas pretendem, com o risco de ampliar o hiato da desigualdade. Por outro lado, aqueles que realmente se beneficiam com o esquema, embora estivessem em melhor situação desde o começo, foram analisados como sendo muito ativos e animados, e é óbvio que o esquema havia dado uma contribuição significativa para avanços na produção de laticínios. O desafio, então, permanece sendo a criação de maneiras pelas quais os produtores mais pobres possam ser alcançados.
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Este artigo resume parte de um projeto de pesquisa realizado na zona rural de Níger. Ele visa oferecer uma idéia sobre o desenvolvimento e funcionamento de organizações de base e das comunidades nas quais elas operam. Surgindo a partir da pesquisa conduzida em cinco seminários, que envolveu quase 160 pessoas de 54 organizações baseadas na comunidade, as metáforas das árvores de baobá e eucalipto foram analisadas como tendo fortes associações culturais para os participantes e ajudaram a explicar a importância de intervenções de longo prazo e fortemente enraizadas em vez de projetos de curto prazo e efêmeros. Este artigo também contribui para o debate contemporâneo dentro das agências de desenvolvimento sobre capacitação de desenvolvimento humano sustentável.
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A pesquisa resumida aqui aborda as ambigüidades e discrepâncias do dialeto de capacitação dentro da indústria da ajuda e desenvolvimento. Três temas inter-relacionados permeiam a literatura sobre capacitação, apesar de diversas persuasões ideológicas. A adequação destes temas dentro do discurso de capacitação é sujeita à análise crítica. Uma análise meta-teórica questiona a habilidade da construção funcionalista da capacitação de reduzir a pobreza ou alcançar o desenvolvimento sustentável. A partir de uma perspectiva de desenvolvimento comunitário, a transformação social eqüitativa ocorrerá apenas quando o enfoque de "desenvolvimento" envolver o fortalecimento de capacidades de todas as pessoas, comunidades e nações para criar um mundo justo e eqüitativo.
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Através de uma análise de como as ONGs bengalesas têm se institucionalizado, a autora examina modelos de burocratização e profissionalização para argumentar que as ONGs fazem parte de um processo de incorporação que faz a mediação da oposição à desigualdade de gênero e outras desigualdades estruturais. Duas tendências importantes--a parceria crescente entre ONGs, o Estado e agências doadoras e a mudança discursiva do bem-estar social e redistribuição para o individualismo, empreendimento e independência--exemplificam estes processos. O artigo mostra como a institucionalização, acompanhada pela reunião da sociedade civil e ONGs, mascara a perda da voz ativa de cidadãos-membro, canalizando a oposição através de ONGs de modo que freqüentemente compromete seus interesses.
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Este artigo mostra como a visão local sobre desenvolvimento pode ser pesquisada empiricamente através de referências a experiências apresentadas em três oficinas de desenho realizadas com crianças da região de Ayacucho, nos Andes peruanos. As crianças foram solicitadas a desenhar figuras de como elas gostariam que sua comunidade estivesse no futuro. Seus desenhos foram analisados utilizando-se uma forma adaptada da Teoria Fundamentada nos Dados (Grounded Theory) e interpretados como expressões de discursos locais de desenvolvimento. Embora os três vilarejos estejam localizados dentro da mesma área e compartilhem uma história violenta de guerra e instabilidade, a pesquisa mostra como cada comunidade possui sua própria interpretação de desenvolvimento.
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Este artigo reflete criticamente sobre questões da colaboração entre norte-sul e pesquisa participativa, surgindo de um projeto sobre gestão participativa e gestão ambiental sustentável no nível local na área periférica-urbana nos arredores de Kumasi, Gana. A rápida imigração, a conversão descoordenada das terras de cultivo em habitação, a exploração intensificada de recursos e o declínio da qualidade e disponibilidade de água são problemas particulares daqui. Os preparativos para pesquisa colaborativa com parceiros locais, assim como as relações participativas sustentadas com comunidades do vilarejo selecionadas foram centrais para este projeto. Em termos mais gerais, o artigo reflete sobre as questões institucionais relacionadas à dicotomia entre projetos de pesquisa e de assistência ao desenvolvimento, e suas implicações para as avaliações de projeto.
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O "sistema lógico" e a "abordagem do sistema lógico" têm se tornado ferramentas comuns de planejamento, particularmente em projetos assistidos por doadores em países em desenvolvimento. Com seu formato simples e a clara relação entre variáveis, o sistema lógico é útil para resumir preocupações principais relacionadas a esquemas de desenvolvimento. Ao mesmo tempo o autor argumenta que as convenções atuais limitam a utilidade do sistema e sugere modificações que devem substancialmente melhorar sua aplicabilidade e capacidade de transferir informações. A abordagem do sistema lógico busca tratar de dimensões adicionais de planejamento. Contudo, ela é demasiadamente circunscrita por medidas e providências padronizados para ser defendida como uma metodologia de planejamento ubíqua como comumente ela é considerada. A "abordagem do sistema lógico" é aqui justaposta com um conceito mais amplo e mais flexível de "planejamento de desenvolvimento", com o qual ela não deve ser confundida.
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A descentralização é uma característica comum de política em muitos países africanos. A questão da governança local, portanto, está tendo relevância mas ainda sem clareza. Baseado na experiência de um projeto de desenvolvimento em Kilimanjaro, Tanzânia, o artigo examina o caso da governança local em prática, utilizando para isto uma análise histórica e concentrando-se na relação entre o governo local e a sociedade civil. Através de um processo por etapas que vai desde os experimentos até testes piloto e lobby, o projeto PAMOJA desenvolve mecanismos de interface para estruturar o governo local - relações da sociedade civil no nível distrital. Três atores são identificados para o sucesso do projeto: o agente externo como facilitador do processo, padrinhos (champions) locais como agentes de mudança e parceiros estratégicos para o componente de lobby. Um resultado bem-sucedido no final fortaleceria os processos de descentralização.
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Pesquisa participativa com grupos de produtores rurais bem estabelecidos e autônomos de Uganda e Gana examinou seus pontos de vista e prioridades a respeito de informações agrícolas. Em particular, ela buscou investigar meios pelos quais os produtores rurais identificaram novas idéias de interesse comum e explorou como estas idéias eram compartilhadas, modificadas e às vezes implementadas dentro do grupo ou da comunidade mais ampla. Após uma série de visitas, ficou claro que dentro de cada grupo em funcionamento certos indivíduos desempenharam um papel crucial, não apenas em relação à troca de informações mas também em seu apoio e incentivo à mudança e desenvolvimento dentro do grupo. Estes indivíduos, referidos como animadores, exibiram características inconfundíveis. Embora pertencendo à comunidade local, eles tendiam a ter níveis de alfabetização acima da média e normalmente eram mais amplamente viajados do que os outros produtores. O papel deles era normalmente apoiar e promover em vez de agir como líderes, e eles freqüentemente agiram como um canal crucial para compartilhar informações. Os animadores agiam como um catalisador importante na promoção do fluxo de novas idéias e informações e eles deveriam receber mais atenção e pesquisa para incentivar a mudança no desenvolvimento.
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Este artigo busca entender o potencial de desenvolvimento humano de um esquema de irrigação elevada (lift-irrigation) introduzido por uma ONG de desenvolvimento no oeste da Índia. Em particular, ele se concentra nos modos pelos quais esta intervenção no nível micro tem sido capaz de criar condições para ampliar as escolhas dos pobres. Mostra-se que o impacto da intervenção, capturado no nível da fazenda e da família através de dados convencionais e PRA, aumentou a produtividade da terra, resultando em uma maior segurança alimentar, mais emprego e uma redução significativa na migração causada pela miséria, especialmente entre as mulheres. O sucesso da intervenção é atribuído à sua adequação às necessidades locais e à criação de um mecanismo institucional adequado. Dado o seu potencial demonstrado, o artigo enfatiza a necessidade de reaplicar-se tais intervenções mais amplamente.
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The United Nations Intellectual History Project (UNIHP) is an independent activity located at The Graduate Center of the City University of New York. Originally concentrating on the economic and social arena, it was intended to include peace and security activities, thus covering the entire waterfront of UN activities. UNIHP comprises a series of books on 11 topics that range from international trade and finance to global governance via gender and global resource management (see www.unhistory.org/ for full details). Under each of these topics the history of ideas launched by the UN family will be traced. Did they come from within the Secretariat, or from outside the UN through governments, NGOs, or experts? Were these ideas discarded without discussion or after deliberation? Were they discussed, adapted (or distorted), and then mplemented? What happened afterwards?
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In English only
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Acknowledgements 2002
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Este artigo descreve o projeto de uma ONG que visa aumentar o poder das mulheres de casta inferior que trabalham na indústria de fiação de seda na Índia através da oferta de microfinanças. O artigo registra o impacto que o projeto teve na condição econômica e social das mulheres durante um certo período de tempo e destaca as conseqüências negativas de terem sido excluídos os parentes do sexo masculino de participar em qualquer tarefa significativa. Ele sugere modos pelos quais o projeto poderia ter se tornado mais inclusivo para os homens, ao mesmo tempo garantindo ainda mais poder às mulheres. Ao mesmo tempo, reconhece-se que mesmo que a hostilidade dos homens ao projeto tivesse sido superada, as microempresas das mulheres provavelmente não teriam sido viáveis comercialmente. Isto acontece porque o projeto insistiu que as mulheres trabalhassem como um grupo em uma área de atividade econômica de alto risco, sem uma estratégia clara sobre como seu trabalho poderia ser sustentado.
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Sucre é uma cidade de microempresas. As linhas entre os negócios e a família são freqüentemente indistintas: as contas são mistas, o espaço é compartilhado e parceiros de fora da família são raros. À primeira vista, este tipo de organização de negócios parece em grande parte inadequado para se alcançar sucesso econômico. Contudo, uma análise mais cuidadosa do funcionamento interno dos negócios de Sucre sugere que a busca complexa do "equilíbrio" entre os negócios e a família pode levar não a um gerenciamento descuidado (como as agências de desenvolvimento de microempresas argumentam freqüentemente), mas uma estratégia flexível para o bem-estar da família. Os negócios de Sucre essencialmente seguem a contabilidade da "linha de base tripla" (triple bottom line) no nível da família, levando em conta tanto os objetivos financeiros como os não-financeiros.
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A Microfinanças--tanto o crédito como poupança--possui potencial para melhorar o bem-estar das mulheres pobres em países em desenvolvimento. Este artigo explora meios práticos para se atingir este potencial. Baseado nas lições dos mecanismos de poupança informal que as mulheres já utilizam, o artigo propõe dois serviços de poupança voltados para as questões de desenvolvimento que as mulheres enfrentam. As propostas sugerem a adoção de cofres de segurança para depósitos e de cadernetas de poupança combinadas para serviços de saúde e educação.
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Este artigo explora questões de desenvolvimento a partir da perspectiva de dois vilarejos na zona rural do Líbano. Homens com estudo do vilarejo se vêem como iniciadores do desenvolvimento e utilizam a mesma linguagem dos funcionários de ONGs. As relações entre cliente-benfeitor e wasta (ato de acessar favores materiais, tais como projetos de desenvolvimento, através de detentores do poder) são modos destes homens alcançarem seus fins políticos. As mulheres e os homens com menos poder, que não fazem parte da rede de wasta, tendem a ser desconsiderados nas tomadas de decisões, mas apesar disto possuem fortes opiniões sobre as necessidades dos vilarejos. A visão islâmica enfatiza a vida moral.
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As ONGs têm desempenhado uma importante tarefa no mundo todo ao tentar evitar a disseminação do vírus HIV/AIDS através de uma mudança de comportamento. As ONGs têm estado freqüentemente em evidência nas mudanças inovadoras, influenciando governos e atividades de programas internacionais. Este artigo identifica e analisa a evolução dos programas de HIV/AIDS de uma ONG na Tailândia durante um período de dez anos. Três gerações de programas são identificadas tanto através de abordagens distintas desta área de trabalho como também através da mudança de jargões que descrevem as pessoas que são alvo do programa.
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Este artigo discute os prós e os contras da experiência do trabalho voluntário no exterior e tenta abordar uma lacuna na literatura sobre o que é requerido de tais voluntários. Após um breve esboço do voluntariado no exterior e os motivos para se seguir tal trajetória na carreira, o autor oferece uma análise em primeira mão sobre os prós e os contras desta vocação intrigante. Embora as vantagens sejam comumente conhecidas, o autor argumenta que os aspectos menos atraentes são comumente desconhecidos e são de igual importância em qualquer situação em que se encontre um indivíduo.
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Em 1999, visando fortalecer o arranjo da Gestão Conjunta de Florestas (Joint Forest Management - JFM), o Departamento de Florestas do estado de Gujarat, em colaboração com a Fundação Aga Khan, iniciou uma agência central chamada de célula de JFM. Sua função é ajudar no fortalecimento e expansão da JFM em Gujarat ao oferecer treinamento, pesquisa e suporte de comunicações ao Departamento Florestal (DF) e ONGs. A célula encomendou um estudo para entender o processo de instituir a JFM no nível do vilarejo e o impacto de treinamento e comunicações pelo DF e ONGs neste contexto. Este texto é baseado nos resultados do estudo conduzido pelos autores.
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Este artigo lida com alguns aspectos dos Estudos de Desenvolvimento como disciplina em desenvolvimento no Reino Unido. Especificamente, ele oferece reflexões após o Exercício de Avaliação de Pesquisa de 2001(RAE) realizado pelo Conselho de Financiamento do Ensino Superior da Inglaterra (HEFCE), no qual os Estudos em Desenvolvimento foram constituídos como um painel em separado pela primeira vez, embora experimentalmente. As autoras, ambas representantes no painel, apresentam estas idéias enquanto indivíduos.
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Development and the Learning Organisation: An Introduction In English only
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Operacionalizando o aprendizado de baixo para cima nas ONGs internacionais: barreiras e alternativasEste artigo propõe um aprendizado de baixo para cima como um sistema normativo para as ONGs internacionais. Ele explora a comum, mas freqüentemente não reconhecida, disparidade entre os valores e a missão da organização versus a prática real. A primeira parte do artigo levanta a questão dos problemas organizacionais de aprendizado seguido por uma análise das organizações aprendizes (learning organisations) e do aprendizado de baixo para cima em particular. A seção que resume brevemente os desenvolvimentos positivos na área é seguida por discussões sobre barreiras organizacionais e técnicas possíveis de mitigação. O artigo termina com um desafio para as ONGs internacionais para que elas analisem mais de perto sua capacidade de aprendizado, visando melhorar o serviço oferecido para as comunidades necessitadas.
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Grandes companhias têm acelerado seu controle dos mercados básicos de commodities na última década. A autora descreve o que isto significa para os pequenos produtores dos países em desenvolvimento, que dependem destes mercados para obter uma certa renda em dinheiro a cada ano. As conseqüências do poder crescente dos distribuidores (cadeias de mercearias ou supermercados) e dos detentores de marcas dominantes são a pobreza rural persistente e a desvalorização ideológica e econômica dos métodos de produção agrícola sustentável e de pequena escala que são tão essenciais para os 70 por cento dos pobres do mundo que vivem em áreas rurais. A autora traça a história de uma parceria bem-sucedida de negócios iniciada em 1992, associando produtores de cacau da região oeste da África com amantes de chocolate do Reino Unido e dos EUA com princípios justos, uma iniciativa lançada diante da crítica direta e da grande pressão competitiva dos gigantes globais do chocolate, que têm mobilizado um novo tipo de coalizão e eleitorado.
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O gerenciamento do aprendizado e do conhecimento são capacitações cruciais para muitas ONGs. Este artigo visa responder questões como: por que o aprendizado é visto como algo tão importante para as ONGs? Como ONGs bem-sucedidas realmente aprendem? E que papel indivíduos ou líderes centrais possuem neste processo? O artigo baseia-se imensamente nos resultados de um estudo de ONGs do sul da Ásia, que sugere que a habilidade de uma ONG aprender depende de sua cultura organizacional e em particular do desenvolvimento de uma cultura interna de aprendizado. Os estudos de caso do sul da Ásia revelam que a criação desta "cultura de aprendizado" deriva primeiramente da atitude de liderança em direção ao aprendizado: no coração de uma organização aprendiz está um "líder aprendiz".
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Quando estão implementando uma visão e uma missão global transformadora, as ONGs internacionais enfrentam tipicamente três problemas: alinhar níveis diferentes de planejamento e estratégia, balancear análises e prioridades globais em relação às realidades locais e identificar medidas que indiquem progresso e promovam e incentivem a inovação. Este artigo relata os esforços da Unidade de Gerenciamento Regional da América Latina da CARE International para abordar estes problemas através da introdução de "mudanças em sentido contrário" de princípios e processos comuns de planejamento estratégico. Ele mostra aos gerentes de cargos médios nas ONGs como eles podem liderar "a partir do meio" e considera "a região" enquanto o nexo que permitirá que uma organização mude e aprenda em todos os múltiplos níveis hierárquicos.
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As mudanças são direcionadas não apenas por boas idéias mas também pelo desacordo e frustração. Este artigo apresenta ao leitor uma história organizacional selecionada da ONG britânica ActionAid, de 1998 a 2001, analisando os eventos e mudanças que acompanharam a introdução e no impacto inicial do novo sistema de accountability da agência. Mudanças sistemáticas parecem ser muito assistemáticas. A transformação efetiva demorou um longo tempo para ocorrer e foi precedida por alguns experimentos mal-sucedidos. Parece que as frustrações deste momento foram necessárias para se desenvolver uma criatividade necessária para mudanças significativas. Os esforços começaram a dar frutos quando a organização começou a perceber o alinhamento da missão, estruturas, procedimentos e relacionamentos.
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A Heifer International (HI) tem utilizado abordagens participativas para o desenvolvimento rural há quase 60 anos. Em termos organizacionais, a HI concentra-se na capacitação dos seus programas de países e das ONGs parceiras para trabalhar independentemente em direção a uma missão unificadora. Uma estrutura aberta permite à HI validar e incorporar a experiência rica e diversa dos detentores de seus projetos e escritórios de programa de país no planejamento organizacional e operações diárias. Este artigo analisa três iniciativas recentes da HI que incorporam processos deliberados para promover o aprendizado organizacional. Ele apresenta estratégias diferentes que a HI utiliza para institucionalizar o aprendizado sem impor limitações sobre ele.
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A integração do aprendizado nos processos de desenvolvimento comunitário e o modo como este aprendizado pode estimular mudanças positivas impõem desafios que os praticantes do desenvolvimento têm enfrentado com taxas de sucesso variadas. Quem são os agentes de mudança mais efetivos, como eles podem ser apoiados e como seus esforços podem ser difundidos na comunidade e ampliados são questões-chave na literatura sobre desenvolvimento comunitário. Os autores desenvolveram e implementaram um projeto de ação-pesquisa no oeste do Quênia sobre vegetais tradicionais, recrutando alunos como co-pesquisadores. O objetivo da pesquisa era duplo. O primeiro era explorar a viabilidade de se aumentar o consumo de vegetais tradicionais através de um programa de horticultura na escola. O outro era aumentar a qualificação dos alunos como agentes de mudança efetivos, fortalecendo-os de maneiras culturalmente compatíveis. Os resultados oferecem lições para praticantes em relação a meios criativos para identificar e fortalecer os agentes de mudança dentro das organizações tradicionais e incentivar a criação inovadora e difusão de conhecimento
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Aprendizado organizacional nas ONGs: exemplo de uma intervenção baseada no trabalho de Chris ArgyrisO trabalho de pesquisa do professor de Harvard, Chris Argyris, contribuiu em muito para o que hoje é chamado de Aprendizado Organizacional, uma abordagem subseqüentemente difundida por Peter Senge e sua equipe no Instituto de Tecnologia de Massachusetts. A primeira seção deste artigo argumenta sobre a relevância do Aprendizado Organizacional para as ONGs, apesar de suas origens no estudo do setor privado. A segunda seção descreve a intervenção de um projeto em particular baseada na teoria do Aprendizado Organizacional, que atualmente está em andamento em uma ONG brasileira.
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Este artigo discute as implicações para o aprendizado organizacional de pesquisa recente sobre a atividade das ONGs na mitigação e preparação para desastres naturais. Ele identifica diversas barreiras institucionais e outras barreiras para o aprendizado das ONGs. Contudo, redes pessoais nas ONGs são freqüentemente fortes e determinadas e indivíduos bem-colocados podem forçar a aceitação de inovações significativas. Uma maior ênfase neste fator humano pode ser a chave para enfatizar a mitigação de desastres e outras novas ou marginais abordagens para o desenvolvimento.
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Se a ajuda é vista como algo que apóia os esforços de guerra, as agências de ajuda e as pessoas que trabalham na área prática devem continuar a oferecê-la? A resposta retumbante dada pelos trabalhadores de ajuda humanitária em todo o mundo é a de que as necessidades das pessoas que sofrem são muito importantes para serem ignoradas e, além disto, não haveria justificativa para não se socorrer as pessoas que sofrem. Mas como alguém pode oferecer ajuda em um contexto de conflito sem exarcerbar o conflito? O Projeto de Capacitação Local para a Paz (Capacities for Peace Project - LCPP) foi formado em 1994 para aprender como a ajuda e os conflitos interagem para ajudar os trabalhadores de ajuda humanitária a encontrar um meio de abordar as necessidades humanas sem alimentar o conflito. Este artigo discute como o processo de aprendizado do LCPP foi montado, os resultados obtidos em cada etapa e como os resultados serviram de subsídio para as organizações participantes.
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Os princípios organizacionais ou padrões de valores são considerados cruciais para manter a qualidade da assistência humanitária. Pesquisa feita entre funcionários-membros da organização Médicos Sem Fronteira-Holanda (MSF-H) mostrou que os funcionários de campo desenvolvem suas próprias interpretações sobre os princípios e prioridades em resposta às demandas feitas a eles na área de trabalho. Os princípios organizacionais são importantes para o desempenho e bem-estar dos voluntários: eles servem como faróis, marcadores de identidade e espécie de "cola" interpessoal. Também se torna aparente que embora na prática os funcionários-membros renegociam os princípios formais de sua organização, eles também aderem a modelos de cultura organizacional resultando em um número de princípios ordenadores que eles julgam ser típicos de sua organização.
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As grandes agências de desenvolvimento possuem "Visões Oficiais" (com graus variantes de explicitação) sobre as questões complexas e controversas sobre desenvolvimento. Ao mesmo tempo, o conhecimento é agora mais do que nunca reconhecido como algo central para o desenvolvimento - na idéia de um "banco de conhecimento" ou assistência ao desenvolvimento baseada no conhecimento. O autor argumenta que estas duas práticas estão em conflito direto. Quando uma agência adiciona a "marca do seu nome" a certas Visões Oficiais, torna-se muito difícil para ela ser também uma organização aprendiz ou fomentar um aprendizado genuíno em seus clientes. É apresentado um modelo de agência de desenvolvimento como uma organização de aprendizagem aberta, que contrasta amplamente com outros modelos organizacionais, tais como a Igreja ou Partido. Isto, por sua vez, permite que a agência adote uma abordagem mais autônoma-compatível de assistência ao desenvolvimento, com o país que está sendo auxiliado "sentado no banco do motorista" de um processo de aprendizado em vez de ser um recipiente passivo de políticas assistenciais-adocicadas promovidas pela agência.
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Este artigo explora as tentativas de oito ONGs internacionais baseadas no Reino Unido atualmente engajadas em intervenções de desenvolvimento rural na Etiópia, para empregar Sistemas de Monitoramento e Avaliação (M&A) como uma maneira de fortalecer a accountability e o aprendizado institucional. Tendo como premissa a convicção de que tais ONGs incluem coalizões soltas de grupos de interesse em diferentes níveis governamentais dentro deles, o estudo explora como os entrevistados nas matrizes, em Addis Ababa e nos escritórios de campo entenderam e praticaram o M&A. Descobriu-se que as percepções sobre o M&A variam consideravelmente entre os níveis hierárquicos e podem ter um significativo impacto na prática. Tais percepções são também formadas por interesses individuais e, então, freqüentemente não conseguem refletir a realidade da prática de M&A. A história que se desdobra oferece idéias valiosas sobre os mitos e realidades atuais do M&A entre as ONGs internacionais.
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Este artigo introduz os principais conceitos sobre Mapeamento de Resultado (Outcome Mapping) e discute a experiência do Centro de Pesquisa de Desenvolvimento Internacional em desenvolver e implementar o Mapeamento de Resultado em organizações de pesquisa do hemisfério norte e sul. Ele explora como os princípios fundamentais de Mapeamento de Resultado relacionam-se com os princípios de aprendizado organizacional e os desafios associados com a aplicação da teoria na prática. Ele apresenta casos onde os processos de planejamento, monitoramento e avaliação têm sido usados para incentivar o aprendizado e o aperfeiçoamento e discute o potencial do Mapeamento de Resultado como uma ferramenta para o pensamento evolutivo para desenvolver o aprendizado em programas de desenvolvimento.
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Este breve artigo descreve uma tentativa de atualizar os modelos de lógica de programa para incorporar o aprendizado organizacional. Ele começa com uma breve revisão dos conceitos de aprendizado, descreve a Análise de Sistema Lógico tradicional e conclui com um esboço de um modelo de programa alternativo, chamado de Modelo Lógico Temporal.
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O campo do trabalho da advocacia está crescendo e mudando rapidamente e existe muito a ser feito na avaliação de não apenas qual a melhor forma de executar uma advocacia efetiva mas também qual a melhor maneira de usar as ferramentas de Monitoramento & Avaliação e Levantamento de Impacto (M&A/LI) para promover o aprendizado, melhorar a accountability e avaliar o valor da advocacia. Este artigo começa explorando a natureza complexa e variável do trabalho de advocacia, argumentando que as formas padronizadas de M&A/LI serão provavelmente inapropriadas - elas provavelmente irão oferecer informações enganosas, e podem criar incentivos perversos que destroem a ação conjunta. Contudo, embora existam perigos óbvios, existem algumas poucas respostas já prontas. Os autores sugerem que as ONGs envolvidas em advocacia em todos os níveis deveriam identificar elementos essenciais de seu trabalho no início e garantir que elas monitorem e avaliem as áreas que elas julguem serem as mais importantes . De fato, as evidências mostram que sucessos de curto prazo no trabalho de advocacia podem freqüentemente ser vencidos às custas de metas de mais longo prazo - tais como capacitação entre os parceiros e contribuição para mudanças mais fundamentais no futuro. Em todo o artigo, os autores argumentam que uma análise de poder e estruturas de poder deveriam orientar a estratégia de advocacia e os modos pelos quais a advocacia pode ser avaliada efetivamente. Uma abordagem bem-sucedida de M&A deve ser flexível o suficiente não apenas para se adaptar a eventos externos mas também para ser uma ferramenta para remodelar a campanha. Aqueles de nós preocupados em desenvolver ferramentas de M&A/LI para uma advocacia efetiva e responsável, precisam começar a desbravar novos caminhos.
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No final da década de 70, cientistas sociais feministas começaram a desafiar alguns pressupostos que estavam por trás de paradigmas dominantes sobre as organizações, argumentando que elas refletem e são estruturadas por valores articulados dentro de arenas institucionais mais amplas nas quais elas estavam inseridas, reproduzindo então resultados discriminatórios em relação à questão de gênero. Este artigo disseca a "estrutura profunda" de uma ONG, Utthan, situada em Gujarat, Índia, para entender até que ponto ela é uma organização que enfatiza a questão de gênero. Ele sugere que, embora uma liderança sensível à questão de gênero, treinamento e recursos assumam um papel crítico em abordar a eqüidade de gênero na prática de desenvolvimento, a transformação organizacional é um processo muito mais difícil e longo, requerendo um comprometimento sustentável da liderança, dos funcionários e dos parceiros de financiamento.
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As organizações aprendizes e sua ênfase em mudanças fundamentais têm sido vistas como detentoras de um grande potencial para tornar as organizações mais justas em termos de gênero e melhorar sua capacidade de realizar trabalhos sobre desenvolvimento ou direitos humanos que não sejam parciais em termos de gênero. Este artigo, desenvolvido pelo grupo Gênero em Trabalho Colaborativo, explora a utilidade de idéias relacionadas a organizações aprendizes em mudar as instituições em direção à eqüidade de gênero. Este conjunto de idéias e práticas é visto como útil mas uma desconstrução de pontos de aprendizado organizacionais mostra algumas dificuldades com este órgão de trabalho e propõe uma melhor caixa de ferramentas, que prestaria atenção a fatores como relações de poder, base espiritual do trabalho e "estrutura profunda" das organizações com ênfase na questão de gênero.
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A Organização Aprendiz (Learning Organisation) é um conceito e uma metodologia particular dentro de um domínio mais amplo de Desenvolvimento Organizacional (DO). Para apreciar integralmente as premissas da Organização Aprendiz, é necessário recorrer às principais premissas do DO, começando com a visão da organização como um sistema aberto. Muitos dos conceitos estabelecidos na ciência de sistemas, como os aplicados a sistemas organizacionais - tais como solidez do sistema, inteligência do sistema e proatividade do sistema - têm uma relação direta com a capacidade de um aprendizado contínuo na organização. Movendo-se dos conceitos para a ação, uma organização precisa de um conjunto de práticas de trabalho para adquirir as características de uma Organização Aprendiz. Um "caminho" particularmente útil para o processo da Organização Aprendiz é um sistema de gerenciamento de desempenho abrangente que obrigue os membros da organização a reexaminar as idéias de desempenho e os pressupostos sobre os processos organizacionais que estão por trás das práticas de gerenciamento. O caminho segue o paradigma da Ação-Pesquisa e parece combinar bem com as ONGs de desenvolvimento sem fins lucrativos.
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O potencial para a colaboração acadêmica-ONG é enorme, mas tal colaboração é muito mais difícil do que parece à primeira vista, mesmo quando os colaboradores compartilham um comprometimento e valores que apóiam uma causa ou questão em particular. Este artigo analisa alguns dos fatores que incentivam as colaborações acadêmico-praticas. Ele então identifica cinco modelos diferentes de colaboração e faz recomendações que, se observadas, devem eliminar algumas das tensões nos esforços colaborativos, enquanto que ao mesmo tempo oferece uma base para o aprendizado em andamento.
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Muitas organizações não aprendem. Existem muitas razões para isto, e a falta de apoio dos doadores tende a ser citada como a mais importante. Mas esta não é a principal razão para a falta de aprendizado. Não conseguimos aprender porque somos incapazes de ver a importância de se fazer isto. Nós ficamos tão envolvidos em nossos negócios, em nossas demandas auto-impostas para agir, que paramos de valorizar o aprendizado. E nós perdemos de vista o fato de que sem o aprendizado, nossa ação está condenada à ineficácia. Se estamos dispostos ao desenvolvimento e não podemos medir como estamos atuando, como poderemos desenvolver uma prática rigorosa e efetiva?
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Em muitos projetos de desenvolvimento, indivíduos de uma organização são designados e realocados para uma outra organização. Para que estes "convidados" sejam efetivos na oferta de assistência técnica é preciso que eles aprendam e se adaptem ao meio local. Usando um estudo de caso de Navajo, este artigo analisa como as práticas chamadas de atos permitem que os convidados dêem uma contribuição efetiva através do aprendizado e adaptação. Ele mostra que duas categorias de atos, calibragem e progresso, são cruciais a este respeito. A calibragem permite que os convidados avaliem a adequação dos pressupostos e o progresso permite que eles captem informações e explicações para ajudar a desenvolver a compreensão do contexto. Este conjunto de atos contribui para a competência comunicativa inter-cultural e, assim, para o sucesso do projeto de desenvolvimento.
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O conceito de Organizações Aprendizes (Learning Organisations) está ganhando destaque no setor sem fins lucrativos. A maioria das organizações vê o conceito como uma maneira de alcançar mudança organizacional para obter um maior impacto no desenvolvimento. Embora os princípios do aprendizado organizacional (isto é, aprendizado de equipe, visão compartilhada, objetivo comum e estratégia) parecem ter produzido resultados expressivos no setor privado e em algumas organizações não-governamentais, a questão a saber é se estes princípios podem ser adaptados com resultados similares nos programas bilaterais complexos. O presente artigo explora esta questão em relação a um programa entre o governo holandês e o governo queniano em Keiyo Marakwet. Ele analisa o processo de institucionalizar a participação como um processo de aprendizado e processo de geração de conflito. No contexto altamente politizado de programas bilaterais, o aprendizado não é necessariamente transportado de uma fase para a próxima devido às rápidas mudanças nos atores, políticas nacionais, considerações diplomáticas e na agenda internacional de desenvolvimento.
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Diversas agências de desenvolvimento buscam trabalhar em prol dos "pobres" e dos "mais pobres entre os pobres", freqüentemente criando definições externas de pobreza e de pessoas que vivem na pobreza que são baseadas em uma lista complexa de itens que os pobres não possuem. Existem outras que têm direcionado esforços para definir a pobreza com base em critérios derivados de membros de comunidades rurais (em grande parte), onde muitos seriam considerados pobres. Todas estas definições, no final, resultam em agrupamentos de pessoas em diversas categorias de "pessoas pobres". Ao criar uma lista de características da pobreza, as agências acreditam que elas serão mais capazes de alcançar "os pobres" como beneficiários das intervenções que visam erradicar a pobreza. Este artigo busca desafiar as agências de desenvolvimento (governamentais e não-governamentais) a irem além das simples definições de pobreza que estão baseadas em características estáticas. O artigo visa estimular os leitores a reavaliarem algumas de suas idéias sobre as definições de pobreza e criticamente examinarem o papel de sua agência no negócio da pobreza.
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Este artigo baseia-se em um pequeno estudo realizado em nível micro para avaliar os impactos de mudanças sócio-econômicas recentes no Tadjiquistão sobre os meios de subsistência e bem-estar das mulheres em Gorno-Badakhshan. Ele examina o envolvimento recente de mulheres no comércio e nas atividades econômicas informais, focalizando os prós e contras que as mulheres têm enfrentado como resultado. Ele argumenta que a mudança em direção à economia de mercado em um ambiente econômico em depressão tem resultado em uma maior diferenciação sócio-econômica, meios de subsistência mais inseguros e declínio do capital social. O envolvimento das mulheres no comércio, juntamente com a retirada do Estado dos serviços sociais básicos, têm aumentado a carga de trabalho delas. A participação feminina na esfera política está declinando de uma base que já era pequena. A crescente pobreza material e várias tarefas e responsabilidades têm tornado difícil para as mulheres aproveitarem as oportunidades de participação pública, mesmo em nível local. O artigo conclui que existem barreiras estruturais para se reduzir a pobreza em Gorno-Badakhshan e levanta questões sobre as possibilidades de grupos e regiões em desvantagem se beneficiarem de um paradigma de desenvolvimento fortemente baseado no mercado.
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O microcrédito tem sido introduzido em comunidades rurais de Bangladesh como uma forma de desenvolvimento econômico e social, mas há dúvidas crescentes sobre sua efetividade e sugestões que este esquema provoca abusos domésticos. Uma revisão de vários estudos indica que o microcrédito pode resultar em transtornos sociais através do aumento do conflito de gênero. O artigo sugere que é necessário um estudo em nível micro antes do crédito ser introduzido em comunidades locais.
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Especialistas na questão de gênero que formulam planejamentos e estratégias para enfatizar as questões de gênero nas políticas e programas organizacionais normalmente caracterizam os formuladores e planejadores de política que não sejam especialistas como resistentes ativos ou implementadores passivos ao invés de agentes capazes de mudanças. Por esta razão, existe uma maior resistência à ênfase na questão de gênero do que seria necessário e os programas freqüentemente não conseguem levar em conta as necessidades e contribuições de planejadores como participantes. O artigo discute estas falhas e apresenta casos do sistema da ONU com os quais a autora esteve envolvida, onde a mudança organizacional e ênfase na questão de gênero eram baseadas na participação dos colaboradores que começaram a combater algumas limitações comumente identificadas.
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Este artigo chama atenção para os problemas pessoais e profissionais dos trabalhadores de campo do setor de ONGs em Bangladesh. O artigo baseia-se em uma pesquisa de campo com trabalhadores de linha de frente de quatro ONGs, seus clientes, chefes superiores imediatos e gerenciamento sênior. Os trabalhadores de campo enfrentam problemas pessoais, tais como insegurança no trabalho, privações financeiras, dificuldades com acomodação e deslocamento de sua família. Estes problemas variam de acordo com o sexo, estado civil e idade. Os problemas profissionais incluem treinamento, promoção e transferência. Além disto, os trabalhadores de campo enfrentam problemas em seus relacionamentos externos, tais como suspeitas, resistência ou falta de cooperação dos líderes religiosos e da elite local, limitações de tempo e recursos, competição por clientes e o desejo dos beneficiários-alvo de simplesmente conseguirem acesso a benefícios financeiros ou materiais. O artigo argumenta que os pontos positivos dos trabalhadores de campo das ONGs do hemisfério sul têm sido altamente inexplorados e subestimados.
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Este artigo baseia-se em um estudo analítico dos autores sobre as experiências das intervenções de desenvolvimento participativo em Moçambique, comparando como os diferentes projetos interpretaram e aplicaram o conceito e identificaram os problemas encontrados e as lições aprendidas ao usar tais abordagens.
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Este artigo concentra-se nos riscos pessoais, sociais e psicológicos que as crianças e os idosos enfrentam nas instituições estatais da Rússia. O artigo desafia dois pressupostos: o de que os problemas da Rússia são puramente econômicos e o de que o Estado é o único responsável pelas soluções. Nós argumentamos que os problemas da Rússia são basicamente sociais e que a comunidade pode assumir a liderança na solução destes problemas. Nós apresentamos iniciativas de baixo custo, práticas, humanas e voltadas à comunidade como alternativa à rígida institucionalização. Este modelo é aplicável a outros locais e pode ser adaptado pela própria comunidade.
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Dois projetos de desenvolvimento de energia foram examinados como base para a recomendação de melhorias em relação a como as questões de reassentamento são tratadas. Um destes projetos ilustrou os seguintes problemas: ausência de um canal de comunicação adequado do organismo implementador junto aos residentes locais; o fracasso em abordar as preferências próprias dos reassentados; o esquema de compensação para os reassentados não permite que eles reconstruam seus meios de subsistência; o emprego de pessoas locais em atividades relacionadas ao projeto foi apenas marginal e o desenvolvimento de comunidades e da indústria local não conseguiu beneficiar os reassentados.
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Gana possui uma história de projetos mal sucedidos de desenvolvimento rural, e Tono parece estar a caminho de se tornar mais um destes casos. Este artigo analisa os relatos contrastantes sobre os sucessos de um projeto de desenvolvimento rural apresentados por oficiais públicos que o organizaram e pelos beneficiários-alvo locais. Os dados oficiais sustentam que o projeto é um grande sucesso. Os beneficiários-alvo, por sua vez, sentiram uma melhora material mínima em suas vidas. Eles também acreditam que houve um significativo transtorno em sua comunidade. Existem evidências de alienação devido à falta de envolvimento local com o projeto e a gradual retirada dele. A migração da área do projeto não está diminuindo. Este artigo indaga se os dados representam as duas visões sobre os mesmos fatos ou um cenário de um transtorno inevitável causado pela mudança social. Algumas sugestões são apresentadas sobre como os avanços materiais poderiam ser introduzidos na vida das pessoas com um mínimo de transtorno estrutural e dor para as pessoas envolvidas.
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As reformas e o desenvolvimento nos campos da República de Camarões têm aumentado os custos dos materiais de construção, o que significa que os pobres talvez nunca sejam capazes de financiar a construção de sua própria casa, tendo então que alugá-la. Materiais localmente disponíveis têm sido desprezados e seu uso não é permitido em áreas urbanas. É verdade que os serviços médicos de estilo ocidental custam aos pacientes menos do que eles pagariam para tratamentos médicos tradicionais. Pela mesma razão, enquanto as armas importadas do Ocidente têm substituído armas tradicionais, os equipamentos agrícolas modernos são muito necessários para se reduzir o nível de pobreza nos campos da República de Camarões.
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O financiamento internacional das organizações da sociedade civil dentro do esquema de apoio aos processos de democratização tem aumentado de maneira significativa nos últimos anos. No entanto, isto suscita algumas questões que vão muito além da efetividade das atividades das organizações receptoras. Quem são estes grupos? Quem eles representam? Quais efeitos o financiamento internacional produz sobre o trabalho organizacional delas e seu enraizamento nas sociedades locais e sistemas políticos? Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que examinou as fontes de financiamento, nível organizacional, eleitorado doméstico e relações com partidos políticos de 16 grupos da sociedade civil na América Latina que receberam apoio da Fundação Nacional para a Democracia [National Endowment for Democracy] em 1999. A pesquisa mostrou que, embora os grupos demonstrem uma grande diversidade em suas fontes de financiamento, todos eles recebem a maior parte dos financiamentos a partir de doadores internacionais. O autor argumenta, contudo, que dadas as escassas possibilidades de financiamento gerado domesticamente, esta dependência já é esperada. O artigo conclui com uma série de questões sobre o significado do apoio internacional para grupos locais em democracias em desenvolvimento e os efeitos em potencial que ele pode ter em desconectar tais grupos de seu sistema político e partidário mais geral.
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O comércio mundial está cada vez mais condicionado às regras da Organização Mundial de Comércio (OMC). No caso da indústria de confecções isto significa a desativação gradual do Acordo Multifibras, que tem dominado o comércio dos produtos têxteis e das confecções desde 1974. Esta desativação é vista como benéfica para os países em desenvolvimento e as críticas concentram-se na maneira pela qual os EUA e a Europa estão atrasando o processo. É importante, porém, analisar quem exatamente irá ganhar ou perder. Nem todos os países pobres irão se beneficiar. Além disto, a maior parte dos lucros da produção de roupas vai para as companhias do hemisfério norte que controlam a indústria. Estas companhias irão se beneficiar de mercados mais abertos e da competição entre fornecedores globais. Ao mesmo tempo, para trabalhadores do hemisfério norte e sul, esta maior competição traz insegurança e ameaça de deterioração das condições de trabalho.
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Este artigo investiga o impacto das atividades de consultoria antropológica nas universidades do Reino Unido e o papel do Departamento Britânico para o Desenvolvimento Internacional (DFID) na condição de importante fornecedor de serviços de consultoria. O DFID e outros doadores vêem a consultoria antropológica como um instrumento útil principalmente no oferecimento de assistência técnica a projetos do Terceiro Mundo com uma dimensão comunitária ou de desenvolvimento social. O artigo mostra as tensões entre a consultoria baseada no Reino Unido e o desenvolvimento de base no terceiro mundo e também entre a antropologia aplicada e a autonomia relativa da antropologia como disciplina acadêmica. O autor sugere que uma pré-condição necessária para compreender a contribuição da antropologia para a política é a superação da falta de vontade dos governantes de questionar politicamente as relações de poder dentro das quais as ciências sociais, antropologia e as próprias atividades comissionadas estão alocadas. O objetivo principal do artigo é iniciar um debate sobre as relações entre poder, conhecimento, fortalecimento e trabalho de consultoria.
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Em maio de 2000 um grupo da Ashoka, fundação humanitária com base nos EUA que concede financiamentos a 'empresários sociais' ou projetos inovadores para o bem comum, visitou alguns projetos para o desenvolvimento sustentável na costa de Oaxaca, no sul do México. O autor acompanhou o grupo e relata aqui suas observações e destaca questões desafiadoras sobre as contradições e riscos imprevistos nestes empreendimentos visionários.
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O autor questiona quais as políticas públicas "em que todos ganham" que podem reduzir substancialmente o percentual de pessoas que vivem na pobreza absoluta e que permitam que os pobres se tornem mais ricos, mesmo que os ricos também se tornem mais ricos.
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As estratégias voltadas especificamente para as questões de gênero têm se tornado muito populares, tendo como objetivo alcançar uma melhora sustentável na pobreza da zona rural da África. Contudo, existe uma preocupação crescente de que esta estratégia possui uma base conceitual muito fraca. Partindo de informações reunidas durante anos de envolvimento com projetos de desenvolvimento exclusivo para mulheres na Nigéria, os autores destacam alguns desafios conceituais importantes para esta estratégia e argumentam que, a menos que eles sejam combatidos, estes riscos irão por fim fazer com que a estratégia de alívio da pobreza voltada especificamente para as questões de gênero na Nigéria seja esquecida em um cemitério de paradigmas de desenvolvimento não utilizados.
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Uma renda familiar insuficiente devido aos recursos degradantes e oportunidades limitadas tem provocado a migração, desnutrição e má qualidade de vida entre os tribais na Índia. Estes problemas têm sido efetivamente combatidos através da capacitação das pessoas para que elas possam reconstruir sua base de recursos e do fortalecimento da ação local através dos Gram Vikas Mandals (fóruns de desenvolvimento do vilarejo) e do desenvolvimento de recursos humanos em nível de vilarejo. O programa de criação de pomares descrito neste artigo atualmente atinge mais de 11.000 famílias e 4.000 alqueires de terras marginais foram convertidos em pomares. Este programa tem ajudado as pessoas a planejar outras ações de desenvolvimento, melhorar seu conhecimento e habilidade em assumir riscos e formar um grupo social coeso. Assim, ele tem permitido que o bem-estar dos tribais esteja em sintonia com o bem-estar do ecossistema. Este programa orientado para resultados foi agora considerado um modelo para o desenvolvimento dos tribais e de pessoas pobres da zona rural e é organizado pela Fundação para Pesquisa de Desenvolvimento BAIF e financiado pelo Governo Alemão através da KfW e da NABARD na Índia.
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O artigo argumenta em prol de projetos que definem caminhos inovadores e revê a experiência do Projeto de Desenvolvimento de Terai, no norte de Bengal (Índia). Ele resume diversas lições: criando condições para a efetividade em termos de custos de "projetos internos", gerenciando iniciativas de boa vontade, promovendo a inovação através do ciclo completo de crescimento e consolidação, conectando programas governamentais e iniciativas privadas em andamento com desenvolvimento de políticas de base e utilizando talentos locais. Os autores defendem uma abordagem apropriada em relação ao desenvolvimento institucional e inovação de políticas, concentrando-se naquilo que pode ser feito para funcionar ao invés daquilo que é pré-concebido como o modo correto de se trabalhar.
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Este estudo baseado em fontes secundárias foi conduzido sob responsabilidade da UNICEF em Daca, capital de Bangladesh, para estabelecer quais informações estavam disponíveis sobre a violência de ataques com ácido, com o objetivo de possibilitar possíveis intervenções a fim de evitar os ataques. O estudo mostra que as mulheres jovens são as principais vítimas que, tendo rejeitado o assédio dos homens, são alvo de ataques de ácido como forma de vingança. Embora isto ocorra em toda Bangladesh, existem poucos dados de fontes confiáveis sobre o número real dos ataques, reabilitação das sobreviventes e as conseqüências para os culpados. O relatório sugere que são necessárias pesquisas adicionais para completar estes dados e que deve ser dado destaque à capacitação em gerenciamento de dados no ponto de oferecimento de serviços de apoio.
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Este artigo concentra-se na medição do desempenho do programa de democracia e governança (DG) da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), em sua missão no Zimbábue. O artigo conta a estória de um indicador qualitativo utilizado para medir o progresso, chamado de 'Índice de Advocacia'. O autor traça a história deste indicador, desde sua razão fundamental e conceitos até as fases iniciais de implementação. O artigo discute os problemas de medição quantitativa e observa que tem havido um conjunto de respostas "qualitativas" sugeridas. Ele segue descrevendo a introdução do Índice de Advocacia pela missão USAID e as respostas de seus parceiros do Zimbábue e apresenta também algumas lições e questões preliminares suscitadas pela experiência.
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Voluntários expatriados em Phnom Penh, Camboja, trabalham em um país onde muitos de seus colegas expatriados recebem um pagamento melhor do que o deles. Tais voluntários acreditam em geral que estas disparidades financeiras afetam as percepções que as pessoas têm a respeito deles. Este artigo analisa a auto-percepção dos voluntários trabalhando com o Serviço Voluntário do Exterior em Phnom Penh e enquadra estas percepções nas teorias recentes de motivação e engajamento. Duas questões são, então, levantadas: se estes voluntários estão interessados e capacitados o suficiente para oferecer assistência com qualidade e de que modo as percepções de seu status podem afetar sua habilidade em oferecer tal assistência.
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O comércio ético está se expandindo rapidamente no Reino Unido. Desde a implementação da Iniciativa Comercial Ética, muitas campanhias estão adotando códigos de conduta que tratam de condições de trabalho em suas cadeias de fornecimento, baseados em um processo de múltipla participação de acionistas. Abordar questões de gênero em sua implementação continua sendo um importante desafio para os que fazem política. Este artigo avalia de que modo a suscetibilidade a respeito da questão de gênero no monitoramento e avaliação dos códigos pode ser ampliada dentro de um sistema de multi-acionistas, baseando-se na evidência de um estudo de caso de exportação de horticultura na África do Sul. Os autores recomendam que as políticas atendam as necessidades dos trabalhadores mais marginalizados, muitos dos quais são mulheres.
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Nunca anteriormente o Estado Boliviano havia feito um esforço tão grande para promover a participação de camponeses no desenvolvimento local. Em 1994, ele promulgou a Lei de Participação Popular, que institucionalizou uma metodologia de Planejamento Municipal Participativo. Embora reconhecendo amplamente sua natureza progressiva, não é muito difícil identificar detalhes autoritários dentro desta metodologia. Os autores argumentam que o conceito de participação deveria ser visto como "negociação" para aumentar a abrangência da participação dos camponeses no processo de planejamento. Isto por sua vez implicaria em algumas mudanças metodológicas significativas, mas resultaria em Planos de Desenvolvimento Municipal com a flexibilidade para lidar com situações específicas do campesinato boliviano.
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Este artigo discute a relação entre a corrupção e o desenvolvimento econômico. Ele questiona a visão de que, sob certas condições, a corrupção pode melhorar a eficiência e argumenta que embora a corrupção possa beneficiar indivíduos poderosos, ela sem dúvida alguma irá levar a uma maior ineficiência e a um desperdício de recursos em nível macroeconômico. Após uma breve introdução, o autor sugere que uma possível causa da corrupção seja a frágil base produtiva, condição essencial para o surgimento de escassez que, por sua vez, estimula a corrupção. Alguns possíveis impactos da corrupção são então examinados. Embora não seja sugerida nenhuma medida política, um sistema político mais responsável e transparente significaria certamente um avanço na direção correta.
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Existe uma carência amplamente reconhecida de esquemas institucionais inovadores que forneçam serviços financeiros a pessoas pobres, de forma que diversos esforços têm sido feitos para se alcançar este fim. Estes esforços vão desde a modificação dos serviços oferecidos por bancos existentes até a promoção de sistemas que priorizam as pessoas. Os programas que tratam da segunda opção, têm tendido a enfatizar uma abordagem abrangente de desenvolvimento, sendo os serviços financeiros uma das diversas atividades inter-relacionadas. Este artigo discute as principais características da organização e operação de sistemas que priorizam as pessoas, explora o significado de mobilização social neste contexto, indica uma série de benefícios que tais sistemas podem gerar e ilustra suas características, atividades e benefícios através de um estudo de caso.
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A metodologia RAAKS (sigla em inglês de Avaliação Rápida de Sistemas de Conhecimento Agrícola), juntamente com ferramentas PRA (Avaliação Rural Participativa), foi utilizada de maneira bem-sucedida no programa de desenvolvimento rural integrado da organização CARE-Macina. A metodologia permitiu que a equipe da agência produzisse informações relevantes a respeito de organizações comunitárias em nível dos vilarejos e então destacasse alguns pontos positivos e negativos de seus esforços para reforçar sua capacidade organizacional. Isto provocou diversas mudanças importantes nas estratégias da agência. Os detalhes da metodologia utilizada pela equipe da Macina, alguns resultados do exercício e mudanças nas estratégias de programa a respeito do fortalecimento das organizações de base são discutidos no artigo.
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Na ausência de um governo coeso e controlador no Afeganistão, as ONGs têm assumido grande parte do trabalho da área econômica e social, tornando-se, por procuração, os responsáveis pela política e os diretores da prática. Contudo, o poder imprevisível e ainda crescente dos Talibãs leva as ONGs a adiarem as políticas do governo em favor da manutenção de sua própria influência e implementação de projetos. Chegou o momento das ONGs abandonarem este papel de atuação por procuração e de buscarem engajar-se de maneira construtiva com as dinâmicas do governo emergente.
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Este artigo descreve sete pequenas formas para que as microfinanças adquiram as mesmas virtudes das finanças informais, que são comumente entendidas como custos de transação reduzidos, fornecimento não somente de empréstimos mas também poupanças e seguros implícitos, sensibilidade para os obstáculos enfrentados pelas mulheres, substituição da confiança no caráter da pessoa por contratos de fiança, socialmente regulados e/ou auto-regulados e seqüências de transações repetidas.
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Economias baseadas na solidariedade e apoio mútuo, e que são adequadas ao desenvolvimento humano e justiça social, representam a base de uma alternativa ao modelo neoliberal que está direcionando o atual processo de globalização e que tende a destruir a iniciativa e a expressão locais. O autor baseia-se em uma longa experiência na região sul do México para descrever esta visão econômica alternativa.
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Investimentos em pesquisas voltadas para processos e investimentos em pesquisas participativas com agricultores têm levado à emergência de soluções relacionadas à agrosilvicultura sustentável para problemas de degradação da terra, pobreza e insegurança alimentar em áreas rurais. Milhares de agricultores em diversas eco-regiões têm adotado inovações que demonstram o potencial da agrosilvicultura. Este artigo destaca a importância da mudança institucional através da abordagem adotada pelo Centro Internacional de Pesquisas em Agrosilvicultura para incrementar a adoção e impacto das inovações. Oito áreas de intervenção constituem os elementos-chave de uma estratégia de desenvolvimento, que visa oferecer a 80 milhões de pessoas pobres das áreas rurais melhores opções de subsistência até o ano 2010.
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As organizações comunitárias de base estão cada vez mais sendo consideradas um modo sustentável de dinamizar os benefícios da pesquisa agrícola e desenvolvimento realizadas por alguns agricultores em áreas isoladas de projetos-piloto, para que se possam expandir estes benefícios mais amplamente em termos geográficos e sócio-econômicos e de maneira rápida. Este artigo descreve e ressalta as lições aprendidas com diversas organizações de pesquisa e desenvolvimento na região ocidental do Quênia, utilizando diferentes abordagens com base em comunidades para dinamizar a agrosilvicultura e outras opções biológicas com o objetivo de melhorar a fertilidade do solo entre os pequenos produtores com poucos recursos. Os principais benefícios de tais abordagens são que a conexão entre agricultores, governo e outros distribuidores de serviços é fortalecida, o fluxo de informações e a conscientização sobre as opções disponíveis são divulgados rapidamente entre os agricultores e a participação dos agricultores e a inovação são aumentadas. Para uma oferta efetiva de serviços, contudo, são necessários níveis mais altos de associação, que vão além dos agricultores ou grupos individuais, como as organizações de jovens, mulheres ou religiosas. Contudo, a experiência de um projeto-piloto envolvendo o Centro Internacional de Pesquisa em Agrosilvicultura e algumas importantes instituições de pesquisa nacional e desenvolvimento mostram que comitês em vilarejos e locais são freqüentemente inativos caso não haja uma estreito acompanhamento, que é melhor oferecido por instituições locais tais como equipes governamentais de extensão com vínculos com agricultores ou ONGs. A maior parte destas instituições, contudo, possuem recursos e informações limitados. Para atenuar estes problemas e melhor compartilhar as experiências entre organizações e projetos individuais na região, foi formado um consórcio estratégico de instituições-chave. Atualmente existe uma grande esperança em relação ao consórcio, embora ainda seja muito cedo para determinar sua efetividade.
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Os estudos de caso demonstram a amplitude e riqueza das abordagens e lições aprendidas com os projetos de dinamização agrícola. Uma lição fundamental é que a estratégia de expansão é muito mais complexa do que simplesmente transferir informação e material de plantio. Ela implica desenvolver capacidade institucional em nível comunitário para promover e sustentar o processo de inovação. Um grande problema é a escassez de pesquisas sobre o processo de dinamização. Avaliações cuidadosas sobre os custos e benefícios relativos e as vantagens e desvantagens de estratégias diferentes são freqüentemente possíveis de serem realizadas e podem fortalecer imensamente a efetividade da dinamização.
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A pesquisa participativa que combina o conhecimento dos agricultores e dos pesquisadores promove o desenvolvimento de uma variedade de opções de agrosilvicultura que podem atender às várias necessidades de diferentes agricultores e, então, explorar uma das maiores vantagens da agrosilvicultura--sua flexibilidade. A elaboração e avaliação dos sistemas de agrosilvicultura com oito grupos de pesquisa de agricultores no sudeste do México foram conduzidas através de levantamentos de objetivos de produção individual e limitações, assim como através de identificação de grupo, testes e análises de alternativas de produção. Testes realizados por agricultores foram utilizados como base para projetos de desenvolvimento da agrosilvicultura implementados pela comunidade e organizações governamentais, sendo então utilizados para disseminar as tecnologias que haviam sido testadas e adotadas por agricultores locais.
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Valiosos recursos genéticos das árvores estão declinando em muitas comunidades agrícolas na região amazônica do Peru, limitando as opções dos agricultores para o desenvolvimento econômico. O Centro Internacional de Pesquisas em Agrosilvicultura está trabalhando com comunidades agrícolas para aumentar a produtividade e sustentabilidade de longo prazo de suas florestas e fortalecê-las para conservar os recursos genéticos das árvores. Este artigo descreve alguns princípios de gestão participativa de árvores e o modo como os pesquisadores estão trabalhando com os agricultores para selecionar materiais de plantio melhorados, reduzir o risco de não adaptação das árvores, assim como produzir e fornecer material de plantio de alta qualidade e ampliar a gestão participativa de árvores.
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A região do sul da África enfrenta uma grande degradação de sua base de recursos naturais devido ao crescimento da população e da pobreza. A tecnologia da agrosilvicultura já se encontra disponível e possui um grande potencial para melhorar os meios de subsistência de diversas famílias. Os resultados do desenvolvimento da tecnologia e o modo como tal desenvolvimento evoluiu para um processo mais voltado aos usuários são descritos neste artigo. As tendências de desenvolvimento regional são avaliadas e seis opções de agrosilvicultura, que oferecem melhores opções de meios de subsistência para famílias de pequenos proprietários de terra, são também descritas. Além disto, problemas e sucessos vivenciados na promoção do uso mais amplo da agrosilvicultura são também discutidos. Lições aprendidas em parcerias, a estrutura de tempo dos impactos observados, a utilização de pequenos proprietários como agentes de mudança e a abordagem das necessidades especiais das mulheres são destacadas pelo autor. A ênfase do artigo recai no uso da agrosilvicultura como uma ferramenta de aprendizado na capacitação local para o desenvolvimento inovador.
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Este artigo descreve os desenvolvimentos em agrosilvicultura em dois distritos do Quênia conduzidos sob a responsabilidade do Projeto de Extensão da Silvicultura de Nakuru e Nyandarua, de 1990-1995, e a influência subseqüente destes desenvolvimentos nas políticas de extensão relativas à agrosilvicultura no Quênia. O artigo oferece exemplos de aspectos inovadores dentro de um programa convencional de serviços-resultados e descreve com certo detalhe os sucessos, fracassos e oportunidades das atividades-piloto, utilizando uma metodologia de extensão participativa. Estas atividades, juntamente com outras testadas no país, têm contribuído para conceitualizar as abordagens de planejamento de base que sustentam o Programa Nacional de Extensão Agrícola e de Gado, um programa do governo que, juntamente com a restruturação governamental em andamento, tem substituído a prévia abordagem nacional dominante de Treinamento e Visita. O programa atual baseia-se no planejamento interdisciplinar e participativo em áreas delimitadas.
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Para dinamizar a adoção da agrosilvicultura são necessárias inovações técnicas que sejam adaptadas ao ambiente, ajustadas à demanda, com baixo uso de capital e trabalho, assim como com resultados tangíveis em um curto espaço de tempo. Os requisitos básicos, normalmente informação e germoplasma, precisam estar disponíveis. Para alcançar as milhares de pessoas pobres das zonas rurais que requerem os produtos e serviços das inovações da agrosilvicultura, o processo de dinamização tem de ser eficiente em termos de custo e tempo. Freqüentemente, os resultados dos projetos são muito lentos e caros, de forma que as questões de gerenciamento de recursos naturais precisam ser abordadas em larga escala. As experiências a partir do sudoeste de Uganda sugerem que os governos locais e organizações podem ser incentivadas a iniciar uma estratégia efetiva em termos de custos e escala. O processo de descentralização introduzido recentemente em Uganda torna possível aos agricultores fazerem isto. Organizações de pesquisa e desenvolvimento concentram-se em suas vantagens comparativas, que estão relacionadas ao desenvolvimento de inovações e monitoramento.
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Este artigo descreve a estrutura e impactos de um projeto de desenvolvimento realizado em Nagaland, na Índia. O projeto foi uma experiência em larga escala sobre o desenvolvimento participativo, que enfatizou a tecnologia local aperfeiçoada em testes em agrosilvicultura, onde os próprios agricultores selecionam as tecnologias, implementam os testes de campo e assumem a responsabilidade por disseminar os resultados localmente. Esta avaliação sugere que a agrosilvicultura tem se expandido rapidamente e tem sido adotada principalmente em terras que do contrário teriam sido utilizadas por agricultores tradicionais para a cultura de pousio. Assim, Nagaland parece estar a caminho de intensificar o uso de suas terras, baseando-se na agrosilvicultura, o que provavelmente irá frear as taxas de desflorestamento. A alta taxa de crescimento do projeto ocorreu graças a um sistema efetivo de direitos de propriedade, acesso a um mercado amplo e crescente de madeira, um processo contínuo de monitoramento e avaliação, fornecimento de sementes e mudas com baixo custo e uma estratégia de projeto participativo com atuação baseada na flexibilidade e fortalecimento comunitário.
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As plantas de forragem oferecem um grande potencial para aumentar a renda de pequenos produtores de laticínios. Seguindo o sucesso dos testes em estações agrícolas e em fazendas, bem como a considerável difusão realizada de produtor para produtor no Distrito de Embu, no Quênia, foi iniciado um projeto para introduzir arbustos de forragem junto a produtores de sete distritos. Durante um período de dois anos, um agente promotor, trabalhando com parceiros baseados no campo, ajudou 150 grupos de produtores, compreendendo 2.600 agricultores, a desenvolver 250 centros de plantação. Os produtores plantaram uma média de 400 arbustos cada. A experiência tem comprovado que a promoção bem sucedida de projetos agrícolas requer muito mais do que a transferência de sementes e conhecimento sobre uma nova prática. Ela envolve a criação de parcerias com uma série de colaboradores, garantindo a adequação da prática e o interesse dos produtores nela, ajudando comunidades locais a serem efetivas na mobilização de recursos locais e externos e garantindo a participação efetiva de grupos de produtores e outros colaboradores nos testes, difundindo, monitorando e avaliando a experiência implementada.
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O uso sustentável da terra é essencial para o desenvolvimento das terras altas das Filipinas, onde cerca de 18 milhões de pessoas vivem. Este artigo relata nossas experiências utilizando uma abordagem participativa para desenvolver práticas de agrosilvicultura e instituições para conservação da agricultura que garantam a segurança alimentar, reduzam a pobreza e protejam o meio ambiente em Claveria, norte de Mindanao, nas Filipinas. Nós verificamos que as faixas de vegetação naturais oferecem uma solução simples para as limitações técnicas de conservação do solo nas encostas. Elas são faixas intermediárias, situadas ao redor das áreas agrícolas, em que a vegetação natural pode voltar a crescer e tornar-se uma cobertura densa e protetora. As faixas também oferecem uma base para desenvolver sistemas mais complexos de agrosilvicultura, incluindo forragem, frutas e madeira de árvores. O grande avanço na adoção destes sistemas tem sido garantido pela abordagem conhecida como Landcare. Landcare é um movimento de organizações liderado por agricultores, que compartilham conhecimentos sobre agricultura sustentável e lucrativa nas terras de encosta, conservando ao mesmo tempo os recursos naturais. O movimento Landcare está se espalhando rapidamente para vários municípios em Mindanao e ilhas Visayan.
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Como resultado das reformas internas e externas introduzidas nas últimas duas décadas na Argentina, assim como na maioria dos países latino-americanos, as atividades manufatureiras das zonas urbanas têm sofrido um dramático processo de restruturação, criando novos conflitos sociais e ambientais. Em um contexto onde as estratégias macroeconômicas estão resultando em restruturação de longo prazo dos modelos de produção e conflitos localizados, é importante avaliar a sustentabilidade das atuais tendências de desenvolvimento urbano. Concentrando-se no estudo de caso da cidade de Mar del Plata, na Argentina, esse artigo analisa a restruturação da indústria pesqueira, passando de um sistema fechado nacionalmente para um sistema aberto internacionalmente. A autora examina de que modo e por qual razão as estruturas do governo que regulam a adequação e transformação da natureza têm sofrido mudanças durante o processo de restruturação e têm, conseqüentemente, redefinido a habilidade do Estado, das firmas e dos cidadãos-trabalhadores para proteger a base de recursos naturais da qual a economia local depende.
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As condições de moradia de baixo nível e sem segurança são reconhecidas como um aspecto crucial da pobreza urbana. Na maioria das grandes cidades dos países em desenvolvimento, o mercado formal atende apenas a uma minoria da população. Estima-se que entre 30 e 70% da população vivem em alojamentos "irregulares" e que até 85% do total das novas moradias são produzidas de maneira ilegal, com graves conseqüências sociais e ambientais. O trabalho inovador de John Turner e a primeira conferência sobre Habitat ocorrida em 1976 marcou uma mudança de paradigma em direção a uma abordagem capacitante e participativa para o fornecimento de casas. Pouco progresso, porém, tem sido feito na transformação do novo paradigma em políticas práticas e sustentáveis. Os esquemas de realocação, moradias sociais, melhoria nas favelas, lugares e serviços são prejudicados por dois problemas que estão relacionados entre si: primeiramente, eles são realizados em uma escala muito pequena para atender à crescente demanda e, em segundo lugar, os produtos são muito caros para serem financiados para grupos de baixa renda. O artigo argumenta que a estratégia do setor informal de desenvolvimento incremental e a melhoria das moradias e infra-estrutura podem ser incorporadas pelas políticas públicas e mostra casos das Filipinas e Paquistão como exemplos de práticas eficientes realizadas nessa direção.
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Grande parte do sistema habitacional urbano dos países em desenvolvimento e também de alguns países europeus é desenvolvida fora dos processos sancionados oficialmente. Isso se deve menos ao fato de haver um desejo global de infringir a lei do que à existência de regulações de planejamento, padrões e procedimentos administrativos inadequados. Muitos países herdaram ou importaram seu sistema regulatório de outros países e esse sistema foi destinado a atender condições muito diferentes daquelas que os países do sul atualmente enfrentam. Ao tentar impor tais sistemas para populações que invariavelmente são muito pobres para poder ajustar-se a eles, corre-se o risco de não haver o respeito à lei e às instituições oficiais em geral. Portanto, para que o desenvolvimento urbano seja socialmente, economicamente e institucionalmente sustentáveis, é crucial avaliar até que ponto as mudanças nos sistemas regulatórios são necessárias para abaixar os degraus da escada do sistema habitacional de modo a permitir que os pobres das áreas urbanas possam começar a subi-los. Esse artigo serve de referência para um projeto de pesquisa internacional para avaliar os custos sociais e econômicos de tais sistemas para um novo desenvolvimento urbano.
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Grandes áreas das cidades do Zimbábue ainda refletem as tradições do planejamento colonial destinado a promover a segregação racial, que não mais atende adequadamente às demandas das áreas urbanas que estão duplicando de tamanho a cada 10-15 anos. Esse artigo avalia as influências políticas, econômicas e sociais sobre a produção e uso do espaço urbano em Harare e também até que ponto o sistema de planejamento e de regulamentação acomoda as demandas que competem pelo espaço público de uma cidade que cresce rapidamente. Alison argumenta que o espaço urbano é uma fonte crucial para as famílias pobres que não podem ser ignoradas no contexto de um desenvolvimento sustentável e que o fracasso das políticas oficiais e regulações em reconhecer sua importância inibe a habilidade dos pobres das zonas urbanas a ajudarem a si próprios. As iniciativas de políticas para restituir esse balanço são exploradas no texto.
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Em Cuba, o fornecimento centralizado de moradias tem coexistido com uma demanda generalizada de esquemas que se baseiam na auto-ajuda para atender a procura por moradia, embora não tem havido nenhum mecanismo para articular as duas práticas entre si. O autor discute modos para reunir os recursos técnicos e financeiros do setor estatal com a criatividade e visão das pessoas que moram nas cidades e vilarejos de Cuba para criar esquemas que sejam socialmente e ecologicamente sustentáveis.
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O Programa de Casa Própria do governo da cidade de Buenos Aires é um caso inovador de financiamento público-privado de um esquema de moradia social. O programa visa incentivar os investidores a construir casas em terras privadas para serem vendidas a compradores de baixa renda que recebem empréstimos "suaves" do estado. A experiência do Programa Casa Própria sugere que no hemisfério sul, onde o Estado normalmente carece de redes consolidadas de suporte social, o modelo de programas de moradia que teoricamente são sustentáveis para grupos de baixa renda tende a dar prioridade a variáveis financeiras ao invés de priorizar as preocupações sociais e ambientais. Isso cria contradições dentro de tais programas que resultam em impactos sociais e ambientais negativos.
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A disparidade entre o hemisfério norte e sul no acesso às novas tecnologias de comunicação e informação é bem conhecida, mas é necessário agora ir além dos simples atos de medir e documentar essa diferença e desenvolver indicadores mais precisos sobre como tais tecnologias poderiam ser, e estão sendo, utilizadas por organizações populares (tais como as associações de moradores) a fim de dar mais voz aos interesses das pessoas que vivem na pobreza.
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A metodologia MOLAND adota técnicas de observação da terra com equipamentos geo-processadores e dados estatísticos para monitorar mudanças ambientais e morfológicas em áreas urbanas. A metodologia auxilia a entender os processos de desenvolvimento urbano assim como serve de ferramenta para o planejamento. A metodologia MOLAND oferece informações territoriais detalhadas em escala regional, permitindo que as agências de desenvolvimento obtenham de maneira precisa alguns indicadores ambientais específicos e melhorem os atuais indicadores de sustentabilidade urbana. Esse artigo descreve os tipos de informação que podem ser produzidos com a metodologia MOLAND, os esforços para desenvolver séries de dados comparáveis no decorrer do tempo em locais diferentes e aplicações desses dados para planejar tarefas envolvendo crescimento populacional, mobilidade, segurança, avaliação estratégica, impacto ambiental em larga escala e crescimento urbano. Experiências recentes sobre a aplicação da metodologia nas cidades da Europa Oriental e do Terceiro Mundo também são discutidas no artigo.
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Apesar das melhorias no acesso às terras e serviços urbanos que vêm ocorrendo desde a década de 1980 tanto no Brasil como no México, a consolidação dos loteamentos urbanos da periferia tem acentuado a segregação social. Tais tendências chamam a atenção para a contínua existência da pobreza em escala global. De que modo os planejadores e administradores urbanos têm escolhido enquadrar os desafios que as comunidades de baixa renda estão enfrentando? Até que ponto a linguagem utilizada pelos especialistas técnicos permite que eles se engajem em um diálogo com as pessoas que vivem nessas comunidades marginalizadas, que não confiam muito nos resultados das negociações com o Estado?
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Fortalecer organismos locais urbanos na Índia para cumprir com as responsabilidades de desenvolvimento através do uso de intermediários financeiros no mercado de capital acarreta sérias implicações para o modelo de desenvolvimento urbano e para a organização do espaço dentro das cidades. A política de liberar os organismos locais dos controles do governo e do legislativo pode obrigar tais organismos a ficar sob direção ou controle indireto de instituições corporativas e financeiras, resultando no enfraquecimento de seus comprometimentos com as questões sociais. É importante manter uma vigilância no processo pelo qual as cidades são segmentadas e as comodidades básicas são negadas aos pobres devido a essa crescente dependência dos recursos privados para investimentos na infra-estrutura.
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Com referência a Dar es Salaam, esse artigo examina as experiências até o momento com o conceito de Planejamento Ambiental Urbano e Gerenciamento (EPM), uma abordagem promovida pelas agências da ONU preocupadas com os alojamentos humanos (UNCHS) e meio ambiente (UNEP) para melhorar a capacidade dos governos locais de gerenciar o rápido crescimento urbano e o desenvolvimento em parceria com colaboradores importantes. O artigo destaca as oportunidades que o EPM oferece para revitalizar o gerenciamento urbano, particularmente em contextos onde há a falta absoluta de capacitação para gerenciamento, como aqueles encontrados na Tanzânia. Entre os fatores que vão contra as parcerias sustentadas entre governos locais e colaboradores-chave estão a falta de vontade política, a ênfase exagerada em resultados físicos de curto prazo, a relutância em dividir o poder e a natureza demorada do processo de EPM. Mudar atitudes e hábitos já incorporados pelas elites políticas e administrativas (como por exemplo: conservadorismo, inflexibilidade, mistificação do planejamento e gerenciamento urbano e monopolização do poder) torna-se fundamental para que o EPM possa ser institucionalizado dentro da Tanzânia. Outras questões incluem a de como sustentar um consenso entre diversos colaboradores, o balanço entre estratégias de longo prazo e expectativas imediatas ou de curto prazo em ambientes marcados pela pobreza e problemas de diálogo com grande participação da sociedade civil em democracias multipartidárias imaturas.
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A democratização, os ajustes estruturais, a reforma do Estado (incluindo a descentralização) e a liberalização da economia (incluindo privatizações) têm introduzido mudanças dramáticas nas nações, sociedades e cidades da América Latina e Caribe (LAC). Como os governos centrais começam a repassar mais responsabilidades a eles, os governos locais são obrigados a desempenhar novas funções e a fortalecer sua capacidade gerencial para poder arcar com os crescentes problemas urbanos e demandas da população. Em resposta à inabilidade do Estado em resolver problemas locais, está havendo uma proliferação de organizações da sociedade civil (CSOs) engajadas em iniciativas de auto-ajuda, estabelecendo redes sociais e grupos de apoio mútuo para poderem atender suas necessidades básicas. Para fortalecer a democracia e promover a participação popular na solução de questões urbanas é necessário que haja clareza quanto aos princípios e metodologias de orientação. Esses princípios e metodologias devem estar baseados na rica experiência que as cidades latino-americanas têm adquirido no decorrer dos anos.
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Utilizando Lima como exemplo, o autor analisa o significado do desenvolvimento sustentável e o modo como as organizações comunitárias de base podem contribuir para alcançá-lo nas megacidades. Atualmente existem demandas para que as cidades e países do hemisfério sul desenvolvam-se de maneira sustentável, embora as próprias nações do norte não façam isso. A "sustentabilidade" em escala global é então alcançável apenas às custas das pessoas que vivem na pobreza do hemisfério sul. O autor argumenta que a recente mudança em direção à estratégia de colocar os problemas e preocupações das megacidades do Terceiro Mundo de volta nas agendas nacionais e internacionais está mais fundada nas preocupações ambientais do que no desejo de combater a pobreza e a falta de serviços básicos. A fragmentação das questões e pessoas nos ambientes urbanos é vista como uma ameaça ao desenvolvimento genuíno, enquanto que as organizações comunitárias de base podem sugerir algumas maneiras de alcançar uma forma de desenvolvimento que integre as preocupações sociais e políticas e que sejam, portanto, sustentáveis. O artigo afirma que os "espaços públicos" são uma maneira de alcançar um modelo descentralizado para o desenvolvimento e democracia na megacidade, desde que eles tenham como base o conhecimento do indivíduo e da comunidade e uma visão de desenvolvimento e política.
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As altas taxas de urbanização no hemisfério sul têm levado a um desenvolvimento insustentável em suas cidades. A forma de desenvolvimento que está ocorrendo é "parasita" no sentido de que exclui os pobres e segue o paradigma de desenvolvimento do hemisfério norte ao invés de seguir um modelo mais apropriado para as situações que o hemisfério sul enfrenta. O desenvolvimento sustentável é visto como uma forma de contrapor crescimento econômico com preocupações ambientais mas permanece a dúvida se isso é possível de ser alcançado uma vez que o impacto nos países do sul resultante de sua participação no mercado global tem se mostrado desastroso. Esse artigo destaca a necessidade da conscientização sobre a capacidade de "conduzir" e de "cuidar" de um país e argumenta que o trabalho em direção ao desenvolvimento sustentável precisa ser realizado a partir dos pobres. As Filipinas são um bom exemplo dessas preocupações, especialmente em relação às altas taxas de urbanização na Grande Manila, onde problemas ambientais e a falta de serviços têm levado à deterioração na qualidade de vida. Isso é visto pela autora como sendo responsabilidade de cinco grupos de poder que se sobrepõem - o Estado, o setor comercial, a igreja, a mídia e as agências humanitárias internacionais. Essas agências humanitárias citadas por último tendem a seguir o paradigma de desenvolvimento do hemisfério norte, o que coloca o hemisfério sul em uma posição vulnerável e força seus governos a agirem contra os interesses de seus países. Assim, é extremamente necessário que surja um novo paradigma de desenvolvimento que evite os erros do passado e melhore as perspectivas futuras para os pobres e para o meio ambiente.
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O debate da corrente dominante sobre desenvolvimento urbano concentra-se no desenvolvimento urbano ou nas cidades sustentáveis e tende a deixar de lado as abordagens sobre desenvolvimento centradas nas pessoas. A corrente dominante trata de questões relacionadas ao crescimento econômico, enquanto a última abordagem trata dos problemas ambientais, excluindo as preocupações sobre desenvolvimento dos que vivem na pobreza. A nova perspectiva de Cidades Sustentáveis no hemisfério sul é uma "abordagem inclusiva", que traz a visão dos setores pobres e marginalizados para o centro da discussão e inclui todas as dimensões de desenvolvimento, de modo holístico e sinergético. O artigo apresenta tal visão de cidades sustentáveis na Índia e descreve atividades destinadas a alcançar essa visão.
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Com 300 milhões de pessoas, a população urbana da Índia representa ainda menos de um terço do total de sua população. Projeta-se que até 2045 cerca de 800 milhões de indianos viverão em cidades - mais do que o total da população da Europa inteira atual. Atualmente, a infra-estrutura urbana de todas as seis mega cidades e 40 milhões de outras cidades da Índia já se encontram sob grande pressão. Os lençóis de água estão se esgotando rapidamente, a poluição vem alcançando níveis críticos, o sistema de transporte está confuso e os sistemas de esgoto e saneamento estão caóticos. Tudo isso está afetando a saúde e higiene pública. Essa situação explosiva não tem sido adequadamente considerada em nível nacional e internacional. Esse artigo analisa os programas e políticas adotadas até agora para corrigir a situação, identifica seus problemas e avalia as novas iniciativas que têm sido adotadas para tornar as cidades unidades de administração auto-sustentáveis e fornecedoras de serviços confiáveis.
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A antiga cooperação internacional de apoio a projetos e programas urbanos, embora focalizando quase que exclusivamente as ações através de agências governamentais, tem se baseado em grandes mal-entendidos sobre as possibilidades limitadas da intervenção do governo e possui uma frágil ligação com as tentativas acadêmicas de conceitualizar os processos de urbanização. Os principais programas de cooperação urbana internacional, tais como nas áreas de transporte, saneamento e fornecimento de água, têm sido fragmentados e freqüentemente tornam-se insustentáveis em termos políticos, sociais e tecnológicos, mesmo a curto prazo. Estão emergindo novas iniciativas que realmente reconhecem a necessidade de se trabalhar com atores e colaboradores ao invés de governos e essas iniciativas estão produzindo resultados práticos muito diversos. Até agora, essas iniciativas permanecem limitadas e pouco trabalho tem sido realizado para desenvolver as implicações de se "promover" esse tipo de abordagem ou de criar um sistema coerente para buscar iniciativas de desenvolvimento urbano sustentáveis e efetivas.
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Até muito recentemente, o fluxo de capital privado para os países em desenvolvimento cresceu rapidamente. Com a crise financeira de 1997 do Leste Asiático, os investimentos estrangeiros diretos têm sido identificados como um ingrediente vital para restaurar e fortalecer as economias da região asiática e de outras regiões. Na tentativa de atrair capital externo e estimular o desenvolvimento econômico, países como as Filipinas têm avançado na adoção de políticas que permitam um maior acesso de investidores estrangeiros. Cada vez mais, a impressão é a de que o capital estrangeiro, fornecido através de empresas transnacionais, está pronto para substituir a ajuda humanitária oficial e promover o desenvolvimento econômico através dos benefícios sociais que lentamente se seguem. Esse artigo examina o papel de uma empresa transnacional chamada Alliance no desenvolvimento de Bohol, nas Filipinas, que seria resultante de uma proposta de tratamento e fornecimento de água, unindo as províncias da ilha de Bohol e Cebu. O resultado da pesquisa sugere que os objetivos econômicos tendem a receber mais prioridade frente ao desenvolvimento social. A empresa Alliance pareceu não se esforçar muito ao utilizar suas habilidades econômicas e técnicas para envolver e consultar as comunidades afetadas. Essa posição fez com que moradores ficassem de fora do processo de desenvolvimento e deu origem a um sentimento de desconfiança e ressentimento.
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Em um setor altamente desregulado como o das ONGs, a Fundação Living Earth está pilotando um curso de aprendizado reconhecido externamente sobre Meio ambiente e Desenvolvimento de Comunidade, que faz parte de uma estratégia geral de capacitação das ONGs. O programa possui uma abordagem voltada para as necessidades, sendo que a estrutura e o oferecimento do curso são gerenciados através de consultas realizadas de maneira próxima com os próprios alunos. As vantagens de tal abordagem estão começando a se tornar aparentes aos alunos e estão divulgando o modo pelo qual a Fundação Living Earth promove um aprendizado com base nas comunidades.
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A comunicação entre os colaboradores de projetos de ajuda internacional já é vista há muito tempo como problemática. Os autores desse artigo entrevistaram cinco diferentes colaboradores de um projeto chinês-australiano para analisar se (a) os colaboradores possuem pontos de vista globais diferentes ; (b) os produtores e agências doadoras vêem a agricultura como um sistema e (c) os colaboradores podem ser colocados em uma espiral de aprendizado, incorporando visões de sistema técnico-cêntricas, sócio-cêntricas e sócio-biológicas. Nessa amostragem, os colaboradores apresentaram visões distintas, onde apenas a agência doadora sustentava uma visão sistêmica balanceada. Agricultores que têm experimentado com formas de cultivo, por exemplo, estavam interessados nas vantagens em termos de volume de produção mas não na lucratividade ou nos possíveis benefícios ambientais que motivaram outros colaboradores. Percepções diferentes foram distribuídas em uma espiral de aprendizado, que foi utilizada como uma estrutura para reflexão sobre as medidas suplementares desejadas no processo de pesquisa e desenvolvimento, particularmente envolvendo uma administração coletiva que poderia criar um resultado mais inclusivo para todos os colaboradores.
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Desde a queda da União Soviética, o governo da Geórgia tem lutado para oferecer serviços de saúde a uma população que está vivenciando a deterioração de seu sistema de saúde e ao mesmo tempo vem reestruturando e reformando a distribuição, prioridades, alocação de recursos e o foco geral desse sistema de saúde. As organizações humanitárias internacionais e de desenvolvimento da Geórgia podem aproveitar essa oportunidade histórica, servindo como auxiliadores e mentores no estímulo a um processo positivo de mudança social dentro dessa dinâmica de reforma. Esse processo, contudo, irá requerer estratégias e táticas amplamente inclusivas de atores internos e colaboradores e que podem ser colocadas em prática utilizando-se diversas abordagens participativas.
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Quinze firmas egípcias produtoras de mercadorias e serviços foram divididas em dois grupos de acordo com seus método de finanças. Assim, ficou identificado um grupo de sete firmas islâmicas que dividem seus lucros versus um grupo de oito firmas não islâmicas. Entrevistados durante 1993 e 1994, os dois grupos foram identificados como sendo similares em suas relações com os consumidores, em termos de comportamento de mercado e em seu paternalismo com os funcionários. As firmas não islâmicas, contudo, tiveram uma taxa de lucro significativamente mais alta, enquanto que as firmas islâmicas pagaram um salário médio significativamente mais alto, sugerindo que as instituições culturais determinam o comportamento econômico mesmo em uma economia de mercado bem estabelecida.
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O conceito de "comunidade" tornou-se moda no final do século vinte. Seu significado, contudo, está cada vez mais vago devido ao seu uso retórico na política e também nas áreas de desenvolvimento, gênero e meio-ambiente. Baseando-se na experiência da cidade de Mohlakeng e no Esquema de Serviço adotado entre 1990 e 1994, esse artigo examina algumas das implicações do uso flexível do termo `comunidade' na África do Sul.
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Caso as mulheres tenham uma maior influência nas decisões sobre como gerenciar os recursos, é possível haver mais segurança em termos de subsistência e a criação de um meio ambiente sustentável na África? As evidências sugerem que a resposta a essa pergunta deve ser afirmativa. Poucas agências de desenvolvimento, contudo, realizam avaliações sistemáticas com dados desagregados sobre a questão de gênero, apesar da literatura existente sobre desenvolvimento descrever há quase duas décadas os riscos de não se fazer isso. Esse artigo explora justamente essa questão, utilizando análises de casos do Quênia, Nigéria, Malawi, Gâmbia e Ruanda, reunidos a partir de uma pesquisa literária de mais de 50 projetos sobre gerenciamento de recursos naturais em toda a África. Os autores destacam os fatores que facilitam o envolvimento efetivo de homens e mulheres no gerenciamento de recursos naturais e desenvolve indicadores para tornar mais claro o progresso alcançado em termos de impacto, processo e sustentação.
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O autor argumenta que se as crianças recebessem mais atenção por parte dos doadores, isso poderia resultar em um uso mais efetivo dos recursos disponíveis para o combate à pobreza. Os serviços de assistência ao desenvolvimento, porém, deixam de lado algumas das necessidades mais prioritárias das crianças e não conseguem aproveitar as vantagens dos benefícios de longo prazo que seriam ganhos ao garantir às crianças o bem-estar físico e social. O artigo concentra-se especialmente nos ambientes de moradia das crianças que vivem na pobreza. Essa é uma área que recebe pouca atenção mas que é fundamental para a redução da pobreza. .
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O desenvolvimento de uma sociedade civil depende da parceria entre governo, setor corporativo e representantes da sociedade civil. As ONGs participam do desenvolvimento da sociedade civil mas não possuem uma boa performance em relação aos outros parceiros pois não são independentes e raramente são representativas. Essas organizações necessitam desenvolver habilidades para vender suas causas e, assim, reduzir sua dependência, tornar-se mais transparente e enraizar-se dentro das sociedades nas quais operam.
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As sociedades civis e as campanhas de base estão cada vez mais influenciando as políticas externas. Algumas dessas campanhas são conduzidas por grupos do hemisfério norte que são solidários com a luta do sul. Esse artigo analisa o papel do mártir como um fator motivante para a participação em grupos de solidariedade. Ele avalia os riscos de se confiar na imagem de um mártir, incluindo a discussão de uma controvérsia entre dois livros: Eu, Rigoberta Menchú e Rigoberta Menchú e a Estória de Todos os Pobres da Guatemala.
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Cerca de quase metade da população mundial vive em áreas atingidas pela malária ou em lugares onde existe um grande risco da transmissão da doença. Avanços contra a malária continuam a ser conquistados apesar dos recursos serem limitados. Porém, quaisquer que sejam esses avanços biomédicos, eles irão tornar-se significativos apenas se puderem ser aplicados a essas áreas atingidas em grande escala. A complexidade de fatores humanos, parcialmente exemplificada nesse artigo, será crucial para que tal aplicação seja bem-sucedida. Seria lamentável se mais aspectos biomédicos da malária se tornassem conhecidos sem que houvesse um maior entendimento dos contextos humanos nos quais a doença ocorre e nos quais os avanços biomédicos têm de ser aplicados.
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Muitos produtores agrícolas de países menos desenvolvidos não possuem informações abrangentes sobre os impactos severos e crônicos do uso de pesticidas sobre a saúde. Mesmo em pequenas doses, o uso de pesticidas pode causar problemas crônicos à saúde. Os resultados de uma pesquisa realizada entre os produtores de cana de açúcar em Fiji mostraram um significativo aumento das doenças entre os produtores que utilizam pesticidas comparado a um grupo que fazia uso controlado. Agências do governo, ONGs e grupos de doadores deveriam oferecer aos produtores informações sobre os riscos à saúde de curto e longo prazo na utilização de pesticidas. O acesso a mais informações irá permitir que os produtores tomem decisões racionais sobre os tipos de pesticidas que deverão utilizar ou se realmente devem utilizar algum tipo de pesticida. Do contrário, os países menos desenvolvidos deverão ter um aumento no nível de doenças crônicas acompanhando o aumento da produção agrícola.
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In English only
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Muitas vezes as primeiras barreiras para a melhoria na saúde da mulher têm suas raízes em fatores sócio-econômicos, legais e culturais. As mulheres geralmente ocupam uma posição subordinada em termos de poder econômico, tomadas de decisões e opções em relação à educação, trabalho e família. As leis nacionais freqüentemente restringem ou impedem a igualdade e capacidade de escolha dentro da sociedade. Assim, avanços na saúde reprodutiva não são apenas uma questão de intervenção eficiente na área de saúde mas também uma questão de justiça social e direitos humanos. Esse artigo discute como o sistema internacional de direitos humanos pode ser utilizado mais efetivamente na proteção e promoção dos direitos reprodutivos. Em particular, o artigo concentra-se em como os acordos do sistema internacional podem ter uma tarefa importante em fazer com que o Estado garanta os direitos da mulher em relação à saúde reprodutiva e sexual. O autor termina com um discussão sobre como o trabalho de defesa de direitos das ONGs pode colaborar mais com o monitoramento das decisões oficiais para que haja um avanço em relação ao direito à saúde reprodutiva da mulher.
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Good governance is currently seen as a means to development with decentralisation acting as one of its main tools.This paper illustrates how development institutions use decentralisation as a technical tool, neglecting its essentially political aspects.
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This paper is concerned with the requirements of microfinance organisations (MFOs) that seek both to reduce poverty and to become increasingly financially self-reliant. They need information on their impact in order to improve the services they offer. But impact assessment (IA) work has generally been carried out primarily to comply with the accountability requirements of their financial sponsors. This Note advocates re-orienting IA towards the MFO's own strategic decision processes, and integrating it more closely with internal monitoring.
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This paper reports on an attempt in Zimbabwe to use methods and techniques commonly associated with rural contexts, Rapid Rural Assessment (RRA) and Participatory Rural Appraisal (PRA), to undertake an assessment of the needs and perceptions of private sector enterprises in two urban settings. These participatory methods were well received and also facilitated dialogue among different, and sometimes mutually hostile, stakeholders.
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Os métodos participativos estão cada vez mais sendo utilizados no trabalho de desenvolvimento de base na África. Conceitos liberais do ocidente como "uma pessoa, um voto" são a base desses métodos. Tais conceitos, contudo, podem não ser facilmente compatíveis com a realidade popular na qual a etnia (isto é, identidades étnicas superiores e identidades étnicas subordinadas) é um importante fator que molda a ordem social. Esse artigo oferece uma visão da realidade sócio-política da etnia nos vilarejos de Botsuana. A tensão entre os métodos participativos e a realidade dos vilarejos estruturados etnicamente é ilustrada com exemplos de uma projeto que testou a relevância da Abordagem Rural Participativa (PRA) em Botsuana. Os autores identificam problemas e oportunidades gerados pelos métodos participativos ao enfrentarem as desigualdades existentes em comunidades divididas etnicamente.
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Enquanto a questão do gênero tem se tornado um fator central no desenvolvimento, a questão da idade e dos idosos raramente é levada em conta e muitas organizações assumem um modelo assistencial "de cima para baixo" e não participativo. Isso ocorre mesmo quando essas organizações estão engajadas em um desenvolvimento sustentável e participativo. Esse artigo analisa como as pessoas mais idosas têm se envolvido com os esforços assistenciais comunitários e sustentáveis no sudeste da Ásia. O autor argumenta que o fator mais importante para o sucesso do projeto é a capacitação social - habilidade que um grupo social ou comunidade possui para trabalhar efetivamente e cuidar de seus membros mais idosos - que, por sua vez, depende da abordagem estratégica da participação adotada pelo projeto.
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Atualmente tem sido dado bastante destaque ao envolvimento de comunidades no planejamento de seus próprios projetos. Muito dessa participação assume a forma de comunicação verbal, na qual os moradores dos vilarejos informam os funcionários que trabalham com desenvolvimento quais são seus problemas e como eles propõem resolvê-los. Baseando-se na experiência de dois projetos na Uganda e Etiópia, esse artigo argumenta que o ponto de partida para qualquer planejamento de projeto em um contexto comunitário é a prática existente naquela comunidade. Brehony sustenta que se avaliarmos as práticas, crenças e conhecimentos que a comunidade possui, nós teremos uma base mais firme para poderemos desenvolver um projeto.
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As enchentes de 1998 que inundaram grande parte de Bangladesh tiveram um forte impacto na vida e no trabalho de crianças de favelas urbanas. A falta de oportunidade de trabalho e as idéias sobre as tarefas adequadas para as crianças mais novas fizeram com que as enchentes não provocassem um aumento na entrada de força de trabalho e em alguns casos houve até mesmo uma redução das oportunidades disponíveis. O trabalho doméstico infantil também foi afetado. O trabalho pago e doméstico das crianças teve um impacto importante na sobrevivência das famílias durante e após as enchentes. As conclusões do artigo destacam a natureza simultaneamente benéfica e prejudicial do trabalho infantil e são, assim, importantes para a análise dos dilemas que os governantes enfrentam nessa área. A pesquisa relatada nesse artigo também tem implicações para aqueles envolvidos na adoção de políticas assistenciais em situações de desastres.
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O sistema de valores da assistência técnica ao trabalho de ajuda emergencial tem enfatizado a importância de se recrutar pessoas com adequada qualificação profissional e técnica para trabalhar sob as difíceis circunstâncias de desastres. Os autores utilizaram a Técnica para Incidentes Críticos para avaliar as qualificações profissionais que são consideradas cruciais para a conquista dos objetivos que os funcionários que trabalham com ajuda emergencial estão buscando. Quinze enfermeiros irlandeses, trabalhando predominantemente em campos de refugiados, identificaram mais de 60 tipos diferentes de objetivos de trabalho e 54 qualificações profissionais distintas. Os autores argumentam que deveria ser dada mais ênfase à variedade de objetivos que motivam tais trabalhadores. As qualificações profissionais identificadas foram primariamente as qualificações mais orientadas para o processo do que para os resultados e os autores sustentam que deveria ser dada mais ênfase ao desenvolvimento de qualificações flexíveis ao invés de qualificações fixas. As possibilidades de utilização da Técnica para Incidentes Críticos como mecanismo para aproveitar as experiências adquiridas na área e operacionalizar qualificações efetivas são também discutidas pelos autores.
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O artigo apresenta as maiores diferenças entre as abordagens do planejamento de projeto conhecida como Abordagem da Estrutura Lógica (Logical Framework Approach - LFA) e Avaliação Rural Participativa (Participatory Rural Appraisal - PRA) e discute se elas podem ser utilizadas de uma maneira complementar. É sugerido que a LFA seja utilizada para oferecer a estrutura geral do processo de planejamento enquanto a PRA pode ser utilizada em discussões e para levar as tomadas de decisões para a base. This article is freely available as a chapter in Development Methods and Approaches: Critical Reflections
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Stepping Stones is a training package on HIV/AIDS, gender, communication, and relationship skills designed both for use in existing HIV/AIDS projects and more generally. Narrating her experience of a training of trainers programme in India, the author explores the possibilities and challenges of using this as a means of integrating gender into HIV/AIDS projects.
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MISSING ABSTRACT
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Esse artigo busca tirar algumas lições a partir da experiência de ONGs que têm trabalhado com desenvolvimento no mundo todo durante as últimas cinco décadas. Tandon inicia o artigo descrevendo o significado do paradigma de desenvolvimento alternativo praticado por ONGs. Ele então examina algumas das grandes mudanças sócio-políticas que ocorreram nos últimos anos e o impacto que elas tiveram nas ONGs de desenvolvimento. Por último o autor apresenta alguns dos maiores dilemas que as ONGs de desenvolvimento enfrentam e suas implicações em potencial para as futuras tarefas e contribuições dessas ONGs no início do novo milênio.
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As forças associadas à globalização econômica e a aparente supremacia das forças de mercado têm desencadeado processos políticos e sociais que estão servindo - e na verdade foram criados para isso - para enriquecer e fortalecer uma minoria às custas da maioria da população. Entre esses processos incluem-se fenômenos como o crescimento do conflito armado, ameaças à segurança alimentar, perda dos meios de subsistência e de tradicionais modos de vida de milhões de pessoas no mundo todo, comércio das provisões sociais, ataques à soberania nacional e privatização da cidadania. O autor, contudo, argumenta que o impacto mais importante da globalização é a `localização' das lutas sociais e políticas e o surgimento de novas formas de solidariedade internacional. Várias ONGs sucumbiram muito rapidamente à visão de que a globalização no estágio atual é inevitável e irreversível e estão se acomodando a ela ao trocarem seus valores essenciais pelo profissionalismo técnico, freqüentemente importado do setor privado. Contudo, para que as ONGs assumam sua posição no movimento de transformação que busca a justiça social, elas deverão redescobrir e fomentar os valores da participação dos cidadãos e desenvolver um respeito genuíno pela diversidade.
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Esse artigo analisa a importância e a abrangência do processo de globalização, concentrando-se, de um lado, em suas implicações para a autonomia dos atores nacionais e, por outro, nas novas demandas que a governança global impõe sobre a ação multilateral. O autor argumenta que a forma atual de globalização é, de fato, compatível com um certo grau de ação social coordenada e autônoma fora da área de mercado. Isso nos permite fazer a diferenciação entre a realidade e a mistificação (isto é, a ideologia) que está por trás do conceito de globalização e rejeitar o discurso padrão e a terapia econômica que são oferecidos por certas organizações internacionais aos países em desenvolvimento. Se a globalização não elimina a possibilidade de uma ação autônoma em nível nacional, ela também estabelece a base para uma ação multilateral mais sólida e efetiva. Os fatores que apóiam a adoção de tal ação no futuro são analisados no artigo e essa ação é uma resposta às demandas por um maior gerenciamento dos bens públicos internacionais e aos apelos por uma governança global mais efetiva. O artigo termina fazendo uma análise das características necessárias em tal sistema multilateral para atender as necessidades que surgem a partir de uma nova realidade internacional.
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Esse artigo examina o porquê do Banco Mundial ter adotado políticas econômicas neoliberais. O autor argumenta que o discurso neoliberal favoreceu os interesses de atores importantes do hemisfério norte e, mais surpreendentemente, que esse discurso permitiu que muitos atores do hemisfério sul mantivessem ou aumentassem seu poder político. Isso porque o discurso do Banco Mundial oferece pouca ou nenhuma análise política do Estado mas, ao contrário, concentra-se em questões `técnicas' de ajuste econômico. Embora possa estar havendo atualmente uma certa mudança no discurso do Banco Mundial em relação a uma maior aceitação da participação do Estado, prevalece ainda a ausência generalizada de uma análise política, o que faz com que aquelas relações de poder dominantes não sejam ainda fundamentalmente reconhecidas nem desafiadas.
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Nos últimos anos, tanto as organizações do setor corporativo como as da sociedade civil, particularmente as ONGs internacionais, têm se tornado mais influentes nos debates e políticas sobre desenvolvimento. Está havendo dentro do setor corporativo uma crescente conscientização sobre a necessidade de se demonstrar responsabilidade social. Está havendo também um crescente consenso entre as ONGs de que a área de negócios é essencial para o crescimento econômico que, por sua vez, irá propagar o desenvolvimento social. Esse artigo mostra como os dois setores podem engajar-se construtivamente para estabelecer e monitorar determinados padrões, embora a autora também argumente que é necessário que alguns grupos de pressões persistam em uma agenda descompromissada e radical para que se mantenha vivo o debate crítico.
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O interesse em realizar parcerias entre as ONGs internacionais e o setor corporativo está crescendo bastante uma vez que ambos os setores estão vendo suas tarefas se alterarem em resposta à crescente conscientização do consumidor em relação às questões sociais, ambientais e de direitos humanos. Esse artigo apresenta o caso da parceria entre a indústria de materiais esportivos, o Fundo da organização Save the Children (SCF) e várias organizações locais e internacionais no distrito de Sialkot, no Paquistão. O autor utiliza esse caso para discutir os elementos importantes em uma parceria inter-setorial, as considerações para as várias partes que formam tais parcerias e as implicações que as parcerias com o setor corporativo acarretam para o futuro das ONGs e sua visão sobre desenvolvimento.
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As ONGs que trabalham com a questão de desenvolvimento estão em crise. Elas estão perdendo sua capacidade de engajamento em uma análise crítica, de propor soluções globais, de reagir ou aproveitar as iniciativas políticas ou de se situar em posições importantes nos processos sociais e políticos em que novas abordagens e soluções em potencial poderiam ser encontradas. Embora algumas ONGs têm procurado acomodar-se em torno das políticas e projetos dos doadores que se concentram em reduzir os efeitos negativos do ajuste estrutural, a razão da existência das ONGs é ter a autonomia, iniciativa e flexibilidade que o status não-governamental confere a elas. A crescente separação entre a capacidade das ONGs de fazer campanha, pesquisa e seu trabalho de base reflete uma divisão ainda mais profunda - tanto em termos práticos quanto teóricos - existente entre o conceito e processo de desenvolvimento e o conceito e processo da democratização. O autor argumenta que o desenvolvimento humano e a democracia participativa e representativa se reforçam mutuamente e são indivisíveis, e que o desafio que as ONGs enfrentam é fazer a conexão - teoricamente e praticamente - entre democracia e desenvolvimento.
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In this overview essay, the co-editors examine the new challenges and opportunities facing development NGOs in relation to their relevance, their mission, relations between Northern and Southern NGOs and with other agents of power, including business, and their effectiveness. There is a balance to be drawn between keeping up with emerging issues and agendas, and retaining the values that underpin their integrity and unique nature. NGOs saw phenomenal growth in the neo-liberal policy environment that flourished in the late twentieth century, but this very prominence means that more questions are being asked about their accountability, and about their mandates. Will the twenty-first century see NGOs still living complacently in the past, or will they genuinely rise to the challenges ahead? This editorial overview is freely available as the opening chapter in Debating Development: NGOs and the Future.
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Após 50 anos de trabalho extremamente bem-sucedido (principalmente o de promover a questão da igualdade, melhorar a qualidade da ODA, fomentar o trabalho das ONGs do hemisfério sul em nível internacional e organizar uma assistência humanitária rápida e efetiva), as ONGs de Desenvolvimento do Hemisfério Norte chegaram a um momento crucial. Van Rooy argumenta que a história da `categoria ocupacional' das ONGs, juntamente com um ambiente de mudanças políticas e econômicas (fim da guerra fria, crescimento do investimento internacional, declínio da OAD e o grande aumento da capacidade das ONGs do hemisfério sul) estariam fazendo com que a maioria das ONGs do hemisfério norte tivessem de parar de trabalhar. Ao contrário, porém, um renascimento caleidoscópico está previsto, onde as ONGs do norte permanecem realizando quatro funções fundamentais (como agentes humanitários, observadores político-econômicos, corretores norte-sul e defensores da responsabilidade corporativa). Essa mudança de trabalho anuncia boas notícias: a existência de evidências de que o projeto de justiça social global está avançando de maneira extremamente rápida.
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Esse artigo questiona se as agências de desenvolvimento e seus funcionários são suficientemente claros, em qualquer nível (organizações comunitárias de base, ONGs nacionais e internacionais), em relação aos seus próprios valores e funções, e busca analisar as tensões e dilemas que surgem quando as funções estão confusas. A clareza sobre a função das pessoas e agências envolvidas é essencial para a criação de um movimento global de cidadãos que seja válido e que possa conectar os problemas e atores locais e globais e trabalhar em direção a soluções sustentáveis.
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Toda organização possui certas convicções importantes sobre seus esforços e modos de trabalhar. Quando essas convicções são traduzidas em práticas relativamente duradouras, elas podem ser chamadas de valores organizacionais. Gerenciar o sistema de valores de uma organização é uma tarefa por si só importante e estratégica. Esse artigo, por sua vez, examina os conceitos e métodos para realizar essa tarefa.
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Enquanto as forças da globalização têm intensificado a polarização econômica, movimentos sociais diversos do mundo todo estão lutando para defender o interesse público e promover uma forma baseada nos direitos e mais sustentável de organizar a sociedade humana. Ao aliarem-se com as causas dos mais pobres em nível local e aumentarem a conscientização internacional sobre tais questões, as ONGs possuem uma função na construção de uma ordem global mais igualitária. Essas ONGs, contudo, precisam urgentemente encontrar melhores maneiras de unir essas lutas com suas análises, ações e valores éticos.
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Esse artigo relata os resultados e conclusões de um levantamento feito por ONGs do hemisfério norte durante 1998 e 1999, com o objetivo de testar as críticas generalizadas da defesa de direitos realizada por suas ONGs e servir de base para futuras pesquisas sobre o impacto das políticas adotadas pelo Escritório de Defesa de Direitos da Oxfam Internacional localizado em Washington. Baseando-se nos resultados da pesquisa, o autor desafia as ONGs do Norte a avaliarem mais profundamente suas políticas de defesa de direitos, de modo a que elas possam demonstrar efetivamente as conquistas realizadas nessa área. Ao fazerem isso, as ONGs irão investir com confiança uma proporção maior de seus recursos nos programas de defesa de direitos que efetivamente contribuem para alcançar seu objetivo de reduzir a pobreza.
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As campanhas realizadas pelas ONGs têm recebido cada vez mais destaque nos últimos anos. Nesse artigo três exemplos recentes são examinados criticamente (Brent Spar, minas terrestres e dívida externa), tanto em termos dos vários ingredientes que estão por trás de seu sucesso como em relação ao seu significado real e seu impacto no longo termo. O autor avalia as vantagens, desvantagens, desafios e oportunidades para as campanhas financiadas pelas ONGs dentro de uma ordem política em transformação e com base no potencial oferecido pela Nova Mídia.
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A crise cada vez mais profunda da dívida externa dos países do hemisfério sul tem se tornado o foco não apenas de debates sobre políticas multilaterais como também o assunto de uma campanha aberta contra a dívida externa, cuja influência mostrou-se de maneira clara durante o encontro frustrado promovido pela Organização Mundial do Comércio em Seattle, em dezembro de 1999. Embora efetiva, contudo, a campanha contra a dívida externa engloba várias posições diferentes, que resultam em estratégias e táticas diversas. Esse artigo analisa as razões e as implicações de tais diferenças, particularmente em relação à solidariedade e ação entre os hemisférios norte e sul. O autor também argumenta que os participantes e lobistas das campanhas do Norte devem assumir a liderança de grupos contrários à dívida externa que estejam mobilizando a opinião pública no Sul.
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A política de defesa de direitos das ONGs às vezes é mostrada como algo heróico mas os esforços para influenciar as políticas econômicas apoiadas pelo Banco Mundial apresentam bastante ambigüidade. A influência é difícil de ser demonstrada mas a defesa de direitos deveria ser avaliada de modo mais rigoroso para haver transparência e eficiência. Duas soluções (parciais) para essa ambigüidade seriam concentrar-se no próprio processo das campanhas das ONGs e monitorar o impacto sobre as partes componentes de um modelo de mudança institucional no Banco. Esse artigo avalia uma recente campanha de defesa de direitos, testando-a em relação a cinco críticas da campanha das ONGs, e então propõe que as ONGs defendam a criação de um modelo prático de mudanças de políticas e monitorem e avaliem seus esforços em relação às partes componentes do modelo.
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A dicotomia convencional (mas falsa) entre humanitarismo e desenvolvimento, até agora baseada nas diferenças conhecidas entre as leis humanitárias internacionais e leis de direitos humanos internacionais respectivamente, não é apenas inútil em termos práticos mas também serve para reduzir nossa compreensão sobre as questões compartilhadas presentes nos dois discursos. Existem, contudo, evidências que mostram um reconhecimento cada vez maior de que todos os trabalhos de desenvolvimento e ajuda humanitária são essencialmente baseados nas questões dos direitos e de esforços de integrar o pensamento e a prática em um conjunto comum de princípios.
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Apesar da crescente ênfase que as agências humanitárias estão dando à participação e consulta local, os receptores da ajuda estão freqüentemente reagindo de forma variada, para não dizer hostil, à assistência recebida. As agências precisam reconhecer as desigualdades que são inerentes em uma relação de ajuda e ser mais prudentes ao determinarem suas tarefas. Finalmente, a autora conclui que os provedores e os receptores de ajuda precisam aceitar nossa igualdade humana inata e nossa desigualdade circunstancial para estabelecermos uma relação de mútuo respeito e apreciação de cada um.
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Esse artigo examina a aplicação do esquema de Capacidades Locais para o projeto de paz nas atividades de campo do Sudão e identifica as lições aprendidas com o planejamento e implementação no programa Visão Mundial durante um período de 20 meses.
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É preferível que as agências humanitárias dêem ouvido aos apelos proféticos e arrisquem sua suada credibilidade engajando-se na defesa de direitos que busca evitar desastres ou, ao contrário, é preferível que as ONGs sejam mais cautelosas? Escrito sob a perspectiva de um praticante de defesa de direitos, esse artigo analisa as pressões conflitantes que pesam sobre as ONGs, tanto para que elas aumentem como limitem o trabalho de defesa de direitos durante os desastres. É importante avaliar os motivos das ONGs e também o impacto de seus esforços preventivos de defesa de direitos: quando o assunto se trata da defesa de direitos, questões sobre transparência, veracidade e legitimidade nunca estão desconectados. O artigo termina com um apelo às ONGs para que elas arrisquem sua credibilidade de maneira séria quando for necessário, como parte da ética geral humanitária de salvar vidas. Os riscos que as ONGs correm de parecerem estar se auto-servindo ou de estarem enganadas são reais mas, no fundo, o potencial de se alterar eventos catastróficos é muito importante para ser renunciado facilmente.
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O conceito de capacitação é evasivo e nossas abordagens atuais estão fadadas ao fracasso, não porque não possuímos modelos adequados mas porque essas abordagens são por elas mesmas inadequadas. Esse artigo busca apresentar algumas das mudanças fundamentais que uma nova forma de abordagem sobre capacitação iria acarretar. A primeira mudança seria do tangível para o intangível e a segunda seria de um modelo estático para uma abordagem desenvolvimentista. Algumas das consequências de tais mudanças são discutidas no artigo.
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Com a mudança de século de acordo com o calendário ocidental, talvez seja apropriado ter em mente que, para grande parte do mundo, os séculos são diferentes e alteram-se em momentos diferentes e sob diferentes condições. Assim, embora nós moremos e comercializemos em um vilarejo global, nós ainda estamos divididos pelo tempo, espaço e ideologias. A esperança é a de que o século vinte nos permita ter uma visão mais próxima uns dos outros e que a rede global, os websites e os sistemas de correio eletrônicos trabalhem como uma ponte ao invés de uma nova forma de aumentar as distâncias. O artigo prega um maior entendimento sobre as prioridades e visões diferentes que as mulheres islâmicas possuem sobre elas mesmas, de seu lugar na história e os objetivos pelos quais elas necessitam lutar. O artigo também faz um apelo para a universalidade da fraternidade e também para que a solidariedade que foi forjada na última metade do século vinte não seja fragmentada em migalhas no novo milênio.
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Enquanto os movimentos de mulheres na América Latina e em outros lugares estão sendo bem-sucedidos em colocar várias questões que são relevantes para as mulheres e para as relações de gênero na agenda política, e embora a maioria das agências humanitárias tem se esforçado para incorporar a análise sobre gênero em seus trabalhos, esse progresso não tem sido nem abrangente nem livre de problemas. Esse artigo concentra-se nos modos pelos quais a agenda de cooperação pelo desenvolvimento e as prioridades e métodos de trabalhar de agências de desenvolvimento e ONGs têm servido para distorcer a visão e prática das organizações das mulheres cujo trabalho eles procuram apoiar.
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Esse artigo resume os resultados de um projeto de ação-pesquisa realizado em conjunto por algumas ONGs locais e internacionais, que envolveu estudos de caso em quatro países da África, três no sul da Ásia, um na América Latina e um no Reino Unido. O artigo busca situar a discussão da avaliação dos impactos no contexto de uma crescente crítica das OGs internacionais. De um modo geral, o artigo sugere que modelos simples de causa e efeito que unem insumos de projetos a resultados e impactos, embora importantes, são normalmente inadequados para avaliar o impacto do que as ONGs realizam. Ao contrário, a autora recomenda a criação de modelos que englobem o contexto mais amplo de influências e processos de mudança que envolvem projetos e programas e os amplos impactos resultantes. Uma conclusão importante que surge a partir dos estudos de caso é que é vital a habilidade de selecionar um conjunto adequado de instrumentos e métodos, bem como a seqüência de sua utilização. O artigo conclui analisando as implicações de políticas mais amplas dos estudos, notavelmente em relação a: lidar com problemas de atribuição e agregação; explorar a questão do alcance da pobreza, relações de gênero e prevenção contra o uso simplista da avaliação de impacto para alocação de recursos. O artigo também sugere que a avaliação de impacto pode ser parte de um `círculo virtuoso' de mudanças que podem promover uma maior transparência e aprendizado entre as ONGs internacionais.
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A questão sobre como as agências de desenvolvimento deveriam avaliar seus impactos não possui respostas simples e, assim, ela freqüentemente não é indagada ou é formulada em termos que privilegia constatações quantitativas e limitadas. Descrevendo o projeto de um bairro de conjunto habitacional no Reino Unido, o autor pesquisa os entendimentos e percepções de diferentes colaboradores a respeito do que eles acreditam que tenha mudado durante a criação do projeto e a que eles atribuiriam aquelas mudanças. Os resultados da pesquisa sugerem que o impacto das intervenções de desenvolvimento depende sempre de diversos fatores e pode ser visto adequadamente apenas com o tempo. Os resultados sugerem também que grande parte dos fatores mais críticos na determinação de mudanças são intangíveis e estão relacionados a um amplo leque de relações sociais e à motivação humana e direcionamento, tanto individual quanto coletiva. O autor não apresenta um `esquema' sobre como conduzir a avaliação de impactos mas oferece algumas idéias sobre como enquadrar as questões e interpretar as respostas.
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Esse artigo argumenta que valores comuns específicos permitem que muitas ONGs tenham uma vantagem sobre outros tipos de organizações. Essa perspectiva deve ser entendida no contexto do crescente desejo dos doadores de financiar atores de desenvolvimento não tradicionais, incluindo os militares, paraestatais, comissões nomeadas pelo governo, contratantes de serviços privados e firmas de consultoria. Para distinguirem-se de outras agências que recebem financiamentos de ajuda, as ONGs necessitam identificar, articular e nutrir seus valores mais importantes e sua identidade. O autor identifica alguns dos indicadores-chave que melhor refletem os valores e capacidades organizacionais que distinguem as ONGs das demais agências. A preocupação que se tem é a de que, se as ONGs perderem seus valores mais importantes, elas irão perder sua função.
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Literacy programmes conventionally focus solely on non-literates and use a 'learn first, do later' model that is ill-suited to adult learning. Programmes based on existing groups (whether function- or location-based), and which use a 'learn through doing' approach, are more likely to be successful both in achieving literacy and in reinforcing other development goals. This paper reviews the theory and practice of adult literacy programmes.
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Esse artigo descreve o Processo de Mudança Participativa (PCP), um modelo que promove a formação e ação de organizações de base sustentáveis em comunidades pobres e marginalizadas, utilizando métodos de aprendizado participativo e ação para fazer com que as pessoas adquiram capacitação, auto-confiança e estruturas organizacionais necessárias para planejar e implementar projetos de desenvolvimento e influenciar formação de políticas. This article is freely available as a chapter in Development Methods and Approaches: Critical Reflections
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Conferences are typically organised around specialist presentations and panel discussions in ways that do not foster broad participation or effective knowledge-sharing. The paper describes a computer-based method to facilitate focused dialogue among participants.
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The author reports on the triennial conference of the European Association of Development Research and Training Institutes (EADI), held in Paris in 1999. He found a disturbing lack of historical analysis and awareness, and a surprising dearth of discussion of the value of knowledge, or information sharing, in the North-South relationship of the future.
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The author reports on this conference held in Tromsö, Norway, in June 1999. Discussion centred on the discourse of `gender' and on the women's movement, and the author considers these themes from the dual viewpoint of the practitioner and the academic.
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This Conference Report presents the recommendations taken from a Summary Report of the South Asian Agenda Regional Meeting for South Asia, held in New Delhi, India in 1999. The event was convened by the Disaster Mitigation Institute (DMI) and supported by the Department for International Development (DfID) of the British government. Measures to reduce the disaster vulnerability of poor communities, to improve the standard of, and review public expenditure on, relief, for example, are discussed.
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In English only
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Esse artigo analisa as lições aprendidas com a revisão de duas campanhas internacionais de longo prazo. Uma dessas campanhas visava promover o aleitamento materno em Gana e a outra objetivava combater o uso de trabalho infantil na indústria de tapete da Índia. O artigo concentra-se particularmente no entendimento da natureza das campanhas e nos elementos que as tornam eficazes. Os autores afirmam que as campanhas não são lineares ou mecanicistas e que é necessário entender que elas passam por diversos estágios, requerendo diferentes tipos de ações nos diferentes níveis e em diferentes momentos. A variedade de trabalhos e qualificações necessários em uma campanha faz com que seja crucial que as várias organizações envolvidas colaborem umas com as outras. As mobilizações de base, em particular, possuem um importante papel para produzir mudanças sustentadas nas políticas, algo que é freqüentemente esquecido.
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Nos anos 90 o comércio justo, na medida em que foi sendo praticado por Organizações Comerciais Alternativas (OCAs), evoluiu de um modelo de solidariedade para um modelo de parceria. Esse artigo explora justamente a natureza da parceria do comércio justo, utilizando como base um estudo de caso da Cafédirect e de um de seus fornecedores, o KNCU, na Tanzânia. Para as OCAs, o comércio justo está articulado em termos de parceria com produtores e consumidores. Essa parceria é concebida pela autora como uma fusão entre mercado e ética na cadeia de fornecimento do produtor e consumidor. A parceria principal seria aquela entre a OCA e a organização produtora. O estudo de caso é utilizado para destacar os elementos da parceria que são necessários para que a relação comércio justo `funcione', chamando a atenção para a importância da participação do parceiro produtor.
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As cooperativas agrícolas estão sendo promovidas nos programas de desenvolvimento econômico da Índia como modo de incentivar a produção agrícola em larga escala e, ao mesmo tempo, garantir a cooperação comunitária e a igualdade. Analisando as cooperativas produtoras de açúcar no estado de Gujarat, região oeste da Índia, o autor mostra que essas cooperativas têm sido bem sucedidas na promoção da produção em larga escala e da melhoria dos níveis econômicos e sociais de seus membros. Esse sucesso, contudo, tem sido alcançado com base na exploração e empobrecimento das comunidades dos sem-terra locais e trabalhadores migrantes. Como resultado, tem havido uma crescente diferenciação no campesinato do sul de Gujarat.
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Ao analisar duas abordagens sobre mudança organizacional - gênero e desenvolvimento organizacional (DO) - a autora argumenta que a perspectiva de DO é falha uma vez que ela perpetua as desigualdades entre homens e mulheres ao não conseguir tratá-las adequadamente. Em contraste, a abordagem que se concentra na questão do gênero provoca mudanças tanto para as mulheres como para os homens e está contextualizada em uma agenda mais ampla de transformação social. A análise sobre como fortalecer a posição das mulheres é o ponto de partida crucial. Embora a questão do gênero não esteja desconectada de outras formas de opressão - como raça e classe - é necessário que se dê atenção especial ao gênero porque a experiência tem mostrado que essa questão está sendo `deixada de lado'. O artigo busca dar sua contribuição a uma nova área em teoria e prática, visando promover organizações que sejam igualitárias e eficazes.
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Esse artigo analisa a eficácia das diferentes estratégias utilizadas pelas agências de desenvolvimento nas áreas urbanas para reduzir a pobreza, incluindo os méritos relativos da geração de renda e das políticas de melhoria nas condições de moradias e bairros. Baseando-se nos resultados de estudos de caso recentes, a autora sugere que as vantagens alcançadas pelas políticas que visam melhorar as condições de moradias e bairros podem estar sendo subestimadas. Ela sugere também que a questão da integração de políticas de melhoria de moradias e bairros com a geração de renda tem recebido pouca atenção.
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Educational and societal development programmes in the Third World have paid too little attention to the facilitative and motivational merits of using indigenous languages. From primary education through to development activities among adults, the use of a non-indigenous language may in itself hinder the development process. In academic institutions, more interaction between the two fields of language planning and development studies is needed.
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The author examines the contemporary liwac or barter system in Addis Ababa, a thriving part of the informal economy which involves the exchange of household goods for second-hand clothes and shoes. He concludes that this form of transaction positively co-exists with and is not superseded by the monetised economy.
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This paper describes the relative advantages and disadvantages of formal Rotating Savings and Credit Associations (RoSCAs), in contrast with informal RoSCAs, as seen in Argentina. NGOs, it is argued, are not in a good position to use the formal RoSCA structure to developmental advantage, since they could not manage the risk assessment or legal framework necessary with formal RoSCAs, which do not rely on social censure and capital for their operation.
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Based on primary research, this paper describes the negative human, occupational, and environmental impacts of the Kiraz Dere dam project in Turkey, concluding that financial compensation for people who are displaced by such projects is unlikely in itself to lead to the resettlement recommended by agencies such as the World Bank.
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In English only
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As crenças sobre a origem e natureza do universo e sobre o lugar que a humanidade ocupa dentro dele raramente têm sido consideradas importantes para a teoria e prática econômica. Contudo, para a grande maioria das pessoas de todas as partes do mundo, a formação de princípios éticos fortes, baseados em sua fé religiosa, é um pré-requisito essencial para o progresso econômico a longo prazo. A entidade The World Faiths Development Dialogue está explorando a possibilidade de fazer a ponte entre o aparente abismo que separa as agências seculares de desenvolvimento, como o Banco Mundial, e as religiões existentes no mundo. Quais visões as comunidades da fé têm para oferecer? Existe uma genuína convergência de interesses?
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MOPAWI is an NGO in La Mosquitia, Honduras, working with indigenous communities in the region to create ecological sustainability and to strengthen technical knowledge and resource management. This paper presents the findings of research into how MOPAWI has `created linkages among the grassroots, the state, and ultimately the international level of politics in practice.' The strategic role of NGOs, and their ability to work across these levels, is discussed.
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The author discusses the importance of rural family poultry (RFP) in Africa as an income generating and/or subsistence asset for families, particularly highlighting the gender dimension of RFP, since women are often the main owners of, and carers for, chickens. RFP development programmes must take account of other demands on women's time, but should aim to keep profits in the hands of women, increase production (for nutritional and financial gains), facilitate setting up co-operatives and, through these, the provision of training and supplies (making use of economies of scale).
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This paper examines a Community Banking Scheme set up in Nigeria in 1991, in terms of its financial capabilities - `deposit mobilisation capability, and the value and ratio of its loan portfolio' - and considers four examples of its non-banking development functions. The author believes community banks have much development potential, and, while stating that the Scheme `has had mixed achievements', argues that the growth of non-banking facilities, and increased collaboration with self-help groups or NGOs, should lead to greater success.
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The author summarises the results of research into the health of older adults in Malawi, India, and Tanzania, which found high levels of malnutrition and anaemia among them, as well as, and linked to, poor functional ability. The data suggests the need for development agencies to specifically consider older adults - who form an increasing proportion of the population - in their programme work, since the problems highlighted arise from poverty-related factors.
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The author reports on this conference, held in Tokyo in 1999, which brought together leading development thinkers and practitioners, and finance experts. The main discussions are summarised, often with reference to the recent Asian financial crisis, and the author states that the IMF's apparent neglect of the link between finance and development was worrying, and evidence of the need for its reform.
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Como parte de uma campanha educacional sobre direitos humanos, o Comitê Bengalês para o Progresso Rural (BRAC) fixou 700.000 cartazes em todo o Bangladesh. Tal fato provocou contestações por parte de algumas organizações religiosas. Esse artigo investiga a natureza e a causa dessa reação e desenvolve estratégias sobre como as organizações de desenvolvimento podem alcançar seus objetivos ao enfrentar resistência. A causa da contestação foi identificada como uma reação às interpretações dos cartazes baseadas no sagrado Corão e práticas islâmicas e também como uma intromissão no território profissional das organizações religiosas, que afetou os interesses sócio-econômicos dos representantes dessas organizações. Desse modo, os autores concluem que as organizações de desenvolvimento deveriam antecipar tal oposição ao explicitar seus objetivos aos críticos em potencial, assim como formular programas que não ofereçam espaço para os oponentes prejudicarem as atividades que promovam o desenvolvimento.
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A espiritualidade é um aspecto central que influencia muitas das decisões diárias que as pessoas do "hemisfério sul" tomam em relação a elas próprias e em relação ao desenvolvimento de suas comunidades, incluindo a decisão de participar ou não de uma arriscada mas potencialmente benéfica ação social. Apesar de ser importante, a literatura que trata da questão do desenvolvimento e suas práticas evita sistematicamente esse tópico da espiritualidade. Tal desconsideração tem como resultado uma pesquisa de nível inferior e programas menos eficientes e, no final, não se consegue oferecer aos participantes a oportunidade deles refletirem sobre como o seu desenvolvimento e sua espiritualidade deverão influenciar uns aos outros. O autor apresenta algumas possíveis explicações para a falta de estudo sobre esse tópico e sugere algumas maneiras de abordar as questões da espiritualidade na teoria e na prática do desenvolvimento.
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Em 1997, 30 mulheres e homens de diferentes idades e de diferentes níveis culturais, religiosos, sociais e geográficos participaram de um encontro visando aprofundar seu entendimento sobre os impactos que as questões da "feminilidade" e da "masculinidade" provocam em suas vidas e sociedades. Todos os participantes responderam por escrito a questões do tipo: de que modo eu me tornei consciente da condição de ser "mulher" e "homem"? Como essas diferenças são expressas em minha sociedade? Até que ponto eu vejo as mudanças sociais que estão ocorrendo como resultado dos 50 anos de atividades do movimento feminista? O processo representou um desafio para se transpor a divisão feminina/masculina em direção a questões fundamentais sobre a dignidade humana. Esse artigo baseia-se nas contribuições escritas e faladas dos participantes.
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A organização ABANTU para o Desenvolvimento iniciou um programa regional que visa fortalecer a sociedade civil para que ela possa engajar-se na política através de uma perspectiva de gênero. A ABANTU havia desenvolvido anteriormente na Nigéria uma atividade que envolveu um estudo aprofundado sobre a capacitação da ONG para o engajamento político durante o período recente do regime militar. Ao manter os compromissos da ABANTU como uma rede de recursos humanos regional dedicada a promover o desenvolvimento e a igualdade entre os sexos, a partir de uma perspectiva africana, a equipe de pesquisa local utilizou uma metodologia de ação participativa para reunir e interpretar os resultados, de modo a privilegiar as perspectivas da ONG local e formas de entender o gênero e a política. O exercício produziu informações inéditas e material sobre estudos de caso experimentais além de, simultaneamente, identificar e reunir um grupo importante de ONGs no desenvolvimento e planejamento do programa de treinamento subseqüente. Mais importante ainda, a atividade ofereceu à rede de treinamento regional um conhecimento mais profundo sobre as culturas indígenas e políticas de gênero locais. Esse resultado foi influenciado pelas dinâmicas culturais locais e também pelos legados contraditórios de programas voltados para as mulheres, desenvolvidos por um governo controlado pelos militares. Essas influências limitam a extensão da atividade de gênero, especialmente quando tal atividade é monitorada através do engajamento direto com políticas governamentais.
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The author describes the movement of the Tobas indians from their nomadic, rural lifestyle in northern Argentina (due mainly to industrial deforestation) to Rosario, a city of around 1 million inhabitants. He highlights the difficulties the Tobas face in Rosario; their economic destitution, and the lack of education in their own language. He advocates economic support for co-operatives and training in traditional crafts, and changing the education system - or failing that, supporting non-formal workshops - to reflect the Tobas' own cultural values.
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The author analyses the concept of social exclusion, arguing that the term has become a label for `another `vulnerable group' with no differentiation, complexity, agency, or resistance'. She instead suggests that we look to broader ideas of justice, participation, and citizenship, to bring the `social' aspect back into the concept, which should be more synonymous with discrimination and marginalisation than with the failure of formal (education, employment, legal etc.) systems.
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Women's groups in Papua New Guinea, often under the influence of colonial and church governance in the past, still have an ambiguous function which serves to isolate women and `women's issues' rather than spread gender sensitivity. The author concludes that the existence of these forums for women actually encourages the continued marginalisation of women from governing and decision-making structures, since women's groups `tend to operate from separate and unequal spheres of influence'.
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The author provides a matrix examining gender-based financial, economic, social/cultural, and political/legal obstacles to women benefiting from microfinance and enterprise. She goes on to discuss how impact assessment work can be approached in the light of this matrix, highlighting the importance of establishing the nature of gender relations prior to projects, considering the potential outcomes that assessors should look out for, and carrying out gender-sensitive assessment.
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In English only
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Os autores exploram os efeitos perversos da globalização econômica sobre a população dos Estados Unidos e explicam o surgimento de organizações formadas por pessoas pobres como uma resposta a essas condições. Eles observam os impactos dessas mudanças econômicas em termos de políticas públicas e argumentam que a economia global está impedindo que um número cada vez maior de pessoas seja capaz de atender suas necessidades básicas ao limitar ou eliminar empregos com salários razoáveis e programas de bem-estar social. As pessoas carentes dos EUA, contudo, estão organizando-se para acabar com a pobreza e os autores utilizam o exemplo da Kensington Welfare Rights Union (União pela Defesa dos Direitos de Bem-Estar Social) como um estudo de caso. Por fim, os autores discutem os desafios enfrentados por assistentes sociais e como eles podem tornar-se mais efetivos em face de um estado de bem-estar social decadente e uma situação cada vez mais comum de exploração e exclusão dos pobres.
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The author describes incentives used by governments to attract foreign investment and create export processing zones (EPZs), also known as special economic or free trade zones. The low cost of labour, mostly provided by women, is one of these incentives. Making special reference to Jamaica, Belize, and Barbados, the author discusses the impact of EPZs on the Caribbean, and the challenges facing small countries in the face of monopoly agreements.
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The author argues, using the example of microfinance institutions, that it is essential to build genuinely solid and alternative institutions if development is to take its direction from the poor and vulnerable. He sets out his view of the characteristics such institutions would have, and the vulnerabilities currently seen in microfinance institutions.
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In this personal Viewpoint, the author argues that globalisation has led to increased inequity in health and healthcare provision, just as it aggravates social inequity in general. He highlights the growing sacrifice of equity to efficiency, and the complicity of `elite' countries and companies in the deterioration of social conditions. Medical knowledge is being traded as a for-profit commodity, and the benefits of globalisation and liberalisation are bypassing poorer countries because of the concern for profit.
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With reference to a recent visit to Dhaka, Bangladesh, the author gives his personal view on the spread of IT technology that accompanies globalisation. He comments particularly on the communication potential of the Internet and email, and the tendency of the technology to aggravate existing inequalities.
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Cyberfeminists share the belief that women should `take control of and appropriate the use of cybertechnologies in an attempt to empower ourselves.' The author argues that the demystification of technology is necessary, but not sufficient, for empowerment (or re-empowerment, a term she prefers) since mainstream cyberfeminism fails to `address the complexities of the lived contexts of women in the South.'
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The author argues that Northern NGOs are increasingly moulding themselves in the image of, and accepting the impetus of governments to become, a delivery service for global welfare. Commins believes that NGOs can, and should, avoid this by reassessing themselves on a variety of levels, including where they fit in complex emergency situations and how the new vocal presence of Southern NGOs presents a challenge for their role. This article is freely available as a chapter in Development NGOs and Civil Society.
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This international NGO conference was held in Birmingham, England, in January 1999, to explore `the opportunities for civic action that global trends are creating for NGOs.' Discussions around NGOs and aid, capacity building, civil society, social capital, complex political emergencies, community development, advocacy, gender and microfinance took place, and the author highlights the most interesting points from each of these sessions.
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There has been growing concern in Bangladesh that access to higher education is restricted to high-income families. Here, the author reports on the early findings of research into the socio-economic backgrounds of students at Bangladesh's major universities. These findings indicate that the average student is from an affluent, probably land-owning, family. The results are worrying since they suggest that doing well in the education system prior to university is not enough to ensure one has access to higher education.
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In the context of inequity which makes achieving `health for all' extremely difficult, Where Women Have No Doctor attempts to give access to health information to those who lack it. The authors applaud the book, and stress that there is great need for this information, despite criticism from the book's reviewer in Development in Practice 8(3).
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Recentes iniciativas da OCDE, do Banco Mundial e de outras organizações sobre a questão da corrupção têm recebido muita atenção. O autor argumenta, porém, que a incidência da corrupção está intimamente conectada com terceirização, concessões e privatizações, onde multinacionais com sede nos países da OCDE usufruem de negócios altamente lucrativos. Os incentivos que o Banco Mundial ofereceu às privatizações e os benefícios econômicos que as multinacionais dos países da OCDE usufruem nesse negócio fazem com que as medidas contra a corrupção necessitem envolver sanções efetivas por parte dos países em desenvolvimento contra as multinacionais que se engajarem em práticas corruptas; maior transparência política para remover o sigilo que encoberta a corrupção e ainda resistência contra a privatização generalizada sem critérios. Esse artigo baseia-se em evidências empíricas sobre o assunto.
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Esse artigo analisa a natureza e extensão das privatizações que estão ocorrendo em todo o mundo, incluindo um estudo sobre os grupos ou interesses que promovem esse "receituário". O autor identifica algumas políticas que os sindicatos do setor público têm adotado frente às políticas de privatização, especialmente quando essas últimas envolvem questões ideológicas. O artigo oferece alguns exemplos de soluções encontradas por sindicatos para desenvolver seus próprios modelos e propostas para a modernização dos serviços públicos e mostra como aqueles têm representado tanto um desafio como um benefício para os sindicatos e o público em geral. O artigo mostra ainda como agências como o Banco Mundial têm reagido frente a essas iniciativas.
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Como ainda existe uma grande expectativa sobre o que vai ocorrer em Kosovo e Sérvia, a Eslavônia Oriental oferece uma experiência sobre transição e prazos a serem cumpridos que pode nos servir como exemplo. Cada caso possui suas especificidades em termos históricos e políticos e quanto à natureza da intervenção internacional. Contudo, as questões sobre transição e direitos das minorias são típicas em toda a região. Embora a Eslavônia Oriental seja uma das regiões pertencentes à ex-Iugoslávia que sofreu um dos conflitos mais violentos na guerra servo-croata em 1991, atualmente apenas poucas agências humanitárias internacionais permanecem no local. O acordo de Dayton de 1995 estipulou o período de um ano de transição para a sua reintegração à Croácia, sob a tutela de uma missão especial da ONU (UNTAES). Com base em um extensivo trabalho de campo, esse artigo analisa de maneira detalhada as limitações do trabalho da ONU junto às estruturas sociais e civis e descreve a rede kafkiana de obstáculos legais e burocráticos, além da discriminação econômica e de outros tipos que grupos minoritários estão agora enfrentando ao morar ou retornar à Croácia. Sem um compromisso firme do governo para oferecer um tratamento verdadeiramente igualitário e justo a todos os cidadãos, o modelo violento de "limpeza étnica" pode voltar a se repetir.
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The author differentiates between globalism, an ideology, and globalisation, a process that affects us all. He compares globalism and nationalism, considering the positive, negative, and similar, aspects of each, using examples from Eastern Europe where a struggle is taking place between the two, interdependent, ideologies. He advocates 'the constant presence of both to avoid the hegemony of either'. This article is freely available as a chapter in Development and Culture.
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The author, the former president of Tanzania, answers this question resoundingly in the negative, arguing that while universal social principles may be possible, the inequity of wealth alone between countries means that social standards cannot currently be universally applied and adhered to. He goes on to argue that the equality of sovereign nations should be the basis for international economic, social, and political relations.
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Describing the way globalisation has affected India over the last decade, the author considers the impact of these changes on women, in the main areas of `development' due to globalisation: commercialisation, capitalisation, foreign trade orientation, and financialisation and industrial restructuring. She develops the point that the `skewed income and wealth' structure in India, and the gender discrimination suffered by women, has not altered in the face of the changes brought by globalisation: women continue to lose out, and are losing out more severely than before.
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A fundamental question to be decided at the November/December 1999 World Trade Organisation (WTO) ministerial meeting is whether to support or resist a new round of trade negotiations. The author argues that while many developing countries, and development NGOs, are right to feel that the earlier Uruguay round produced results skewed in favour of developed countries, there is nothing to be gained from resisting a new round: rather, developing countries should signal their willingness to get involved, but only if certain conditions are met. `[C]onstructive, but critical, support' is the only way to realise benefits and avoid further marginalisation.
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Since the North American Free Trade Agreement (NAFTA) was agreed, thousands of maquiladoras (assembly plants) have sprung up along the Mexican side of the Mexico/US border. Around a million workers are subject to violations of their human, labour, and health rights, the author argues, and this is a by-product of `free trade'. Abell advocates worker organising, appropriate training and access to information, and international solidarity, in order to avoid such abuses here and in the growing number of export processing zones (EPZs) around the world.
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Enquanto no mundo inteiro os problemas de pobreza, desigualdade e conflitos sociais estão aumentando, a linguagem utilizada pelas agências de desenvolvimento e por especialistas em desenvolvimento soa cada vez mais radical e idealista. As novas condições sócio-políticas estão sendo retiradas de contextos reais no hemisfério sul apenas para serem reimpostas junto aos "parceiros" do hemisfério sul. Noções sobre aumento de poder, participação e governabilidade são paradoxalmente forçadas de cima para baixo, como intervenção externa. A parábola de Hans Christian Andersen sobre as novas roupas do imperador chama a atenção para a natureza ilusória dessas políticas reaproveitadas de desenvolvimento na década de 1990. Uma das grandes dificuldades é a de que as condicionalidades sócio-políticas em níveis micro e intermediário permanecem subordinadas à liberalização econômica em nível macro.
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KwaZulu-Natal has the highest HIV infection rate in South Africa. The authors here report on a workshop using a participatory approach to train doctors, nurses and Environmental Health Officers from the region. The methodology, an adaptation of SARAR techniques, successfully provided an open forum for discussion, and, the authors feel, could help in developing household coping strategies and highlighting ways health care professionals can provide support at a community level.
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The author, founder and Chairman of WorldSpace Corporation, describes the creation of the WorldSpace Foundation to promulgate access to information in the developing world. WorldSpace has launched a digital radio service, and has gained licences to broadcast in Africa, Asia, Latin America and the Middle East, with the aim of closing the gap between rich and poor countries' access to information. He argues that such access is a sufficient condition for development.
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Many NGO financial institutions and co-operatives are, arguably, incorporating the rules and norms of banking which, as `alternative' institutions, they sought to avoid. Here, the author uses CARUNA (the National Savings and Credit Co-operative `Caja Rural', in Nicaragua) as a case study through which to discuss what makes a truly alternative financial institution, with a gender focus. These institutions should recognise the value of promoting `innovative services that support social reproduction and food security activities, and promote participation by and accountability to communities.'
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The author gives personal feedback on the Practical Note `How to pre-evaluate credit projects in ten minutes' (Hank Moll, Development in Practice 7(3)). She argues that it is difficult to give yes or no answers to the three checklist questions Hank Moll proposed, and that it might be disadvantageous to do so without fully understanding the underlying issues.
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The author gives personal feedback on a review of this publication (Development in Practice 8(3)). She argues that the reviewers' criticisms in respect to the book's treatment of abortion and intra-uterine contraceptive devices, and it's failure to consider cultural and religious sensitivities, were unsubstantiated or incorrect.
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The authors respond to some of the criticisms of Where Women Have No Doctor (Development in Practice 8(3)). They argue that, far from it being dangerous to give medical information to low-literacy, untrained people, the reverse, i.e. no information at all, can lead to more damaging attempts at health care.
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Já na década de 1990, idéias inovadoras como a do Desenvolvimento Humano Sustentável (SHD) e a do Desenvolvimento Centrado nas Pessoas (PCD) começaram a mudar o discurso existente por trás de perspectivas economicistas e debates ideológicos (mercado versus estado) que prevaleciam nos anos anteriores. Esse artigo descreve como, apesar das promessas e esforços sinceros de agências de desenvolvimento internacional como a UNDP e a ActionAid para colocar em prática as idéias do SHD e do PCD, as deficiências conceituais do paradigma SHD/PCD e os interesses organizacionais internos das duas agências estão gradualmente deslocando os principais componentes da agenda.
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Esse artigo examina o papel da ideologia no apoio a operações dos grandes movimentos de desenvolvimento. Enquanto uma ONG religiosa, a World Vision corresponde a um útil estudo de caso, de forma que esse artigo examina a influência da interação entre ideologia e tendências mais amplas do desenvolvimento sobre essa ONG. Alan argumenta que a partir de raízes em expressões culturais específicas do Cristianismo - que permitiu sistemas de valores altamente determinados e homogêneos - a ideologia da World Vision tem se transformado, graças ao crescimento e à diversificação, em uma fusão entre a corrente principal do Cristianismo e a busca do conceito de parcerias; um processo que destaca constantemente o papel do desenvolvimento e das forças geo-políticas para desafiar a própria imagem das ONGs e suas diretrizes estratégicas.
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Os programas de micro-finanças estão se tornando cada vez mais populares em Bangladesh e particularmente famosos pela excelente performance das mulheres no pagamento de seus empréstimos. Esse artigo examina o modo como as mulheres envolvidas no emprego assalariado utilizam seus empréstimos e os benefícios que elas recebem através de tais empréstimos. O artigo analisa também os efeitos do emprego assalariado nas relações de gênero. Argumenta-se que as mulheres assalariadas valorizam mais o trabalho pago do que a concessão de crédito. Mahmuda sustenta, então, que deveriam ser criadas mais oportunidades de trabalho para as mulheres, uma vez que isso ajudaria a promover o seu fortalecimento econômico e social.
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Um estudo histórico dos modelos migratórios na região central do México mostra que estão havendo mudanças nas proporções das comunidades rurais entre a população geral, além de mudanças no tipo de atividades e responsabilidades desenvolvidas por homens e mulheres. Essas alterações têm afetado também o uso do gado pelas mulheres, particularmente o de burros. Nesse estudo de caso do Estado do México, o uso de burros é analisado através da metodologia PRA. O burro foi considerado apropriado para atender às necessidades de trabalho de mulheres e homens mas é improvável que ele seja localmente aceito em atividades produtivas como o cultivo ou a criação, dado que o burro é visto como um animal reservado a atividades domésticas.
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In 1997, the International Council of Voluntary Agencies (ICVA), which was formed in 1962, came close to being dissolved. The author provides a personal viewpoint on the way that the ICVA moved towards this point: highlighting organisational, managerial, financial, and structural errors of judgement. The ICVA remains in existence, but the author argues that while it continues to act as a promotional network encompassing NGOs with differing agendas and resource bases, it will lack `a genuine basis for a common agenda', concerning itself more with individual members' institutional security than with its emancipatory remit.
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Using their personal experiences of the East Africa office of a small international NGO, the authors discuss the difficulties faced by NGOs attempting to work in partnership with governments and the private sector. NGOs' comparative lack of resources constitutes an immediate barrier to mutually beneficial partnerships, as does their inability and/or unwillingness to shoulder inherent risks. The authors argue that NGOs can learn from and contribute to these partnerships - for example in their supposed grassroots orientation and representation of the marginalised in society - but should be aware that unless they have input into the design of projects NGOs become no more than contracted service providers.
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Based on her own experience as part of a Primary Health Care (PHC) community development project in Angola, the author assesses the way the project was set up, identifying problems and potential solutions. Greatly concerned with ensuring local participation in and ownership of new health clinics, the author dwells on the dynamics of relations between local clinic nurses, their trainers, and the community using the new services.
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The author describes AEAZ's role in sensitising rural voters, so often marginalised and voiceless, with a series of civic awareness campaigns organised throughout Zambia in the run-up to elections in November 1996. The campaigns made clear the roles of MPs and their accountability to the electorate, as well as the notions of participation, self-determination, and democracy in a newly pluralist political system, for example. Difficulties with language and funding were encountered, but the campaigns were successful, as the Elections saw a rise in the number of voters, and subsequent questioning and holding to account of elected representatives.
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O autor oferece uma definição sobre o que uma sociedade civil deveria ser, baseando-se no grande incremento tanto das atividades democráticas quanto da emergência de forças que inibem ou prejudicam a formação plena de uma sociedade civil no Terceiro Mundo. O autor argumenta que a diversidade de tais atividades é um indicativo não apenas do potencial da sociedade civil mas também, e principalmente, das lições que isto nos ensina sobre os limites da democracia representativa, sobre as implicações adversas dos padrões atuais de desenvolvimento e sobre a responsabilidade dos cidadãos na sociedade contemporânea - lições estas fundamentais para a criação de uma política democrática e justa e de uma sociedade humanitária.
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Describing two models for the development of informal women's groups in Orissa and Kerala, India, the author discusses how it is possible to avoid the `top-down management' and bureaucracy that often contribute to the failure of other schemes. Informal self-help groups in rural areas serve to empower women, and provide a basis for the provision of credit and other support for various production and income-generation activities.
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Civil violence affects people as individuals, small groups (for example families), communities and society as a whole. Attempts to help the victims of violence, displacement, and trauma, then, must address each of these strata. The author draws on his experience as former Director of the KwaZulu-Natal Programme for Survivors of Violence, in South Africa, to illustrate this.
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The author gives an account of a partnership between a UK-based NGO and the Zambian government, designed to encourage `smallholder farmers to form `cattle clubs' [to] operate and manage community cattle-spraying points on a full cost-recovery basis'. The project's success has been tempered by changes in the external environment and the perceptions of the farmers, and the inability of the government to continue to allocate enough resources to it. The author offers practical lessons to be learned from these difficulties.
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The authors report on this workshop, held at the Flood Hazard Research Centre at Middlesex University, which brought together participants experienced in each of these three fields to share their knowledge and enrich each other's understanding. There was debate on the social factors which make communities vulnerable to hazards, including consideration of human rights, environmental sustainability, and the extent of our definition of vulnerability, as well as how `globalisation' can either enhance or threaten the ability of groups to cope with hazards.
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Esse artigo examina o potencial existente para que as técnicas de Avaliação Rural Participativa (Participatory Rural Appraisal) contribuam positivamente para o desenvolvimento comunitário e aumento do poder em uma comunidade rural pobre na província de Cabo Oriental na África do Sul. Foi realizada uma série de seminários sobre avaliação participativa em que foram utilizadas técnicas inovadoras para identificar as relações entre pessoas-ambiente e, em particular, a percepção comunitária dos valores e problemas relacionados ao rio e à área ao seu redor. Os seminários fizeram com que a comunidade atuasse positivamente para combater os problemas identificados. O estudo mostra a importância e o papel da pesquisa participativa entre as comunidades vulneráveis na África rural.
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Os grandes avanços conceituais ocorridos nos estudos sobre relações de gênero sugerem ser necessário reavaliar as análises convencionais do tema dentro do contexto das políticas de desenvolvimento. Evidências decorrentes da prática de desenvolvimento dão apoio à idéia de que os objetivos podem ser frustrados pelos processos de "barganha de gênero" (barganha que é influenciada e até mesmo determinada pelas relações de gênero-poder) por ocasião da implementação dos projetos. Por outro lado, a pesquisa acadêmica indica problemas-chave e métodos promissores de análise a respeito de como as relações de gênero são alteradas, os quais poderiam ser adaptados aos contextos em que os projetos são implementados. Os atuais modelos de planejamento na área concentram-se nas mudanças das relações de gênero, mas eles também precisam lidar com o processo pelo qual tais relações são renegociadas a fim de que possam dar subsídios a formas mais adequadas de planejamento, monitoramento e avaliação.
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Este artigo questiona a adequação de algumas formas de "ajuda" que têm sido oferecidas na área da saúde mental em países "em desenvolvimento", particularmente na África, e examina algumas das questões mais complexas subjacentes às diferentes formas culturais de compreensão da etiologia e tratamento da doença mental. Algumas experiências pessoais são relatadas, ilustrando a imposição de ideologias culturalmente inadequadas no ensino psiquiátrico. Como conclusão, alguns princípios de boa prática são sugeridos, os quais poderiam formar a base de uma síntese entre culturas e maximizar a possibilidade de que a ajuda do Ocidente no campo de doença mental possa tornar-se mais apropriada culturalmente.
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O artigo argumenta que o aumento na assistência oficial ao desenvolvimento da África do Sul, após sua transição política recente, ocorreu largamente a expensas de outros países da região. Embora este redirecionamento da ajuda oficial tem priorizado grupos negros em situação precária, tal processo reforça a dominância regional da economia sul-africana. A assistência oficial à Botsuana, Lesoto e Namíbia tem também se concentrado muito mais em investimentos em recursos humanos do que, por exemplo, em desenvolvimento industrial. O autor sustenta que isto irá criar uma base de qualificações que deverá beneficiar a expansão dos negócios sul-africanos, o que, quando inserido no contexto de regimes de comércio liberalizados, tenderá a favorecer aqueles já bem situados no mercado, ou seja, geralmente os brancos, homens e sul-africanos. Somente um programa regional e adequadamente coordenado de assistência, que seja sensível às questões de gênero e da pobreza, é que irá ajudar a contrabalançar a polarização em favor dos interesses econômicos sul-africanos, algo que parece ser a conseqüência direta das atuais políticas.
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Developing countries with large nomadic populations have found it difficult to cater for itinerant people in their healthcare strategies. Some have tried to settle nomads, others to bring in health workers from outside the nomadic community, both costly and ineffective intervention measures. The author advocates a strategy which seeks to build on the traditional healers' and birth attendants' skills present in nomadic communities, to encourage self-care as far as sensibly possible, and to take account of `community ecology, the definition of an epidemiological profile...and group identity' when planning health services.
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With specific reference to the case of granite mining in the Mutoko District in Zimbabwe, the author argues that while the state continues to hold rights to communal land, and freehold tenure is prohibited, Zimbabweans are being denied rights: in this case, a say in, and compensation for, damage to `their' land caused by mining. The author compares the current injustice to the `inequitable bias' with which tenure was distributed in the 1950s.
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When Hurricane Mitch hit South America in November 1998, it most harshly affected Honduras and Nicaragua, and most of those affected were already living in extreme poverty. The author highlights the connection between the extent of the damage from this `natural disaster' and deforestation and bad land management practices, which greatly increased the impact of Mitch in these countries. He advocates a rebuilding strategy for the countries, which reconstructs the economies more equitably rather than reinforcing the socio-economic and political orders that perpetuate the violation of human rights. He makes specific reference to the need to cancel debt repayments.
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The author wrote this open letter to her friends in the immediate aftermath of Hurricane Mitch, from the capital of Honduras, Tegucigalpa. She describes the devastation, how nearby countries have sent assistance, and her fears for the future.
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Em um artigo anterior, Alan Thomas apresentou duas visões sobre gestão de desenvolvimento. Uma discutia a gestão no contexto de desenvolvimento enquanto processo histórico. A outra discutia a gestão de ações especificamente voltadas ao progresso, de tarefas de desenvolvimento. Nesse novo artigo, o autor apresenta uma terceira visão: um estilo de gestão orientada para o desenvolvimento, isto é, destinada a mudanças progressivas. O autor argumenta que essa terceira visão permite formular um conceito normativo sobre gestão de desenvolvimento. Dessa maneira, o que distingue uma boa gestão de desenvolvimento é o fato dela poder promover consistentemente os valores de desenvolvimento em todos os níveis, mesmo que essa não seja a forma mais direta de desempenhar com sucesso funções específicas de desenvolvimento.
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Esse artigo, baseado em uma revisão dos financiamentos concedidos pela organização SIDA para algumas ONGs em Bangladesh, explora as variáveis relações entre doadores bilaterais, ONGs do hemisfério norte (ONGNs) e do hemisfério sul (ONGSs). Os autores comparam a trajetória de financiamentos diretos e indiretos entre doadores e ONGSs. A maior parte dos financiamentos de ONGSs concedidos pela SIDA era realizada anteriormente através de ONGs suecas. Uma vez que as ONGSs têm se tornado mais competentes e mais capazes graças aos seus próprios esforços de profissionalização, além de haver um maior reconhecimento e apoio por parte de governos e através da provisão de parcerias de recursos humanos com ONGNs, essas organizações do hemisfério sul têm ampliado sua participação dentro do emergente "terceiro setor" dos países receptores de ajuda internacional, bem como junto aos setores privados e governamentais. A SIDA tem aumentado o financiamento direto de ONGSs através de seu escritório em Daca. O artigo trata de dois temas principais relacionados à ajuda da Suécia às ONGs em Bangladesh. Primeiro, uma vez que doadores bilaterais contribuem com um proporção crescente dos seus recursos para as ONGs, de que maneira as relações de financiamento transparentes e responsáveis, baseadas em mútua confiança, podem ser estabelecidas entre doadores bilaterais e ONGs? Segundo, como as ONGNs podem trabalhar produtivamente em contextos onde o número e a capacidade das ONGSs têm expandido significativamente?
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Esse artigo apresenta uma estratégia potencialmente efetiva de aumento de poder das mulheres, utilizando a Nigéria como estudo de caso. A estratégia desenvolve-se a partir de uma avaliação de recentes programas adotados na Nigéria, conceitos do que vem a ser esse aumento de poder e o esquema proposto por Karl (1995). O artigo sustenta que o fortalecimento das mulheres (entendido como um aumento da capacidade feminina de influenciar e participar das decisões que influenciam sua vida de maneira direta ou indireta) é a questão-chave para proteger seus interesses. Kassey argumenta que (a) o conceito de fortalecimento implícito em uma estratégia de aumento de poder predetermina sua eficiência; (b) o fortalecimento endógeno é provavelmente mais eficiente do que o fortalecimento exógeno porque ele enfatiza as necessidades reais, de acordo com o indicado pela avaliação preliminar; e (c) uma concepção dinâmica de aumento de poder é mais apropriada do que uma concepção estática, porque ela leva a estratégias de fortalecimento endógeno. A autora recomenda a adoção de uma "estratégia tripartite", que consiste em medidas de conscientização, desenvolvimento de qualificações e capacidade e ação política dentro de um contexto de aumento de poder endógeno.
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What does organisational decentralisation mean? What types of decentralisation can NGDOs choose from and what appears to be occurring? The author sets out answers to these questions and proceeds to analyse the pressures and forces involved in choosing, pointing towards devolution as the preferred option. The author argues that globalisation calls for a truly international response from NGOs, namely the formation of global associations. This article also appears in the Development in Practice Reader Development and Management.
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Os autores descrevem o fenômeno das ‘inércias perversas’ – efeitos e tendências que são opostos ao que era pretendido - no contexto das respostas do hemisfério sul às ONGs do hemisfério norte. Dois impactos específicos nas populações destinatárias são discutidos. O impacto da ‘cultura de projeto’, onde os ‘beneficiários’ sentem-se compelidos a criar o máximo possível de projetos, alinhados com áreas de possibilidades de financiamento previstas, que podem não refletir as necessidades reais ou as necessidades mais urgentes e o impacto de ‘viver através das feridas’, onde as comunidades recontam seus sofrimentos para receber assistência. Os autores oferecem uma crítica à forma como ‘vidas e…expectativas são usadas por outros agentes em nome da solidariedade internacional’. This article is freely available as a chapter in Development and Advocacy.
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Using the example of a project in Sheffield intended to promote user-involvement and participation in planning healthcare services, the author criticises the failure of the project to actually provide any forum for user-participation. The structures used to set up these partnerships are often too prescriptive, he argues, setting out a framework in which consultation may take place, and leaving no room for legitimate local interests which may not fit this framework. This article also appears in the Development in Practice Reader Development and Management.
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The Assuit Burns Project (ABP) is a small Egyptian NGO working to help burns victims. The author describes the work of the Project, setting out its various capacities, and criticises funders' and donors' over-emphasis on preventative medicine at the expense of this type of curative work. Burns victims can become economic and social outcasts, and this impacts on development, and equity (particularly gender equity). This article also appears in the Development in Practice Reader Development and Management.
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Six development managers working for Health Projects Abroad in Tanzania provide an account of a typical working day, outlining their work, their frustrations, and the way they are perceived by local communities, for example. This Practical Note provides an insight into the pressures on managers, who must cope with day-to-day tasks while maintaining perspective on the bigger picture. This article also appears in the Development in Practice Reader Development and Management.
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This paper looks at a Gender Review conducted for Oxfam GB of their programme in Uganda. The Review found that the programme lacked a coherent strategy and gender work was invariably considered an add-on rather than an integrated part of development planning. They advocate developing a strategy for social change, including monitoring and evaluation mechanisms, and provision for capacity-building among staff and with local women's organisations. This article also appears in the Development in Practice Reader Development and Management.
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This Practical note describes the work of the Southall Black Sisters, a group, based in London, England, which provides a variety of assistance to, mainly Asian, women who have been victims of domestic violence and abuse. The author discusses how the UK legal system fails to help some of these women, as well as how patriarchal Asian social structures enable this abuse to go unchecked and unreported. The SBS consciously try to challenge on many fronts at once, working 'against gender and racial oppression (including religious fundamentalism and communalism) and...[operating] at the level of the family, the community, and the state.' This article is freely available as a chapter in Development with Women.
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The author examines the perception that information technology (IT) can be used to stamp out corruption in organisations. Using examples of corrupt practices, he argues that, invariably, development managers should consider the underlying organisational and environmental causes of corruption rather than seeing the introduction of IT systems as a solution in itself. This article also appears in the Development in Practice Reader Development and Management.
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A Tailândia vivencia atualmente o fenômeno pouco familiar de receber empréstimos em dinheiro através de organizações de ajuda e agências multilaterais, tais como o Banco Mundial e o Banco de Desenvolvimento Asiático, para programas de desenvolvimento doméstico. Durante os anos de boom econômico, o país não buscou nem solicitou tal ajuda, uma vez que seu desenvolvimento estrutural era financiado pelo crescimento que os países do sudeste asiático viam como garantido. Recentemente, a queda no crescimento e o aumento progressivo do desemprego ligado à desvalorização da moeda e mercados de exportação insuficientes têm feito com que a Tailândia seja obrigada a buscar, por outras vias, o capital necessário para o seu desenvolvimento e para se tornar eficiente na administração de projetos educacionais. Esse artigo descreve uma pesquisa sobre as necessidades de treinamento rápido do setor educacional tailandês, que foi encomendada pelo Conselho Britânico. O objetivo dessa pesquisa é saber qual é atualmente a capacidade que o setor educacional possui para adotar e colocar em prática os projetos financiados externamente. Utilizando o ciclo de aprendizado de Kolb como paradigma de boa prática e uma versão adaptada de sistemas flexíveis para abordagem do planejamento, o artigo descreve um processo de aprendizagem visando um plano de ação a fim de produzir um pacote de treinamento que objetive aumentar a capacidade de gerenciamento de projetos. Finalmente, o artigo trata da experiência do projeto e sugere alguns objetivos de aprendizagem para exercícios futuros desse tipo.
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Using the findings of the 1996 Presidential Commission on Corruption in Tanzania, the author emphasises the impact petty corruption, especially bribery, has on poor populations. He proposes that international organisations recognise that controlling corruption should be part of poverty-reduction strategies, and needs to be tackled by increasing the political literacy of the affected populations - empowering citizens to complain about corruption. This article also appears in the Development in Practice Reader Development and Management.
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Urban and industrial growth in developing countries makes the provision of adequate waste management services vital. Public sector-private sector partnerships (the authors describe potential structures for these partnerships) offer one way to manage this provision. The authors discuss how responsibility for public services should ultimately remain with the public sector, investigate different types of public-private partnership, and present five guiding principles for effective partnerships, as identified by the Cairo Workshop on Micro and Small Enterprise in Municipal Solid Waste Management in Developing Countries. This article also appears in the Development in Practice Reader Development and Management.
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The author highlights a community participation scheme in Hyderabad, India, which allowed informal sector workers, organised by the Municipality, to take steps towards a more cost-effective and ecocentric method of waste management. This article also appears in the Development in Practice Reader Development and Management.
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Esse artigo trata das relações contraditórias entre instrumentos de política - sempre sujeitos à crítica de serem tecnocráticos e mecanicistas - e os processos de desenvolvimento. O autor concentra-se nos instrumentos conhecidos normalmente como Logical Framework Approach - LFA (Abordagem do Sistema Lógico), que vêm sendo cada vez mais utilizados como instrumentos de análise de processos por várias agências, incluindo aquelas que valorizam a participação e o aumento do poder dos mais vulneráveis. O autor avalia os instrumentos de política sob a perspectiva de seu uso em um sistema baseado na ação pública, com o objetivo de tornar mais claro e enfatizar as intervenções de diversos atores. Nenhum instrumento é capaz de realizar todas as funções que são necessárias em situações complexas e o LFA é um método útil entre as várias opções existentes. O artigo analisa duas das suas limitações. Primeiro, ele pode ser utilizado em diferentes formas, incluindo como um meio de analisar o interesse público em um contexto de disputas ou ainda enquanto um instrumento tecnocrático. Em segundo lugar, a visão dos pressupostos como imutáveis pode limitar a efetividade das intervenções.
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O modo como as organizações e associações podem trabalhar em conjunto por um determinado período a fim de desenvolver novas normas e práticas que garantam a sustentação de iniciativas de desenvolvimento é um problema permanente. Esse artigo examina como os processos de negociação de agendas comuns acerca da sustentabilidade - explorando suposições que estão por trás das ações propostas, estabelecendo políticas que garantam transparência de ação e definindo mecanismos para investigar as relações de causa e efeito na elaboração e resultados dos programas de desenvolvimento - podem ser uma fonte de aprendizado para a ação. Os autores argumentam que tais processos de aprendizado para a ação podem contribuir para a sustentabilidade institucional.
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Os autores utilizam a experiência de compromisso com a descentralização em Uganda. Esse compromisso está transformando o modo como os serviços são planejados e financiados; novas associações entre governos locais, ONGs e agências do setor privado estão sendo criadas. Muita atenção tem sido dada à adoção de técnicas variadas - tais como a abordagem participativa rural - através das quais formas diretas e intensivas de participação estão sendo estimuladas no planejamento descentralizado. Essa tendência é examinada de maneira crítica e as potenciais conseqüências não-intencionais são destacadas. Um conceito mais amplo de transparência das ações é definido para ilustrar uma abordagem mais inclusiva de planejamento e alocação, visando maior igualdade e sustentação nos serviços rurais.
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Na Índia, a grande preocupação na área educacional é fazer com que pelo menos as 32 milhões de crianças que se calcula estarem fora das escolas tenham acesso à Educação Elementar Universal. O apoio à descentralização dos serviços públicos é generalizado, devido aos benefícios em termos de igualdade e eficiência que estão associados a essa estratégia. Em particular, a descentralização é vista como algo que facilita a sintonia dos serviços com a preferência local, aumentando assim as chances de serem alcançados os objetivos propostos. Essa proposição é examinada no contexto da pesquisa realizada em um vilarejo do distrito de Raichur, na Índia, onde as "preferências" das famílias pobres em relação aos horários das escolas são examinadas em termos de seus impactos sobre a gestão e políticas educacionais. O artigo investiga os seguintes pontos: até que ponto as preferências locais são homogêneas? O que acontece se essas preferências forem contrárias aos interesses da política governamental? Os setores de serviços podem ser seletivamente descentralizados ou a "produção" do setor como um todo tem que ser repensada? O artigo conclui com algumas idéias sobre a importância dos processos de articulação das preferências e a necessidade de reconhecer as preferências implícitas nas intenções das políticas governamentais.
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Enfatizando a definição de objetivos e avaliação de desempenho, a Nova Gerência Pública parece oferecer uma abordagem coerente e "não-sem sentido" sobre a reforma do setor público e a função da administração pública. Esse artigo sugere que três questões precisam ser examinadas com mais profundidade: "Administração do que?", "Administração realizada por quem?" e "Como administrar?". Dorcas Robinson analisa essas questões utilizando o caso da Assistência de Saúde Comunitária e a sua promoção feita por ONGs na Tanzânia. O artigo argumenta que a função da administração pública é gerenciar uma área de ação pública, que inclui (e exclui) vários atores e agendas. Uma vez que isso é levado em conta, torna-se claro que o desafio de todos os gerentes de desenvolvimento é saber como administrar uma interdependência mais eficiente.
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Esse artigo é um estudo comparativo das mudanças institucionais e os esforços para criar redes e ligações entre os sistemas de ciência e tecnologia (C&T) da Polônia e Tanzânia, numa época em que as reformas econômicas são definidas pelo mercado. Os autores argumentam que em ambos os países, a C&T está sendo prejudicada por abordagens lineares da transferência de tecnologia e que os esforços futuros deveriam concentrar-se nas abordagens não-lineares, envolvendo múltiplos atores. O artigo também discute e leva em consideração os objetivos organizacionais e agendas, a base de recursos de diferentes organizações e a capacidade organizacional de aprender, adaptar e mudar.
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Esse artigo analisa as oportunidades que as organizações da sociedade civil (OSCs) no Brasil possuem para aumentar e diversificar as suas receitas. Ele mostra uma série de novas fontes de recursos com potencial, incluindo o público brasileiro, atividades comerciais e instituições governamentais. O papel dos voluntários também é discutido. As mudanças institucionais e culturais que as OSCs devem realizar para poder mobilizar esses recursos são destacadas nesse artigo, juntamente aos riscos associados a essas mudanças, tais como o desvio de suas funções de representação e de defesa de direitos humanos, perda da independência política e burocratização. O artigo sugere, então, de que maneira as agências de ajuda poderiam cumprir suas responsabilidades a fim de ajudar seus parceiros a aumentar suas receitas e também levanta a possibilidade de uma maior colaboração inter-institucional em uma atividade que, cada vez mais, tem se tornado global em vez de nacional. Finalmente, o autor faz alguns comentários sobre as prioridades de financiamento das ONGs internacionais (ONGIs), dadas as novas oportunidades de arrecadar fundos que as OSCs possuem. A principal recomendação feita pelo autor é a de que as OSCs concentrem-se em trabalhos de defesa de direitos e apoio, em vez de provisão de serviços.
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Desde o final dos anos 80, instituições democráticas e uma sociedade civil ativa têm sido indicadas como ingredientes importantes e pré-condições para a redução da pobreza, exclusão social e conflitos civis violentos. Os sistemas multipartidários e as eleições são vistos como as expressões mais importantes da democracia formal. Este artigo argumenta que é necessário dar uma maior atenção para a idéia de democracia substantiva, que requer uma compreensão maior das diversas variantes legais e políticas existentes dentro de um sistema democrático. O artigo discute em certa profundidade a crise da administração pública na Bélgica. A análise levanta questões a respeito da relação entre `sociedade política' e `sociedade civil', bem como entre movimentos sociais e partidos políticos.
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Este artigo propõe-se a responder a seguinte questão: por que o teatro deve ser utilizado em assuntos de desenvolvimento? O autor examina os motivos pelos quais as agências de desenvolvimento têm se mostrado relutantes em introduzir o Teatro para o Desenvolvimento entre as suas maiores prioridades. Ele mostra a importância da pedagogia crítica na história desta forma de expressão, que está ligada diretamente à ênfase dada à participação do aluno no movimento Teatro na Educação e nas técnicas do Teatro do Oprimido. O artigo defende o papel central da atividade cultural em todo processo de desenvolvimento que tenha como objetivo representar as necessidades de comunidades específicas que são definidas por elas próprias. Ao mesmo tempo, ele examina a dinâmica particular do teatro enquanto uma forma não-literária de comunicação e diálogo, que cria uma `margem de segurança' ficcional na qual aqueles que são habitualmente marginalizados podem não somente encontrar, mas também utilizar formas de ação para realizar mudanças.
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Este artigo examina as formas criativas pelas quais um dos estados mais progressistas da Índia tem tentado fazer do gênero uma questão importante em suas políticas públicas. A polícia de Maharashtra deu um grande passo em direção ao reforço da posição das mulheres ao ampliar o acesso destas últimas a todas as funções na instituição a partir de 1994. O artigo descreve o processo pelo qual a polícia introduziu esta mudança, como parte de uma agenda mais ampla destinada a enfrentar o problema da violência contra as mulheres - o que pode servir como um exemplo para organizações similares e estudiosos das questões de gênero.
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A consciência mundial acerca do meio-ambiente tem gerado uma nova área de interesse e especialidade na indústria de assistência para o desenvolvimento. Os projetos ambientais tornaram-se a nova `moda' na comunidade de ajuda internacional, com doadores e praticantes disputando projetos ecológicos para dar apoio. Embora tal apoio ao meio-ambiente imite a atenção que a indústria de desenvolvimento tem dado às mulheres (e, depois, às questões de gênero), nem sempre a preocupação com estes assuntos da moda tem sido sincronizada. Muitos ativistas na área de desenvolvimento promovem projetos ambientais que dão apenas atenção nominal às questões de gênero. Baseando-se em um estudo de caso sobre a produção ecológica de madeira nas Ilhas Salomão, este artigo demonstra como a sustentabilidade ambiental e a igualdade entre sexos deveriam ser objetivos complementares em tais projetos.
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O conceito de sustentabilidade tem evoluído e expandido a fim de incluir mais do que questões ambientais. Agora, ativistas em desenvolvimento tratam de questões que vinculam sustentabilidade, população e, em particular, redução de pobreza. O desenvolvimento sustentado do meio-ambiente não pode ser alcançado a menos que a pobreza seja reduzida. Assim, a conexão entre sustentabilidade e redução da pobreza deve ser adequadamente compreendida caso a assistência econômica aos pobres seja bem-sucedida. Estas questões podem levar a confusões e serem difíceis de lidar satisfatoriamente quando aplicadas à prática. Como os projetos e programas de redução da pobreza podem ser estabelecidos a fim de garantir a sustentabilidade? Como as medidas de redução de pobreza podem ser incluídas em todas as etapas de um projeto? Estas questões são examinadas e um conjunto de orientações e padrões mínimos são propostos. Exemplos relevantes são citados para ilustrar como a consciência acerca da redução da pobreza pode ser incorporada a projetos ambientais.
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O autor apresenta a sua visão pessoal de que as metodologias participativas (tais como a Avaliação Rural Participativa (PRA) e a Avaliação Rural Rápida (RRA)) são freqüentemente utilizadas por ONGs de uma tal forma que elas podem criar um impacto negativo sobre a comunidade que elas deveriam empoderar. Argumentando que essas metodologias incitam os pobres a sentirem a necessidade de parecerem pobres – um ponto de partida potencialmente desastroso para qualquer comunidade colaborativa /iniciativa de ONG – o autor defende uma abordagem através da qual as comunidades identificam seus recursos e sua capacidade de melhorar a sua qualidade de vida. Uma versão anterior desse artigo foi apresentada pelo autor em um Workshop de Metodologias Participativas da PAMFORK realizado entre os dias 24-27 de setembro de 1996 no Resurrection Gardens, Karen-Nairóbi, e foi publicado em Baobab, Edição 22 (1997). This article is freely available as a chapter in Development Methods and Approaches: Critical Reflections
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In 1996 the Peruvian NGOs ALTERNATIVA, FOVIDA and INCAFAM spoke to many soup kitchen members, all women, to establish how they felt about the work and the future of the kitchens. The author reports on the connected activities sometimes run by these organisations, and on the benefits members have received from their membership, including discussions of capacity and skills built, changes in gender relations in households, and the sense of social and personal recognition for work. The women interviewed also identified difficulties, including reconciling work with the demands of motherhood. This article is freely available as a chapter in Development with Women.
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While larger non-governmental development organisations are implementing gender policies and practices, smaller NGDOs - while generally aware of the relevance and importance of gender-awareness - are yet to put this concern into practice. One reason for this is the lack of focussed gender specialists in these smaller organisations, but also, in the 5 Cameroonian and 8 UK-based organisations surveyed, there emerged little understanding of gender in the wider development context. Gender issues are marginalised and the NGDOs, while recognising that women's participation in the economic growth of a community is vital, fail to identify the fundamental inequalities regarding power, division of labour, and access to and control over resources.
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The author reports on this conference arranged by the Royal Institute of International Affairs in London, England, in April 1998, ostensibly to agree on ways forward for socially responsible enterprise and corporate accountability. Participants were overwhelmingly business leaders and academics, and the author found challenging views were not particularly in evidence; it became clear that the issues under discussion were too complex for a consensus to be reached at this time, and by these representatives. The author argues that NGOs should take part in the ongoing debate and build mass support from the consuming public, as well as from states: `the final arbiters of conflicts of interest between social and economic goals.'
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Os autores desta obra têm como ponto de partida os movimentos de base, argumentando que movimentos sociais pioneiros têm sido formados contendo uma resposta libertadora ao `Projeto Global' que vem sendo imposto sobre eles. Indo além das premissas e promessas da modernidade, as pessoas reunidas nestes movimentos de base estão reinventando ou criando novas referências intelectuais e institucionais. Como a recente rebelião no sul do México serviu para ilustrar, homens e mulheres comuns estão aprendendo uns com os outros a desafiar a natureza e as bases do poder moderno, tanto em seus fundamentos intelectuais como em seu todo. Explicitamente buscando alternativas às ideologias dominantes e entregando-se totalmente às suas lutas locais, esses movimentos e iniciativas revelam a complexidade e amplitude das iniciativas populares.
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Teams at their optimum efficiency during the normal course of work are more likely to be able to respond appropriately and handle pressure in emergency situations. This Practical Note goes on to describe various work procedures to ensure efficiency, communication and learning in a team. The author suggests ways of offering feedback to team members, skills supervisors should cultivate, and highlights the importance of `continuous learning'.
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It is argued that community development can contribute to national development, in conjunction with other phenomena. Village-level development efforts depend on the dynamism of community groups. The populations of the Cameroon grassfields possess the creative capacity to adapt new techniques and knowledge to their local realities. The paper identifies the critical factors that influence the effectiveness of their self-help development efforts. Issues discussed are: the socio-political setting; the concept of mutual help; rural leadership and authority; socioeconomic factors; socio-cultural and institutional factors; and self-help development initiatives and gender. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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The author reports on the proceedings of this conference, opened by Clare Short (UK Secretary of State for International Development), who suggested that the event had come about due to a desire to `tackle the underlying causes of conflict and strife'. The participants, though, made it clear that humanitarians are divided over the principles governing their work. Many key questions, while discussed, remained unanswered; such as how to prioritise principles, whether political will or humanitarian principles (or both!) are lacking, and how to handle humanitarian intervention into just wars. The author concludes by discussing the under-representation of women at the conference.
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This Research Round-Up provides a brief literature review of the use of pre-departure briefings (PDBs) for NGO staff delivering overseas aid programmes, especially from the point of view of Australian NGOs. The professionalism, productivity and effectiveness of aid workers can be enhanced using improved human resource management. The author reports the results of a questionnaire sent to aid workers in 22 countries; the vast majority reporting that they had received no effective PDB, although job satisfaction was high. Respondents identified areas in which they would have liked more assistance, particularly cultural information and language training.
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Existe uma forte tendência de argumentar-se que as organizações não-governamentais do hemisfério sul são as melhores representantes da população mais pobre desta região. Esse artigo põe em dúvida essa visão, argumentando que as pessoas pobres em geral - e crianças e mulheres em particular - continuam privadas de seus direitos, enquanto que as ONGs - tanto do hemisfério norte quanto do sul - representam muito mal os interesses dessas pessoas. O artigo sugere que o que de fato é necessário, dado o atual paradigma econômico global, é uma iniciativa inovadora e conjunta entre as ONGs do norte e do sul e as próprias pessoas carentes, que desse modo iria trazer os problemas destas últimas para o centro dos debates, além de criar uma nova abordagem em recursos humanos que iria fortalecer e defender essas pessoas de maneira mais efetiva. O artigo conclui que, para alcançar tudo isso, a defesa das questões econômicas deveria talvez receber mais prioridade do que a defesa de questões políticas.
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As Organizações Não-Governamentais (ONGs) desempenham hoje em dia um papel fundamental nas operações de paz da ONU, principalmente nas áreas de ajuda humanitária, desmobilização e reassentamento, apoio às eleições e retirada de minas terrestres. Isso reflete a preferência de grandes doadores em utilizar os canais das ONGs para oferecer seus próprios auxílios. Esse artigo examina os desafios trazidos com essa expansão, tanto para as agências que estão envolvidas quanto para o governo do país em questão, com especial destaque para o processo de paz de 1992-95 em Moçambique. O autor descreve as várias dificuldades de ordem prática que as ONGs enfrentam em um ambiente político de pós-guerra e conclui que é necessário definir melhor os papéis mais adequados e padrões operacionais mínimos para que as ONGs implementem tais programas de maneira a não comprometer sua integridade nem atrapalhar o processo de reconstrução de longo prazo.
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Em setembro de 1994, o Banco Mundial escreveu que a `dívida externa multilateral não é um problema generalizado para os Países de Baixa Renda Altamente Endividados'. Dois anos depois as Instituições Financeiras Internacionais (IFI) - Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI) - fizeram um acordo para reduzir a dívida dos Países Pobres Altamente Endividados para níveis sustentáveis. Embora imperfeita, a proposta de certa maneira atendeu as demandas de ONGs que, juntamente com o auxílio de setores progressistas dentro do Banco Mundial e dos países credores, têm desempenhado um papel fundamental em todo o processo. Embora o problema da dívida externa multilateral tornou-se agora um problema excessivamente sério para ser ignorado, os autores mantêm que têm sido essas forças progressistas as responsáveis pelo enorme sucesso alcançado pelas IFIs.
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O financiamento oficial para o desenvolvimento do setor de ONGs expandiu-se rapidamente no final da década de 80 e início dos anos 90. Porém, esses dias tranqüilos não existem mais. Os estrategistas das ONGs estão preocupados em buscar formas de adaptar as agências frente ao declínio dos recursos oficiais e corrigir os impactos adversos de tal queda. Contudo, apesar dos vários apelos para que as ONGs se reorganizem, repensem e se profissionalizem, ainda existe um grande número de questões que estão sendo quase inteiramente ignoradas: em particular, a possibilidade de introduzir-se a auto-regulação coletiva da estrutura organizacional e os procedimentos das ONGs em países em desenvolvimento. Os autores argumentam que essas questões poderiam contribuir significativamente para a solução de diversos problemas que as ONGs estão enfrentando atualmente.
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The standard models of the state and civil society balancing each other, as propounded by de Tocqueville, Hegel and Gramsci, are no longer useful in all cases when thinking about the relationship between the state, civil society and NGOs. The emergence in many countries of a weak state and relatively strong civil society organisations has led to NGOs filling the gaps in the provision of services which should nominally be provided by the state. The dangers of this are well-documented, and the author argues that NGOs should be seeking to strengthen the capacity of the state to perform these functions, as well as nurturing civil society.
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An examination is presented on a type of NGO, known as a network NGO that, it is argued, is currently exploiting the personal links across the government-NGO divide, and acknowledging their interdependence. Characteristics of such NGOs are that they have a broad membership, consisting of professionals from the same ethnic background. Two examples of such network NGOs are Dupoto e Maa, which is based in Kajiado, Kenya, and is an organization mainly lobbying for Maasai pastoralists; and SADEA, based in Same, Tanzania, focusing on conventional) fundraising activities for social projects. Case studies of these two organizations are reviewed in a discussion on their relevance in the government-NGO debate. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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The paper presents a case for all organizations that work on development, environmental, social justice, and human rights issues to work more closely together, arguing that many of the issues these organizations are addressing are one and the same. It is a call to reflection, debate, and action concerning the protection and guarantee of all human rights, and the holding accountable of all actors for actions that contribute to their violation. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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Using the example of reforms in Bolivia, the author discusses `second generation' structural and institutional reforms taking place in Latin America, in the aftermath of Structural Adjustment Programmes' (SAPs) failure to reduce poverty and inequality. Providing a new context for social policy and participation, the most radical reform in Bolivia is the Popular Participation Law, intended to decentralise the allocation and administration of resources and encourage participation in democracy from all sectors of Bolivian society. According to the author, the Law has been only partially successful in achieving these aims, and he discusses its limitations.
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Violência sancionada: desenvolvimento e perseguição de mulheres acusadas de bruxaria em Bihar do SulConstantemente as mulheres são vítimas de acusações de bruxaria nas regiões tribais de Bihar do Sul. Como resultado, sabe-se que entre 1991-94 mais de 60 mulheres foram mortas apenas no distrito de West Singhbhum. Os principais motivos que estão por trás das perseguições são as tentativas de manter as mulheres em situação econômica e social precária, de explorá-las sexualmente e de extorquir as propriedades de suas famílias. Esse artigo examina as questões que geram esta forma de violência aceita socialmente, analisa as implicações que elas trazem para o trabalho de desenvolvimento e sugere métodos adequados de intervenção.
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The author reports on a visit to Lagos State, Nigeria, to research aspects of primary healthcare, and highlights how communities knew what they needed to improve their quality of life, and how they felt health education was not necessary. Their self-determination forced the researchers to adopt a participatory approach, and provide assistance in getting the locally identified schemes underway before attempting, collaboratively, to set up an education programme.
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It is noted that identifying with protection and enhancement of natural resources as central to EC development support, articles 33-41 (of the Lome IV Convention) focuses on three principles: a preventive approach aimed at avoiding negative impacts on the environment as a result of any programme or operation; a systematic approach for ecological feasibility studies at all stages, from identification to implementation of a programme or operation; and a multi-disciplinary and trans-sectoral approach, taking direct and indirect consequences of EC-supported initiatives into account. The paper addresses these needs, with the goal being to develop a systematic procedure for the Belgian Agency of Development Cooperation (BADC) to test the potential environmental impacts of development projects before these are implemented. The BADC aims to avoid sponsoring projects that have a negative impact on the environment in the broadest sense. A comparative study is presented of guidelines and procedures, drawing mainly on the EC environment manual, the OECD guidelines on environment and aid, and the various environmental guidelines of the OECF, the Asian Development Bank, and the World Bank. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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The Small Enterprise Development Fund of the Department for International Development (DFID) of the British Government commissioned a literature review and held workshops, both co-ordinated by ActionAid UK, to assess the impact of micro-finance schemes on women's empowerment. Three broad approaches to micro-finance for women are identified as well as the constraints affecting impact in each case: approaches emphasising financial sustainability, integrated community development or feminist empowerment. The author provides a framework for assessing degrees of empowerment and presents a `minimal gender strategy' for micro-finance.
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In 1996 UNRISD sponsored a survey, using questionnaires, interviews and participant research, into the parallel pharmaceutical market in the Democratic Republic of Congo (then Zaire). The author describes `typical' purchasers and vendors, the quality of products sold and bought, and the levels of regulation possible/needed in such a market, and challenges policy makers to develop a system of partial regulation combining the relevant merits of government and private sector control.
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Utilizando dados de um recente estudo sobre etnia na zona rural de Bangladesh para examinar as relações entre a violência masculina contra mulheres dentro de casa, a dependência econômica e social das mulheres em relação aos homens e os programas de micro-crédito, esse artigo sugere que tais programas de crédito geram um efeito variado a respeito da violência masculina contra as mulheres. Esses programas podem reduzir a vulnerabilidade das mulheres, tornando mais efetiva sua participação econômica e fazendo com que suas vidas sejam mais públicas. Contudo, quando as mulheres desafiam as práticas machistas, elas às vezes provocam violência por parte de seus maridos. A violência masculina é um problema sério, comum e freqüentemente ignorado no mundo inteiro. Colocando recursos nas mãos das mulheres, os programas de crédito podem indiretamente aumentar tal violência; mas eles também podem propiciar um contexto que permite ação e intervenção.
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Baseando-se em pesquisa recente, a autora analisa o quanto e quais as maneiras que as ONGs do Reino Unido estão tentando incorporar a questão de gênero nas políticas e procedimentos de seus trabalhos de desenvolvimento internacional. Além disso, o artigo examina até que ponto um reconhecimento formal das questões de gênero está sendo capaz de definir a maneira com que cada organização funciona. A autora examina os pontos positivos e negativos de diferentes estratégias (tais como em relação a funcionários especialistas ou unidades de trabalho, políticas específicas que tratem da questão de gênero, treinamento em gênero, política de recrutamento que ofereça oportunidades iguais e correntes principais de pensamento) para a transformação da prática organizacional.
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Esse artigo descreve e analisa o Programa de Ação-Aprendizagem Qualitativa sobre Gênero da BRAC, uma grande ONG especializada em desenvolvimento rural em Bangladesh. Essa organização emprega funcionárias(os) de campo e gerentes que se dedicam à análise temática, ao planejamento de atividades e sua implementação (partes componentes do Programa) com o objetivo de lidar com mudanças organizacionais e programas de qualidade que surgem a partir da compreensão dos temas relacionados a gênero. As questões de gênero, que envolvem mulheres ou as relações entre homens e mulheres, ficam às vezes perdidas quando problemas mais profundos sobre poder e operacionalidade são tratados. O maior desafio do Programa agora é explorar o conteúdo de gênero que está presente em ambos os casos e encontrar alternativas para mudar práticas tendenciosas, assim como outras características organizacionais, estruturais e de processo que promovem a desigualdade entre sexos tanto dentro da BRAC como nos resultados de sua ação social.
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Esse artigo analisa o papel das mulheres no sistema de produção rural em Barman, na área Manghadié de Mali. A metodologia sugerida no artigo tem como objetivo identificar as áreas em que as mulheres possuem autonomia nas atividades de produção e os fatores que determinam seus graus de controle. Para as mulheres, o controle sobre o trabalho depende tanto do seu envolvimento no processo de tomadas de decisões como da sua habilidade de negociar o acesso a várias partes componentes de suas atividades. O artigo chama a atenção para os fatores ligados a gênero e a outros aspectos sociais, tais como as relações inter-étnicas e entre mulheres, que determinam a autonomia das últimas nas atividades de produção. Alguns fatores econômicos e ambientais também são identificados.
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NGOs, like other organisations, are gendered; that is, they reflect society's power relations between men and women. The author argues that NGOs must begin a process of gender-sensitive institutional change, building equitable practices and attitudes in the long-term, benefiting and empowering NGO staff as well as impacting on their programme work, and strategic objectives. This article is freely available as a chapter in Development with Women.
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Coffee production was the main source of family income in the North West Province of Cameroon until there was a fall in coffee prices. The author recounts a positive side effect of this potential economic crisis for the province: the empowerment of women. Previously denied land-ownership, due to men's traditional hold on land and women's legal status, women bought now-unused land and successfully made money from their produce. The resulting shift in financial power saw the beginning of a shift in status for these women: with economic control came decision-making power.
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The author identifies three key weaknesses in the debate leading up to establishing the Common Foreign and Security Policy (CFSP) for the European Union (EU). The process started in 1996 and a generally useful and relevant discussion has taken place between various governmental and non-governmental actors concerning conflict-prevention and structural stability. The author believes there must be further consideration of inconsistencies in international policy, the incoherence of the view that conflict and structural instability are essentially problems of the `South', and the tendency to analyse only countries where conflict has broken out, ignoring those where the potential for violence existed, but was avoided.
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An examination in presented of a pilot project to strengthen Primary Health Care (PHC) in Sheikhupura District, which was initiated by the Department of Health, Punjab, Pakistan. The project seeks to create a viable PHC model, providing accessible and sustainable services. Community Development Workshops for Village Health Committees (VHCs) to promote local participation are being held, and several experiences have been gained, from conceptual shifts to implementation issues. Issues discussed are: sowing the seeds through dialogue; organization of the workshop; duration and timing; introductions; discussions on health; the health system; the role of community; individuals and groups; community organization; an examination of what is development; threats to the village; the road to development; and empowering people. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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O autor relata sua experiência no desenvolvimento do Teatro de Apoio à Comunidade (Community Listening Theatre) juntamente com a RISE, uma organização não-governamental (ONG) da Namíbia que trabalha em favelas e com comunidades rurais carentes. Ao descrever suas preocupações através da expressão dramática, pessoas anteriormente inseguras passam a tratar de questões políticas urgentes, a desafiar sua própria `auto-opressão' - antes de começarem a organizar-se em torno de questões específicas - e a agirem de maneira coletiva no sentido de recuperar sua autoconfiança. Refletindo sobre o papel do observador externo, o autor chama a atenção para as freqüentes conseqüências desmobilizadoras quando se assume que tal experiência pode ser transformada em uma fórmula aplicável a todos lugares indistintamente.
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SatelLife was set up by the organisation International Physicians for the Prevention of Nuclear War (IPPNW) in 1985, with the aim of providing a forum for the involvement of medical colleagues in the South in discussion of health and peace issues. SatelLife set up and run a satellite linking service (HealthNet) providing email and a medical information network for organisations and communities world-wide, integrating people working in countries with limited communications infrastructure into the debate. The author provides an overview of the system and the ethos behind it.
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The authors offer some initial thoughts on the potential of using video to record Participatory Rural Research (PRR) sessions, highlighting the medium's apparent strengths and weaknesses compared to taking written notes and/or still photographs. They conclude that the use of video should be considered afresh in different contexts so as to determine whether its use is appropriate and desirable.
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Global Knowledge '97: Knowledge for Development in the Information Age was organised by the World Bank and the Canadian government and held in Toronto. The Benton Foundation put together a group of US experts from the NGO sector, and the author reports on the conference and how various NGO representatives viewed the discussions. The consensus at the conference was that technological improvements and updating infrastructure were of the greatest importance for development. The NGO representatives quoted here, however, felt that an emphasis on meaningful content would also have been appropriate, as would the recognition that market forces alone should not drive policy in this area.
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Baseando-se em um estudo de caso na região central da Argentina, esse artigo sugere que os pesquisadores tendem a ser excessivamente cautelosos na introdução de tecnologias que os os pequenos produtores rurais não tenham conhecimento prévio. Em particular, o artigo desafia a idéia de que a única tecnologia apropriada para as condições dos produtores rurais é aquela que tem suas origens nas idéias e cultura tradicionais. Sob certas circunstâncias, tecnologias fornecidas externamente podem também ser apropriadas. Ao invés de focalizar somente a questão da tecnologia, é necessário analisar o contexto sócio-econômico e histórico no qual a tecnologia será utilizada.
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Atualmente a maioria dos autores e ativistas que trabalha com a questão do desenvolvimento defende a visão de que tanto os obstáculos quanto os meios para se obter um desenvolvimento voltado ao bem-estar residem na comunicação. O debate existente refere-se à questão de qual seria a melhor abordagem da comunicação para este tipo de desenvolvimento. Esse artigo examina criticamente duas abordagens principais, a da Comunicação para o Desenvolvimento e a da Comunicação de Apoio para o Desenvolvimento, embora o autor não defenda nenhuma delas. Ao contrário, ele se baseia no paradigma `Um outro Desenvolvimento - Uma outra Comunicação' e propõe uma abordagem de Comunicação Participativa que estabeleça vínculos com os valores morais das pessoas, que se adapte à realidade de várias comunidades na África e ofereça melhores perspectivas para se obter um desenvolvimento voltado ao bem-estar.
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Esse artigo desenvolve dois temas. Primeiro, ele apresenta a evolução histórica de Organizações Não-Governamentais de Desenvolvimento do Hemisfério Norte, lançando uma ampla e modificada proposta baseada nas Gerações de Korten. Segundo, o artigo faz diversas recomendações para desenvolver uma hipotética Quinta Geração de ONGs - tanto organizações do hemisfério norte quanto do sul - cujas atividades podem contribuir para um amplo, diverso e imprevisível movimento social para mudanças estruturais nos planos político e social.
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A capacitação organizacional pode estar tão concentrada na espera de um futuro melhor que ela involuntariamente não consegue extrair aprendizado-chave de experiências passadas. Reflexões sobre aqueles momentos na vida organizacional em que os membros sentiram-se altamente comprometidos e a afirmação pública deles podem acionar a imaginação e promover um ímpeto para um futuro melhor. Métodos de Investigação Apreciativa (Appreciative Inquiry - AI) de transformação organizacional sugerem que uma imagem positiva do futuro por parte de alguém da organização pode ser uma força convincente, se não irresistível, cuja criação precisa abordar os momentos satisfatórios já vividos e compartilhados de seus membros. A capacidade organizacional é melhor compreendida, e mais agradavelmente e autenticamente buscada quando o processo e o produto desejado é co-gerado a partir de dentro da realidade vivida por todos os seus stakeholders. This article is freely available as a chapter in Development Methods and Approaches: Critical Reflections
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The author gives a personal account of the importance of the late Paolo Freire's work and thinking. Freire's influence can be seen in many of the ideals and practices of educationalists, community workers, and specifically adult-literacy workers across the globe.
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Diversos governos e organizações internacionais têm oferecido visões utópicas de uma Infraestrutura de Informação Global (GII), sucessora da Internet, que permitirá o compartilhamento e a comunicação global. O desenvolvimento da GII baseia-se na capacidade de todas as nações terem acesso à tecnologia necessária e, assim, a distância cada vez maior entre o acesso a computadores pessoais e linhas telefônicas não representam boas perspectivas para a rede imaginada. A Carta de Comunicação dos Povos pode oferecer uma estrutura para avaliar criticamente e influenciar a qualidade e distribuição de novas tecnologias da informação e comunicação (ICTs) e seus produtos. Esse artigo também foi publicado na obra Development and Social Action da série Development in Practice Reader. This article is freely available as a chapter in Development and Advocacy and in Development and Social Action.
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The author considers how Northern NGOs present the South, in order to recruit volunteers and fundraise. Negative and positive images have been used to illicit feelings of pity and self-satisfaction respectively. Here, the author describes the effects of using different images, and argues that NGOs should be educating and building long-term supporters by substantiating the use of images with information about the causes of poverty, famine etc. The concept of mutual dependence between South and North should also be emphasised: a more pragmatic reason to help.
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The author, formerly Director of the Clearinghouse Project, describes the aims, achievements and underlying philosophy of the Project, which was set up in 1979 by the American Public Health Association (funded by USAID) to improve access to information for health-practitioners in Asia, Africa and Latin America. The Clearinghouse is a capacity-building resource, providing information on women and children's nutrition, as well as training for staff in the field, and works from the principle that services can match users needs more accurately if the users and service-providers are involved in communication and networking promoting information-sharing and dialogue.
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In English only
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O artigo mostra as dificuldades de um posicionamento moral por parte de funcionários que trabalham com ajuda humanitária em meio a situações de conflito. O autor começa identificando o principal problema de uma postura moral como sendo o da alocação de valores humanitários em um contexto de uma desumanidade organizada. A principal parte do artigo em seguida examina o uso atual dos termos humanidade, neutralidade, imparcialidade e solidariedade quando eles são usados para delimitar as posições humanitárias. Posteriormente, o artigo focaliza de maneira breve as implicações morais para funcionários que trabalham com ajuda humanitária em operar como não-combatentes e de maneira neutra na guerra, enfatizando a importância de um posicionamento claro para conter a `ansiedade do espectador'. Finalmente, o artigo reconhece que uma gama de posições diferentes é inevitável e também desejável em um dado conflito, mas conclui enfatizando a responsabilidade de qualquer organização humanitária neutra de ser transparente em sua posição e preservar, ao invés de distorcer, os tradicionais e humanitários princípios e linguagem. O artigo termina recomendando forte apoio para as leis humanitárias internacionais e suas possíveis reformas como sendo a melhor maneira de conduzir o debate atual sobre o papel do humanitarismo durante a guerra.
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Focusing on the land-use issues pertaining to the 'cultivable' and 'non-cultivable' categories of land contrast to the third category of 'cultivated') in developing countries, an examination is presented of the technological criteria that have been used to determine land types and qualities. It is argued that deciding how much land should be used for what specific purpose, and by whom, is not a simple prerogative of land-use professionals, but is a political decision. Issues discussed are: land classification and availability; current land-use policies and related consequences; and prospects for integrated land-use planning. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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The author presents the views of Thailand's Population and Community Development Association (PDA - Thailand's largest NGO) about how to provide women attracted to the commercial sex industry (CSI) with economically viable alternatives to this accepted (in Thailand) type of `manual labour'. Research has shown that poverty is the major factor cited by voluntary commercial sex workers (CSWs) as influencing their move into the industry, and that economic development is their way out.
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The author describes the sub-sector analysis method and applies it to tailors working in the informal sector in Kenya. The results of the analysis allow the author to discuss the factors which influence the success, or otherwise, of micro-enterprise in this sector; he also advocates the research method itself as a useful tool for identifying `system blockages' (by tracking the movement of a product from input to output) and possible intervention strategies.
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The Summit, held in February 1997 in Washington DC, involved participation from governments, UN agencies, corporations, NGOs and credit practitioners. The author reviews the discussion, much of it concerning the importance of distinguishing between development reasons for advocating and initiating micro-enterprise, finance and credit schemes and more general economic reasons for doing so. Other debates include whether income generation is a key strategy to combat poverty, whether microcredit really helps the poorest populations, how gender should be integrated into programme structures, and the value of credit for micro-enterprise compared to micro-finance.
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This issue of Development in Practice contains twelve papers from the symposium, held in Johannesburg, South Africa 20-23 June 1996. The symposium, co-hosted by the Centre for the Study of Violence and Reconciliation (CSVR) and the South Africa Office of Oxfam, drew together individuals and organisations working in the areas of violence, conflict and peace-building. In this preface to the series of papers, the authors briefly highlight the major topics discussed and conclusions reached. Symposium participants contribute the remaining papers.
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Enquanto alguns recentes conflitos internos vem atraindo a atenção internacional, outros conflitos de longo prazo com um alto número acumulado de mortes estão sendo relativamente ignorados. Uma visão não contextualizada e parcial dos conflitos e violência está sendo ainda mais estimulada pela separação entre as seções de emergência e desenvolvimento em muitas das agências de ajuda do hemisfério norte. Baseando-se em detalhados estudos de caso com experiência no pós-conflito em El Salvador, Peru e Nicarágua, a autora argumenta que as análises de conflito, intervenções de emergência e construção da paz devem ter suas origens dentro de específicos contextos sócio-históricos. O artigo termina com uma crítica reflexão sobre a extensão em que as forças locais têm sido, de fato, capazes de influenciar a situação de pós-guerra e as perspectivas de paz duradoura nesses três países.
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Esse artigo discute os obstáculos que as ONGs em El Salvador enfrentam na transição da situação de guerra para a situação de paz. Primeiramente, o artigo focaliza as dificuldades inerentes ao próprio processo de paz: mudanças estruturais insuficientes, armadilhas das políticas eleitorais, uma definição muito limitada do processo de transição e a impossibilidade de reconciliação sem que se apele para a memória coletiva, responsabilidade pública ou justiça. Segundo, o artigo mostra as dificuldades peculiares das ONGs e organizações populares em El Salvador: a diferença entre as técnicas e recursos que elas desenvolveram durante a guerra e entre as técnicas e recursos necessários em uma situação de paz; os problemas de se estabelecer suas funções no plano de reconstrução nacional e o fato de que elas mesmas eram formadas por pessoas que ainda estavam sofrendo os efeitos psicológicos da guerra.
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O artigo explora algumas das razões pelo fracasso da comunidade internacional em agir decisivamente e de maneira antecipada no genocídio de 1994 que ocorreu em Ruanda, que têm suas origens em um distante processo histórico e também na dinâmica das políticas internacionais no pós-guerra fria. Baseando-se em uma década de experiência na África central, a autora examina, criticamente, as explicações geralmente aceitas para o genocídio e suas conseqüências como sendo simplesmente uma ‘luta tribal’ e considera o papel dos agentes externos - incluindo jornalistas e agências de ajuda - em influenciar essa visão. O artigo termina com uma reflexão sobre os complexos desafios suscitados pela ‘reconciliação’ após o genocídio.
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In this paper, the author addresses some of the myths about solutions to social conflict, and reflects on problems he experienced with aid efforts organised by the international community, through the UN, focusing on Bosnia rather than Africa. Bosnia, as part of Europe, did not suffer the apathy that characterised international responses to events in Rwanda and Burundi before 1994. He then addresses what he sees as the flawed assumptions underlying the emphasis on economic reconstruction in the wake of war and conflict.
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This symposium, co-hosted by the Centre for the Study of Violence and Reconciliation (CSVR) and the South Africa Office of Oxfam, drew together individuals and organisations working in the areas of violence, conflict and peace-building. Here, the author considers `alternative' ways of creating collective memories, used by countries and communities without access to the formal state frameworks of truth commissions or war-crimes tribunals. This article also appears in the Development in Practice Reader Development and Patronage.
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A Carta da Organização das Nações Unidas confere ao Conselho de Segurança a responsabilidade principal de manter a paz internacional e segurança. Esses próprios conceitos, porém, estão sofrendo mudanças radicais. Mais do que ausência de guerra, paz vem sendo considerada sinônimo de harmonia dentro e entre nações. Paz vem adquirindo uma dimensão humana e comunitária muito maior do que a noção de um estado centralizador presente originalmente na Carta da ONU. Segurança tem a conotação de inclusão, coesão e integração - um senso de pertencer a uma sociedade e uma ordem internacional predominante que seja baseada em justiça e respeito às diferenças e dignidade humana. Hoje em dia, especialmente devido ao aumento no número de conflitos de caráter não-internacional, o Conselho deve urgentemente rever se os instrumentos existentes e a diplomacia tradicional são apropriados. O autor clama por melhores relações entre a ONU, o Conselho de Segurança, ONGs e as organizações da sociedade civil e ainda propõe mecanismos legais e práticos tanto para oferecer maior proteção e ajudar os trabalhadores quanto para garantir que, quando são aplicados, os regimes de sanções sejam um modo eficiente de pressionar aqueles responsáveis pelo abuso do poder.
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Reconciliation: the role of truth commissions and alternative ways of healing (Paper from Symposium)This paper discusses the issues of reconciliation, truth commissions, and alternative ways of healing, focusing on what reconciliation means to different people and cultures, how reconciliation works in practice, what role truth commissions play in the process, and what alternative ways of healing have been used, specifically in Mozambique. The author bases his thinking, not on established theories, but on how people become reconciled with each other in practice.
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This symposium, co-hosted by the Centre for the Study of Violence and Reconciliation (CSVR) and the South Africa Office of Oxfam, drew together individuals and organisations working in the areas of violence, conflict and peace-building. Ingham-Thorpe describes how Mugabe's policy of reconciliation in Zimbabwe left intact many oppressive and inequitable structures, for example the land-reform issue remained unresolved. She also considers the displaced violence, massive youth unemployment, and the trauma of unmet expectations since demobilisation.
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This symposium, co-hosted by the Centre for the Study of Violence and Reconciliation (CSVR) and the South Africa Office of Oxfam, drew together individuals and organisations working in the areas of violence, conflict and peace-building. Here, the author discusses the impact of displacement (because of war) on families in Angola and Mozambique, and is specifically concerned with its effects on women and young people, who are believed to suffer the most profound psycho-social damage in these circumstances.
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This symposium, co-hosted by the Centre for the Study of Violence and Reconciliation (CSVR) and the South Africa Office of Oxfam, drew together individuals and organisations working in the areas of violence, conflict and peace-building. Castelo-Branco reports briefly on the use of child soldiers in the conflict in Mozambique, making them both the victims and perpetrators of violence. The trauma of such brutalisation is discussed, as well as children's coping strategies and the community-oriented psychological and economic assistance offered by AMOSAPU.
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This symposium, co-hosted by the Centre for the Study of Violence and Reconciliation (CSVR) and the South Africa Office of Oxfam, drew together individuals and organisations working in the areas of violence, conflict and peace-building. The author here recounts her work with the Independent Projects Trust (IPT) in KwaZulu Natal, South Africa, providing training in conflict-resolution skills. She describes the history of political violence and deprivation in rural areas, and discusses training for, and the essential qualities of, successful community-based peace-workers. This article is freely available as a chapter in Development, Women and War: Feminist Perspectives
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This symposium, co-hosted by the Centre for the Study of Violence and Reconciliation (CSVR) and the South Africa Office of Oxfam, drew together individuals and organisations working in the areas of violence, conflict and peace-building. In this paper, the author draws on her experiences in Central America and discusses the phenomenon of NGO staff leaving the region when armed conflict ceased. She considers the need for consistent representation from NGOs during the transition from conflict to peace, and the value of long-standing, trusting relationships, which are not easily or quickly built-up by new staff. NGOs' preference for fixed-term contracts is challenged, as is the strength of their commitment to appointing local staff.
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This symposium, co-hosted by the Centre for the Study of Violence and Reconciliation (CSVR) and the South Africa Office of Oxfam, drew together individuals and organisations working in the areas of violence, conflict and peace-building. Here, Thompson presents a comparative study of reconciliation and reconstruction processes in post-conflict Central America and Southern Africa. She identifies successes and failures, suggesting alternatives, and particularly criticises the tendency of multilateral agencies, especially the UNDP and USAID, to apply reconstruction packages irrespective of context, and, in Central America, to neglect the parallel need for reconciliatory initiatives. The demobilisation and re-integration of ex-combatants is specifically considered.
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A ajuda humanitária deveria ser julgada com base nas leis humanitárias internacionais, que dá aos civis o direito às necessidades básicas e à proteção em conflitos armados. As agências de ajuda deveriam ponderar os vários efeitos colaterais de suas intervenções para poder avaliar os impactos e decidir se deve trabalhar em alguma dada situação. Elas não têm responsabilidade de oferecer ajuda onde o impacto final é negativo ou a aquelas pessoas que violam as leis internacionais. Se os governos fracassam em sua responsabilidade de proteger os civis, isso não significa que as agências de ajuda humanitária deveriam assumir a responsabilidade de preencher esse vácuo, mas sim que elas deveriam pressionar os governos para agirem. Atualmente os debates no hemisfério norte sobre apoio aos cidadãos de países que estão em conflito normalmente são conduzidos em termos de caridade e não em termos de resposta mútua ao que as pessoas estão fazendo por elas mesmas. As agências de ajuda deveriam ajudar a mudar essa situação.
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A ajuda humanitária deveria ser julgada com base nas leis humanitárias internacionais, que dá aos civis o direito às necessidades básicas e à proteção em conflitos armados. As agências de ajuda deveriam ponderar os vários efeitos colaterais de suas intervenções para poder avaliar os impactos e decidir se deve trabalhar em alguma dada situação. Elas não têm responsabilidade de oferecer ajuda onde o impacto final é negativo ou a aquelas pessoas que violam as leis internacionais. Se os governos fracassam em sua responsabilidade de proteger os civis, isso não significa que as agências de ajuda humanitária deveriam assumir a responsabilidade de preencher esse vácuo, mas sim que elas deveriam pressionar os governos para agirem. Atualmente os debates no hemisfério norte sobre apoio aos cidadãos de países que estão em conflito normalmente são conduzidos em termos de caridade e não em termos de resposta mútua ao que as pessoas estão fazendo por elas mesmas. As agências de ajuda deveriam ajudar a mudar essa situação.
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As ONGs estão tendo uma papel cada vez mais importante no trabalho humanitário e o impacto de suas atividades é normalmente não-neutro em relação aos conflitos que são a base das crises. Esse foi o caso da crise na Ruanda, durante a qual algumas ONGs deram apoio às forças do regime genocida ruandês através de: suas opções de onde trabalhar, do tipo e organização de apoio oferecidos e também através de alguns pronunciamentos públicos feitos por representantes das ONGs. Esse artigo documenta como esse processo ocorreu e conclui com recomendações sobre como alguns dos problemas identificados deveriam ser tratados no futuro.
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The author gives a personal view of her experiences in Guatemala in 1995, when she met with human-rights workers coping with the aftermath, and ongoing trauma, of the 36-year war. She describes the fear and disruption brought about by so many years of military violence and repression, and the processes which it is hoped can help rehabilitate affected communities, particularly focussing on the psychosocial implications of giving people the chance to talk about, and learn the truth about, their experiences. This article also appears in the Development in Practice Reader Development and Patronage.
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Fundamental conceptual tensions underlie current debates regarding the implementation of psychosocial interventions with war-affected populations. Three particular tensions structuring current discourse concern the generalisability versus uniqueness of relevant knowledge, the valuing of technical versus indigenous understandings, and the planning of targeted versus community-based intervention. The implications of working out these tensions in the implementation of programmes are explored, leading to the proposal of a model of phased response to psychosocial needs.
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The author describes and assesses the use of matrix-scoring as a participatory evaluation tool. Often used as part of the Participatory Rural Appraisal (PRA) arsenal of tools, here the author applies it specifically to evaluating the performance of the European Community/European Union (EC/EU) in the provision of aid to Ethiopia between 1976 and 1994. He describes the mapping technique, scoring/ranking system, and assesses the strengths and weaknesses of its use in this case (including tables of responses/results).
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Citing the case of the Self Employed Women's Association's (SEWA) experience in nine districts of Gujarat, India, an argument is presented for returning almost the entire forestry sector to the women through their cooperatives of groups. Such an argument is based on the fact that almost one third of poor women are directly or indirectly involved in forestry or forestry-related work in the unorganized sector of the India economy, yet forestry remains a mainly male domain. A specific case study is presented, from Banaskantha, and three of their sub-programmes are described: the Eco-Regeneration Programme; fodder security systems; and Minor Forest Produce Collection (gum collection). Some related issues on forestry and women are then presented in conclusion. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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Grandes esforços estão sendo feitos por organizações que trabalham com desenvolvimento para fazer com que seus sistemas de gerenciamento tornem-se mais participativos, de modo que sejam abertos aos participantes locais (ou beneficiários) e criem oportunidades para que estes últimos também definam suas características. Essas medidas podem em princípio parecer participativas mas, na realidade, tem-se tornado novas (e freqüentemente custosas) formas de gerenciamento e controle que não resultam em grandes benefícios para os participantes do projeto. Os autores argumentam que a importância de três componentes - projetos, profissionais e organizações - tem sido tomada como certa e que eles envolvem práticas e processos que são principalmente muito mais instrumentos de controle do que instrumentos de participação. Tentativas de estimular a participação irão, dessa maneira, requerer uma mudança fundamental na maneira pela qual esses componentes operam. Ao mesmo tempo, os autores chamam a atenção para as formas pelas quais os instrumentos atuais de desenvolvimento de participação podem ser usados tanto para promover a participação como também o controle, dependendo de como eles são usados.
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O artigo aborda a questão do objetivo da Abordagem Rural Rápida e Abordagem Rural Participativa (RRA/PRA). Ele apresenta três contextos amplos nos quais elas são levadas em conta. Ele então avalia alguns dos desafios que a PRA enfrenta. Entre esses desafios estão a introdução e divulgação da PRA dentro das comunidades; institucionalizar a PRA nas organizações de desenvolvimento e seus projetos ou programas; garantir e manter a qualidade, tanto do processo da PRA como sua promoção; e, finalmente, a falta de uma crítica metodológica da PRA. Resumo gentilmente cedido pela CABI. This article is freely available as a chapter in Development Methods and Approaches: Critical Reflections
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The author provides a summary of important lessons learned from adult educational activities and research in Latin America. Basic learning skills are defined as the skills needed in order to provide for ones basic needs, in turn based on the current understanding of human rights, and while literacy training is often regarded as the primary developmental tool in this respect, illiteracy is only one symptom of inequality and poverty. Schmelkes makes values the central element in her notion of competence.
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The UNEP's Dryland Ecosystems and Desertification Control Programme Activity Centre (DEDC/PAC) is coordinating a programme through the Environmental Liaison Centre International (ELCI) to devise methods for the participatory evaluation and monitoring of projects, forming a useful corollary to Participatory Rural Appraisal (PRA). Community-integrated projects should allow for the community evaluation, as well as implementation, of programmes, and the author recommends a number of steps to incorporate successful participatory evaluation.
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The author describes a quick method for evaluating the first stages of a credit project. He lists three questions, designed to illicit unambiguous yes/no answers, which assess the project's governance (external control structure), its financial viability (internal organisation), and its attitude towards potential borrowers. Answers are scored and provide an easy indicator of the project's likelihood of success. See also Evaluation of microfinance projects, Feedback, Susan Johnson ([13]Volume 9, Number 4)
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The first in a series of papers, this paper describes the rationale behind the Manicaland Business Linkages Project in Eastern Zimbabwe. The economic and development perspectives of buyers, suppliers, and the nation are considered, including the relevance of gender in small enterprise. Potential risks and problems are highlighted: imbalances of power between buyer and seller, government regulations and union demands, and access to linkage opportunities.
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The author evaluates the progress made since the 1996 World Food Summit on the commitments adopted there. He identifies current areas of concern, and promises made at various meetings since the Summit, and argues that Civil Society Organisations (CSOs) have more capacity than NGOs to compel government policy changes and must take the initiative.
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Esse artigo adota um ponto de vista participativo para se entender a importância, para a política e a prática, da experiência do agente envolvido em ajuda na conexão entre projetos e pessoas. O artigo focaliza um projeto na Índia que tem como objetivo reduzir a pobreza através de uma mudança agrícola sustentável e participativa, baseada em investimentos de baixo custo e coordenado por funcionários locais. Os diários guardados por esses funcionários são analisados com o intuito de revelar-se como a posição social dos agentes favorece e limita sua interação dentro e fora do projeto e as maneiras pelas quais os `burocratas do dia-a-dia' afetam os projetos através de suas ações discricionárias. Eles mostram os agentes lutando para transmitir os objetivos do projeto, estabelecer suas funções e distinguir-se de outros burocratas locais, negociar participação, superar as hostilidades contra a Avaliação Rural Participativa, arbitrar acesso aos consultores e sêniors, interpretar os objetivos do projeto e fazer lobby para mudanças de tais objetivos sem admitir fracasso e, finalmente, criar um vocabulário comum de participação e crença no sucesso. Uma das implicações para abordagens participativas sugerida no artigo é que poderá haver contradições significativas entre sustentação do projeto e desenvolvimento participativo.
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Esse artigo aborda uma experiência de Irian Jaya para esclarecer a centralidade da participação popular para o desenvolvimento. O autor explora as maneiras pelas quais o foco em questões de classe e gênero levam o desenvolvimento participativo a um novo nível e considera como os agentes de desenvolvimento apóiam o desenvolvimento transformador. Integrar a economia política e o planejamento de gênero a uma metodologia participativa produz uma abordagem que põe as pessoas em primeiro plano; que não isola ou privilegia algum setor em particular; que apresenta a submissão juntamente com a pobreza como sendo problemas sociais que devem ser exterminados, não apenas aliviados. Um conceito e prática de desenvolvimento emancipatórios, nos quais as desigualdades e injustiças são tratadas em conjunto, de maneira a reconfigurar a sociedade para os benefícios da maioria, irão conferir poder às pessoas para que elas possam desenvolver-se da maneira que elas julguem melhor. Isso demanda um delicado e aperfeiçoado balanço entre orientação e apoio, ajuda e resposta por parte do agente responsável por desenvolvimento.
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Atualmente tem havido um entusiasmo sem precedentes em Bangladesh por Silvicultura Social. Os projetos de silvicultura social estão sendo lançados com o objetivo de envolver as comunidades locais na administração de recursos florestais. Seus proponentes afirmam que esses projetos têm aberto novas oportunidades para a participação das pessoas em silvicultura. Contra tais promessas e afirmações, esse artigo tenta avaliar a natureza e extensão da participação da comunidade em um projeto de silvicultura social em Bangladesh, que atualmente vem recebendo atenção do governo e de doadores. O artigo utiliza uma sistemática metodologia teórica para avaliar a participação nas tomadas de decisões, implementação, divisão de benefícios e avaliação do projeto. Os autores concluem que a participação das pessoas tem sido insignificante e marginal. As pessoas não têm praticamente nenhum envolvimento importante nas decisões relacionadas ao projeto e avaliação mas, pelo contrário, suas atividades ficam restritas aos rigorosos limites burocráticos.
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O artigo analisa o legado da `revolução verde' na área rural da Índia, indo além da análise econômica para levar em consideração o impacto abrangente das estratégias de desenvolvimento adotadas pelo Estado na vida das pessoas comuns. Baseando-se em informações obtidas durante um trabalho de campo no norte da Índia, o artigo tem como objetivo apresentar um quadro mais detalhado da natureza e ramificações da `revolução verde' no campo, assim como fazer sugestões para futura reformas de política. A primeira sessão do artigo situa a estratégia da `revolução verde' em um contexto político e econômico mais amplo. A segunda (e mais detalhada) parte aponta para alguma das contradições - o intervalo entre o aumento de produção e o crescimento no número de pessoas sem-terra e da pobreza rural - com ilustrações de um estudo de caso de uma vila.
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The author discusses the value of speech/talking as a communication tool, and the distortions that occur depending on the way speech is recorded and presented. During travels in India, de Caires asked one question of people he met along the way, recording their responses on paper and noting the influences on people's responses and his own impact on their choice of words. In relation to development, the point is made that face-to-face talk should be valued above other reported or mediated methods of communication, which can `amplify misunderstandings, and...alienate people from the fundamental process of sharing information.'
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The authors examine the use of development jargon as commands, or `order words'. `Participation' and `appropriate technology' are discussed as examples of development jargon which, through unquestioning usage, becomes `so entrenched that no NGO could dare contest' them. The result of continuing to use these words without allowing their meanings and implications to be contested will be the deterioration of these terms until they are no longer of analytical use.
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Since the 1960s, `partnership' has been a stated aim of NGOs, and the authors discuss how the concept of partnership has developed over the last 30 years. The type of relationship partners should have and the type of institution, government or group that Northern NGOs should seek to foster as partners, the authors argue, may be different in each specific instance. Both partners should agree on what they wish to gain from and can contribute to the relationship, building the mutual trust essential if partnerships are to flourish, be useful, and last.
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The paper addresses two issues: what are the type of organization needed in order to face the challenge posed by the complexity and uncertainty of development problems; and how can such organizations be designed. A flat organizational structure is proposed allowing the organization to be flexible and to respond to the needs of those who it aims to serve. Instead of a hierarchy of positions, a hierarchy of programmes should form the basis of organization for development agencies. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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Sessenta por cento da mão-de-obra urbana no Peru está empregada em pequenas e micro empresas, que representam 95 por cento de todos os negócios dos setores manufatureiros, comerciais e de serviços do país. Mas apesar da demanda de crédito ser de aproximadamente US$ 1.250 milhões, em 1994 os recursos conjuntos do setor financeiro formal, das agências de desenvolvimento internacional e das ONGs representou apenas cinco por cento dessa demanda. O autor examina os cinco mecanismos principais através dos quais o crédito torna-se disponível para as pequenas e micro empresas, descrevendo o trabalho da rede de ONGs peruanas - IDESI - que é especializada em fornecer crédito e serviços similares para os pequenos negócios e em realizar vínculos estratégicos entre o setor popular e o sistema bancário convencional.
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O Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas está promovendo o chamado `Imposto Tobin' como sendo o melhor mecanismo para gerar um aumento substancial de recursos globais por lidar com as prioridades de desenvolvimento humano. Tal imposto, incidindo em grande parte em transações internacionais que são especulativas e improdutivas, poderia ser capaz de gerar mais de US$300 bilhões por ano: quantia muito maior do que os níveis atuais de ajuda bilateral. Contudo, dada a falta de diálogo durante a Cúpula sobre o Desenvolvimento Social da ONU e dada a necessidade de garantir-se o apoio de países desenvolvidos e de instituições financeiras globais, pode ser inevitável que o Imposto Tobin, se adotado, vá na prática servir aos interesses das economias mais ricas. Existe, portanto, uma necessidade urgente de que o setor responsável por desenvolvimento engaje-se no debate sobre como e qual a parte de tais fundos seria dirigida para objetivos prioritários de desenvolvimento humano.
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Esse artigo sugere que as políticas orientadas para a questão de gênero tendem a evaporar-se em meio à burocracia de uma típica agência de desenvolvimento internacional. Uma agência é aqui interpretada como sendo um `caldeirão patriarcal' (patriarchal cooking pot), onde as políticas voltadas para a questão de gênero tendem a desaparecer porque elas ameaçam a tradição patriarcal interna da agência, bem como porque tais políticas iriam incomodar o confortável e `fraternal' relacionamento com os governos dos países em desenvolvimento recebedores de ajuda. O artigo tem como objetivo mostrar esse processo em que as políticas `evaporam-se'. O leitor é convidado a olhar no interior deste caldeirão patriarcal.
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O período pós-eleitoral na África do Sul tem sido marcado por desafios para o setor das ONGs, apesar desse setor ter desempenhado um papel fundamental na luta anti-apartheid. O artigo explora certos desenvolvimentos das ONGs e também entre as ONGs e o governo para tentar apresentar interpretações desses processos. Inicialmente, uma discussão geral das ONGs contextualiza os problemas que essas organizações estão enfrentando atualmente. A segunda parte do artigo fornece uma visão das dificuldades internas que as ONGs enfrentam. Uma descrição sobre como se dão as relações entre o setor das ONGs e o governo é complementada com um exame das ONGs e as atuais `crises de financiamento'. A parte final do artigo é mais especulativa, prevendo os desafios que as agências irão enfrentar nos próximos anos.
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With specific reference to the BCCI, the author argues that equating sustainability with financial self-sufficiency can lead development organisations to sacrifice or compromise their development work in order to generate revenue. The BCCI was funded by USAID for seven years and, to compensate for the loss of that funding and ostensibly in order to continue their development activities, set up and ran a national Lotto which consumed resources and ultimately became the sole raison d'être for the organisation. This article also appears in the Development in Practice Reader Development and Patronage.
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The paper discusses some of the innovative ways in which the Zimbabwe Women's Resource Centre and Network (ZWRCN) has generated space for alternative critical feminist knowledge and analysis, which it sees as an essential basis for equitable development. The objectives of ZWRCN are briefly: to promote and strengthen inter-organizational networking activities for the exchange of information; to promote greater gender-awareness through information; to promote the adoption of gender-sensitive information systems; to repackage information in forms appropriate to relevant users; and to fill information gaps in both formal and non-formal ways. Strategies used by the ZWRCN include: documentation centre, thematic debates, talks on Gender and Development (GAD), gender training, a linkage programme, lobbying and advocacy, the GAD database, and book fairs. This article is freely available as a chapter in Development with Women. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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Increasing numbers of local development organisations are approaching banks seeking credit. Their success has often been limited, due in part to the organisations' unfamiliarity with banking concepts and lack of investment resources, and also to banks' attitudes towards lending to `self-help' groups, and small returns on small loans. In 1985, a group of development practitioners set up RAFAD (Research and Applications of Alternative Financing for Development), a Swiss-based organisation, which provides guarantees, underwriting loans to finance local economic activities in the South. The author discusses the difficulties faced, successes achieved and ways to expand the service.
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The author reports on this conference, held in Bradford, England in May 1996. Consultants, planners, activists, geographers, ecologists, and economists attended, presenting papers on diverse topics but with the intention of understanding different methodological approaches to choosing development options. Focussing on environmental impact-assessment, the report highlights the participants' fruitful discussion of the interaction between various methodologies, but the author argues that `progress towards more environment-friendly development paths remains problematic.'
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Regenerated Freirean Literacy through Empowering Community Techniques (REFLECT) is an approach to adult literacy programmes which borrows from Paolo Freire's `active dialogue' method and Participatory Rural Appraisal (PRA) techniques. Developed by ACTIONAID, the authors describe and assess the use of REFLECT in pilot studies in Uganda and in Bangladesh, providing very positive feedback on this learning methodology; they argue that it allows for a synthesis of empowerment and literacy, although its flexibility - whether it will work in urban areas, with refugees etc - needs to be tested.
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The authors assess the 1995 CAS for Mexico, arguing that it fails to provide any coherent poverty-reduction strategies and maintains, incorrectly, that increased economic growth can alleviate poverty in and of itself. Also attacked is the way the CAS is developed without any consultation with civil society organisations in Mexico. This article also appears in the Development in Practice Reader Development and Patronage.
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The British Overseas Development Administration (ODA) commissioned studies to look at the increasingly common practice of the British government directly funding Southern NGOs, rather than going through Northern NGOs. British development NGOs' (BINGOs') attitudes to this practice were assessed, and the author discusses the hypocrisy revealed. BINGOs believed that Southern NGOs were not capable of managing and evaluating projects, would become `donor-driven', would become more concerned with the availability of money than meeting needs, and would be susceptible to manipulation by donors and governments. The author argues that Northern NGOs need to re-examine the nature of their relationship with Southern counterparts. This article also appears in the Development in Practice Readers [13]Development and Patronage and [14]Development, NGOs, and Civil Society.
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The Habitat International Coalition conducted research in 22 countries in Africa, Latin America and the Caribbean, and Asia, investigating public policy in housing and services since the 1950s. The findings are summarised here. Rural and urban development policies are considered, including housing shortages and types of housing, the consequences of relying on aid, and discussion of the different actors designing social policy. Finally, the author lists ingredients that seem to contribute to the success of housing and service provision.
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Esse artigo revisa tendências da pobreza, fome e segurança alimentar nas Américas; analisa alguns dos principais processos, instituições e políticas que geram desenvolvimento não-sustentável e também discute alternativas de reformas necessárias em todos os níveis para obter-se melhoras na segurança alimentar. Enquanto a ajuda em forma de alimentação alivia a pobreza e fome, ela pode contribuir para aumentar, ao invés de resolver, as crises de subsistência. Uma vez que o Programa de Alimentação Mundial (World Food Programme) é o maior esquema de ajuda alimentar, algumas questões essenciais sobre as políticas do programa nas Américas são consideradas no artigo.
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It is noted that while multilateral development banks (MDBs) have significantly increased their lending for 'targeted' anti-poverty projects since the early 1990s, there are few systematic, independent, field-based assessments of their effectiveness; as such monitoring and evaluation (M&E) is necessary to provide feedback to development decision-makers and stakeholders regarding what kinds of anti-poverty programme work and why. Pro-accountability actors in civil society in both donor countries and developing countries share a common interest in greater transparency as a path towards greater accountability and more effective MDB anti-poverty investments. Issues discussed are: bringing in civil society; learning from below; building networks; producing reliable generalizations; building credibility both above and below; making findings public; institution building; and cost effectiveness. This article is freely available as a chapter in Development and Social Action.
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O problema da moradia e das condições de vida inadequadas que afeta um quarto da população mundial é discutido nesse artigo a partir da perspectiva dos direitos humanos e do reconhecimento internacional do direito básico a um lugar para viver e a um padrão de vida adequado. A natureza e a escala da crise da moradia indicam o fracasso das gestões governamentais, que fazem da exclusão, pobreza e violência algo endêmico nas sociedades. Na raiz disso está a institucionalização de moradias e condições de vida inseguras e inadequadas. O autor baseia-se na experiência da Habitat International Coalition (HIC) no desenvolvimento e apoio a um amplo leque de ações em níveis locais, nacionais, regionais e internacionais, sugerindo algumas medidas necessárias para que as mudanças não sejam apenas temas nas promoções e campanhas, mas que possam acima de tudo tornar-se permanentes.
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The results and discussions are presented of a participatory rural appraisal workshop held at the Sothuparai Reservoir Project, Tamil Nadu, India. The workshop was held at the heart of the dam site in the dense mango groves with farmers from two different categories. The first group was of those who would benefit from the irrigation, the second of those who would have to give up their land. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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Financial accountability is as important in development agencies as in other organisations, although providing expenses statements, keeping accurate accounts, and setting and monitoring budgets are often seen by development workers as excessively bureaucratic tasks. The author argues that a small amount of training in simple, workable accounting procedures can enable people to obtain useful data from their accounts, and help with planning future expenditure.
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Drawing from the experiences of BRAC in Bangladesh, the author highlights some of the major areas of controversy around micro-credit organisations, specifically criticising points made by Ben Rogaly (in Development in Practice 6(2)). Arguing that further research is needed to determine cost-benefit ratios when providing specialised credit systems for use by specific sub-sections of society, he maintains that trade-offs occur between accountability and flexibility, and that to ignore such complexities leads to too narrow a view of micro-credit and its potential.
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The author replies to Hasan Zaman's comments (in the same issue of the journal) about micro-credit organisations.
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The author reports on the `International Conference on Scientific Research Partnership for Sustainable Development - North-South and South-South Dimensions', held in Berne in March 1996. Over 400 people from a wide range of fields attended, and while the author concerns herself with points of relevance to NGOs, NGOs were not widely represented nor specifically considered at the conference. Subjects discussed include the propensity for inequality in partnerships and the need to draw up guidelines for co-operation to ensure fruitful (fair and trusting) relationships, and, for a rejected partner, an amicable divorce.
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In 1994, the authors conducted research in the Iasi district of Romania, and present here findings about institutionalised children's aspirations, education, level of family contact and their assessment of the problems they face. The research provides some interesting pointers for those involved in programme planning, suggesting that better education and encouraging familial contact, where possible, throughout institutionalisation are more effective than strategies which seek to help the children when they leave. The article also questions the validity of the use of the term `orphans', when 80 percent of those questioned appeared to know the whereabouts of a family member.
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It is increasingly being recognised that many survivors of trauma are not best helped by psychological intervention based on the common Western patient/analyst relationship. Radda Barnen commissioned research into a variety of approaches to working with children who have been victims of conflict and/or displacement. The principal findings highlight the need for treatment which bases its rationale and methods on the specific circumstances of communities, including their cultural norms, coping mechanisms, and the wider social circumstances of those affected, as well as the central role of families, schools and teachers in assisting recovery.
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O problema da moradia e das condições de vida inadequadas que afeta um quarto da população mundial é discutido nesse artigo a partir da perspectiva dos direitos humanos e do reconhecimento internacional do direito básico a um lugar para viver e a um padrão de vida adequado. A natureza e a escala da crise da moradia indicam o fracasso das gestões governamentais, que fazem da exclusão, pobreza e violência algo endêmico nas sociedades. Na raiz disso está a institucionalização de moradias e condições de vida inseguras e inadequadas. O autor baseia-se na experiência da Habitat International Coalition (HIC) no desenvolvimento e apoio a um amplo leque de ações em níveis locais, nacionais, regionais e internacionais, sugerindo algumas medidas necessárias para que as mudanças não sejam apenas temas nas promoções e campanhas, mas que possam acima de tudo tornar-se permanentes.
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No contexto das mudanças econômicas e tecnológicas do final do século vinte, o relatório do Banco Mundial World Development Report 1995 trata em conjunto os temas trabalhadores e mercado global, comemorando o triunfo do mercado na alocação eficiente dos trabalhadores em escala mundial. A ênfase que o Banco Mundial atribui à expansão da capacidade de exportação de produtos agrícolas na África não leva em conta as atuais condições hostis que os produtos africanos enfrentam no mercado mundial, nem a tendência atual de deslocamento de trabalhadores agrícolas. A `fuga de trabalhadores', particularmente de jovens, sinaliza o próprio descontentamento dos agricultores africanos com a atividade agrícola sob as condições atuais da liberalização do mercado. A limitada visão das políticas do Banco Mundial para a África deixa de lado as implicações sociais e políticas do deslocamento de trabalhadores rurais assim como evita a questão da necessidade de investimento em capital humano nas áreas rurais. Esse artigo argumenta que a falta de investimento em capital humano agora pode levar a guerras e altos gastos em políticas de socorro durante as próximas décadas.
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Uma notável ausência no plano de ação de dez pontos lançado durante o World Summit for Children de 1990 foi a questão das crianças de rua. Porém, essas crianças constituem uma cena comum nas cidades dos países em desenvolvimento, vivendo sob as mais extremas condições de pobreza. O artigo focaliza a experiência das crianças de rua na cidade mexicana de Puebla. O autor argumenta que as pesquisas atuais negligenciam a dimensão moral e geográfica do trabalho com crianças de rua. Isso tem levado a uma prática que concebe a questão das crianças de rua como um problema de bem estar (das crianças), de forma que menos atenção tem sido dada ao contexto do espaço geográfico em que essas crianças vivem (a rua). Diferentemente, o trabalho de uma ONG chamada JUCONI indica que uma análise que leve em conta essa distinção pode oferecer uma concepção crítica. O artigo discute a abordagem da JUCONI e avalia as implicações para uma `melhor prática'.
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Esse artigo, composto de duas partes, trata da experiência de se viver e trabalhar em uma ONG que lida com a questão da pobreza em uma situação de guerra civil que teve suas raízes em uma distribuição cronicamente desigual de poder e de acesso a recursos. Baseando-se em seu trabalho de doze anos na América Central, a autora mostra as demandas e limitações enfrentadas pelos funcionários que trabalham com ajuda internacional em um contexto de conflito civil e a maneira pela qual o relacionamento desses funcionários com organizações locais similares e ONGs é afetado. Aumento de poder e participação são questões examinadas sob a perspectiva daqueles que se recusam a assumir o papel de vítimas de guerra. A segunda parte do artigo analisa os impactos imediatos e de longo prazo da guerra e da violência política tanto sobre os sobreviventes como sobre trabalhadores locais e estrangeiros que se empenham em enfrentar as causas e conseqüências dessa situação.
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É apresentada uma revisão dos diferentes princípios e características incorporados nas duas filosofias de desenvolvimento (como diferenciados brevemente nas frases “abordagem de cima para baixo” e “de baixo para cima” ou abordagem centrada nas pessoas). Uma avaliação é discutida em termos das duas abordagens: a subjetiva e a objetiva. Cada uma é examinada e discute-se se elas são mutuamente exclusivas ou compatíveis e se de fato avaliar os resultados do projeto é algo vantajoso. Conclui-se que a avaliação de cada tipo de projeto pode estimular o aprendizado mútuo e que uma união das abordagens objetivas e subjetivas pode levar a um resultado de avaliação mais bem-informado e um melhor projeto ou processo de desenvolvimento. Resumo gentilmente cedido pela CABI. This article is freely available as a chapter in Development Methods and Approaches: Critical Reflections
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It is argued that the central role of rural grassroots organizations (RGOs) in Haitian rural development is of considerable importance. The Haitian Emergency Economic Recovery Programme has excluded the involvement of RGOs, and it is suggested that this will render the EERP largely impotent in confronting the extreme poverty and environmental degradation of the country. The paper describes some of the ways in which Haitian RGOs ought to be involved in the development process. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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The authors describe how late rainfall, and the subsequent drought-recovery Food-For-Work (FFW) programme, undermined a long-term environment-protection project in Lesotho, South Africa. They argue emergency relief should be coordinated to complement disaster-prevention and capacity-building programmes - the FFW programme set a precedent for `payment' for essential conservation work - and the authors discuss how food distribution can be done as `developmentally as possible'.
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When the civil war in El Salvador ended in 1992, the Spanish government put forward money for a resettlement project (the ASPA project) which was designed and implemented by a Northern NGO for which the author worked as a construction adviser. The project, constructing a settlement for and with refugees returning from Honduras, faced difficulties due to a lack of local participation and the adoption of a discordant `professional' mindset in the planning and early stages of building work. The author discusses how the reconstruction process was altered to enable more effective participation and community ownership of the settlement.
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Este artigo examina os problemas que os acadêmicos e os editores na Africa estão enfrentando, em um contexto de desenvolvimento rápido na área de informações tecnologicas e de aprofundamento das dificuldades economias entre os países de terceiro mundo. Muitos destes problemas, e muitas das respostas a estes problemas, oferecidas nos livros e pelos editores, são resquísios de uma relação colonial. O aspecto mais significante neste sentido é a profunda dependência nas formúlas do ocidente (para que sejam reconhecidos por este) para a aquisição do conhecimento e de sistemas. Este artigo questiona as expressões `informação rica' e `informação pobre', o autor enfatiza as necessidades dos africanos no desenvolvimento de meios para gerar, valorizar e disseminar as suas próprias formas de conhecimento.
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The need for a comprehensive information service based at the rural level in Bangladesh is discussed, noting the demands of NGO activists who require reading materials, particularly in their own language, for updating their knowledge, developing skills, analysing social issues, and motivating communities. The establishment of the Community Development Library (CDL) in 1980 whose role is to cater to the information needs of development agencies and social workers, through an institution which would provide development workers with resource materials and up-to-date information on a variety of issues is discussed. The organization of the CDL is described, and additional services are noted: press clippings; current-awareness services; a reading circle; action research and publication; audio-visual programme; and development resource promotion. The CDL also maintains 30 regional, district, and local Rural Information Resource Centres (RIRCS). The impact and some restraints of the RIRCS are noted. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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The author reports on the Abuelas de Plaza de Mayo (the Grandmothers of the Plaza de Mayo), working actively in Argentina to discover the whereabouts of the desaparacidos, the children who were abducted by the military regime of the 1970s to early `80s. Their achievements include tracing over 50 children, successfully lobbying for the creation of a genetic databank on the families of the disappeared, and campaigning for action from the government.
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The author researched women's experiences of domestic violence and abuse in Calcutta, India. She reports on their strategies for coping with and resisting this violence, noting that the majority of the women developed resistance strategies, and that in many cases these worked. A pragmatic approach is taken, since, the author argues, it is unhelpful to assume that the best course of action for these women would be to leave their partners. The women who were most successful in resisting violence were those who were least isolated; who had access to other family members, or other women through a variety of organisations.
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An unnecessary polarisation has arisen between `relief' and `development' work and agencies are looking to bridge the gap, moving towards an integrated response to disasters which promotes sustainable development. Effective rehabilitation may provide a way forward, and the author discusses this concept, arguing that development agencies will need to foster relevant capacities in recipients as well as shift their planning, programming, implementation and evaluation approaches, in order to enable rehabilitation to work as a strategy in its own right, rather than as a stop-gap between continuing relief and development work.
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Kishore Saint, one of Development in Practice's founding Editorial Advisers, shares his thoughts on the way forward for the journal as he prepares to stand down from his position.
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A Comissão Européia (EC) e outros países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) gostariam de estabelecer um tratado para investimento externo (ou acordo multilateral para investimento) com a Organização Mundial do Comércio (OMC). Isso permitiria que companhias estrangeiras pudessem estabelecer sendo consideradas 100% iguais em todos os setores (exeto no setor de segurança) em todos os países membros da OMC; e recebessem um `tratamento nacional' em comparação as companhias nacionais. Políticas nacionais para favorecer ou facilitar as companhias nacionais poderiam ser consideradas, pelo tratado, como discriminatórias, portanto seriam consideradas inlegais de acordo com as regras do OMC. As penalidades para as infrações ou não cumprimento das regras do tratado da OMC são extensivos. Este artigo explora as implicações graves de tal tratado para os países em desenvolvimento e sugere alternativas que sejam acessíveis a estes países.
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Reforma agrária e reforma no sistema de propriedade da terra desapareu totalamente da agenda internacional para o desenvolvimento, desdos anos 80. Entretanto, muitas organizações comunitárias do povo e ONGs dos países de terceiro mundo estão tentando restaurar estes temas como uma prioridade ao desenvolvimento e como um imperativo político. O processo de reforma agrária que está sendo atualmente implementado em uma estrutura de democrácia política nas Filipinas pode servir de exemplo. Apesar deste processo ter problemas, ele representa uma oportunidade de uma mudança significativa para os pequenos proprietários e pequenos agricultores. Em 1989, PhilDhrra (nome de uma rede de ONGs nas Filipinas) iniciou um mecanismo tripartidário e um programa com as organizações de comunidades do povo, com ONGs e com o governo para que o processo de reforma agrária fosse facilitado, processo que atualmente, está tendo resultados bastante encorajadores em várias províncias.
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Este artigo é composto por duas partes, que tratam das experiências de vida e de trabalhar das ONGs que se concentram no trabalho contra a pobreza em guerras civis, guerras estas que tem suas razões baseadas na desigualdade da distribuição de poder e do acesso aos recursos. Este artigo foi baseado em um trabalho de 12 anos na América Central, ele reflete as exigências e as dificuldades que os trabalhadores da área de ajuda internacional tem que enfrentar em uma situação de conflitos civis; de maneira que os relacionamentos com ONGs e organizações locais ficam afetadas. O fortalecimento e a participação são analisados dentro de uma perspectiva dos que rejeitam o seu papel nas guerras civis - de serem vítimas. Na segunda parte deste artigo (que será publicado no volume 7, número 1) o autor examina os impactos destas guerras que são imediatos e de longo prazo e a violência política tanto para os sobreviventes como para os trabalhadores locais e internacionais que estão preocupados em abordar as causas e consequencias destes conflitos.
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The author discusses her involvement, as a member of the Indian Women's Movement (IWM), in campaigning for increased protection under Indian law for women, and children, from sexual assault of any kind. The law at present has large gaps in it, and is formulated with the joint aims of protecting `virginal' women and protecting men at risk from the false allegations of low caste, impoverished, sexually-aware women. The evolution of the current law is presented, with examples of injustices, suggested areas for future lobbying, and pleas to ensure that victims are not revictimised by lobbyists themselves. This article also appears in the Development in Practice Reader Development and Rights.
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The author examines the effect of forced evictions and homelessness on children, in the long and short-term, psychologically and physically. Housing, land, and legal rights fail to protect children, she argues, and poor people need greater access to legal advice on how evictions can be resisted. There is rarely coherent policy about the status of street children, resulting in their further marginalisation and criminalisation. Slums and squatter camps are symptomatic of urban development and acknowledging this is the first step towards providing the infrastructure necessary to prevent damaging millions of children and their families in sub-Saharan Africa.
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The insecurity of land tenure in Uganda has been a critical issue in the economic development of the country. The development of an equitable land distribution policy is discussed. Information is presented on: the historical background of land tenure systems (noting the difference in land tenure systems: Mailo, freehold, leasehold, the Busulu (ground rent) and Envujo (commodity rents) law, and the 1975 Land Decree); the work of the Technical Committee; and issues raised by the proposed reform (land as a technical question, over-riding economic considerations, avoidance of social issues, the sale of land, compensation, the plight of rural pastoralists, a ceiling on land acquisition, a uniform land tenure system, and the timing of implementation). It is concluded that the proposed land reform in Uganda does not promise to balance technical, economic, social, and political criteria. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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The authors describe the extent of the trade in mainly rural Nepalese women, sold into prostitution and bonded labour in Asia and the Middle East, often by their families, because of poverty. The organisation Women Acting Together for Change (WATCH) works for and with these women, aiming to empower victims and to change the way women are perceived in Nepalese society and law. This article is freely available as a chapter in Development with Women.
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The development of an unionized work force in the north-east of Brazil is described. The area has seen considerable growth in the export markets for grapes and mangoes which provides significant employment; other areas of employment are in labour-intensive crops, for example tomatoes and onions. The paper discusses: some new union strategies, improvements for wage labourers, and some of the limited victories that have been achieved with the work of the NGO, Oxfam. It is argued that there are limits to this kind of development model given the low value of the wages earned by the workers. The conclusion proposes considerable networking amongst unions and NGOs with the aim of providing information that may allow them to define and implement new directions for development. Abstract supplied by kind permission of CABI. This article is freely available as a chapter in Development and Social Action.
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In English only
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As ONGs do Afeganistão tem sido as principais provedoras de ajuda humanitária durante o conflito de Afghan. Elas permaneceram operando durante este período através da conversação com os vários partidos que estavam participando do conflito, o contingente de sua sobrevivência se deu pela sua abilidade de estabelecer relacionamentos com parceiros `ad hoc' para a formação de alianças e cooperação. Este artigo explora a natureza das negociações (chamada pelos autores como `a dança') entre as ONGs, os partidos participantes no conflito e com os que apoiam as ONGs. Este artigo pergunta se o fato das ONGs `dançarem com o principe', ou seja negociarem com estas entidades, representa uma acomodação a uma situação de violência ou é um compromisso necessário que contribuirá para a resolução do conflito. Este conclui estabelecendo lições essenciais para os doadores que apoiam ONGs indigenas a operarem em situações políticas de emergência complexas.
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An analysis is presented of research carried out in 1995, focusing on programmes funded by an NGO, Oxfam, as the basis of a case study of the Ugandan health sector. The involvement of NGOs in service provision for the state in Uganda is discussed together with the changing trends in aid distribution and what they mean for NGOs, the state and for their relationship with each other. Sections consider whose responsibility it is to provide a viable health service, and the importance of NGO support for the health service in Uganda. Abstract supplied by kind permission of CABI. This article is freely available as a chapter in Development NGOs and Civil Society.
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In 1994, the UN Volunteers programme (UNV) and UN Research Institute for Social Development (UNRISD) collaborated on a research project, Volunteer Contributions to Social Integration at the Grassroots: the Urban or `Pavement Dimension'. The author describes how the researchers hope to contribute to understanding of how global forces erode community structures, including the way governments increasingly privatise public services, and highlights the challenges and potential rewards for communities which voluntarily pull together to change their circumstances.
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40 participants from 24 countries took part in this workshop, organised by the International NGO Training and Research Centre (INTRAC) in Oxford, UK. Much of the workshop was spent trying to reach agreement on what civil society means, and the degree to which it can be conceptually separated from the State, and reinforced by NGOs. Another concern was that Northern and Southern NGOs' understandings of civil society were often different; the Northern interpretation was accused of being donor-driven and neo-imperialist, and there were general concerns that less powerful groups could be assimilated by stronger organisations attempting to impose `togetherness' and `co-operation'.
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O projeto de `Kebkabiya' foi o primeiro projeto operacional de desenvolvimento da Oxfam, criado durante os anos 80, que deu início a transferência da administração destes tipos de projetos a comunidade. Portanto, este projeto pode servir como modelo a outros projetos operacionais no futuro. Este artigo análisa o processo de transferência no que afeta o controle operacional para o fornecimento de serviços e o aspecto financeiro do projeto. O autor argumenta que uma transferência, para ser bem sucedida e sustentável, necessita ser tratada como um conjunto complexo de atividades que requerem uma estrutura a longo prazo como qualquer outro processo de desenvolvimento.
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Há, cada vez mais, muito interesse no desenvolvimento organizacional e institucional, ou na `capacity-building', entretanto o entendimento de como estes assuntos funcionam na prática é muito reduzido. Este artigo provém um caso estudado, em um programa a longo termo, em desenvolvimento institucional, que reenforçou a capacidade da comunidade dos refugiados do Tibete no planejamento de desenvolvimento. O primeiro aspecto concentrou-se nos aspectos essenciais, ou seja na adaptação do programa pelos profissionais de desenvolvimento. Os autores, também, esclareceram alguns dos pontos que estavam pouco claros nas áreas de desenvolvimento organizacional e institucional.
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Novas tecnologias de comunicações podem ser como `uma faca de dois gumes', com um lado positivo, mas, também, com um lado negativo. Estas podem estimular o desenvolvimento, como a promoção da saúde, da educação, da agricultura, do lazer, dos negócios e do turismo; assim como estimular o comércio internacional e a cooperação internacional. Entretanto, estas tecnologias podem acentuar e expandir as diferenças entre ricos e pobres, criando uma sociedade caracterizada por ter uma elite bem informada e uma grande parte da população mal informadas. Em uma época onde a informação é poder, isso poderia ser extremamente prejudicial aos países que estão enfrentando problemas, tais como: pobreza, doenças, fome e instabilidade política. Ultimamente, estas tecnologias podem, também, prejudicar a soberânia, a segurança, os direitos humanos e consequentemente os desenvolvimento de países na Africa tropical.
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NGOs are using `civil society' to mean different things: the author argues that the wide definition means that any potential partner organisation becomes a civil-society organisation, and that consideration of the conditions that are central to a community organisation becoming a civil organisation may be useful in helping NGOs focus on the quality of the associations they choose. This article is freely available as a chapter in Development NGOs and Civil Society.
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An examination is presented of an NGO project in Zambia, focusing on its approach, its specific consequences for local participation, potential for sustainability and its ability to hold the government accountable for how its uses public resources. Sections focus on: channeling food aid; and food for work programmes. It is concluded that unless aid projects make it a priority to establish or reinforce mechanisms by which existing, locally available resources are mobilized and used effectively in resolving the problems of the poor, they cannot contribute to laying a basis for further development. This article also appears in the Development in Practice Reader [13]Development, NGOs, and Civil Society. Abstract supplied by kind permission of CABI. This article is freely available as a chapter in Development NGOs and Civil Society.
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A description is presented of the development of NGOs in Brazil from small grassroots movements into over a 1000 specialized and consolidated organizations in 1996. NGOs generally operate through one or more of six inter-related activities: applied research; grassroots organizations; training and technical assistance; information sharing; public policy advocacy; and networking. The important role they play in promoting debate on public policy at the grassroots level is highlighted. The growth of the Anti-Poverty Campaign started in 1993 through the efforts of several leading NGOs is an illustration of the influential role NGOs now hold in Brazilian society. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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An analysis is presented of the expansion of the NGO, the Aga Khan Rural Support Programme (AKRSP) in Gujarat, India following the approval of a #10 million grant for rural development from the European Union. The challenge facing the NGO is to scale up the kind of community based development which it has been successful at to a size that has an impact on a larger number of people. The grassroots approach adopted by the AKRSP is examined and the need to maintain this approach despite the increase in programme size highlighted and the problems this creates are outlined. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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The authors report on a neighbourhood-based sanitation service set up in Dar es Salaam using appropriate technology for emptying pit latrines; the Manual Pit Latrine Emptying Technology (MAPET) project. The participatory development process and use of technology fitting the localised scale of the project contributed to its success, while notable lessons learned include the need for the cooperation of a local agency (whether an NGO or local government) in purchasing and replacing equipment.
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The author briefly discusses the Beijing Declaration and Platform for Action, negotiated and adopted by 189 countries at the Fourth World Conference on Women in September 1995, and how it promises that governments will take responsibility for its implementation, while recognising the roles NGOs have to play.
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In English only
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Este artigo analisa a confiança (sem crítica) no potencial das instituições micro-financeiras em reduzir a pobreza. Este artigo argumenta que apesar do entendimento sobre como estruturar as intermediações financeiras anti-pobreza ter melhorado, a atual campanha para aumentar o invetimento em recursos neste setor pode diminuir a sustantabilidade que já foi alcançada. Estudos posteriores sobre o impacto das microempresas de crédito sugerem que estas não são totalmente benefícas para as pessoas pobres. As intervensões no fornecimento de serviços financeiros não deveriam ser feitas sem uma análise específica da função das poupanças e das facilidades de crédito. Uma enfase em atos de escala, como um desinsentivo a tais análises, aumentam os riscos de que resurja uma abordagem para projetos de ações anti-pobreza.
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Mala milk is a cultured dairy beverage of consistent quality that can keep for four days without refrigeration, and up to three weeks with refrigeration. It offers important nutritional benefits for rural consumers, can be produced in simple facilities with a capacity of 500 litres per day or more, and is less complicated than cheesemaking. The production of mala milk in Kenya is discussed, and the equity trust approach is described. An innovative approach to the provision of financing, technical and managerial assistance proved successful for the establishment of small, community-owned mala milk plants in Kenya. Implemented by Techno-Serve-Kenya, this activity received core financial and technical assistance from Appropriate Technology International and enterprise finance from several other donors. The benefits of operating mala milk production in this way are noted. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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The author comments on research into poor urban women's survival strategies done in Zambia in 1994, funded by the Natural Resources Department of the British government's Overseas Development Administration. Chilimba is an informal savings and credit system, one variation of the ROSCAs (Rotating Savings and Credit Associations) successfully in use throughout Africa and elsewhere. The author discusses the potential for intervention designed to enable those with no capital or regular income to participate, and to increase and widen the benefits gained from participation.
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As markets are increasingly deregulated and government control over public service provision loosens, so the importance of effective urban management is growing. No longer directly providing urban services, governments should now, the author argues, perform an `enabling' role, planning and co-ordinating provision. Werna reports on case studies from Bangladesh, Kenya and Brazil, and discusses the common problems faced in these very different urban environments and how local government authorities can work to close the growing gulf between service management and provision.
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As organizações governamentais e não governamentais, em Bangladesh estão implementando programas e projetos de economia de energia para protegerem o meio ambiente. Este artigo examina tais programas em uma área específica, que é o melhoramento de `tecnologia de estufa'. Este demonstra que uma avaliação inadequada do meio ambiente pelos ambientalistas e práticos de desenvolvimento permitiu que fossem selecionadas tecnólogias inapropiadas, que resultaram no fracasso da incorporação das mulheres no movimento de economia de energia. O artigo identifica as razões que motivaram as mulheres a rejeitarem uma tecnologia que lhes foi imposta, em vez de ser baseada na observação de seus poblemas distintos, de sua cultura e de sua ecologia.
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A reabilitação envolve: o reestabelecimento da segurança entre as pessoas mais pobres, de forma a reduzir a vunerabilidade de suas vidas destas a desastres futuros, recomeçando uma economia local com respeito as regras da sustentabilidade e evitando a dependência. Este artigo discute experiências de reabilitação pós-guerra em Moçambique e sugere que a maioria dos pequenos proprietários ainda tem uma situação bastante vulnerável, apesar destes terem recomeçado a plantar imediatamente, pois não puderam fazer reservas. O autor previne sobre a retirada dos programas de assistência rapidamente, ele argumenta que muitas vezes é mais apropriado para os pequenos proprietários que estes recebam dinheiro e empréstimos para a compra de artigos que tenham mais necessidade, ao invés de receberem alimentos, sementes, ferramentas e instrumentos de trabalho e produtos selecionados.
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As políticas do regime do `Apartheid' destruiram, prematuramente, os pequenos proprietários/agricultores na Africa do Sul, deixando milhões de pessoas sem emprego e sem terra. A revogação das leis raciais na Africa do Sul, que reservavam 87% das terras para os brancos, fez com que fosse possível o lançamento de políticas abordando as necessidades dos proprietários de terras negros. Os eforços para promover o crescimento comercial dos donos de terras/fazendeiros negros oferece um risco de piora das condições para a maioria da população rural. Ao mesmo tempo que não se pode negligenciar a segurança de alimentos e a agricultura, a Africa do Sul necessita, também, reviver e estimular os pequenos agricultores, que tem uma função similar aos trabalhadores dos setores informais, nas áreas urbanas.
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The author expands on the four ingredients `feminist-flavoured gender-sensitive development' should have: Strategic needs of women; Agenda-setting direction to mainstreaming; Flexibility; and Empowerment philosophy (`SAFE').
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The paper defines financial sustainability; why financial sustainability is a valid objective; how it can be measured; and what can be done to improve levels of financial sustainability. The discussion is situated within the context of NGOs managed credit schemes, operating in developing countries. The following issues are considered: importance of savings; gender; appropriate loan size; realistic interest rates; repayment periods and intervals; security and collateral; group loans versus group businesses; separation of finance from other support; systems; measurement; incentives; and scale. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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The indigenous informal credit market within Sri Lanka encompasses a wide range of financial arrangements, including: direct money-lending (professional and semi-professional money-lenders); indirect money-lending (trade financing, commission agencies, and credit related to mortgages on crops); and voluntary credit groups (single purpose and multi-purpose credit assistance and cheetu/ROSCAs). The paper focuses on: the Hatton National Bank; 'barefoot banking'; the extension of irrigation; and, the role of NGOs. Aspects are listed in which outside agencies could assist the banking systems in reaching the small- and micro-enterprise sector: preferential interest rates; risk sharing; awareness of banking; identifying potential entrepreneurs; entrepreneur development; monitoring; encouraging savings habits; and group lending. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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A case study is presented of the Self Employed Women's Association (SEWA) in Gujarat, India, which has taken on responsibility for providing marketing support to the Development of Women and Children in Rural Areas groups in the Banaskantha district. It is the first time a voluntary organisation has been involved directly in business activities in an open market environment. A brief introduction of the SEWA experiment is presented, followed by a discussion of the group process in marketing; links with external agencies are presented, and some lessons are noted. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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The authors discuss the feelings, status, and working conditions of women in factories making garments for export. Many legal requirements under the 1965 Factory Act (child care facilities, maternity leave, length of working hours, holiday entitlement) are rarely observed, workers are often unaware of their legal rights, and factory owners argue that such provisions would involve expenses which would nullify Bangladesh's low-wage advantage over other exporters.
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A participação necessita ser vista como uma atividade política. Existe, sempre, uma certa tensão com referência a determinados aspectos, que são: quem está participando, como esta participação está sendo feita e em que termos. Ao mesmo tempo, que a participação tem o potencial de desafiar modelos de domínio polílico, ela pode ser, também, o meio pelo qual as relações de poder existentes sejam consolidados e reproduzidos. As áreas nas quais as pessoas manifestam os seus interesses e julgam se estes podem ser expressos, não são neutras. A participação pode acontecer por um número váriado de razões, sem serem descompromissadas. É muito importante encarar a participação como um processo dinânico e entender que a sua própria forma e função pode ser um foco de luta.
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The paper argues that education should be a crucial part of relief operations which respond to emergencies in developing countries. In practice, however, educational needs in emergencies have been neglected in competition with the demand for more conventional relief. An example from southern Sudan demonstrates how the need for education can be addressed in an emergency. Indigenous initiatives for the re-establishment and improvement of educational provision have been supported by a group of agencies working as part of the emergency operation. A flexible system of teacher education is the focus of a programme which invests in people rather than buildings. It emphasizes the crucial importance of the involvement of local communities, on whom the success of rural primary school education depends. The scheme has also recognized the importance of schools for conveying information and stimulating discussion on topics such as health, psycho-social needs, and girls' education, and integrating these cross-cutting issues into teacher education. This article also appears in the Development in Practice Reader Development in States of War. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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Academic urban development training programs tend to either train in town planning, where the focus is on the production of plans, or in urban studies, where the focus is on the development of urban areas; there is a need, the author argues, for training that produces `working planners' with knowledge of both. He advocates `for-the-job training', in which trainees use the real problems they face in their working environment as study material, allowing trainees to produce useful outputs while being trained, and ensuring the relevance of training.
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Against a background of reduced government funding of African universities, the International African Institute in London co-ordinated a study in 1995 to evaluate university libraries, in terms of their sustainability, now that many survive on (usually short-term) funding from donors. Through structured interviews and questionnaires, the researchers discovered libraries are becoming marginalised and decentralised within universities, and many are not providing the most basic services for students and staff.
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Uma avaliação rural rápida (Rapid Rural Appraisal - RPA) e uma avaliação rural participativa (Participatory Rural Appraisal - PRA) surgiram em um contexto de trabalho com as comunidades rurais em países em desenvolvimento. Os princípios da participação e de ações para uma pesquisa orientada são igualmente válidos para trabalho de desenvolvimento em setores urbanos e em países industrializados. Este artigo descreve o uso de tecnícas de avaliação participativa em comunidades desfavorecidas no Reino Unido, nas áreas da saúde e assistência social. Este artigo foi estruturado com base em um caso estudado pela autora, em seu trabalho. A autora analisa as dificuldades práticas, organizacionais e políticas inerentes a reunião de profissionais de várias organizações, de trabalhadores do setor público e de membros de comunidades locais para o desenvolvimento de um consenso de trabalho.
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Este artigo analisa os níveis de reconhecimento que o sistema educacional dá a importância da participação das mulheres no setor informal da economia e os níveis de absorção que este sistema tem lhes oferecido para o seu emprego e auto-emprego. Este artigo examina dados tanto no setor da educação formal como no setor da educação informal, ou seja podem estes sistemas oferecer as mulheres as qualificações necessárias para que elas possam competir com os homens no mercado de trabalho? Este artigo conclui que ambos os sistemas educacionais (formal e informal), geralmente, são ineficazes de suprir as mulheres com as qualificações necessárias, com um bom salário, com um trabalho seguro e estável. Portanto, a maioria das mulheres trabalham no setor informal da economia, em atividades de susbsitência. Este artigo examina, de acordo com o sistema informal de educação, os projetos de treinamento para atividades geradoras de renda, que é a maior fonte de assitência para as mulheres pobres de países em desenvolvimento. Este artigo, também, apresenta algumas recomendações de estratégias para educação e para a provisão de treinamento.
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As organizações não governamentais e assistência aos refugiados: algumas lições de Malawi e ZimbábueApesar das ONGs indígenas estarem bem localizadas para prestarem assistência aos refugiados, estas organizações têm uma participação bastante marginal comparando ao trabalho que as ONGs do norte oferecem, pois estas realizam a maioria dos trabalhos de assistência. O desequilíbrio das relações de poder entre as organizações do norte, os doadores e as organizações do sul na assistência aos refugiados são revistas neste artigo. Utilizando-se dados dos programas de assistência para os refugiados de Moçambique em Malawi e Zimbábue. As condições e as estratégias utilizadas pelas organizações indígenas para combaterem com sucesso esta situação são, também, examindas. Os fatores que são considerados como importantes são: a formação de instituições locais para trabalhar de assuntos referentes ao desenvolvimento (`institution building'); a diversificação da base dos doadores; o projeto de planejamento e de desenvolvimento; as qualificações e o conhecimento dos diretores de trabalho de campo. O artigo considera uma ampla aplicabilidade deste experiência.
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The paper notes that there are substantial differences between women's studies/women in development and gender studies/gender and development. It suggests that the differences between women in development, and gender and development is such that the focus changes from one of equity to one of efficiency. Within gender and development, there are a number of different loci: gender studies (the conceptual part of the process, during which models are developed and refined through research, debate and networking); gender training (a technical part of the process which involves passing on practical skills for implementing gender-sensitive policy, planning, and training in specific circumstances); and gender planning (the practical application of the skills that have been acquired through gender studies and gender training). The paper examines some of the specific problems encountered in each of these areas, the need to develop effective courses within Africa, the scope of training currently available and the impact of gender studies and gender training as a positive change in the lives of marginalised groups of women. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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The Community Development Resource Association (CDRA) is a non-profit NGO, established in 1987 to build the capacity of organizations engaged in development and social transformation in South Africa and sub-Saharan Africa. It aims to do this by providing organizational development (OD) consultancy services, offering OD training and programmes, and through the programme, Action Learning: Education for Development. Since inception, the NGO has worked with 164 client organizations in South Africa, Lesotho, Namibia, Zimbabwe, Botswana, Angola, and Tanzania. Although consultancy services and appropriate development interventions are helpful in building organizational capacity, the NGO perceives fieldwork as the most important aspect of development. The paper discusses the need for field work, within the needs of South Africa, and the importance of promoting good field work including some of the reasons why good field work is not attained. It also considers the qualities found in good field workers, using consultants appropriately, and the necessity to prioritize field work. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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Recent years have seen development NGOs making significant efforts to show how they are performing, a trend impelled by three factors: stricter requirements attached to official aid, which is a fast-growing proportion of NGO funds; doubts about NGOs claims to be more effective than governments; post-Cold War shifts in the role of NGOs, which increase their own needs to know what is being achieved, in order to manage the processes of organisational reorientation and transformation. Almost without exception, NGOs are finding it very difficult to come up with sound, cost-effective methods to show the results of their development activities, or even to demonstrate their effectiveness as organizations. These difficulties arise from both key features of the aid system, and from the nature of 'non-profits'. The paper summarizes the difficulties in each of these two areas, and considers solutions that are emerging from recent experience. A concluding section explores the link between accountability and performance, and speculates on the range of approaches which NGOs might use in the future to prove that they are valuable and effective agents of development. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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The World Bank claims to have become the defender of women's rights, urging national governments to 'invest more in women in order to reduce gender inequality and boost economic development'. Through its Women in Development Programme (WID), adopted throughout the developing world, the Bank defines the ground rules on gender policy. A market oriented approach is prescribed, with a monetary value attached to gender equality: women's programmes are to be framed in relation to the opportunity cost and efficiency of women's rights. The Bank determines the concepts, methodological categories, and database for analysing gender issues. The paper critically analyses the World Bank's approach to women and gender issues, and concludes that the neo-liberal gender perspective (under the trusteeship of international donors, such as the World Bank and IMF) is largely intent upon creating divisions within national societies, and demobilising the struggle of women and men against the macroeconomic model. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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The UK Development Studies Association is a voluntary body of academics and practitioners concerned with economic and social development. The author highlights the `added value' of academics and practitioners sharing their expertise, and discusses the climate of mutual respect in which Cupertino can be most productive.
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A discrepância entre os objetivos das políticas e os beneficiários é aparente no desenvolvimento rural. Uma das razões é que falta às populações rurais poder político para influênciar nas políticas decisórias que afetam os seus meios de vida. Se o desenvolvimento rural é para beneficiar estas populações, a influência na decisão de políticas deveria andar lado a lado com o desenvolvimento destas políticas. Idealmente, ambos agentes governamentais e políticos devem comprometer-se a apoiar o plano de ação destas populações, e qualquer intervenção governamental deve refletir respostas políticas para as demandas do povo.
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A posição e contribuição das ONGs no setor da saúde mudou nos últimos anos. Seu perfil e o tamanho de seu setor foi aumentado e suas atividades são frequentemente diferentes das inicialmente realizadas. Em muitos lugares as ONGs são vistas como o meio de fazer com que o setor da saúde avance, entre outras coisas, estas são consideradas como sendo mais eficientes e confiáveis do que muitos governos de países em desenvolvimento. Este artigo explora este desenvolvimento e examina em particular um aspecto que tem sido relativamente ignorado - o relacionamento entre os governos e o setor das ONGs no campo da saúde. Este conclui analisando os meios práticos que podem ser realizados para melhorar tal relacionamento.
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Existe uma tensão, reconhecida, entre as necessidades dos práticos em desenvolvimento por informações acuradas sobre temas-chave e as rotinas normais dos estudos acadêmicos em desenvolvimento. Diminuir esta distância existente envolve, entre outras coisas, elaborar novos caminhos de organização e realização de pesquisa. Este artigo, escrito por um acadêmico, concentra-se especialmente em uma forma de combinar métodos interativos de avaliação rápida com estilos mais convencionais de pesquisa, de forma a construir uma ligação entre a lacuna do `micro-macro'; isto é, torna claro as tendências políticas nacionais através da exploração de respostas da comunidade e dos proprietários. Este descreve duas pesquisas de grupo realizadas na Tanzânia e Zâmbia por iniciativa da agência oficial da Suécia (SIDA).
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Rapid population growth and its effect on the environment is one of the main concerns of development practitioners. Computer modelling tools have been used to explore the effects of proposed interventions, allowing agencies to quickly see where methods might be incompatible or have adverse or unexpected effects. The GIS is one such system, and is open to abuse if used to legitimise existing policy. The author sets out a two-process Policy and Decision Support System, which he feels is more context specific and less open to abuse since it involves the end-users in the development of the exploratory models. Using Operational Research techniques in combination with Complex Systems Modelling, he argues, should ensure that the design and implementation of programmes can be carefully explored and mutually agreed.
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The author considers the coping strategies used by the newly poor households of the now-independent nation-state Kyrgyzstan. Like other former members of the Soviet Union, Kyrgyzstan has fared badly economically since the disintegration of both the Union and complex economic links with it. In 1994, Save the Children Fund (SCF) carried out research into these coping strategies, the findings of which are briefly presented here. Full details can be obtained from SCF in a report entitled `Coping with the Transition: Household Coping Strategies in Kyrgyzstan' (SCF, December 1994).
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This conference, held in Lanzarote in April 1995, attracted delegates from NGOs, academic institutions, governments and the private sector, although representatives from the largest airlines, holiday companies and hotel groups were conspicuous by their absence. NGO-workers were concerned with shifting governments et al away from so-called nature tourism and towards the promotion of ecotourism. The final day of the conference was used to draft the Charter for Sustainable Tourism, for presentation to the UN.
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The author responds to Mike Powell's article in Development in Practice 5(3), and argues that it is not only those interfering in cultures as 'outsiders' who face difficulties and accusations of cultural subjectivity, but also those challenging norms as a member of that culture. Those presenting views which go against traditional social structures, such as the author's views about the treatment of women in South Asia, should not allow accusations of cultural relativism to dissuade them - rather, development practitioners should 'use culture to open up intractable areas of gender relations'. This article is freely available as a chapter in Development and Culture.
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The author argues that small and medium-sized enterprises (SMEs), rather than NGOs, are the most cost-effective and efficient ways of developing and distributing new technology to end users (the poor).
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Quais são as oportunidades existentes nos Programas Primários de Saúde (Primary Health Care - PHC),para a comunidade local se tornar envolvida no processo de criação, construição e manutenção de sua própria estrutura de saúde? Este artigo observa três projetos de PHC em Sierra Leone e Uganda envolvendo ONGs, governos e comunidades locais na construção de centros de saúde; cada um dos quais é apoiado pelas organizações Save the Children Fund, Action Aid e Oxfam. Estes exemplos são utilizados para estabelecer temas que necessitem de monitorização e avaliação dentro dos programas FHC, objetivando promover o envolvimento da comunidade em um processo de produção e sustentação de centros de saúde a nível local.
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In 1992, UNICEF and the Organisation of African States (OAU) jointly proposed that 1994-2003 should be the Decade of the African Child. The author identifies nine challenges for Africa, and the rest of the world, if African children are to have an improved quality of life. These include promoting true empowerment, including health and nutrition policies in development policies, recognising that poverty may preclude people from adopting best practice e.g. in health, combating the erosion of mothers' ability to provide adequate child care, continuing to finance primary and adult literacy education, decentralising and democratising primary health care (PHC) and providing early warnings against predictable climactic disasters.
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In 1978 at Alma Ata, the date was set for achieving `Health for All by the Year 2000'. Achieving this seems more remote than it did then, due in part to Structural Adjustment Programmes (SAPs), the author argues. In Nicaragua, as elsewhere, structural adjustment provoked the redirection of resources away from public sector spending, including health care spending, and towards exports. The author advocates reasserting and implementing the Alma Ata recommendations in order to counteract this continuing erosion of health care. This article also appears in the Development in Practice Reader [13]Development for Health.
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NGOs have recently become a favoured mechanism for official development assistance: in 1994, half of all projects approved by the World Bank made provision for NGO involvement for implementing them; 75 per cent of these NGOs were Southern. Such flattery means that NGOs are in danger of seeing themselves as essential to development. Here, the author reflects on the rise of what he calls the `EN-GE-OH'. While some donor agency and NGO staff might find this Viewpoint somewhat caustic, most will recognise more than a grain of truth. The article is reprinted from the journal Chasqui, translated and adapted by the Editor. This article is freely available as a chapter in Development NGOs and Civil Society.
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A survey in the Rakai District in 1989 put the number of orphans at 25,000; by 1991 a population census counted 44,000, a growth the author attributes to the AIDS pandemic. The Child Social Care Project (CSCP) in Rakai works with widows and orphans to address their property rights, seeking to reduce the vulnerability of women and children under both customary and statutory law. The author discusses the work of the Project, and advocates continued processes of education and sensitisation to change attitudes, accompanied by legal reform. This article also appears in the Development in Practice Reader [13]Development for Health.
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NGOs are receiving and distributing increasing funding for projects attempting to help traumatised victims of political violence. The author argues that many of these projects are ill conceived, failing to recognise that one aim of modern warfare is the dissolution of the social fabric and that survivors will be trying to manage their distress in damaged social environments. Also, the Western conception of mental trauma does not provide an adequate model for understanding the complex and evolving experiences of those in war-affected areas. Social development should be foremost in NGOs' efforts, as opposed to the conception of the traumatised simply as patients who need to be treated. This article also appears in the Development in Practice Reader [13]Development in States of War.
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Este artigo trata de certos temas relacionados à religião, à cultura e ao desenvolvimento, em parte para ajudar a estabelecer um contexto para o resto desta edição. Ele considera que a religião e/ou bagagem cultural de muitas agências e de individuos do Norte, afetam o plano de desenvolvimento. Argumentando que valores de culturas locais definem o que o desenvolvimento significa, ele analisa alguns assuntos culturais -- política e moral, temática e prática -- que aparecem na interação do Norte com o Sul. Ele conclui que a história das intervenções, independente de seus motivos, tem sido muito infeliz. Já é tempo de se ter um papel de apoio, a medida que as pessoas no Sul fazem com que o desenvolvimento seja parte de sua própria história.
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From 1989, an attempt to improve agriculture by directly addressing ignorance and fatalism has been developed in Benin by an Italian NGO, Mani Tese, based on attempts to provide traditional peasant farmers with better qualifications and greater motivation. The approach consists of funding a network of school-farms, or Centres of Rural Promotion (CRPs) dedicated to teaching modern agricultural techniques in an appropriate and local context. The main aim of the strategy is to create a new kind of peasant farmer: one who has a good technological/cultural background, and is able to exploit all the locally available resources in a sustainable way. The paper discusses the importance of employing local personnel, and some of the problems that still need to be met (such as developing effective post-training assistance). It is concluded that this form of development aid allows the NGO to entrust the ultimate beneficiaries with as much responsibility as possible, and therefore allow the project to become autonomous. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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The paper notes that in India, even when a village or household level survey is carried out for water-resource development, the usual standards of data collection are applied, and women's central importance in water use is thus not reflected. However, women are likely to be more visible in local planning exercises; and the active and effective roles of women in water management are impossible without such planning. The paper is an outcome of the Foundation for Public Interest's experience in community-based water-resource development and management projects, particularly within the areas of Mahesana, Banaskantha, and Sabarkantha in Gujarat and, to a lesser extent, some involvement in Rajasthan and Tamil Nadu. It emphasizes the need for increased recognition of women's capacity for water management, the shift in policies resulting from FPI's involvement in this area, problems with neglecting local initiatives and resource limitations, and the importance of building local capacity to ensure good operation and maintenance, and the generation of local investment. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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In 1992 and 1993 fieldwork was done in the Eastern Region of Ghana to examine why hybrid cocoa, introduced by cocoa institutions, was adopted by some farmers and not others. This report discusses the problems encountered when collecting data, including the low-level of farmers' education, and the lack of official records and sampling possibilities.
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The author presents a personal view of an international conference on the use of financial services in the reduction of poverty, held at Reading University in the UK, with participants from NGOs, academic institutions, and Micro Finance Institutions (MFIs), as well as donors. The conference, according to the author, paid insufficient attention to the nature of poverty, measuring it in economic terms only, and failed to make clear potential difficulties with subsidised credit schemes, as well as putting forward a simplistic conception of financial technology transfer.
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A maioria das mudanças sócio-econômicas que ocorreram na África e em muitos países do Sul são externamente direcionadas. A gências estrangeiras, frequentemente, ligadas com ao Estado, ignoram os trabalhadores e não envolvem estes no processo de tomadas de decisões. Sua abordagem econômica ignora a cultura das pessoas e sua visão de mundo. Isto nega aos trabalhadores a capacidade criativa para adaptar novas técnicas e conhecimento de sua realidade concreta. Este artigo coloca a importância da referência de uma base histórica e da centralização da cultura no processo sócio-econômico. O autor argumenta contra uma abordagem que não seja culturalmente familiar para os trabalhadores.
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Doenças mentais são uma importante causa de incapacidade nos países da África do sub-Saara e são raramente incluidas em atividades de desenvolvimento relacionadas com saúde. Este artigo examina o relacionamento entre doenças mentais, religião e cultura, referindo-se, como exemplo, à experiência dos autores no Zimbábue,. Eles enfatizam a importância de se ter uma visão e entendimento que sejam simpatizantes com as crenças religiosas e com um contexto social de angústia psico-social, ao invés de simplesmente traduzir conceitos e idéias desenvolvidas em sociedades da Europa e da América do Norte.
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Até o começo dos anos 80, apesar da defesa da importância do papel do `capital humano', a maioria dos tomadores de decisões estavam obsecados no desenvolvimento fiscal e no aumento do Produto Interno Bruto. O Egito, assim como outros países do Terceiro Mundo seguiram este modelo. Entretanto, há dez anos a trás, com o acúmulo da dívida externa e o aumento da desintegração social, ficou claro que os investimentos nos esquemas de infra-estrututa foram poucos ou mesmo negativos. Cultura, comunidade, e liderança orgânica foram redescobertos como os elos perdidos no processo de desenvolvimento. Estas e outras formas de vida associativas são as vezes sub-entendidas no conceito de `sociedade civil'. Desenvolvimento tem sido definido como um processo em que as potencialidades humanas são aperfeiçoadas ao máximo, a níveis individuais e coletivos. Este artigo ilustra a interação entre estas variantes, com referência a exemplos de desenvolvimento de comunidades de base.
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Esta é uma avaliação da experiência do autor como conselheiro no Ministério da Eduacação da República Democrática do Povo do Lao. Este artigo analisa criticamente o papel do perito estrangeiro, o contexto em que o seu conhecimento é provido ou mesmo imposto e as barreiras efetivas de comunicações existentes. Este analisa, também, os pontos positivos, uma vez que estes assuntos tenham sido abordados.
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Estes são dois pequenos casos estudados que ilustram o fracasso que espera a qualquer estrangeiro que tenta mudar a realidade social de outra sociedade sem dar-se ao trabalho de entender o que já existe, o que esta sociedade quer e ou está preparada para aceitar.
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The paper discusses the Restaurant Programme started for women in 1991 by the Bangladesh Rural Advancement Committee (BRAC). A restaurant may be opened under individual ownership with a maximum loan of Taka 6500, after which a current account for the individual is opened with BRAC. This money is withdrawn in installments according to the entrepreneur's needs and repayment is collected in daily or weekly installments, with an interest rate of 20%. Like most rural restaurants, these enterprises sell tea, snacks, and meals. By January 1993, there were 273 'Shuruchi Restaurants' (restaurants for good food) all over the country. The paper reports on an exploratory study undertaken by BRAC's Research and Evaluation Division, involving five restaurants selected from Manikganj, Jamalpur, and Sherpur districts. The main focus was to examine how far women's entrepreneurial capacity has developed, and to assess whether women have control over their business. Rapid rural appraisal and participatory rural appraisal techniques were used for data collection. Abstract supplied by kind permission of CABI. This article is freely available as a chapter in Development with Women.
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The Nilgiris Adivasi Welfare Association (NAWA) was founded in 1958, in Tamil Nadu, India, to work for the integrated welfare of the six Nilgiri tribes, all displaced and dispersed by the invasion of their forest homelands by incoming non-tribal peoples. The paper describes the original founding of the Paniya Rehabilitation Farm colony for 25 families who were bought out of bonded labour by the founder. After initial hope that the project would succeed in becoming self-reliant, the paper discusses the areas of the project which lost momentum, the lack of outside funding, the increased involvement of NAWA in supporting the Paniyas, and their seeming long-term dependency on NAWA. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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Oxfam in Ethiopia has long been concerned that community-based development programmes should reflect local felt needs and priorities. Particularly where there has been a long history of engagement in a given area, a diagnostic survey has proved to be a valuable and flexible self-monitoring tool to re-assess development objectives with community groups. A diagnostic survey uses rapid rural appraisal techniques in a series of dialogues and interactions. The intention of the survey described in the paper was to determine whether the development programmes of Dubbo Catholic Mission (mother and child health services and water supply) were appropriate development activities for communities which had not previously been involved. The paper notes the constraints on agricultural production, as identified by groups of men and women, problems associated with health, and mother and child health care. Problems were ranked and collated from two peasant associations. The priority needs were: clean water, a health clinic, and fertilizers. In response to this, the Dubbo Catholic Mission was able to implement projects to address some of these problems. This article also appears in the Development in Practice Reader Development and Social Diversity. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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O `controle do poder' é uma expressão usada em trabalhos de desenvolvimento, mas esta é raramente definida. Este artigo explora o sentido desta expressão, dentro de seu contexto conceitual original - que é o poder. Diferentes entendimentos do que vem a ser o significado da palavra `poder' leva a várias interpretações do que seja `controle do poder' e isto, consequentemente, oferece várias implicações para o desenvolvimento de políticas e de práticas. A terminologia `controle do poder' faz com que seja possível analisar o poder, desigualdade e opressão, mas para ser válido no esclarecimento de práticas de desenvolvimento, este conceito requer uma definição precisa, deliberada e prática.
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This Note reports on research into differences in the contractual agreements made by workers and employers, offering insights into the working of markets (particularly for labour and credit) and, using case studies, showing the constraints on the free movement of rural workers because of indebtedness to employers. The researchers use socio-economic analysis frameworks and the author argues their use of local conceptualisations and their concentration on workers rather than employers makes their work more useful than conventional economic analysis.
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Enquanto que a desigualdade em relação ao gênero tem sido há muito tempo reconhecida no desenvolvimento formal de políticas, esquemas para aliviar a pobreza geralmente apresentam uma discrepância na incorporação de critérios de análises de genêro. Este artigo explora a experiência das ONGs que já implementaram, com sucesso, análises de genêro nas formulações de intervenções anti-pobreza. Este artigo mostra que o aumento da experiência organizacional das mulheres pobres é um aspecto muito importante para se assegurar que suas necessidades e perspectivas instruam o processo de planejamento. O artigo conclui que as mulheres continuarão sendo uma categoria marginalizada no desenvolvimento, ao menos que elas tenham o controle do poder para moverem-se acima de um `projeto-armadilha', fazendo parte na formulação de políticas e alocação de recursos.
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As populações mais idosas, que já são um fenômeno estabelecido nos países do Norte, estão também crescendo nos países do Sul. Esta transição demográfica está, no entanto, ocorrendo no Sul sem o crescimento da riqueza que acompanhou a industrialização no Norte. Este artigo analisa as várias dimenções do problema no Sul, incluindo a situação sócio-econômica e de saúde das pessoas idosas e seu papel na família e na comunidade. O artigo questiona se as mundanças no status das pessoas idosas são referentes a modernização de forças ou se é decorrente das desiguladades estruturais (diferenças em relação a riqueza ou posição social) que existem em todas as sociedades, mas são particularmente prevalecentes nos países mais pobres do Sul.
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A capacidade tecnológica é a base para o desenvolvimento econômico, mas analises de entrevistas realizadas com os trabalhadores de ONGs internacionais, localizadas no Reino Unido, sugerem que este aspecto é raramente abordado, expressamente, quando ajuda para o trabalho de desenvolvimento está sendo considerada. Ao contrário, os valores essenciais destas organizações tedem a determinar sua atitude em relação à tecnologia, resultando que seu impacto no desenvolvimento da capacidade tecnológica possa ser contraditório. Este artigo surgiu com analises de 11 empresas de pequeno porte no Zimbábue, que recebem ajuda de ONGs. Algumas destas empresas tem um grande potencial para desenvolver capacidade tecnológica, e outras parecem estar presas em um círculo vicioso de pouca qualificação, de pobres qualidades empresariais e em um sistema econômico extremamente hostil. As ONGs precisam desenvolver critérios tecnológicos apropriados de forma a exercer um impacto positivo no desenvolvimento de projetos por elas auxiliados.
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The author presents his views on the essential ingredients of development, comparing the development ideal with its reality. Development is about change for the better, which must be appropriate (culturally, economically, technologically etc.) if change is to take root, and gain the participation of beneficiaries. Equity and justice are at the heart of any change for the better, as is sustainability. True development cannot be measured in solely economic terms, but must also include changes in the quality of lives, which are less tangible. Development as a process is not just a `Third World' issue but a universal concern, encompassing responses to over-development as well as under-development. This article also appears in the Development in Practice Reader [13]Development and Social Diversity.
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The Peasant Road, or La Via Campesina (LVC) as it is officially named, is being improved. It started at the initiative of a number of farmers' organizations during the 1992 Second Congress of the Nicaraguan Farmers' Union, UNAG. In the face of structural adjustment programmes and increasingly laissez-faire economic policies, bound to ruin many small farmers, they called for a programme of cooperation between farmers' organizations. The general objective of LVC's programme is the search for alternatives to current neo-liberal policies. It is more than a protest movement against farmer-hostile policies. Proposals for a truly democratic rural development are necessary, based on research carried out in cooperation with scientific research institutes and public authorities. Contrary to past experience, the research agenda should be determined by the farmers and their organizations, and not by scientists and policy makers. Farmers are tired of being research objects: they want to do the research by themselves, because they know what they are talking about when they draw up their own development proposals. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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The phenomenon of Mozambican refugees in Malawi dates back to the time of Portuguese colonial rule. However, it is the spectacular magnitude of today's influx which has attracted national and international attention. By the close of 1992, Malawi was hosting over one million Mozambican refugees in 12 of the 24 districts. The paper grew out of an ethnographic study, with the overall objective of examining the motives for and the impact of the provision of humanitarian assistance on the refugees and host-country populations. The central argument of the paper is that by applying traditional ideas about men's and women's roles to the recruitment of trainees for income-generating activities, women's development potential remains largely untapped. Alternative approaches to working with women have to be actively sought, to ensure that the process of development is fruitful as well as gender-fair. This article also appears in the Development in Practice Reader [13]Development and Social Diversity. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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The paper presents a brief account of a development programme in southern Mexico. DESMI AC, a Mexican NGO based in the southern state of Chiapas, provides and encourages economic and educational assistance to groups of marginalised indigenous Indians, in order to help them improve their quality of life. In the early days, DESMI's efforts were focused on health and training in cooperatives. As ideas on social development themselves changed, so DESMI gave increasing emphasis to education and production, stressing the need for collectively organized productive activities to be underpinned by a shared understanding of and commitment to the broader objective of social transformation, as well as being backed up with administrative skills. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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The author discusses Alan Gibson's article of the same name (Development in Practice 3(3)). Nyamugasira expands on Gibson's discussion (limited, according to the author) of the problems faced by practitioners forced to balance the adoption of more business-like operations with continuing to benefit the greatest possible number of people.
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Este artigo explora o futuro das ONGs nativas e estrangeiras na China pós-Mao. A complexidade do emergente setor de ONGs na China é ilustrada pela tipologia das novas organizações sociais que floreceram nos últimos dez anos. O autor considera os fatores favoráveis a expansão deste setor intermediário como de atividade quase não governamental, mas também analisa os fatores que reprimem, para um futuro próximo, a emergência de um vigoroso setor das ONGs. As ONGs estrangeiras estão desejosas em desenvolver ligações na próxima Conferência Internacional da ONU sobre a Mulher, estas devem estar preparadas para trabalhar em conjunto com Partidos/Estados e organizações sociais semi-oficiais.
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The author charts the progress of the United Nations (UN) in moving towards a more holistic view of human rights, specifically drawing examples from their resolutions about the phenomenon of forced eviction. He argues that campaigners, organisations and trade unions should use the strong UN resolutions on this issue to protect the right to housing, since most governments are not likely to publicise or necessarily comply with UN pronouncements. This article also appears in the Development in Practice Reader [13]Development in States of War.
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The accountability, performance, programming and legitimacy of NGOs in the so-called New Political Agenda of economic privatisation and `democratisation' was the subject of a conference in June 1994, jointly organised by Save the Children Fund (SCF) and the Institute of Development Policy and Management, University of Manchester. The author discusses participants' attitudes towards the best targets for NGO resources and effort, the problem of NGOs' increasing concern to be accountable to donors at the expense of their accountability to beneficiaries, the pressure (often State pressure) on NGOs to become service-providers, and the difficulties of relying on official donors. The lack of reference to gender-based inequalities in the formal sessions was an area of concern.
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This workshop was hosted by the Open University (OU), inviting development practitioners, academics and OU associates to share ideas about the design of a new OU Diploma/Master's Programme in Development Management. The author reports on the participants' views about issues the course should cover, including discussion of the nature and scope of development management in general, how North-South relations are best considered, and the importance of promoting institutional development.
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Este artigo engloba uma grande coletânea de informações sobre as ONGs internacionais e cubanas e outras agências; este explora os temas que são enfrentados pela sociedade cubana para superar as rápidas mudanças econômicas e examina porque uma Nova Ordem Mundial não proporcionou um significativo envolvimento com Cuba , tanto por parte de agências inter-governamentais como por ONGs independentes. Este descreve os pápeis de organizações financiadas pelo estado em manter os principais ganhos em termos de desenvolvimento alcançados nos útimos 30 anos. Este argumenta que as ONGs, que têm como objetivo promover a `democratização', precisam evitar cair em hipóteses simplistas e inapropriadas sobre a distinção entre Estado e `sociedade civil'.
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Este artigo sumariza temas identificados em um estudo, realizado para a Fundação HIVOS da Holanda e para a Divisão de Desenvolvimento do Ministério do Exterior Holandês, que inclui um trabalho de campo de 45 ONGs ambientalistas em sete países africanos. Este criou um arquivo institucional para auxiliar nas estratégias de ajuda das agências que comissionaram a pesquisa, e forma uma base de análise sobre alguns assuntos gerais, referentes ao papel e ao comportamento dos vários tipos de ONGs.
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Em decorrência da diminuição das guerras na América Central, a região está passando por extensas mudanças em sua economia e no papel do Estado,particularmente no crescimento do parque industrial e pela redução do setor público. Entretanto, a pobreza tem aumentado e está associada com os altos indíces de violência e de delinquência, assim como está associada com a diminuição das reservas alimentares. O desafio que as forças sociais da região têm que enfrentar, assim como as ONGs tal como a Oxfam, é o de desenvolver uma alternativa auto-sustentável, enquanto que responder, também, as necessidades do presente.
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An aid programme's potential contribution to social development is increased if those designing and administering it are informed about the social context in which aid is provided. A key factor in the British government's aid programme is the Overseas Development Association's (ODA's) understanding of social development. The author gives her views on ODA policy and basic questions that should be asked when undertaking a social-impact analysis of a proposed aid activity, including questions around issues of participation.
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The World Bank's reliance on market forces when trying to achieve economic growth produces problems when implementing the Bank's strategies. The author puts forward his view that poverty should not merely be defined in terms of income, and that the struggle against poverty should respect the culture and views of the poor themselves, building into programmes the flexibility to respond to their views and enhance their political influence.
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The World Bank and International Monetary Fund (IMF) believe that the increase in poverty as a result of Structural Adjustment Programmes (SAPs) is a short-term consequence and that the benefits of SAPs filter down, in the longer term, to the least privileged members of society. Emergency Social Funds (ESFs) are designed to protect vulnerable people from the worst of this impact. ESFs try to ensure income through infrastructural and income-generating schemes, as well as feeding and nutrition programmes. The author criticises the use of ESFs as temporary safety nets, and discusses the role of NGOs in the ESF system.
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The use of the `development limited liability company' (LLC) is expanding. There are important differences between the broad social goals of development and the narrow economic ones of the LLC: they are concerned with people and profit respectively. The author discusses the problems likely to arise when NGOs attempt to use LLCs directly, as part of their administrative or funding arrangements.
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`Social integration' is one of the three main agenda items for the World Summit for Social Development (to be held in Copenhagen, March 1995), as identified by the General Assembly of the United Nations. This term is ambiguous and can be understood in a variety of ways, not all of which are equally useful. The author describes trends of social integration, encompassing issues around globalisation and insecurity, marginalisation and identity, and democracy, representation, and accountability.
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Este artigo pesquisa sobre as publicações de rua (street publications) que fazem parte da Rede Internacional de Publicações de Rua (International Network of Street Papers). As Publicações de Rua podem empoderar os sem-teto por meio de vários esforços que podem levar à mudança social. O empoderamento pode ser alcançado através da contratação de emprego, como por exemplo como vendedor de revista e/ou como funcionários em empresas socialmente orientadas. Isto pode ocorrer também através da recuperação da auto-estima e obtenção de conhecimento e habilidades por meio de cursos de treinamento, terapia de reabilitação e outros esforços como a universidade dos sem-teto. O empoderamento também ocorre quando se dá “voz aos que não têm vozes”, permitindo aos sem-teto publicar suas experiências, ideias e opiniões nas revistas de rua. O empoderamento coletivo ocorre através da criação de redes locais em solidariedade com as revistas e desenvolvimento de uma comunidade internacional de pessoas sem-teto que fortalece esses esforços e incentiva as atividades de mudança social.
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What are the implications for NGOs of the increasingly unpredictable environment in which they work? This article highlights lessons from the natural sciences and from private-sector management. If development is about the process of change, then we need a more refined analysis of what change is. Food crises and conflicts are about struggles over power and rights and are, therefore, but moments in continuing processes of change. Strategic intervention demands an understanding of such change if it is to trigger wider transformations. It also demands a different style of management and an increased degree of collaboration with other agencies.
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This article reports on the findings of the International Study of Spontaneous Voluntary Repatriation, begun by the authors in 1986, and involving case studies on return to countries in Asia, Africa, and Latin America. It discusses the lack of recognition in both policy and practice of the pervasiveness of refugee-induced repatriation, and of repatriation during conflict; and offers new assumptions regarding the pattern and process of contemporary repatriation and of refugee decision-making. Lastly, it examines some repatriation issues for the 1990s: fragile peace and tenuous security; protection of the voluntary nature of return; dealing with non-recognised entities; and post-return assistance, particularly the need to focus on rehabilitation before development and to provide refugee-centred aid.
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The last few years have seen a major rethinking of some of the hallowed assumptions of range ecology and range-management practice. The usefulness of terms such as 'vegetation succession', 'carrying capacity', and 'desertification' is being reassessed, particularly for the dry rangelands which are dominated by highly variable rainfall and episodic, chance events such as drought. This article examines the management and policy implications of this thinking for pastoral development in dryland areas. It briefly examines the consequences of environmental variability for pastoral development planning, range and fodder management, drought responses, livestock marketing, resource tenure, institutional development, and pastoral administration. By offering new directions for development workers, researchers, and policy planners, the article illustrates, in practical terms, a future for pastoral development in dryland Africa that recognises both the importance of pastoral livelihoods and the significance of environmental variability.
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It can be argued that immigration restrictions constitute a form of 'global apartheid', ensuring that poorer sections of world society are prevented, by legal and physical force, from sharing in the world's sum of riches. This article seeks to develop this theme, by arguing that immigration controls are based on dubious ethical and practical foundations, and that development NGOs should be willing, in their educational and advocacy work, to challenge their validity.
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In 1979, the Government of Norway pledged financial support to launch an Integrated Rural Development Programme in Hambantota, Sri Lanka, which aimed to increase income, employment and production as well as improvement of social conditions and living standards of the people in the area, with special emphasis on the poorest groups. The process involved data collection, establishment of target groups, definition of the problem, project identification, project formulation and project implementation. Staff attempted to involve local people in all these stages. The projects fell into three categories: community social development; individual social development; and income/employment generation. Local-level participation helped the project staff to identify the problems and real needs of the people and to formulate appropriate projects. This helped certain socially deprived groups to highlight their needs. Social development projects benefited the people most. But they did not contribute directly to alleviating poverty through income-generation, because such work was done with voluntary labour. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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This article is based on research commissioned by Save the Children Fund (SCF) into five family-tracing programmes in five African countries. The author describes the stages involved in tracing the families of children, and highlights the efforts that must be made at each stage to ensure the interests of each child are paramount, and are being considered on an individual, case-by-case basis. This article also appears in Development in States of War.
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The article consists of a consensus document, The Rio Statement, produced at `Reproductive Health and Justice: International Women's Health Conference for Cairo `94'. This conference was held in Rio de Janeiro in January 1994, in preparation for the International Conference on Population and Development (ICPD) to be held in Cairo in September of the same year.
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The 1994 World University Service annual conference, held at the London School of Economics in March 1994, discussed the role of northern NGOs in the processes of democratisation and reconstruction in developing societies. The participants considered the function of NGOs as advocates of policy (something the opening speaker, Lynda Chalker, then British Minister for Overseas Development, failed to recognise), and the importance of gender in human rights abuse issues.
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Peter Coleridge discusses issues raised by Brian O'Toole and Geraldine Maison-Halls ([12]Development in Practice 4(1)) outlining the use of community-based rehabilitation (CBR) in providing services to disabled people in low-income countries. The author outlines his own experiences researching the use of CBR, consisting of interviews with disabled people living in various circumstances and ranging from leaders of disability movements to mothers of children with mental impairments, in Zimbabwe, Zanzibar, India, Lebanon and the Occupied Palestinian Territories. Jonathon Benthall also replies to criticism of his book Disasters, Relief and the Media.
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No sul da África, uma grande seca ocorrida durante 1992-3 trouxe conseqüências devastadoras para as populações pobres da zona rural da região. O artigo descreve a abordagem não-convencional para a mitigação do desastre utilizada pela Oxfam na Zâmbia. Ela permitiu que pessoas localmente, com pouca experiência organizacional, estabelecessem um diálogo efetivo com oficiais de governo no país e lançou as fundações para atividades de desenvolvimento de mais longo prazo. O papel do lobby em nível local, assim como do trabalho de campanha em nível internacional, foi crucial. This article is freely available as a chapter in Development and Advocacy and in Development and Social Action.
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The annual international conference of the Catholic Institute for International Relations took place in London in December 1993, and was concerned with problems arising when countries emerge from experiencing gross human rights violations. The delegates agreed that the `right to truth' was central to human development and democracy, and that Truth Commissions had played a part in establishing this right. Development agencies should make this right central to their understanding of justice.
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While there is considerable documented experience of decentralisation of health services in rural areas of developing countries, the decentralisation of health services in the urban context is rarely analysed. Urban development literature usually fails to address health issues, while the literature on decentralisation of health services tends to ignore the urban sector. This article addresses the relationship between a Ministry of Health and a City Council and identifies key issues to consider in the decentralisation of urban health activities: roles and responsibilities; legislation; co-ordination and communication; and resource constraints. The case study from Maseru, Lesotho highlights aspects of planning which need to be considered by national and local governments which are trying to strengthen urban health activities by decentralisation.
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In many less developed countries (LDCs) that are undergoing economic adjustment the promotion of the agricultural sector is constrained by resource limitations that include finance, and human and institutional capacity. The inability of the state to provide essential agricultural services, for example, agricultural extension and research, leaves a void that could be filled by specialised organisations within the non-governmental sector (NGOs). NGOs as a whole need not fear the loss of other advantages but rather welcome the contracting out to specialist agencies of those activities that hitherto have been the domain of inefficient and ineffective government services.
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This paper develops issues raised in Hans Buwalda's article `Children of war in the Philippines'. It examines issues in training ethnic workers in areas of recent or on-going armed conflict, in mental health work. It explores the possibilities of combining Western therapeutic techniques with the local and culturally appropriate ways of working. It stresses the need to acknowledge and address the emotional impact of the work and participants' own concerns, and discusses the kind of support workers need. It looks at teaching methods and course content, with a view to creating a safe atmosphere and an interesting programme, taking into account cultural considerations. Finally it suggests ways of developing models of training for the future. This article also appears in the Development in Practice Reader Development for Health.
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Land distribution in South Africa has always favoured white farmers. This article examines lessons from the history of land reform policies in Brazil, Bolivia and Chile, looking at problems of rural poverty, landlessness and dispossession. Political developments in South Africa may limit the scope for land reform. In October 1993, the World Bank presented its first main proposal for land reform in South Africa, in which it is advocated that the primary mechanism of land reform should be redistribution through the market with significant state support. The guiding principle of the Bank's proposal is political and economic liberalization, making agriculture more efficient through changes in pricing and marketing. Land reform is only one economic strategy to address the needs of the rural poor. If land distribution is not followed and supported by technical and financial support and services, the new owners or users might be unable to use the land effectively. The different categories of people that agrarian reform aims to benefit are also mentioned. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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In 1989, Save the Children Fund (UK) began an experimental project to plant mangroves along a coastal estuary in the Thach Ha district of Ha Tinh province in northern central Vietnam. It was designed and managed by the district forestry and water management officials and implemented through the commune People's Committees. This article looks at the project's goals, with environmental and production oriented views. Its sustainability is judged and the longer-term issues of sustainability, including financial support, ownership rights and enforcement of protection are also addressed. The project has been a basis for a sustainable model of environmental protection and income generation. There are both economic and general benefits, including: protection against salination of fields through flooding; a reduction in time spent on dyke repairs; increased potential for aquaculture in the area; protection against the wind for houses and boats; increased fishing activities; sale or use of seedlings; and increased availability of wood for fuel. It is hoped that this project will promote similar work in other parts of Vietnam. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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This article examines the Christian Service Committee (CSC) Agricultural Pilot Programme in Malawi, funded by Christian Aid (UK) and ICFID of Canada. It aims to address some of the constraints faced by the poorest farmers and to demonstrate to the government better ways of supporting the small-holder sector. Two key objectives were to demonstrate that the churches are effective channels for disseminating agricultural messages to farmers, in particular to poor women farmers, and to produce a simple but effective package of agricultural improvements which are appropriate and popular. Evaluation showed that working through church groups was an effective strategy with more women being reached than through the farmers' club system. In general, such a package needs to be viewed with caution as it is potentially a top-down approach. Its success here is attributed to the fact that it meets the pressing needs of poorer farmers in Malawi, allows attainable targets to be achieved, and that the development workers have built up real expertise and are respected by farmers. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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In real development, information can sometimes be more important than funding, but has to be accessible and appropriate for it to work. Field-level development can be frustrating and difficult; the mass of information may be overwhelming as well as limited in practical detail or real application. There is often a limited institutional memory and therefore a lack of history. This article seeks ways of dealing with the problem and examines information flows to the south and suggests that they should be traded rather than given as overseas aid. Ways of passing information to development workers are suggested. It is the responsibility of those working in development to promote change in the south and to organize flows of information in such a way that meets needs. Examples given include: co-publishing, creating a market for books, improving communication between development workers and use of non-print media. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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Institutional care for children separated from their family (for whatever reason) continues to be the first choice of governments of developing countries. The long-term consequences of institutionalisation can be severe and in 1991, Save the Children Fund (UK) (SCFUK) initiated a research programme to examine the experience SCF and its partners have had of working with such children throughout Africa and Asia. The author cautiously advocates adoption, where possible, as a viable alternative to residential care.
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Political armed conflict has important ramifications in the lives of children as individuals and in terms of social development more generally. However, the emotional problems faced by children during and after war or political violence are rarely considered in development literature and practice. This article recounts the experience of working with severely traumatised children in the Philippines, using the methods of Creative Process Therapy. The report shows how a Western therapeutic model was successfully modified for application in a Filipino children's rehabilitation centre and suggests that this experience offers possibilities for appropriate replication in other settings.
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This article discusses the difficulties of reaching relatively poor populations with labour saving technologies. Taking the case of milling and dehulling technologies in Senegal and The Gambia, it presents a simple analytic model that helps to explain why the vast majority of these labour saving machines are under-utilised in rural areas. Though donors continue to widely support such projects, in few cases do they provide significant benefits to the broad population in the short term, and neither are they sustainable in the longer term. The key constraint is the lack of effective demand due to rural women's limited income-generating opportunities. In the time saved using a machine to dehull or mill their coarse grains, they are unable to earn enough money even to pay the fees to use the machine, much less to gain a surplus.
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This article examines the challenge facing the rehabilitation of disabled persons, particularly children, as we approach the end of the twentieth century. The potential of a community-based model of rehabilitation is considered in the light of experience gained in five districts of Guyana. Rehabilitation is conceived as part of a wider perspective on community development, in which rural people take on key roles in the process.
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In 1981, Nicaragua was awarded UNESCO's Nadezhda K Krupskaya prize in recognition of the success of the 1980 National Literacy Crusade (CNA) through which, it was claimed, three quarters of the country's illiterate had been taught to read and write. This article reports the follow-up of several hundred female CNA graduates. It finds that, a decade later, a significant proportion of them are no longer able to read or write; and that of those who can, many had previously attended formal schooling as a child for several years. An assessment of national census and survey figures suggests that about 9 percent of the population became literate solely as a consequence of Nicaragua's ambitious adult education interventions in the l980s. Other benefits, such as its impact on child health and survival, have yet to be quantified.
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This article discusses the intermediaries between donor and beneficiary; the southern NGOs and other groups and institutions who are the recipients of grants and who carry responsibility for delivering the project to the intended population. The role of southern NGOs has changed, and so has the northern donor context; thus agencies like Oxfam have to reconcile pressures and priorities in which southern partners' interests figure less prominently than before. The article proves the value of partners, also to challenge donors to demonstrate that they are adding as much value as possible in the donor/intermediary/beneficiary relationship. It is suggested that the principal contribution of donors such as Oxfam should be in more imaginative use of their comparative advantages. Northern funding for NGO partners is much affected by the way in which Southern NGOs vary, according to their many different national contexts and histories. In the 1990s, northern development NGO donors are moving away from some of the assumptions of development practice in the last two decades. This has led to questioning of relationships with southern NGOs and to re-examination of the comparative advantages and distinctive contributions of different donors. This article also appears in the Development in Practice Reader Development and Patronage. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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From December 1987 to January 1988, a team of medical personnel from the Korle-Bu teaching hospital undertook an epidemiological study in the Krobo district to study the efficiency and potency of a Korean and Zairean herbal preparation. Findings showed that: more people with HIV/AIDS remained undetected in their homes than the number who reported in the hospitals; the disease was recognized as one for those who traveled outside the country; some related HIV infection to evil spirits; and certain hospitals were afraid of being labeled as having AIDS in the hospitals. Community, church and NGO involvement in case-identification, mobilization, education, treatment and support was stressed. St. Martins clinic at Agomanya took in many of the HIV/AIDS sufferers in the area. The clinic tried to involve the community in the education and support of sufferers, to provide home-based nursing care, counseling services, social and pastoral support and provide income-generating activities for young people in the area. The services provided were: outpatient care; home care; pastoral care and social services. The programme was evaluated to judge whether the needs of the community and patients were met by the services provided and to draw lessons for the future. Between 1988 and 1991, there was an increase in the number of people living with HIV/AIDS and receiving home-based care. Some recommendations were put forward, including: the importance of political involvement to support in the areas of personnel, finance and material from the national, regional and district levels; employment opportunities for young people in rural areas; and educational programmes on HIV/AIDS in existing activities. It is also suggested that churches and Christian families should play a leading role in promoting sex education and moral values. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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Cooperatives in general are considered to be in crisis, dominated by self-centered and short-sighted outsiders seeking power. The Primary Agricultural Cooperatives (PACs) in India, which were considered to be the nucleus of rural life, have lost their values and character and appear to have nothing to do with the people whom they were intended to benefit. This is due to: the PACs' failure to recycle credit effectively; their failure to become self-supporting; and intervention and interference in the form of State partnership. The three factors are closely interrelated. The failure to recycle funds results in excessive dependence or loss of self-reliance, leading to a gradual increase in State intervention. Members become isolated from their own organisations. This paper looks at PACs in India and whether financial intervention through state partnership and questions whether it could solve the problems of PACs. The concept of Participatory Rural Appraisal (PRA) is examined and suggested as a possible approach to sort out the problems of PACs. PRA may be appropriate for revitalising primary agricultural credit co-operatives. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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A maioria das ONGs de desenvolvimento do Reino Unido engaja-se no trabalho de advocacy em nível internacional na tentativa de reduzir as limitações impostas ao desenvolvimento de base pela economia global e pelas ações de agências de ajuda oficiais. Desta maneira, seu resultado até agora tem sido decepcionante e esse artigo explora algumas das razões que estão por trás do insucesso das ONGs em utilizar seu potencial nessa área. Quatro falhas estratégicas são identificadas: ausência de uma estratégia clara em geral, insucesso em estabelecer alianças fortes, insucesso em desenvolver alternativas às ortodoxias atuais e o dilema das relações com doadores. Cada falha é analisada com referência a exemplos práticos e conclusões pertinentes são tiradas. This article is freely available as a chapter in Development and Advocacy.
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Two debates dominated the WCHR: whether human rights are universal or can be culture-specific, and whether respect for human rights is a factor in economic development. The author concentrates particularly on Oxfam's contribution to the Conference, organising two workshops about economic and social rights. The Conference was a qualified success, the final document taking forward some crucial issues, most notably recognising the importance of gender in human rights abuses.
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The author discusses issues about the role of NGOs and their relations with the state and the community. The term NGO does not help us to distinguish between grassroots groups, intermediary organisations, and international organisations and the author feels such distinctions would be useful. Claims are currently being made about the potential of NGOs to bring about social change, and focus is often placed on NGOs as if they all have a common role and common characteristics. The author advocates development `from below', and argues that the real development challenge is more about building sustainable processes than about influencing international policy. This article also appears in the Development in Practice Reader Development and Patronage.
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Empowerment of poor people is the declared aim of many NGOs and official development agencies. However, the failure to recognise the culture of poor people, and to use their own forms of organisation as a point of departure, means that many such programmes are in fact counter-productive. NGOs which wish to support people's empowerment need to demonstrate their faith in poor people by respecting and supporting their own decisions.
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A visit to a number of small enterprise and income generation projects supported under the ODA's Joint Funding Scheme in Zimbabwe and Kenya has raised a series of key points which have wider implications for practitioners and donors. The paper discusses each point and makes nine `recommendations' for NGOs and donors who support them. While the general benefits of NGOs - such as their relatively low cost, ability to reach the poor and innovativeness - is affirmed, the challenge facing NGOs is to progress further from this base. In particular, the paper argues that NGOs need to develop more business-like operations, focusing on the most practicable forms of enterprise structure but without losing their priority of seeking to benefit the poor and other disadvantaged groups. Technology-orientated projects need to ensure that they concentrate on the application of technology in a market context rather than its development per se. NGOs with donors need also to strive for a realistic definition of sustainability, to work towards a more credible project planning process and to be aware of the dangers of very visible and expensive investment in project transport undermining NGOs' efficiency.
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There was a split between North and South over environmental issues at the 1992 Earth Summit. A similar rift may re-emerge as British ODA opens management of its training programmes to competition in 1993. Emerging environmental training institutions in Asia have the advantages of similar environments, relevance and lower costs. As these increasingly realise that ODA funding for third country training is not tied to British Universities, they will compete with UK training institutions. The existing one way student traffic to UK institutions can benefit from competition. Modern information communication systems now allow training networks to interlink among institutions in both the North and the South. The UNCED commitment to increased training on environmental issues provides an opportunity for a major new environmental training project managed by an independent academic - development institute or NGO.
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The author gives a personal view describing the inequalities inherent in current global socio-economic and political arrangements. He identifies training, employment and allocation of development funds as issues fostering inequality between North and South, and discusses prospects for the future of their relationship. This article also appears in the Development in Practice Reader Development and Patronage.
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The MOC (Movement for Community Organisation) is an advisory centre for community organisations in the Feira de Santana region of north-east Brazil. Oxfam (UK and Ireland) has provided funds towards their work since 1972, and in 1990/91 commissioned a Brazilian institution to conduct an evaluation. This Note describes how it felt to be evaluated, and suggests lessons to be learned for all those involved in an evaluation process, which the MOC felt should involve greater mutual understanding between evaluators and those they evaluate, especially when agreeing assessment methodologies and objectives. This article also appears in the Development in Practice Reader Development and Patronage.
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The Institute of Rural Management at Anand (IRMA) in Gujarat, India, convened a workshop in April 1993 involving social scientists, environmentalists and gender experts, from India and the UK. Discussions centred on the application of gender analysis to the relationship between women, men, and the environment, and its implications for development and environment practice. Participants felt that NGOs working on gender-aware development must first analyse their own internal structures.
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The Annual General Assembly of Women in Development Europe (WIDE) took place in Madrid in March 1993. WIDE has members from 13 countries, mainly EC member states. The conference focused on `Women, Human Rights and Development' and the author briefly describes how the main speakers were concerned with the lack of international protection for the human rights of women, from the rise of fundamentalism in Magreb and wars in Eastern Europe through prostitution and trafficking in Asia.
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The first British conference to bring together practitioners and academics from both education and development fields was held in May 1993 at the University of Central Lancashire, England. Organised by Thorn Development Services, with support from Christian Aid, the conference explored what development education is, what its assumptions are, and what happens in other countries. Participants established that the primary need in the field was for greater communication and information-sharing between the various people practising and thinking about development education.
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As the development agenda becomes more and more led by the preoccupations of Southern non-government organisations (NGOs) it becomes increasingly crucial that good communications flows are encouraged and maintained between development practitioners. Project staff have frequently been the underclass of the development world, often isolated, left to execute decisions made by others, poorly serviced in terms of training and information and none more so than the women amongst them. Yet they are the very people on whom the implementation of good development practice rests. The Arid Lands Information Network (ALIN) was established in 1988 specifically to address some of the needs of this group. Using a number of methods, it has sought to encourage and facilitate the sharing of information and ideas between development workers at village/project level and to build confidence and provide a platform for their concerns and views. The ultimate aim is not to increase membership of the ALIN `club', but rather to foster the desire to communicate and share experience, and to take control of the process of networking.
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This paper makes the case that emergency relief programs to pastoral areas of Africa do little to relieve the fundamental effect of famine, which is destitution. It argues that traditional mechanisms of coping with drought are often disrupted by food aid programs especially Food-For-Work. Three case studies from Sudan and Kenya are used to support the argument. The paper concludes by making policy recommendations for emergency programs to be more effective in meeting the primary need of pastoralists following severe drought, which is to rebuild herds and therefore their livelihoods.
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Although Zambia's deteriorating macroeconomic situation has created a difficult environment for business, it also creates opportunities for the emergence of small- and micro-enterprises. Recent government policy reforms affecting these firms are discussed along with existing programs for credit, training, technical assistance, and common-site facilities/business incubators. The current programs are limited in scope relative to the potential demand and qualitative improvements are needed. Time-phased options for assisting small- and micro-enterprises are discussed.
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In September 1992, women's health advocates representing women's networks in Asia, Africa, Latin America, the Caribbean, the U.S. and Western Europe met to discuss how women's voices might best be heard during preparations for the 1994 Conference on Population and Development and in the conference itself. The group suggested that a strong positive statement from women around the world would make a unique contribution to reshaping the population agenda to better ensure reproductive health and rights. The group drafted a `Women's Declaration on Population Policies,' which was reviewed, modified and finalised by over 100 women's organisations across the globe. The Declaration calls for a fundamental revision in the design, structure and implementation of population policies, to foster the empowerment and well-being of all women. It lists minimum program requirements and ten ethical principles which should underpin population policies so that they are responsive to women's needs and rights.
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This paper looks at a project funded by the Intermediate Technology Development Group aimed at allowing more households in Western Kenya to have access to improved wood-burning stoves, while at the same time benefiting the women who produce them. The basic concept behind the project is to develop a commercial market for the stove. The paper looks at the difficulties facing the organizations involved in this venture, as the provision of stoves moves from a subsidized to a commercialized approach. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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Release of the Poor Through Education (ROPE) is a small development organization operating in a rural area of Tamil Nadu, Southern India. ROPE has chosen to focus and concentrate its efforts on upgrading the education, health and quality of life of the 5000 people resident in six small villages, as well as a nearby refugee village. This paper considers the rationale for the project, noting the central aim of using indigenous knowledge and skills to develop a self-reliant socioeconomic system. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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The author reports on a workshop on `Construction sans Bois' (woodless construction) jointly run by Development Workshop and IUCN (The World Conservation Union) and held in Agadez, northern Niger, in December 1991. After giving a brief history of these `Nubian' vault-and-dome architectural techniques, the author charts the growth in the use of woodless construction in the Sahel over the last 15 years. Unstabilised earth-brick buildings are relatively cheap and simple to construct, the skills, once learned, are easily replicated, and with increased local training there is this sustainable form of housing can continue to spread in usage in the region and elsewhere.
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In September 1992 a workshop was held in Oxford, bringing together activists, researchers and academics with the joint aims of sharing diverse perspectives on South Asia's population policies as well as revising a research proposal on all aspects of women's reproductive health. The most tangible outcome of the workshop was a proposal for a project addressing the question of how women are taking decisions about reproduction, and providing a forum designed to facilitate exchanges between activists, NGOs and academics.
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The author reports on a conference held in London, England in November 1992 as part of Global Partnership '92 which considered the alarming increase in forced migration. Participants argued that immigration controls do not tackle the causes of migration, and international law is inadequate, failing to satisfactorily distinguish between immigration and asylum issues. The particular concerns of economic migrants and guest workers are discussed. The majority of discussion was from the Western European perspective.
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Studies on resistance often overlook its gendered nature. This article looks at everyday resistance put up by village women against the Forest Department in Western India, within a historical context. It then examines recent attempts at organised resistance in the region. Analysing how both everyday resistance and marginalisation are connected to the gender-determined roles of women, the article argues that more conscious and deliberate efforts will have to be made if women are to organise for change. This article is freely available as a chapter in Development and Culture.
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The Nicaraguan National Union of Farmers and Ranchers (UNAG) in 1992, alongside local and international delegates, put together a document that was later called the Managua Declaration. The author highlights the general content of the declaration and the initial process proposed to gain international Cupertino for the agrarian model of development put forward in the document. The document endeavours to foster worldwide networks of farmers working to develop practical alternatives to neo-liberalism, from the perspective of both established farmers and the landless rural population.
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In September 1990 we became involved with the Centre for the Defence of the Child (CDM) in Brazil, with a view to participating in a survey into the lives of streetchildren that was being conducted by the group. The CDM is a branch of its parent organisation The Young Streetvendors' Association and takes on individual cases of streetchildren providing crisis management with social, psychological and legal support. It was decided to start a project of regularly taking a team of staff out of the building, onto the streets and into the areas where the streetchildren, were with the aim of providing a programme of support and self-esteem building, principally for the streetgirls. This project proved a success with the streetchildren and remains so following our departure from Brazil.
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As part of the global drive to achieve Universal Child Immunisation by l990 (UCI9O), Somalia launched a national immunisation programme for women and children. While access to it improved, actual demand for immunisation remained low. This paper reports the findings of a study to identify the factors influencing acceptance of immunisation in two Somali communities. A retrospective, qualitative approach was adopted to assess individual and community experience both with immunisation and with the immunisation programme. Data were derived from focus group discussions, informal interviews and observation. The research findings provided programme managers and health workers with information for redesigning both the overall approach of the immunisation programme; and the content and style of health messages.
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The article identifies some of the problems in information technology in developing countries, and is based on field research into the use of computers in health programmes in East Africa and Nepal. The visits were part of an ODA-funded project to design guidelines on the selection, use and maintenance of computers in a developing country. The article focuses on the current state of the technology, problems of selecting hardware and software, the training and retention of staff and access to information and support services. It suggests reasons for the current situation and offers some practical solutions.
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This paper examines the importance of culture and participation in development efforts. In this regard, it looks at the problems which have arisen as the result of those receiving aid, being regarded as objects rather than subjects with their own culture and behavioural patterns. The paper looks at why research into culture is important, and examines the relevance of participatory development. Abstract supplied by kind permission of CABI. This article is freely available as a chapter in Development and Culture.
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This paper introduces the PAEM, a programme working with Christian women in the rural parishes of Santa Barbara, Colon, Comayagua, Intibuca, and Lempira, all departments of Honduras. PAEM has a number of overall aims, which include to bringing together the women of each area as well as other less privileged women from nearby regions. The paper looks at PAEM's methodological contribution; women, communication and culture; challenges and perspectives; and the oral tradition and gender. This article also appears in the Development in Practice Reader Development and Social Diversity. Abstract supplied by kind permission of CABI.
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The ultimate objective of any AIDS/HIV intervention project is to reduce the spread of AIDS by promoting safer sexual behaviour. It is misleading to evaluate individual projects in terms of their success in achieving this because behavioural changes are influenced by a range of external factors. When measuring success, then, indicators should be carefully chosen to assess real changes in attitude; for example, measuring the likelihood that sex-workers make use of condoms, rather than simply monitoring the number of contraceptives distributed. This article also appears in the Development in Practice Reader Development for Health.
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The main purpose of extension work is to assist and encourage learning, and current thinking on the way adults learn suggests that the social context in which the learning takes place and the attitudes of the target group are as integral to their learning capacity as effective communication. The importance of learners' capacity for engagement with the subject matter, and the ability to draw out this capacity, should be more prominent when training extension workers.
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A conference of health-rights activists was held in Nicaragua in 1991, the theme of which was `Health Care in Societies in Transition'. The participants, in response to concerns that health care is being eroded by the widening gap between rich and poor, decided to launch the IPHC `to contribute to the fight for health and social justice'. The Council is an informal network of groups and movements committed to this goal.
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Dr Elizabeth Lira, Director of the Instituto Latinoamericano de Salud Mental y Derechos Humanos (the Latin American Institute for Mental Health and Human Rights) responds to articles by Linda Agerbak and Derek Summerfield, drawing on her extensive experience of working with the victims of trauma and political repression.
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Many NGOs around the world are moving beyond conventional project work with its emphasis on `doing' and are attempting to enhance their impact through `influencing'. There are four inter-connected approaches: project replication, grassroots mobilisation, influencing policy reform and international advocacy. Each of these calls for a more strategic relationship between NGOs and governments. For NGOs to move to an effective `influencing' mode requires new skills and a new relationship between Northern and Southern NGOs. The Technological Age, with its emphasis on physical projects, must give way to an Information Age whose `software' comprises access to official information, decision makers and networks; and to skills in communication, lobbying and research. Northern NGOs must be aware that these requirements are becoming more important to their Southern counterparts than funds. If they do not, they will find their relationships will become out-dated, and their erstwhile counterparts will seek new, more appropriate allies - for example, amongst pressure groups in the North.
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Population-control programmes can violate basic human rights and be a form of violence against women. The author presents her views on family planning as a form of social control arising from a neo-Malthusian world view which blames poverty and environmental degradation on population growth while obscuring the real causes: the increasing control of economic, political and environmental resources by a growing international elite. This article also appears in the Development in Practice Reader Development for Health.
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This article examines the growth in relations that have occurred between Multilateral Agencies and Non-Governmental Organisations during the past decade. It identifies three substantive debates in the MLAs on participatory development, value for money and the role of the public sector in social service delivery that have served to promote greater interest in NGOs for efficiency reasons. The article reviews the experience of NGOs in the Bolivian Emergency Social Fund and the first attempt to create a Social Investment Fund in Guatemala. It concludes by identifying some of the obstacles that prevent the full integration of NGOs into MLA projects, even when good will exists to do so.
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This article is written from the perspective of a health activist engaged in research on women's health. It lays out a methodological framework for studying issues concerning women's health, and goes on to describe a range of tools for collection of qualitative and quantitative information from the field. The article ends with a call for activist involvement in research to generate information that genuinely reflects women's needs and concerns, and could facilitate women's informed involvement in changing the circumstances that contribute to their poor health status. This article also appears in the Development in Practice Reader Development for Health.
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The implementation of health programmes by external health professionals (`givers') in disadvantaged communities (`receivers') faces a variety of interactional barriers, some of which can be appreciated within the framework of the doctor-patient relationship. This paper identifies the problems of cultural dissonance, unrealistic expectations, hostility, and non-Cupertino that sometimes arise within the giver-receiver relationship and outlines strategies to deal with them. The recognition and resolution of these issues are important to ensure the success of health programmes.
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Literacy gives people a framework for critical thinking and informed action. A number of peasant farmers' organisations have developed in the wake of economic restructuring in Honduras, Central America. The authors describe and assess the Literacy Programme of the National Office of Agricultural Workers (Central Nacional de Trabajadores del Campo, CNTC), which aims to provide farmers with the tools to have a say in their own futures in the changing social and economic climate of the country.
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The UN Conference on Environment and Development (UNCED) took place in Rio de Janeiro in June 1992. This report covers the main areas of international agreement and also discusses what was not achieved, from the point of view of development NGOs in attendance. There was evidence, among the 107 heads of State and Government present, of increased concern and awareness of the links between the environment and development. Failures to agree on certain issues were treated optimistically by participants since it was felt the `road from Rio' - what happens next - is what is important.
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The author reports on a conference organised by Intermediate Technology and The New Economics Foundation held in London, England in April 1992. The conference was convened in response to concerns over the decrease in worldwide biodiversity, to examine the threat to food security and develop strategies for NGOs to contribute to solutions. Participants were primarily concerned with trade, from the perspective of international politics and at the community level.
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Outside Europe and North America, the Caribbean region has the highest percentage of elderly people in its population, yet few policy makers there cater for the elderly in their development strategies. In February 1992, HelpAge International's Caribbean Regional Office and the Barbados National Council on Ageing convened a workshop on ageing and development. The author highlights the recommendations resulting from the workshop, oriented towards enabling older people to continue to be productive members of society.
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The 1992 International Workshop on the Evaluation of Social Development took place in Amersfoorst, the Netherlands. Representatives from international NGOs, academics, and planners sought clearer guidelines on methods NGOs can use to evaluate programmes and their impact. The first half of the workshop was based on case-studies, the second on drawing up guidelines based upon these concrete experiences. Customised methods of evaluation are needed for development NGOs to ensure the interests of the organisations, their `clients' and their donors are all considered.
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Despite their increasing numbers and size, the impact of NGO activity on development is usually localised and often transitory. In consequence, NGOs need to analyse the strategies by which they may be able to `scale up' their contribution to development. This article summarises the proceedings of a recent Workshop at the University of Manchester which explored such strategies through a large number of case studies. While it is not feasible to produce prescriptions from these materials a number of lessons and key issues can be identified and are highlighted in the paper. This article is freely available as a chapter in Development NGOs and Civil Society.
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This paper describes the evolution of WaterAid's programme of work in Nepal, based on the author's experiences while working as WaterAid's Representative Engineer in Nepal from January 1987 to April 1991. It examines how WaterAid's philosophy of working in partnership with local organisations was actually put into practice. Various problems and constraints are identified and discussed, and certain points are highlighted which may be of general interest to other external support agencies working in similar ways in other countries and sectors. The overall conclusion is that this programme represents a viable methodology for an international NGO to achieve useful results in supporting local NGOs working in development.
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The Peace Agreement signed between the Government and FMLN guerrillas in El Salvador marks the end of a decade of civil war. As both sides of the conflict and the international donor community begin to add up the costs of reconstruction, the human, social, and psychological costs are carried mainly by the poor of El Salvador. Social organisations and NGOs who became strategists of survival today face the challenge of transforming their accumulated experience into alternative proposals for the building of a more just society and a prosperous nation. This article explores the practical complexities of transition from war to peace; and from emergency aid to sustainable development based on the participation of communities, social organisations, NGOs and international agencies and building on their experience.
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This article describes the need for non-governmental development organisations (NGDOs) to examine and so enhance their role if they are to take an active part in the shaping of a structurally different society - a silent revolution. It is argued that mainstream NGDOs belong to a broader alternative movement (see Appendix) which is involved in the search for equitable and sustainable forms of social organisation. In understanding development as a process of empowerment, NGDOs are bound to encounter both internal and external resistance. However, to be effective and to have credibility, it is argued that Northern NGDOs must challenge inequality in their own societies as well as internationally and through the work they support in developing countries.
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The work of international non-profit-making NGOs challenges them to adopt a decentralised structure. We know little, however, about how this decentralisation is organised, and even less about its impacts on NGO performance. Based on studies southern Africa, this article identifies the gains and loses associated with the choice to decentralise. It goes on to pose questions about decentralisation as a critical variable for the organisational design of NGOs which need to be answered by more systematic comparative study.
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These Notes provide a brief report of the early stages of a project providing open and distance training to people working with children in residential-care institutions; the Child Care Open Learning Programme in Uganda, developed by the Ministry of Labour and Social Welfare and Save the Children Fund (UK). The author discusses the outcomes and lessons learned. The Programme demonstrates that distance learning can be a cost-effective way of building skills among those traditionally disadvantaged in this respect, and hence improve child-care.
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In the Dindigul district of Tamil Nadir, southern India, the number of leather tanneries is increasing. Effluent from existing tanneries has polluted water supplies used for agriculture and drinking, contributing to drought, crop failure, and illness and birthing problems in the local population. The author argues that no more licences should be granted for new tanneries, and that those already running be forced to adhere to pollution-control regulations. This article also appears in the Development in Practice Reader Development and Patronage.
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It is now two years since the Government of President Fernando Collor de Mello took office in Brazil. This article assesses its effectiveness in implementing its environmental policies and resolving social conflicts in the Amazon in the run-up to the United Nations Conference on the Environment and Development. It examines some of the political and economic problems which have beset the new environmental programme, and gives an account of the response of Brazilian NGOs to some of the Government's main initiatives.
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A growing debate about gender and the environment highlights women's roles in the use and management of natural resources, opening up important opportunities for development analysis and action. But there are traps in conceiving of women's roles in relation to the environment in a partial, narrow or static way; of isolating them from men's roles; and of assuming a close link between women and `nature'. An alternative approach examines dynamic gender-differentiated activities, rights and responsibilities in the processes of natural resource management. A case study from the Gola forest, Sierra Leone shows how this can assist aspects of both sustainability and equity in the design of projects concerned with the environment.
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Evaluation is now recognised as an essential component in planning and implementing projects, and is one important means by which recipients can participate in the design process. In Vietnam, the liberalisation of the economic and social life of the country in the last few years has allowed Oxfam the scope to consider long-term development plans. As a first stage, a review was undertaken of the impact of an Oxfam project on the community, paying particular attention to the situation of women. Parts of the findings are explored in this paper to show that one infrastructural input, in this case a pumping station, will have a broad range of consequences for the community concerned. Contrary to expectations, increased production is tending to encourage co-operation between men and women, out of shared interest in strengthening the stability of the household, now recognised, in place of the collective, as the prime economic unit in Vietnam.
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Mozambique during the 1980s and 1990s has provided a challenging context for non-governmental organisations seeking to collaborate with its government in national development. One British NGO, Save the Children Fund, has set out to work in partnership with the government on a range of programmes at central level and in Zambezia province. Longer-term and emergency inputs form part of a conscious strategy aimed at securing sustainability. Institutional and practical constraints however make the achievement of this goal difficult, particularly in relief and rehabilitation projects. Changes in donor policies and in the Mozamibican government's own evolving political priorities make it imperative to review this strategy on a regular basis. Lessons are drawn from Save the Children Fund's practical experience of development in Mozambique during the last eight years.
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The Fundacion El Taller organised a third Think Tank in November 1991, held in a village near Santiago, Chile, and attended by representatives of over 50 development NGOs from around the globe. It was agreed that NGOs should maintain their autonomy from governments but work closely with civil society to best further NGOs' aims. Strong South-South dialogue is vital, and North-South relations should be founded on equality in the process of development.
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The author reports on the Latin America and Caribbean Women and Health Network of Isis International's working meeting in October 1991, held in Santiago, Chile. The meeting produced guidelines for the women's health movement on abortion, AIDS, teenage pregnancy, birth planning, and population policies.
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A brief report of a conference held in Kenya in July 1991 bringing together specialists from a UNRISD research programme examining the national and regional implications of deforestation for the livelihood and living conditions of the poor in rural and urban areas. The preliminary findings include identifying the major role that public policies have played in the deforestation, the way weaker sections of the population have been disproportionately affected, and how official measures to rectify the spiralling situation have been inadequate.
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During the 1980s, armed conflict devastated an increasing number of the world's poorest countries. NGOs engaged in relief and development were hard-pressed to determine their most effective response to situations where normal development became meaningless, and yet short-term projects failed to deal with these `permanent emergencies'. This article describes the nature of these conflicts, their impact on the poor, and the evolution of NGO programmes in response. It explains why some NGOs have attempted to do development in the face of on-going violence, sometimes employing risky strategies and desperate measures. It argues the need for NGOs to play a part in building a civil society which can help break the cycle of violence.
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In current armed conflicts around the world, over 90 per cent of casualties are civilians. This article reviews medical and anthropological evidence of the psychosocial effects of extreme experiences such as torture, mutilation, rape, and the violent displacement of communities. The consequences for women and children are considered in particular. The author argues that the social development programmes of NGOs should be extended to support social networks and institutions in areas of conflict, and ends by giving guidelines for mental health promoters working in traumatised communities. This article also appears in the Development in Practice Reader Development for Health.
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Relief and rehabilitation work in Mozambique: institutional capacity and NGOs executional strategiesThe nature of the Mozambique `emergency' and its institutional context pose a significant challenge to NGO aid strategies, as these organisations seek to reconcile objectives of short-term effectiveness and accountability with goals of long-term capacity-building and sustainability. The increasing emphasis on the former within the Zambezia Province Emergency Programme may be prejudicing the government's capacity to stimulate economic and social rehabilitation once the Emergency Programme aid declines. Many NGOs working within the Province have shifted from a strategy of executing relief and rehabilitation programmes through existing institutional channels to one which relies heavily on the development of their own parallel structures. The shift has been motivated by the perceived weak executional capacity of the government institutions; however, it is unclear whether the modest gains in aid effectiveness and efficiency offset the lost opportunities for institutional change and learning necessary for programme sustainability and for the longer-term rehabilitation of the economic and social infrastructure in the province.
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Several decades of development experience have yielded a wealth of findings about the key assumptions, procedures, and practices by which women have been marginalised in development planning. The value of these insights lies not only in highlighting flawed planning procedures, but also in helping to formulate alternative frameworks for thinking about development. This article discusses ways in which such findings can be used in gender-awareness training for development practitioners, and sketches out the main elements of an analytical framework for reconceptualising development from a gender perspective.
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These Notes are based on research carried out as part of a World Bank/World Food Programme study into food aid in Sub-Saharan Africa. The authors use economic analyses to establish a framework for considering the cost-effectiveness of food aid compared to financial aid, and they apply this framework to the Wollaita food aid project. Food aid is shown to be less cost-effective than financial aid if the cost/benefit analysis is confined to monetary considerations. Problems arise when trying to quantify other variables that may affect the analysis, for example nutritional costs/benefits and increased/decreased production (the Wolliata project is a food-for-work (FFW) scheme).
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The author describes two income-generation weaving projects, in Thailand and in Indonesia, both of which have had involvement with Oxfam Trading. She attributes the success of the former to sound marketing, confirming demand for reasonably priced quality products. The Indonesian project has failed primarily due to a lack of investigation of potential commercial markets.
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In English only
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Famine is clearly and undeniably a terrible wrong, and famine is preventable. The occurrence of famine is an indictment of the ethics of the country in which it has occurred. Despite this, those claiming to represent ethical concerns in general and human rights in particular have had little impact on either understanding famine or dealing with it. This paper is an attempt to develop an agenda whereby human rights concerns can be brought to bear on the problem of famine.
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The purpose of this paper is to review the experience of social action groups in the Indian sub-continent over the past fifteen years or so. There are tensions between their stated objectives and their actual practice, and conflicts arising from their role in the political sphere. The author considers the practical problems and some philosophical and conceptual issues arising from these tensions, and concludes with some recommendations for non-governmental funding agencies.
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Private development organisations have emerged rapidly and forcefully in Peru, amid a turbulent national context of change and acute social and economic instability over the last two decades. While no official statistics exist on the number of such organisations (there is no single entity that oversees or registers their activity), independent studies and surveys indicate that almost 350 groups of diverse objectives and coverage, and currently operating throughout the country. The forces and influences that have shaped this sector are complex, and this article does not attempt to address each individually. Rather, it focuses on those deemed most relevant: the factors that have left their mark on the sector of private development institutions as a whole.
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Drought-induced inflation of cereal prices and the consequent turning of the terms of trade against livestock upset existing exchange entitlements and contributed to higher than normal mortality rates among the rural Beja population in Red Sea Province in the early to mid-1980s. The Beja are agropastoralists who raise goats and sheep, and sow some sorghum. Their staples of consumption are goat milk and a prepared dish made with sorghum called asayda. They do not grow enough sorghum for household consumption, but they sell male goats in local markets in order to purchase sorghum. They also engage in a variety of minor activities to generate income for the purchase of sorghum. In this article, data from two markets on cereal and livestock prices for the years 1980 to 1989 are examined. The objectives of the study were to examine market performance, especially that associated with drought and famine in the mid-1980s in Red Sea Province, and to examine how the inflationary period from 1988 to 1990 differed or resembled the early to mid-1980s.
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The author describes the work of PIRATTES (Projet Intégré´de Recherches sur l'Améioration des Techniques Traditionelles d'Extraction de Sel), a project jointly directed by the Co-operative of Salt Producers in Guande (France), the Scientific And Technological Centre (Benin), and the French Volunteer Association (AFVP). The project, linking communities involved in salt-production in the North and the South, introduced new processes to Benin to avoid the major ecological and workers' health problems caused by traditional processes. Two years into the project, and it has expanded. The results obtained are encouraging, though marred slightly by the continued use of artificial materials.
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In November 1990 the South-North International Conference on Linking For Development was held in Bulawayo, Zimbabwe, involving 100 participants from local authorities and NGOs from 21 countries. The representatives unanimously agreed on an Appeal, `From Dependency To Justice', and insisted on greater initiative from agencies and authorities in the South. The conference identified four priorities for future linking initiatives: development education, training, mutual development Cupertino, and working for change.
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In English only
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The number of NGOs involved in development in the North and the South has increased dramatically over the last ten years, provoking calls for new partnerships between them. But Southern NGOs have often been disadvantaged in the search for true NGO partnerships, because they know too little about their Northern counterparts. This article therefore describes some important features of Northern NGOs. It then goes on to identify critical issues involved in negotiating partnerships with them. Finally, the need for equitable NGO partnerships is considered in the broader context of strengthening the third sector in civil society.
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This article examines a UNICEF/Ministry of Health primary health care programme in Ecuador from a community perspective. It contributes to the debate concerning the way in which the relative `success' or `failure' of participatory projects is measured. It argues for evaluators to distinguish between the perceptions of the different actors involved, and to extend their enquiries beyond the actual lifespan of the project. It also provides lessons for the future by discussing the contribution the technical projects can make to capacity building and the empowerment of community-level organisations.
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Pastoralism in Sudan has produced complex and varied livestock management systems, finely adapted to local environmental conditions. The isolation of pastoral communities has made it difficult for development agencies to form working relationships with them, and mistakes have been made when donors attempted to introduce unsuitable breeds and crops. The author advocates post-drought restocking with camels because of their high tolerance of drought and low susceptibility to disease, and with goats, which are not labour-intensive and reproduce at a fast rate. This article traces the social consequences of evicting pastoralists from range lands to make ways for cash crops like cotton, and the environmental consequences of overgrazing. It describes Oxfam's programme of rehabilitation among pastoralists, with its emphasis on the use of locally-trained para-vets, and community participation in the management of animal health services.
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How is primary health care (PHC) to be funded in a climate of economic recession? The authors survey the financial implications of the Alma Ata Declaration of 1978 and the Bamako Initiative of 1987. They draw on a survey of over 100 Oxfam-funded health projects to assess four methods of PHC funding and their impact on the poorest users: charges for treatment, revolving drugs funds, personal insurance schemes, and income-generating projects. This article also appears in the Development in Practice Reader Development for Health.
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The author provides an overview of a seminar on the promotion of small enterprises, organised by the Aga Khan Foundation (UK). Representatives from official agencies, the private sector and NGOs discussed barriers to NGOs working effectively in this sector, and how these can be overcome, as well as best practice in the provision of credit and technical assistance, and the potential support role of other public and private institutions.
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In 1989 Oxfam approached the town council of N'Djamena, the capital of Chad, Africa, and set up a joint project to encourage community participation in improving sanitary conditions in Ambassatna. The author highlights the main problems and lessons to be learned from the project, three years into it, including issues around neglecting the role of women and their involvement in local committee structures. The nature of voluntary work in an urban environment is discussed in relation to the impact of the project, which is felt by the community to be a success but is a limited success by Oxfam's criteria.
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Since its inception, the editorial policy of Development in Practice has been guided by three principles. First, that any contribution that is clearly argued, authentic, and practice-relevant transcends the specificities of context sufficiently to resonate with a diverse international audience. Second, that some of the most creative thinking on the real-world issues of development and humanitarian practice takes place not in Northern universities or the Aid Industry, but in the daily struggles of ordinary people. I well recall a group of subsistence farmers who, at the height of the war in El Salvador, corrected the aid-agency assumption that their priorities stopped at meeting their basic needs, and that they would regard debates on human rights as a luxury. Quite the reverse! It was these non-literate peasants who said, decades before the 'invention' of Rights-Based Approaches: 'You can't talk about basic needs while our human rights are systematically abused: we have to stop the violations and secure peace with justice before we can do anything else.' The third principle is that of editorial independence - not merely in the restricted sense of peer review, but through an active commitment to fostering and giving space to the encounter between practices and ideas from whatever source, and however critical of established orthodoxies and mainstream opinions.
The combination of these principles underpins our acceptance of submissions in French, Portuguese, and Spanish as well as English, and the provision of assistance for those who are writing in a second or even third language - on which score I am pleased to announce that we have resumed our earlier practice of including abstracts in these languages in the print journal, as well as on our multilingual website (developmentinpractice.org). In the words of Jenny Pearce, a long-standing Editorial Adviser: 'Development in Practice provides a place of encounter in the realm of the written word, which empowers the practitioner at the same time as it exposes him and her to the ideas of others. In a world where we do not have solutions to poverty and powerlessness, we have to communicate and talk to each other' (email communication, 18 November 2008). Hence the journal's strap-line: 'Stimulating Thought for Action'.
With this issue of Development in Practice, the first in our twentieth anniversary volume, I have opted for a geographical focus, pulling together a range of articles on South and East Asia which illustrate concerns that are both specific to these regions and relevant to readers whose own background or area of interest lies elsewhere. The contributions to this collection weave around issues of political violence and armed conflict, livelihoods, migration, environment, gender equity, rights, and aid-mediated relationships - concerns that are common the world over. However, while the Aid Industry casts a long shadow over Development, we know that development and humanitarian action can and largely do take place without it.
Two articles focus on Sri Lanka. Judith Shaw examines the experiences of young women who migrate to work as housemaids, and whose remittances are vital to the livelihoods of the recipient households. Unless their earnings are reliable and sufficient, however, the household may ultimately be worse off: there is a delicate balance here between economic and cultural survival, once the emotional and financial costs of migration are taken into account. Neavis Morais and Mokbul Morshed Ahmad examine the multiple factors that keep households in poverty in the areas of the country most affected by armed conflict, over and above the fact of being endangered by the war as such. They contend that the ways in which aid programmes such as microfinance are managed in the war zones are often based on an assumption of the victims' helplessness and thus, paradoxically, render them more vulnerable and less resilient than they might otherwise have been.
Another pair of articles describes efforts to improve the earnings of very poor and marginalised workers. In her contribution, Bipasha Baruah examines the situation of women in the Indian construction industry, arguing that while they undeniably benefit from the training and certification provided by the Self-Employed Women's Association (SEWA), these benefits will be sustainable only with simultaneous efforts to change social prejudices and labour policy on women's employment in non-traditional occupations, alongside an awareness of the links between local and global forces shaping the building sector. Subhojit Bannerjee turns his attention to rickshaw pullers who, with some organisational assistance from university students, were encouraged to carry packs of small retail items - toiletries, stationery, etc. - to sell to their passengers as a means of diversifying their income. The goods were bought centrally, and the more successful rickshaw pullers became familiar with the kinds of product that their clients were likely to purchase. The basic model can also be adapted to include advertising, or handcrafts such as bamboo fans manufactured in the rickshaw pullers' home regions - especially relevant for those who are seasonal migrant workers.
The sheer scale of the 2004 Asian tsunami, and of the subsequent outpouring of assistance, has shaped ideas across much of the affected region about what today constitutes a secure and sustainable way of life. Jin Sato asks why, despite the huge influx of financial and material aid following the 2004 tsunami, and notwithstanding the best intentions of the aid agencies, communities in south Thailand complained that goods had been misappropriated, or that distribution was not equitable. He argues that the introduction of free goods will almost invariably reinforce differences in power and influence that are sometimes deeply rooted in histories and social relations that will not be immediately apparent to anyone without profound local knowledge. As he says, 'the secondary effects of relief efforts on resources and human identities endure for generations'. The onus is therefore on aid agencies to 'pay careful attention to the voices of victims in order to understand what people affected by disasters wish to defend, rather than blindly providing what we think they wish to obtain'.
Kathleen O'Reilly describes the perverse outcomes of latrine-building projects in the Indian state of Rajasthan which were intended to empower women in a social context that dictates even the most intimate aspects of women's lives, including when and where they may attend to their personal hygiene needs. The project managers assumed that domestic latrines would provide women with the convenience and privacy they required, while those blessed with this facility would then spontaneously overcome the social mores governing where they may go, to whom they may talk, and what they may talk about, to extol to other village women the many virtues of having a household latrine. Not only did this not happen, but the conventions regarding women's personal hygiene meant that possessing a latrine conferred status on the household by increasing female seclusion. At the same time, however, the positioning of the latrines in the courtyard, used mainly by male household members and guests, made it impossible for women to use the toilet as and when they needed. The author's conclusion underlines once again that 'technical interventions will not work to resolve gendered relations of unequal power'; rather the power relations need to be understood and addressed before bringing in the resources. Jyotirmaya Tripathy argues that in focusing on the cultural construction of gender, the Gender and Development discourse tends to exaggerate the different interests of men and women in ways that emphasise women's victimhood rather than their agency; furthermore, that it tends to perpetuate exclusion rather than integration, and conflict rather than collaboration. He calls for a greater recognition that gender identities are not fixed entities, but are constantly adapting and redefined in response to shifting priorities.
Notwithstanding their economic recovery, many parts of East Asia still carry the social scars of war and colonialism. John R. Owen uses the example of Lao-based national and international NGOs to explore how internalised assumptions of Western expertise are reinforced by the fact that most senior posts in aid agencies are held by expatriates, many of whom display little knowledge of Lao society. For many foreign aid workers, whose salaries are often way off the local scale, the international development community is where they feel at home and can socialise freely. While local staff may appear deferential, this apparent compliance can serve to mask their resentment at being assigned the inferior role of 'implementer', while the decision-making authority 'naturally' resides with the expatriate 'manager'. The quality of relationships is also of concern to Mneesha Gellman, whose article examines how externally driven peace-building initiatives play out in contemporary Cambodia. A central question concerns the definition of peace: whose definitions and priorities prevail when outsiders and insiders have different cultural values, or when local elites capture the neo-liberal international peace-building agenda to the exclusion of the majority? And what power dynamics do insiders internalise when they are in effect used to give local legitimacy to interventions whose cultural roots lie elsewhere?
Three shorter pieces round off this issue. Irene I. Hadiprayitno argues that the right to adequate food means that food security needs to be at the heart of government policy. In the context of Indonesia, however, she finds serious shortcomings in the fulfilment of the International Covenant on Economic, Social and Cultural Rights. To focus on food security at the national level and to use it as a tool to stabilise domestic unrest is in practice privileging food production over universal access to adequate food on a sustainable basis. In his review essay, Shambhu Ghatak examines what the 2008 World Development Report (WDR) can contribute to agricultural policy in India, whose economy it defines as 'transforming' rather than agriculture-based. Although the WDR is found to make some valid observations, it tends to gloss over the monopolies and price rises associated with the rapid expansion of supermarkets as food outlets; and it is silent on the tragedy of the growing incidence of farmer suicides because of indebtedness. Mochamad Indrawan reports on the 2008 World Conservation Congress of the IUCN, which focused on the need to 'green' development, both conceptually and in the policies and initiatives that emanate from it. There is a pressing need to align conservation and the reduction of poverty, all too often cast as pulling in opposite directions. Actively engaging local communities in both shaping and supporting conservation initiatives is therefore paramount.
Farewell and welcome
With the publication of this issue, we extend our warm thanks to those Editorial Advisers who stood down at the end of 2009, some of whom had served for many more than the three years for which they initially signed up, and all of whom have shared with us their wisdom, humour, and goodwill. Wiseman Chijere Chirwa, Jaime Joseph, Elizabeth Lira, Warren Nyamugasira, and Issa Shivji also contributed articles; Rebecca Neaera Abers, Kumi Naidoo, Naomi Okada, Daniel Selener, Johan Saravanamuttu, and Fiona Wilson all helped with refereeing and in other ways; Haleh Afshar was a guest editor, and Maria Teresa Diokno Pascual and Miloon Kothari introduced our books Development and Advocacy and Development and Social Action respectively.Finally, we extend our welcome to the following new Advisers: Charles Buxton, Yaliwe Clarke, Kate Critchley, Sumi Dhanarajan, Jon Hellin, Islah Jad, Okello Okuli, Alina Rocha Menocal, Ricardo Wilson-Grau, Tina Wallace, and Sarah White.
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The world is standing at a major point in its history as I write, with European politicians still deliberating as to how a deepening of the international economic crisis will be averted or at least mitigated. The longer term implications for developing and emerging economies cannot yet be known. At one level we may see a major change in the emphasis of development aid, as well as priorities within developing countries as the demand-led consumer boom falters, but new opportunities arise in those countries still maintaining their economic growth. Will such momentous factors affect the practice of development? As European leaders step down (Greece and Italy already at the time of writing), changes in economic balances of power between countries take place, downwards readjustment of the standards of living in ‘developed countries’ become the norm, and new powers emerge, it is inevitable that these will change the way we think about development in the future. Many of the articles in this issue have drilled down into the daily lives of people, looking at some very empirically based experiences of lived reality. Such experiences can continue to inform practice, but we must be aware that many key factors in development may change and indeed are already changing.
Craig Thorburn provides an appraisal of the ‘farmer field schools’ and how they have evolved since the 1980s in Indonesia, and going on to be adapted in 70 countries. Developments in the model are explored using recent examples of watershed management in Indonesia. Jan Servaes et al outline a model for testing the sustainability of development programmes in light of continuing concerns over their lack of sustainability. The sustainability model was piloted through a sample of communications programmes. Sustainability should be given far more priority in light of shrinking resources and the need to learn from programmes, rather than the obsession with value for money which tends to focus only on the short term.
Marcela Gonzalez Rivas asks why indigenous communities in Mexico have worse water supplies than other groups. She notes the lower levels of capital investment in these communities, which links to a long-term concern that state services often end up subsidising middle-class communities rather than the poorest.
Rebecca Tiessen and Barbara Heron look at issues around volunteering. At a time when many official volunteering programmes are being closed down elsewhere, volunteering seems to be alive and well in Canada. The article looks at the continuing demand from would-be volunteers and their perspectives of their experiences. It notes some of the returnees' reservations about the value of volunteering for the host community rather than for the volunteers themselves. Volunteering appears to be moving back away from an expert-based technical transfer model to one of providing young people with experience of another country. The debate is clearly going to continue whether volunteering can still be justified in developmental terms or should be regarded as a system for increasing global understanding across cultures through exposure visits.
Shai Dixon and Cassandra Bergstrom review the unintended consequences of development interventions through the example of a millennium village and the contribution of some of these programmes to increased diarrheal diseases. It concludes that simplistic views of what is possible hide a complexity of technical, behavioural and practical issues which may lead to very different results than those envisaged. Soumyadip Chattopadhyay's article focuses on the attempts to decentralise the delivery of urban services in West Bengal. A process of collating citizen feedback on the services provided illustrated the very different results being obtained in the decentralised service delivery.
The issue's Viewpoint is a review by Nombasa Williams of the history of child welfare/protection offered by UNHCR and notes areas of continuing concern. Glen Wright's review essay tackles a difficult and controversial area of NGOs and their roles by reflecting on the ‘western hegemony’ over the way they have developed, as portrayed in the literature on NGOs over the past decade. The essay leaves us with several key questions as to the future roles of NGOs and whether they are still valid in a changing environment.
We also have several interesting Practical Notes. Michael Rimmer et al review an experience around cooperation regarding rehabilitation of aqua culture in Aceh. Given consistent criticism of the lack of coordination in such humanitarian contexts, it is useful to see how this case managed to avoid some of the usual problems by bringing together a considerable number of disparate agencies working on aqua cultural programmes in the post-Tsunami rehabilitation.
A second note by Victor Asiedu looks at community approaches to the reintegration of ex-combatants in Sierra Leone. This provides us with some of the detailed approaches used to ensure a community rather than combatant-focussed reintegration programme. Finally, Ronnie Vernooy describes an inspirational use of new mobile technology with participation from herders to monitor and inform of changing weather conditions in the extreme environment of the Mongolian Gobi desert.
Later this year we will focus on two major topics which we feel have not received the exposure they deserve. The first issue is a major review of approaches to child protection. Childhood has long been a neglected field of research given the demographic weighting in so many developing countries towards children and young people. A set of critical and often controversial issues will be aired in this guest-edited issue. The second is the roles and experience of religion in development, with a special guest-edited issue which will contribute to a lively and sometimes contested debate about religious groups and their contribution to development globally.
As an editorial team always open to carrying special issues on particular topics. We are now planning for 2013 and would welcome suggestions and proposals for other special thematically based issues. The topic should fit our overall mandate of being academically rigorous, presenting a subject which is wide enough to be of interest to our international readership, and have a value for policymakers and practitioners.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.634690
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Este artigo revê a adaptação da abordagem popular da Escola para Produtores Rurais (FFS) para promover um divisor de águas na gestão integrada em várias províncias da Indonésia, sob os auspícios de um importante projeto de gestão. A Indonésia é o local de origem do conceito de FFS, desenvolvido para promover o Manejo Integrado de Pragas (MIP) na produção de arroz durante a década de 1980. Desde a conclusão do Programa Nacional de MIP em 1999, grupos alumni e abordagens da FFS continuam a progredir na Indonésia, e o modelo de FFS tem sido adotado cada vez mais em países em desenvolvimento de todas as partes do mundo. Este artigo oferece uma avaliação otimista de alguns desdobramentos recentes.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.634176
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O acesso a água encanada é altamente desigual no México e as municipalidades indígenas estão particularmente em desvantagem. Este artigo identifica os diferentes fatores que contribuem para o acesso desigual a água encanada entre os municípios mexicanos para o período de 2000–2005, utilizando análises de regressão. Os resultados mostram que as populações indígenas enfrentam uma menor abrangência da oferta de água encanada, mesmo quando levamos em conta a densidade populacional (principal explicação que o governo oferece para a falta de progresso das populações indígenas) e outros fatores relevantes. Estes resultados também mostram que uma das razões para esta falta de progresso é que as municipalidades indígenas recebem menos transferências per capita do governo central, tudo o mais mantendo-se igual.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.630983
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Tem havido uma tendência crescente de voluntários que viajam para o exterior em missões de curto prazo (três a seis meses) no trabalho de desenvolvimento internacional. Muitos dos voluntários que atuam no curto prazo no exterior empregam a dotação de fundos para redução da pobreza e desenvolvimento. Este artigo examina os impactos percebidos do trabalho voluntário internacional no mundo em desenvolvimento de 50 jovens canadenses. Os resultados mostram uma conscientização de efeitos modestos e, às vezes, negativos no desenvolvimento internacional. O principal enfoque nas reflexões dos jovens foi sobre o crescimento pessoal como um impacto positivo; levantando, então, questões sobre os objetivos e resultados desejados para o financiamento de desenvolvimento internacional para programas de voluntários no exterior.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.630982
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Uma das principais promessas da descentralização é que ela promove a participação popular e prestação de contas à governança local, tornando o governo local mais receptivo às vontades dos cidadãos e mais efetivo na implementação de serviços. Reconhecendo o potencial da descentralização para melhorar a implementação de serviços básicos, este artigo utiliza dados primários para demonstrar que uma maior disponibilidade de serviços urbanos básicos (UBSs) está associada a níveis mais altos de insatisfação dos cidadãos. Formuladores de políticas precisam adotar um conjunto abrangente de políticas de reforma – fortalecendo a ligação orgânica entre os residentes urbanos e as municipalidades, explorando opções de implementação de serviços alternativos, etc. – para melhorar a implementação de Serviços Urbanos Básicos (UBSs).
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.634175
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Este artigo realiza uma análise intersetorial de intervenções de desenvolvimento para identificar consequências não-pretendidas que resultam em um maior risco de ocorrência de doenças diarreicas. Os dados foram reunidos utilizando-se métodos qualitativos em setores relevantes (saúde, educação e infraestrutura) em um Projeto de Vilarejo do Milênio em Ruhiira, Uganda. O artigo mostra que embora as intervenções possam ser bem-sucedidas em relação a objetivos específicos, em muitos casos elas promovem simultaneamente consequências imprevistas e não-pretendidas que aumentam o risco de ocorrência de doenças diarreicas. Isto pode afetar a eficiência e efetividade geral do projeto e posteriormente prejudicar sua sustentabilidade de longo prazo.
The full article is available here:
http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.630981
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As atividades de reabilitação e reconstrução pós-tsunami em Aceh têm sido criticadas por concentrar-se em relatórios verticais às custas de coordenação lateral, levando em alguns casos a “sobreposições e redundâncias, falta de foco e programas planejados e implementados de forma precipitada”. Nossa experiência indica que uma coordenação efetiva entre agências implementadoras, juntamente com agências governamentais apropriadas da Indonésia, podem efetivamente melhorar a implementação de serviços, neste caso para produtores costeiros de aquacultura em Aceh. Acima de tudo, em um ambiente em que várias agências estão realizando atividades de reabilitação em uma ampla área geográfica, esta abordagem permite o fornecimento de uma mensagem técnica consistente e padronizada para os produtores rurais.
The full article is available here:
http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.630984
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Muitos programas de reintegração concentram-se em ex-combatentes em vez de comunidades, e este enfoque limitado tem criado divisões entre membros da comunidade e processos de reintegração tensos em vários ambientes no pós-guerra. Tendo em vista esta limitada abordagem da reintegração, cada vez mais acadêmicos e profissionais da área prática estão defendendo uma abordagem baseada na comunidade (CB) como forma de abordar ressentimento entre membros da comunidade para um processo de construção da paz mais efetivo. Mas como os programas de integração baseados na comunidade podem ser planejados e implementados em ambientes no pós-guerra? Estas recomendações estão baseadas em pesquisa empírica em Serra Leoa, que explora como programas de integração baseados na comunidade podem promover uma construção da paz mais efetiva.
The full article is available here:
http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.630985
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Até agora, a maioria das discussões em andamento das pessoas LGBT (lésbicas/gays/ bissexuais/transexuais) na sociedade civil global tem se concentrado em seu acesso à cidadania em vez de seus direitos socioeconômicos e papel nos processos de desenvolvimento. Este artigo argumenta que uma visão alternativa de desenvolvimento deveria contestar as estruturas familiares heteronormativas; desenvolver comunidades alternativas e queer; ativistas salariais, campanhas sexualmente emancipatórias sobre questões sociais concretas (como por exemplo a Campanha de Ação pelo Tratamento tem feito em relação ao HIV e a AIDS na África do Sul); e repensar modelos existentes de participação democrática. Ele enfatiza os paradoxos das pessoas LGBT organizando movimentos de justiça social global no contexto do neoliberalismo e globalização, tendo em vista o movimento queer ou desafiando a heteronormatividade.
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Com estudos de caso sobre projetos de reforma orientados pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) no Vietnã, este artigo concentra-se em um dilema persistente de se tentar tornar objetivos importantes em programas implementáveis e resultados sustentáveis. Como alcançar esses objetivos é algo incerto, mas o gerenciamento de desempenho moderno, como expressado nos Quadros Lógicos (Logical Frameworks), demanda certeza. O artigo sugere como um estilo gerencial aberto pode permitir uma adaptação pragmática às circunstâncias ou, mais radicalmente, como Quadros Lógicos poderiam ser replanejados para se concentrar na interpretação de desafios contextuais. Mas tal dinâmica exige um alto grau de delegação e uma aceitação de que a accountability deve também ser um processo de aprendizado interativo.
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Este artigo surgiu do trabalho realizado em nome de uma ONG baseada no Reino Unido desenvolvendo uma resposta de política ao Acordo Geral sobre Comércio de Serviços (GATS). Ele analisa o GATS como algo-chave para situar ONGs de Desenvolvimento (ONGDs) em uma área mais ampla de objetivos e práticas de desenvolvimento, examinando as implicações de longo prazo do GATS com respeito à ideia de uma “quarta posição” para tais ONGs. Argumenta-se que esta posição teórica não consegue levar em conta desequilíbrios variáveis de poder entre ONGDs e suas contrapartes do hemisfério sul que tiveram início sob ajuste estrutural, tendo como consequência o fato de que muitas ONGDs agora ocupam uma posição a partir da qual uma mediação efetiva entre a sociedade civil, o estado e o mercado seria difícil, se não impossível. Além disto, o GATS representa uma mudança significativa ao longo do caminho evolutivo em direção a uma ideologia orientada pelo mercado cuja perspectiva do mundo verticalista representa uma contradição profunda com os objetivos abertamente progressivos da maioria das ONGDs.
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O termo “parceria” tem se tornado um slogan para as organizações de desenvolvimento que visam mobilizar os recursos e a colaboração necessária para se alcançar objetivos de longo prazo, como a redução da pobreza e a gestão de recursos sustentável. Alcançar uma colaboração efetiva na prática, porém, pode ser algo desafiador. Este artigo contribui para as recentes discussões sobre o que torna as parcerias efetivas, oferecendo lições de uma parceria em andamento entre o RECOFTC (Regional Community Forestry Training Center for Asia and the Pacific) e a SNV (Netherlands Development Organisation). Entre as constatações-chave estão: o papel de indivíduos na manutenção de parcerias continua frequentemente não reconhecido e precisa ser apoiado de maneira apropriada; áreas de colaboração claramente definidas e focalizadas são essenciais; uma base formal para a parceria precisa ser apoiada com sólidos processos de comunicação informal e colaboração; e, embora parceiros tragam conhecimento e redes de trabalho diferentes para uma parceria, uma certa igualdade na escala e tipo de recursos dedicados à parceria é importante.
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Este artigo examina criticamente um projeto de desenvolvimento e pesquisa sobre HIV/AIDS em Mwanza, Tanzânia. Um grupo de mulheres produz um tipo de iogurte probiótico que possui evidência de reduzir a incidência da contaminação do HIV. O iogurte é consumido pelas mulheres, membros de sua família e cidadãos locais que vivem com HIV/AIDS; o excedente é vendido dentro da comunidade. Embora a composição de multiparceiros e multidisciplinar do projeto permita qualificações e ideias variadas, ela também requer um diálogo aberto e colaborativo. Este artigo discute os desafios, resultados positivos e algumas questões sócio-culturais do projeto que precisam ser abordados caso ele se expanda em tamanho e/ou escopo.
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Desde meados da década de 1990, os reassentamentos de sem-terra em Fiji têm se expandido a uma taxa fenomenal, em grande parte devido à não-renovação de arrendamentos agrícolas e governança urbana inadequada. Em resposta ao crescimento das invasões, o Governo de Fiji implementou um esquema de reassentamento de sem-terra. Esse esquema ameaça os meios de subsistência dos sem-terra engajados com a agricultura urbana, ou “sem-terra rurais”. Neste artigo, entrevistas com informantes-chave e residentes sem-terra revelarão atitudes e abordagens contrastantes da questão dos “sem-terra rurais”. O artigo sugere um processo mais participativo para abordar as necessidades dos “sem-terra rurais”.
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As abordagens de cidadania ativa e de desenvolvimento participativo da comunidade têm evoluído em parte como resposta à dependência de ajuda percebida entre comunidades rurais. Nas Ilhas Salomão, estes métodos têm obtido um êxito limitado. Este artigo reflete sobre a frustração frequentemente sentida por trabalhadores de desenvolvimento locais e internacionais quando estão trabalhando com comunidades rurais e questiona alguns dos pressupostos que influenciam o modo como trabalhadores e programas de desenvolvimento compreendem os tipos de comunidades que compõem as Ilhas Salomão.
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Este artigo examina uma história de 40 anos da organização de mulheres em Fiji para mostrar como os objetivos políticos buscados por cidadãos ativos podem ser moldados por uma interação entre contingências políticas domésticas e internacionais. Esta abordagem desafia as definições comuns e de um certo modo idealizadas de cidadania ativa que focaliza na capacidade dos agentes de mobilizar-se coletivamente por trás de objetivos políticos independentemente daqueles que motivaram o estado ou o mercado. Em vez disto, a cidadania ativa é vista como uma esfera de atividade política constituída de maneira que reflita e conteste fatores contingenciais prevalecendo global e localmente.
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A década de 1980 registrou um entusiasmo crescente pela descentralização e boa governança em países em desenvolvimento. Através de um estudo etnográfico do escritório de Tehsil Mayor em Kharalpur, Paquistão, argumenta-se que a descentralização, em vez de criar oportunidades para as pessoas através da participação democrática e empoderamento por meio de modernas instituições governamentais locais, tem ela própria se subvertido através de normas e regras tradicionais de governança personalizada baseada em patronagem. Em vez da modernidade influenciar a tradição, ocorre o oposto. Isto tem fortalecido ainda mais o poder e o prestígio da elite rural.
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A experiência da Oxfam sugere que a accountability de “baixo para cima” pode ser um mecanismo importante pelo qual homens e mulheres vivendo na pobreza podem exigir que outros agentes se mantenham responsáveis. A primeira seção deste artigo ilustra isto com dois exemplos da experiência da Oxfam no Vietnã e Sri Lanka. A segunda seção extrai algumas das lições deles e visa situá-los em um debate mais geral sobre abordagens de accountability. Na terceira seção, algumas sugestões são propostas sobre o que precisaria mudar para que a cidadania ativa e a “verdade diante do poder” se tornassem o enfoque renovado da accountability.
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Como resultado da globalização e tecnologias que se modificam, os jovens estão cada vez mais tendo de engajar-se com o mundo mais geral além de suas comunidades locais e nacionais. Isto suscita questões importantes sobre as maneiras e espaços dos quais os jovens precisarão para se engajar como cidadãos ativos, e as novas ferramentas e recursos dos quais os jovens precisarão para se equipar para o futuro. O Programa de Conexões Globais tem sido desenvolvido para abordar essas necessidades identificadas. Ele é uma iniciativa de aprendizado global coordenado por jovens que visa oferecer uma oportunidade para conexão e aprendizado entre jovens na Austrália e Indonésia. Este artigo explora a abordagem do Plano liderada por jovens para aprendizado global, com um enfoque na implementação e avaliação dos resultados do Programa de Conexões Globais e também os desafios enfrentados até então.
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Em meio ao crescente interesse nas formas de governança participativa e descentralizada, esforços cada vez maiores estão sendo feitos para se aumentar a accountability, resposta e relevância do estado por meio da cidadania ativa. Utilizando a base teórica para accountability social, este artigo explora as visões no sentido de baixo para cima da cidadania ativa que destacam a importância do valor intrínseco e também instrumental da accountability social participativa e então da cidadania ativa. Uma abordagem da accountability social, o Monitoramento de Desempenho Baseado na Comunidade (CBPM), é utilizada para demonstrar estes valores instrumentais e intrínsecos na prática em relação à implementação de serviço público local.
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Este artigo apresenta uma análise crítica do que fez com que a primeira tentativa de Gestão Florestal Comunitária (CFM) da Austrália fracassasse. Exploramos como a “comunidade” era conceituada e representada através do processo de CFM dinâmico, levando a contradições e conflitos que não poderiam ser resolvidos. Com conexão próxima a essas questões nós examinamos as estruturas e instituições de governança que foram criadas para tentar permitir a participação da comunidade na gestão florestal. Ambiguidade e incerteza no poder e propósito da organização de CFM, assim como relações de poder dentro da organização, contribuíram para conflitos que no final destruíram o processo de CFM.
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Cidadãos ativos podem tornar-se um poderoso condutor de desenvolvimento ao fazer com que aqueles que tradicionalmente detêm o poder de tomar decisões se mantenham responsáveis perante a população em nível local e nacional. A cidadania ativa baseia-se em uma longa história de compreensão da importância da participação da comunidade e do poder das intervenções de desenvolvimento. Contudo, apesar de seus pontos positivos intrínsecos, a cidadania ativa pode não ser um resultado possível (ou o mais eficiente) em todas as circunstâncias. Este artigo defende uma expectativa realista da cidadania ativa (e participação efetiva) de uma sub-população específica na Tailândia, onde dos estimados 800.000 a 1.5 milhão de imigrantes, a grande maioria é birmanesa. Sua existência precária enquanto imigrantes ilegais ilustra as necessidades de desenvolvimento que toda comunidade pobre enfrenta. Isto por sua vez prejudica sua habilidade de engajar-se ativamente no processo de desenvolvimento. Este artigo revê as lições aprendidas por uma ONG da Tailândia que tem trabalhado com imigrantes birmaneses ilegais há mais de 15 anos. São discutidos os pontos positivos e negativos exclusivos destas comunidades ilegais, a validade de se buscar engajá-los como cidadãos ativos e as implicações para as ONGs que estão trabalhando com tais comunidades. O artigo sugere que o papel exclusivo que as ONGs devem desempenhar, em casos onde sua participação pública poderia colocar em perigo a vida de membros da comunidade, é o de guardiãs da comunidade, pelo qual elas assumem o papel de cidadãs ativas em nome da comunidade em questão e simultaneamente realizam intervenções de desenvolvimento, defendendo-a em seu nome.
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By active citizenship, we [Oxfam] mean that combination of rights and obligations that link individuals to the state, including paying taxes, obeying laws, and exercising the full range of political, civil, and social rights. Active citizens use those rights to improve the quality of political or civic life, through involvement in the formal economy or formal politics, or through the sort of collective action that historically has allowed poor and excluded groups to make their voices heard. [….]
At an individual level, active citizenship means developing self-confidence and overcoming the insidious way in which the condition of being relatively powerless can become internalised. In relation to other people, it means developing the ability to negotiate and influence decisions. And when empowered individuals work together, it means involvement in collective action, be it at the neighbourhood level, or more broadly. Ultimately, active citizenship means engaging with the political system to build an effective state, and assuming some degree of responsibility for the public domain… (Green 2008:12,19)
Introduction
On 3 July 2007 over 120 people came together for a one-day conference at Monash University in Melbourne entitled ‘Active Citizenship: Making Bottom–Up Accountability Work’. The conference represented a partnership between the Australian Council for International Development (ACFID) and several Melbourne-based universities, and aimed to create a forum for development workers, activists, academics, and postgraduate students to discuss and debate the very latest approaches to active citizenship and social accountability. This special issue presents some of the ‘cream of the crop’ from that conference.The quotes above from Duncan Green’s recent publication on Oxfam’s approach to development sum up the broad consensus on active citizenship at the conference. We see the concept of active citizenship as bringing together at least three domains of development theory and practice that have been very prominent during the last few decades. The first of these – participation, especially ‘bottom–up’ participation in the domain of civil society – features as a key theme in almost all of the articles here. Successful community development interventions that have sustained impact generally require a high-level of community participation. There has therefore been an important focus on incorporating community members into the decision-making process. Over time, this participation has increased from a passive attendance at ‘consultative’ meetings to an active engagement and ownership of the development intervention itself. Participation and ownership leads to relationships between community members and the intervening agency (most likely an NGO, but possibly government agency or other body charged with the task of working with the community) being built on trust and therefore being more robust and lasting.
While ‘participation’ itself is considered to be best practice in terms of development, there is no wider consensus on what is the best practice in achieving this participation. It is known that the poor are the hardest to involve in participatory approaches, as these approaches are time-consuming and time is a precious commodity for those struggling to earn to a daily living. The intervening agency must allow all community stakeholders to be involved at times and locations that best suit their own circumstances. This usually means meeting in the evening and during times of the year when workloads are lower (after harvest and planting seasons, for example). Contention remains as to the benefits or otherwise of paying community members to participate (either directly with cash or in-kind in the guise of meals, etc.).
Participatory development has been re-framed in terms of active citizenship in recent years in an attempt to explicitly address important critiques of participation as ‘tyranny’ (Cooke and Kothari 2001), that is, as severely constrained by the relations of power in which it is enabled, and its goals and terms of reference defined. The concept of active citizenship explicitly acknowledges unequal relations of power, especially the power of the state and state agencies. In so doing, the approach also acknowledges a long-standing critique of civil-society participation that, compared with state agencies, NGOs and community-based organisations (CGOs) have very limited access to material or economic resources; local development efforts, to be effective, need to able to mobilise the support and resources of state or multilateral agencies.
This brings us to the second important influence on concepts and practices of active citizenship – rights-based development. ‘Citizenship’ explicitly invokes the idea that individuals and groups are members of national political communities with legally and morally enforceable rights in relation to the state. States, in this view, have a moral responsibility to protect the human rights and improve the well-being of their citizens, especially those who are poor and marginalised. ‘Active’ citizens are agents in such a process, enacting and claiming their legal and human rights as a pathway to social change and development.
These rights-based approaches to development have often been closely linked with concepts of good governance as a necessary aspect of poverty alleviation and development. ‘Good governance’ as an approach and goal of development interventions is the third domain of development theory that strongly influences current thinking about active citizenship. It is a central theme in several of the articles here which explore and present case studies of ‘social accountability’ where citizens have engaged in local processes to try to make government officials more transparent, accountable, and responsive in the provision of services.
Thus, active citizenship draws together ideas of participation, rights-based development, and recognition of the importance of good governance and the role of the state in responding to and supporting development programmes and interventions. It emphasises and seeks ways for citizens, especially poor and marginalised groups, to exercise their rights and engage with state and other agencies in doing development. Participation leads to active citizenship when communities begin to organise themselves out of the traditional ‘development project’ and look to influence local, national, or international policies or decision making. Active citizenship may be more effective at the local level where citizens make claims on ‘duty bearers’ as ‘rights holders’. Importantly, active citizenship, like participatory development, is a collective process implying citizens acting as part of a political community with human rights and political rights in relation to the state.
This issue introduces the challenges in achieving active citizenship but also some of the benefits that success can bring in improving the lives of the poor. Three broad areas are explored using various case studies and reviews of innovative NGO practice:
· giving poor communities a real voice in shaping their development priorities
· monitoring the effective delivery of public services and development projects at the grassroots level
· enhancing local participation in government processes, beyond just taking part in elections.Active citizenship in theory and practice has implications in both developing and developed countries. This issue of Development in Practice on active citizenship and social accountability therefore includes case studies from both poorer and wealthier countries, including Asia, the Pacific, and Australia.
Overview
This issue contains eight papers that consider various aspects of active citizenship and social accountability. The papers can be broken into three broad sections. The first section contains three articles (Cox, George, and Malik) that discuss and develop the concept of active citizenship. They do this by situating the discussion in three geographical locations and political settings. The second section (with articles by Schultz et al., Roche, and Walker) provides case studies of the experience of three international NGOs of active citizenship and social accountability. The two articles (Matthews and Missingham, and Clarke) in section three present a cautionary tale of the difficulties of achieving active citizenship. One is based one experience in a developed country, while the second reflects on experiences in a developing country.Solomon Islands is the context for John Cox’s discussion of active citizens. Solomon Islands is located in the Pacific Ocean and comprises approximately 1000 islands. While 300 of these islands are populated, 80 per cent of the country’s 533,000 people live on a small number of larger islands (including Guadalcanal, Choiseul, Santa Isabel, Malaita, San Cristobal, and New Georgia). These larger islands are mountainous, and thickly forested, occasionally skirted by thin coastal plains that provide fertile but limited agricultural land (less than one per cent of land is presently under cultivation). The total land area is 28,370 km2 whereas the total sea area of Solomon Islands is 1.35 million km2. The Solomon Islands is the third largest archipelago in the South Pacific. The vast majority of the population are Melanesian who settled the islands over 3000 years ago, but over 100 languages are spoken throughout the country. Progress in Solomon Islands has stalled in recent years due to recent civil unrest. This civil strife, roughly drawn along ethnic lines, has disrupted the achievement of the MDGs quite considerably with the government being unable to function in an effective manner during this time, thereby disrupting the provision of education, health and other social services throughout the country. Non-governmental organisations (NGOs) in Solomon Islands have played an important role as alternative providers of social services in the absence of a functioning public sector. Cox discusses the frustrations faced though in these circumstances of achieving a level of participation. He notes that within Solomon Islands, it is not appropriate to assume that there exists a ‘untapped’ sense of citizenship nor that traditional leadership structures can be relied upon to seek out egalitarian redistribution of resources. Cox argues that the power dynamics within Solomon Island communities is more complicated than this. To better understand how citizenship might be understood within Solomon Islands, Cox firstly considers clientelism and patronage networks. He demonstrates how the system of clientelism is direct conflict with the notion of citizenship. In contrast to citizenship, clientelism requires ‘deference and submissiveness’ of those without power to those with power. Cox argues that it is unlikely that within the dominant system of clientelism that demand for good governance (which underpins citizenship) will naturally emerge. It is more likely that individuals will seek to gain personal advantage over community benefits. Cox notes that Solomon Island is a unique country with its own particular circumstances. There is very little sense of nationhood or nationalism, with most basic allegiances remaining to the family and clan, not to the nation. Cox argues therefore that there are limited opportunities for active citizenship to flourish in a society in which access to basic services is less dependent upon the state and more contingent upon relationships with patrons. This is not necessary cultural but a simple artefact of the prevailing political dynamics. Cox suggests that attempts by NGOs to support participation or citizenship will not flourish until the experience of the state is stronger and directly challenges the dominance of clientelism.
Nicole George explores issues of active citizenship through an account of women’s organising and activism in Fiji from the 1960s to the present. For George, ‘active citizenship’ means women’s activism, popular mobilisation and organising within the realm of civil society. In her account of the vibrant recent history of Fiji’s women’s movement, George emphasises two themes that are very relevant to the nature and scope of active citizenship more broadly. First, as George writes, ‘the politics of ethnicity or race overlays many debates taking place in the public domain’ and has had a deep and lasting impact on gender-based activism and organising in Fiji. Many women’s organisations remain based in ethnic and religious constituencies and pursue the ethnically-defined, locally-based interests of their members. George shows how some women’s organisations, in particular the Fiji YWCA, have challenged such ethnically-based divisions and promoted a more inclusive notion of citizenship and gender solidarity. Second, George shows that both the national and international political contexts have influenced women activists’ understandings and purposes of their gender-based advocacy. Activists drew on international discourses of human rights, democracy, gender equality, and radical critiques of Structural Adjustment Programmes (SAPs) and the global causes of poverty, but have had to negotiate such discourses and find locally acceptable ‘paradigms’ to promote debate and mobilise women’s support. In the wake of each of the military coups women’s activists have often faced oppressive responses by the state and the military to their criticisms and campaigns, and have found the opportunities for civil society activity and active citizenship to be severely limited.
George’s contribution shows how active citizenship needs to be understood within the specific historical circumstances in which citizens act, and the political economic context shaping both opportunities and constraints. Nadeem Malik also sets out to highlight significant constraints to active citizenship, but in this case those inherited from colonial and pre-colonial pasts. Malik’s critique has particular importance to the recent promotion of decentralisation throughout the developing world as a way of improving and democratising local governance and the provision of public services, especially in rural and regional areas. His argument is based on a finely detailed, ethnographic study of the day-to-day practices of local government in a community in rural Pakistan. The policy of decentralisation initiated by the Musharif government in 1999 aimed to make local government more democratic and accountable to local people, bring women into local government in significant numbers, and make local elected officials subject to depersonalised, bureaucratic rules and procedures. Malik shows how powerful local landowners have subverted these intentions in a number of ways. For instance, the new laws mandated that 33 per cent of local seats would be reserved for women, what often happens is that elected women are represented by a male family member and local elite justify the practice in terms of local cultural and family values. Powerful landowners gain elected office through local patronage, and legitimate their position through ‘traditional’, personalised cultural practices, which further and strengthen their power. Ultimately, Malik vividly demonstrates how economically powerful groups can mobilise culture and manipulate invented traditions to severely limit opportunities for active citizenship and social accountability.
In the first of the case studies, Oxfam Australia’s Director of Development Effectiveness, Chris Roche, presents a broad-ranging discussion of Oxfam’s experience with ‘bottom–up’ accountability as a way of empowering local people in relation to state bureaucracies and development agencies. Roche grounds his discussion in two case studies of Oxfam-supported social accountability projects. The first describes a project in rural Vietnam where Oxfam worked with villagers to use participatory video to make the local school and its teachers more accountable to the local community. In the second case study, Roche presents the Gender Watch action group in Sri Lanka. Gender Watch was a group of local women, who collaborated with NGOs working on post-Tsunami recovery, to monitor problems affecting women, such as sexual harassment, rape, and discrimination, and address the problems they identified through social accountability. Roche draws out a number of lessons from his case studies, broader Oxfam experience, and the literature. He emphasises issues such as the importance of people knowing their entitlements and rights to be able to even assess if these are being met, the need for safe and effective mechanisms for people to express their grievances, and people’s need for certain skills and capacities to voice their grievances effectively and take appropriate measures to pursue them. Roche then proposes changes that he argues need to take place at individual, organisational, and sectoral level in order to make social accountability happen effectively.
Lisa Schultz, José Roberto Guevara, Samantha Ratnam, Ani Wieringa, Johanna Wyn, and Charlotte Sowerby provide an interest reflection of how young people can be engaged as active citizens within both a developing and developed country (Indonesia and Australia). They note that the simultaneous conversion of two long-term events – globalisation and changing technologies – have resulted in young people becoming increasingly required to engage with the broader world beyond their local and national communities. This increased engagement raises pertinent questions as to the ways, spaces, and tools, and resources young people require in order to engage in as active citizens. This article reflects on these questions and evaluates a schools-based programme implemented by Plan Australia in both Indonesia and Australia. The Global Connections Program is a youth-led global learning initiative developed to provide opportunities for young people in those two countries to connect with one another. The programme had a number of explicit objectives, including to: 1) assist young people form personal bonds with other young people from another country; 2) increase their understanding of issues faced by young people in other countries; 3) develop certain planning and leadership skills; 4) disseminate information about issues faced in other countries, in their own country; 5) develop solutions to joints issues of concern; and 6) assist Plan to work more closely with young people. Scultz et al. report that the programme was considered successful as it largely achieved these goals. Young people reported they felt more engaged with the global community and saw themselves has having a great role in finding solutions to common problems. A key to its success was its cross-country aspect, allowing young people in very different circumstances communicate on a more personal level and find similarities in their own lives. While Schultz et al. note some difficulties with the project’s implementation, none of these difficulties could not be overcome. Schultz et al. conclude that it is possible to develop notions of active citizenship within young people by combining exposure to counterparts in another country (developed to developing and developing to developed) with skill building and knowledge about global issues. Those that participated reported increased self-esteem and a desire to be participants rather than disinterested observers in the new global community.
Bill Walker provides a case study of work being undertaken by the international World Vision of assisting communities to hold their local political elites to account through Community-Based Performance Monitoring (CBPM). Walker takes as his starting point the notion of accountability, which has become increasingly popular in recent times. CBPM is underpinned by two principles – the principle of ownership and the principle of affected rights. The first principle involves ‘rights of prior authority based on relevant ownership by citizens and is thus linked to concepts of democracy’. The second principle ‘involves the principle that those whose rights have been adversely affected by the actions of someone else have right to hold that person to account for the way they have been treated’. Walker argues that these two principles are the basis for active citizens holding political leaders to account. Moreover, these principles also give authority to citizens to hold the state accountable. Citizens must call those in political authority to account for the decisions they make and the activities they implement. Further, citizens must hold to account these same decision makers and make them responsible for their decisions. Finally, if citizens deem decisions have been made inappropriately, they must seek redress (in varying forms). Indeed, it is this final action that largely determines how successful active citizens are in their community. If they are actually able to successfully demand redress, they have achieved a high level of accountability. Walker argues further that active citizens, particularly the most marginalised in society need a ‘voice’ in order to express their empowerment. The second half of Walker’s article sets out in more detail precisely what the CBPM is and how it is established within a community. Walker first notes that CBPM is a hybrid community-based monitoring tool. It combines selected elements from three other social-accountability approaches: social audit, community monitoring, and citizen report cards. The purpose of the CBPM is to facilitate and support ‘constructive dialogue’ between the political decision makers and citizens at a local level. The local level is purposely chosen as it is an intimate pace that allows a variety of voices to be heard around issues that are mutually understood and where it is deemed reasonable to claim that a social contract exists. Walker further explains that the central pillar o the CBPM is a planned gathering of the community that encompasses all key stakeholder groups, especially the poor and marginalised. These gathers are facilitated and seek to assess the quality of services being delivered by the state or should be delivered. These gatherings also then set out plans as to how services can be better provided often with the assistance of the communities themselves. This latent citizenship is contrasted with the political system of clientelism found in Solomon Islands as discussed by Cox. Walker concludes by stating that World Vision’s experience of CBPM has had five positive outcomes in terms of enhancing active citizenships. First, the focus on the local allows those involved to feel an immediacy of issues being discussed. Secondl it assists citizens appreciate the rights they have and opens channels for claiming these rights. Third, it assists in diagnosing what is failing in local service delivery and how this can be overcome. Fourth, it emphasises immediate response and joint decision making by both citizens and political decision makers. Finally, it supports and unifies communities delivering a sense of solidarity and mutual support.
In the third section, the difficulties of achieving active citizenship are explored in two articles. Popular participation in natural resources management has been a leading area in the theory and practice of active citizenship. Community Forest Management (CFM) has become a global movement promoting and enabling local people to take active roles in the decision-making and management of their forest resources. While CFM has been most influential in less-developed countries it has also influenced forest policy in industrialised nations in Europe and North America. In their contribution, Nathanial Matthews and Bruce Missingham examine the Wombat Community Forest Management initiative that was launched in the Australian state of Victoria in 2003. The Wombat CFM was the first official effort to develop and support a CFM processes in Australia, with real efforts to mobilise active citizens to participate in developing policy and managing the forest. Despite a highly optimistic start, the trial fell apart by the end of 2006. Matthews and Missingham describe in detail the community development and organising processes through which the Wombat CFM initiative was developed, and analyse the causes of its failure. In particular, they examine how ‘community’ was represented and constructed – who participated. In this case, the community was able to define itself and local people, as well as a diverse range of ‘outside’ interest groups, got involved. Consequently a sense of community or common purpose that could overcome entrenched ideological and socio-economic conflict over the sustainable use of the forest was never established. Matthews and Missingham also draw attention to power relationships within the newly formed CFM governing body, and between the CFM body and the government forestry department – the terms of participation. They show that the purpose and goals of CFM remained ambiguous in government directives and policy statements. The CFM governing body was not empowered to make legal decisions about Wombat forest management or use and power remained largely in the hands of forestry department officials. These unequal power relationships exacerbated conflict and inequalities within the CFM governing body, and ultimately lead to it being disbanded. The case study holds some important implications for participation in natural resources management and sustainable development throughout the world, notably that popular participation and active citizenship are often enacted in highly unequal relations of power may severely limit the terms of citizens’ participation.
Matthew Clarke calls for some caution in seeking all communities to assume the role of active citizens. Clarke agrees in his article that active citizens can become a powerful driver of development by holding to popular account those that traditionally hold decision-making power at the local and national levels. He notes that active citizenship draws from a long history of understanding the importance of community participation and ownership of development interventions. But at this point Clarke departs from the rest of the contributions to this special issue by arguing that spite of its inherent strengths, active citizenship may not be a possible or optimal outcome in all circumstances. Clarke argues that participation has been fetishised within the development sector, blinding some to the potential hazards of seeking all to become active citizens. Clarke focuses his argument on one specific sub-population within Thailand – illegal Burmese migrants – and argues for the realistic expectation of active citizenship and indeed participation for these migrants. Clarke notes that the estimates of the number of illegal migrants within Thailand vary between 800,000 to 1.5 million but that the overwhelming majority of these migrants are Burmese seeking to escape the political regime in Burma and improve their material standard of living. NGOs working with these illegal Burmese migrants face many challenges that exacerbate the normal development needs that would be expected in any poor community, such as limited access to health services, economic insecurity, inadequate housing, etc. The complexity of working with these communities are exacerbated by the precarious existence these migrants have in Thailand, which in turn hinders their ability to actively engage in the development process. Clarke draws on his work with one specific NGO that has worked with illegal Burmese communities for over 15 years. He discusses the unique strengths and weakness of these illegal communities before exploring the appropriateness of seeking to engage such communities as active citizens. The major implication for NGOs working with such communities is that they may have to assume a new role when working with these communities. Clarke introduces a new typology describing the unique role NGOs must play in these circumstances: advocate–guardians. He argues that within this typology, NGOs must assume the role of active citizen on behalf of the community in question and simultaneously provide development interventions and advocate on their behalf. Clarke cautions against the blanket expectation of participation from these communities as it actually endangers the lives of community members and is therefore an inappropriate expectation or requirement. The extent to which the circumstances of illegal Burmese migrants are mirrored by other illegal migrant groups will determine how widespread the adoption of Clarke’s new typology will be.
Conclusion
Active citizenship is an important concept that brings together three well established principles of best-practice within development, namely the importance of participation; rights-based approaches to development; and good governance. There is little doubt that active citizens are a powerful force for ‘good’ change, and the focus on active citizenship will affect future development at the local, national and regional levels.The 2007 conference in Melbourne demonstrates the importance which community representatives, development practitioners, researchers, and donors assign to this notion. Moreover, it is a concept that traverses both developed and developing countries. We believe the contributions presented in this special issue of Development in Practice will go some way in adding to the current debate and practice around active citizenship.
References
Cooke, B. and Kothari, U. (2001) Participation: The New Tyranny? London: Zed Books.
Green, D. (2008) From Poverty to Power: How Active Citizens and Effective States can Change the World, Oxford: Oxfam International.
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Editorial
Deborah Eade
The scale of the current economic crisis defies prediction, its many impacts unfurling in unexpected ways around the globe. Individual human beings, families, and entire communities, defined both by geography and by employment, face unprecedented levels of insecurity. If the best-laid plans can be dashed from one day to the next, there seems almost no point in developing projects for the future. The moral universe too has become topsy-turvy: the ‘casino capitalists’ continue to reap colossal profits, even as the many thousands of lives that have been ruined by such extravagant gambling go to the wall. Virtue may be its own reward, but it seems clear that for the powerful, profligacy often pays. A strange world, indeed, which rewards greed and consumerism, and turns a blind eye to spectacular corruption, while awarding the Nobel Peace Prize to Mohammad Yunus, founder of the Grameen Bank, whose very success hinges on the insistence that loans be repaid, however small and however poor the borrower.
Two good things to come out of this are, first, a growing distaste for wasteful consumption among those able to afford it in the first place; and second, a greater openness to new ideas, as the realisation dawns that neo-liberal prescriptions helped to fuel the crisis, both polarising whole economies and reducing the capacity of governments to deal with the consequences. Interestingly, several of the contributions to this issue use the metaphor of ‘paths’, which evokes the idea of a relaxed stroll at a sustainable and human pace, rather than hurtling around at break-neck speed in a 4x4 vehicle.
Peter Drucker argues that the global social-justice movement has embraced the non-economic dimensions of development but has generally treated sexual identities and sexuality as issues of citizenship, rather than relating to alternative development strategies. It is essential to challenge hetero-normative assumptions in order ‘to understand the role of gender and sexuality in the ways in which families and communities are structured and the ways in which family and community intersect with the state and economy’. Further, ‘queering’ often taken-for-granted concepts such as democracy, community, and empowerment will necessarily take development in new and potentially more nurturing directions.
Donald Curtis and Yeow Poon consider the dissonance between the uncertainties that are inherent in any development process and the continuing obsession with management tools that seek to pin everything down from the outset. They call for an open management style that is at ease with adaptation to circumstance, arguing that this approach also enables accountability to be ‘an interactive learning process’, and not simply the upward reporting to donors that tools such as Log Frame encourage. Dissonance is also addressed by Jon Cloke in his critique of the potential for progressive development NGOs to mediate between civil society, the state, and the market in relation to the General Agreement on Trade in Services (GATS), given that so many have yielded to donor pressure to move away from engaging with grassroots mobilisation and towards poverty-alleviation and service-provision activities that complement the role of the diminished state. While it may be argued that ‘donor pressure’ is probably as much a convenient smokescreen as a concrete reality, the author’s message is that NGOs cannot have it all ways: opting for certain roles effectively rules out others.
Other articles focus on various aspects of partnership, a recurrent theme in this journal. Sandra Smeltzer, Grace A. Flesher, and Ellena Andoniou describe a development and research partnership, ‘Western Heads East’, between the University of Western Ontario in Canada and a group of grassroots women in Tanzania who are living with HIV and AIDS. This revolved around the production and sale of probiotic yoghurt, whose properties include improved immunity to infection. The authors address the challenges inherent in such a multi-cultural and multi-level partnership, as well as the questions posed by its success, in particular the concerns about the potential role of a major commercial company in the venture. For Md. Farhad Zamil and Jean-Joseph Cadilhon, the role of a local entrepreneur in the Bangladeshi city of Mymensingh proved critical in providing family-level oyster-mushroom producers access to a reliable market. Their mutual interest in the success of this collaboration is also the surest guarantee of its sustainability.
Emilie Flower and Brigid McConville illustrate how individuals can often inspire others to get engaged in ways that they might never have imagined, as an existing Tanzanian campaign on safe motherhood became involved in a transnational effort that culminated in the first television screening of a participatory film involving local health professionals, communities, a pop singer, and the Minister of Health. Not only was the production experience valuable in its own right, but the film also helped to persuade the government to commit itself to double the number of trained midwives. As the title indicates, a communication project became a living campaign.
At another level, Sango Mahanty, Yurdi Yasmi, John Guernier, Rob Ukkerman, and Lucia Nass draw a number of useful conclusions about ways of making partnerships work in practice, based on long-term collaboration in Bhutan, Cambodia, Laos, Nepal, and Vietnam between a Dutch NGO and a regional forestry training centre. Among the lessons learned is the fact that partnership, like democracy, takes time: it is not simply a question of signing a Memorandum of Understanding and hoping for the best. They emphasise the informal communication that oils the wheels, as well as the need for clarity about any imbalance in the partners’ input into the relationship. Writing about ‘farmer squatters’ in peri-urban areas of Fiji, Alex Thornton illustrates that a more participatory approach to issues of re-settlement could potentially mitigate some of the threats to the ‘agri-hoods’ of the squatters, although this would not in itself address the underlying problem of land tenure.
We also have three interesting shorter pieces in this issue. Patrick Develtere and Tom De Bruyn draw attention to an emerging trend for groupings that are not part of the development industry to become actively involved in what is termed ‘decentralised co-operation’. These are not embryonic NGOs, or inspired by a conventional North–South narrative, but ‘rather, they have become specialists in their own context, be it their company, school, union, health-care provider, or profession, and by gaining hands-on experience, and they are confident in sharing this with colleagues facing similar challenges’. Carolette Norwood argues that while women came to the fore in debates on population through a combination of factors, ranging from de-colonisation to technological advances in contraception, international policies on population and development have implicitly assumed a relationship between poverty and population growth as the basis for integrating women. Grounding these policies in women’s sexual and reproductive health and rights would shift the centre of gravity in the development of thinking about human fertility and population growth. Finally, Devaki Jain and Shubha Chacko outline the long history of engagement between the Non-Aligned Movement (NAM) and the women’s movement, arguing that the NAM still has the potential to initiate an inclusive growth paradigm with a Southern feminist agenda at its core.
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Embora pastores da Mongólia sejam favoráveis à modernidade, seus meios de subsistência permanecem altamente dependentes do clima e das condições resultantes do pasto. Nos últimos anos, a degradação de recursos naturais tem tornado a produção de gado mais arriscada. Eventos climáticos difíceis, como tempestades, secas e invernos extremamente rigorosos têm aumentado. Previsões do tempo oportunas e adequadas poderiam ajudar os pastores a lidar de maneira mais efetiva com estas circunstâncias variáveis. A rede climática e de alerta com antecedência de Erdenedalai no deserto de Gobi representa uma iniciativa única para interpretar o clima de maneira mais cuidadosa. Através de ação coletiva, a rede está contribuindo para reduzir riscos e melhorar as práticas de gerenciamento de pastoreio.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.630986
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Sabe-se muito pouco sobre a questão da ecologia na experiência de educação dos filhos de refugiados em contextos de pré-reassentamento. Este artigo apresenta uma pesquisa que é resultado de um estudo mais amplo buscando explicar por que os pais refugiados estão aparecendo no sistema sul-australiano de proteção infantil. Em particular, a pesquisa destaca a necessidade de educação parental como intervenção precoce. Os resultados do estudo também apontam para a necessidade de definições universais dos termos “bem-estar infantil”, “proteção infantil” e “maus tratos infantis” pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, seus parceiros implementadores, praticantes e pesquisadores para melhor refletir sobre os sistemas da nação receptora de bem-estar infantil.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.630980
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Desde o crescimento de sua proeminência no período do pós-guerra II, as ONGs têm crescido exponencialmente em tamanho e importância. Este crescimento tem ocorrido mais notadamente sob a Agenda da Nova Política, com países doadores ocidentais enfatizando o papel das ONGs na democratização e provisão de serviços. Os doadores têm conquistado o poder de definir a agenda de desenvolvimento e as ONGs têm se tornado lentamente cavalos de Troia para o neoliberalismo global. Esta revisão avalia as principais maneiras pelas quais as ONGs têm participado da promoção da hegemonia ocidental no mundo em desenvolvimento e apresenta algumas ideias para mudança.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.634230
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Este artigo examina o papel de fatores contextuais específicos que contribuem para manter pessoas afetadas por conflito em vulnerabilidade. A discussão gira em torno de conceitoschave de segurança de meios de subsistência familiares, desenvolvimento de resiliência, diversificação de renda, acesso a mercado e agentes não-estatais armados. Argumenta-se que, embora famílias afetadas por conflito desenvolvem estratégias de adaptação para sustentar seus meios de subsistência em meio às vulnerabilidades comumente observadas, os arranjos de governança das partes para o conflito podem colocar pressão sobre as iniciativas locais, restringindo-as ao nível de subsistência e assim perpetuando sua vulnerabilidade. Análises mais profundas das fontes de vulnerabilidade e implicações dos processos de política poderiam ajudar a fornecer informações para as estratégias de intervenção.
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Este artigo identifica as oportunidades e restrições enfrentadas pelas trabalhadoras da construção na zona urbana da Índia através de uma pesquisa empírica conduzida na cidade de Ahmedabad. A Associação de Mulheres Trabalhadoras Autônomas (Self-Employed Women’s Association – SEWA) conduziu três pesquisas em 1998, 2003 e 2007 para compreender as necessidades e prioridades das trabalhadoras da construção no contexto da globalização econômica. Embora aprovando entusiasticamente o papel que o treinamento e a certificação podem desempenhar na oferta de oportunidades às mulheres qualificadas para emprego de qualidade, a autora enfatiza a necessidade de uma intervenção de política mais ampla em nível estatal e nacional para garantir que tais programas tenham resultados que possam ser reproduzidos, que sejam sustentáveis e equitativos em termos de gênero.
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O abastecimento de água e saneamento são elementos-chave para se alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (Millennium Development Goals -MDGs). A participação das mulheres é considerada fundamental para a sustentabilidade dos projetos criados para atender a estes dois MDGs. Empregando críticas feministas e geográficas em abordagens de gênero para melhorar a abrangência do saneamento, a pesquisa relatada neste artigo indica que a construção de latrinas e a participação das mulheres podem ser objetivos contraditórios para projetos de saneamento, apesar do fato das mulheres seremo grupo-alvo de intervenções de construção de latrinas. Os resultados da análise sugerem que é preciso dar atenção à construção de latrinas tanto como intervenção técnica quanto como intervenção complexamente de gênero e política.
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Na zona rural do Sri Lanka, remessas de dinheiro de empregadas domésticas que estão trabalhando no Oriente Médio figuram com destaque nas estratégias de meios de subsistência familiares. Este artigo examina o impacto das remessas de dinheiro das empregadas domésticas sobre os padrões de vida e sugere medidas para maximizar os benefícios das remessas para as famílias recebedoras ao mesmo tempo minimizando as despesas pessoais e financeiras da migração. A efetividade da migração como estratégia familiar depende de um emprego decente no exterior com uma renda confiável, uma redução nas despesas com a imigração e a remessa de dinheiro e a gestão responsável do bem-estar e finanças da família por parte de quem recebe o dinheiro, incluindo a manutenção de fontes de renda locais enquanto o migrante estiver fora.
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O trabalho de puxar rickshaw faz parte de um setor extenso, intensivo em mão-de-obra e desorganizado na Índia, envolvendo 8 milhões de pessoas pertencentes à camada social mais baixa.O artigo descreve uma iniciativa para melhorar a remuneração diária dos puxadores de rickshaw, treinando-os para vender produtos da marcaFMCGcom base em um modelo de ‘venda no varejo e compra em grande volume’. O artigo relata sobre um projeto que começou com 30 puxadores de rickshaw em Jaunpur, distrito semi-urbano do leste da Índia. Questões cruciais relativas à sustentabilidade e futuro de tais projetos em grande escala são também discutidas.
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Este artigo pergunta por que, apesar da abundaˆncia de materiais de ajuda e das boas intenções de várias agências de alívio humanitário, os esforços de alívio do tsunami na Tailândia após o Grande Terremoto de Sumatra de 2004 resultaram em reclamações e distribuição de ajuda desviada. Iniciando com uma análise de como os produtos de alívio humanitário são distribuídos na prítica, o enfoque do artigo muda para as forças que fazem com que certos tipos de produtos fiquem concentrados em certas comunidades. Ele conclui identificando os limites da abordagem de alívio humanitário baseada em produtos, introduzindo recursos intangíveis e identidade como dimensões mais fundacionais no estudo de distribuição.
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Este artigo explora a reconstrução no pós-conflito do Camboja atravás de uma análise dos perigos da construção da paz liberal e o papel positivo que o treinamento em capacitação desempenha nas sociedades arrasadas pela guerra. A questão central abordada é como as dinâmicas internas–externas influenciam os projetos de reconstrução no pós-conflito do Camboja; e quais pressupostos os trabalhadores internacionais e funcionários de ONG cambojanas adotam sobre ‘a boa vida’ que será construída? O artigo oferece minha visão geral sobre o contexto histórico e cultural do Camboja para situar a análise de construção da paz liberal e doadores estrangeiros, assim como características comportamentais de implementadores internacionais da paz que estão atuando dentro do Camboja. Eu avalio a capacidade de obtenção de parceria interna-externa da elite, práticas de gestão de ONGs específicas e o papel da questão de gênero para melhor iluminar os desafios para a reconstrução no pós-conflito. O artigo conclui com recomendações para se melhorar as parcerias futuras entre agentes internos e externos nos projetos de construção da paz do Camboja.
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‘Escutando o cultivo do arroz’: a interface local–expatriados em ONGs internacionais situadas em Lao
Em termos gerais, os estudos de ONG têm concentrado sua atenção na unidade organizacional e seu papel em influenciar os resultados de desenvolvimento. Com poucas exceções, a análise de parcerias de desenvolvimento, nas quais as ONGs desempenham um papel crucial, tem se limitado em grande parte ao exame de ‘doadores’ e ‘recebedores’ e não às dinâmicas dentro do ambiente organizacional. Este artigo está voltado para a interface entre funcionários locais e internacionais operando dentro de ONGs internacionais situadas em Lao. A pesquisa baseouse em entrevistas com funcionários locais e internacionais e buscou examinar como os próprios funcionários interpretavam o processo de ‘localização’ no contexto de sua própria experiência profissional.
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Os estudos de gênero em geral, e Gênero e Desenvolvimento (GAD) em particular, apesar de sua crença em um condicionamento cultural do comportamento de gênero, utilizam a cultura em um sentido restritivo que perpetua uma diferença conceitual entre homens e mulheres, e também entre mulheres do Primeiro Mundo e do Terceiro Mundo. Existe uma tendência entre os especialistas de gênero de exagerar a diferença entre homens e mulheres, e classificá-los em dois domínios radicalmente diferentes. Este artigo defende um projeto de gênero com base na ideia de cultura como experiência viva, e aborda a questão de gênero não como uma categoria de exclusão, mas sim uma construção problemática que está constantemente se reestruturando.
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O alimento é crucial para um padrão de vida adequado. O reconhecimento do direito a alimentos nas políticas governamentais é fundamental para a proteção da dignidade humana, particularmente em relação à insegurança alimentar. Isto permite ao detentor do direito buscar corrigir e manter o governo responsável pelo não-cumprimento. Com referência à Indonésia, o artigo destaca as deficiências no cumprimento das obrigações do direito a alimento como previsto no Acordo Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. O estado conecta a política alimentar com a questão da estabilidade nacional, com um enfoque resultante em nível nacional em vez de níveis familiares ou individuais, e a inibição nos fundamentos do direito a alimentos.
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Já faz dois anos que o Banco Mundial lançou seu Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial (WDR) de 2008. O Relatório fez algumas observações com base em artigos de pesquisa e relatórios de autoria de vários economistas e acadêmicos. Este ensaio de revisão avalia as perspectivas e os problemas associados com a agricultura indiana à luz do Relatório.
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Over the past two decades Development in Practice has published a great many articles on approaches to and methods of managing development assistance, including two complete issues dedicated to the topic, as well as several titles in our book series (in particular Eade et al. 2000; Roper et al. 2003; Eade 2003). While conventional aid-management tools such as log frames have consistently earned contributors' disapproval, in particular for their formulaic view of causality, this is not to imply that participatory 'bottom-up' methods have remained immune from criticism. On the contrary, the critiques of 'participation' are too numerous to cite - 350 at the last count - although Anacleti (1993), Craig and Porter (1997), Jackson (1997), Leal (2007), Mompati and Prinsen (2000), Ngunjiri (1998), Simon et al. (2003), and White (1996) are worthy of particular note.
For the most part, as one would expect, our contributors have focused on the practical implications flowing from the adoption of one or another orthodoxy or methodology. The current issue therefore represents something of a departure in focusing more on the theoretical frameworks and assumptions that underpin the ways in which 'aided development'1 is approached.
Sarah C. White examines the concept of wellbeing, which, she argues, is a social process that is both material and subjective, but is most importantly embedded in people's relationships with each other and with the state. This view implies that, rather than being a simple target or an 'outcome to be sought', wellbeing is both a means and an end; and that if wellbeing shapes and is shaped by the ways in which people engage with the world, then it follows that working for the wellbeing of people who are poor and excluded is indeed a transformational project. Alexandre Apsan Frediani looks at the influential work of Amartya K. Sen on human capabilities, and in particular his emphasis on multi-dimensionality, agency, and empowerment, but he argues that this as yet lacks comprehensive application beyond the field of development economics. Compared with other approaches, namely the Rights-Based Approach and the Sustainable Livelihoods Framework, the Capability Approach does, however, have the potential to challenge existing paradigms and provide a grounded alternative to 'business as usual'. Adam Fforde also suggests that the 'one size fits all' orthodoxy has lost its authority, because the empirical failure of predictive policies - policy X will necessarily lead to outcome Y - has made their intellectual bankruptcy abundantly clear. At the same time, there is a need for development practice to understand inconsistency, to distinguish between the types and degrees of inconsistency that really matter, and by extension to organise itself around the insight that knowledges are socially constructed. Hans Peter Ulrich looks instead to Systems Thinking as a way to understand development as a kind of supra-system that both encompasses numerous layered sub-systems and is itself embedded in or affected by many dimensions that are outside what is conventionally considered to fall within the realm of development and international co-operation. He locates the shortcomings of the aid architecture in a lack of adequate mechanisms of control and accountability throughout the entire system.
Other contributors examine the place of formal and informal learning in development practice. Karim-Aly Kassam describes the transformation of a university course of development studies from a reliance on book learning, or 'knowing that', to engagement with the socio-cultural and ecological contexts, or 'knowing how'. The linking of education to the social consequences of that learning entails understanding 'the consequences of action', and the students therefore become ethically engaged 'citizen-scholars'. As the author concludes: 'This type of learning may not achieve knowing how in the sense of the “development expert”, but it articulates a process for students who aspire to excellence in professional engagement and civil life'. Edward R. Carr recounts his own experience in Ghana to illustrate the tendency of 'formal' development to discount informal local narratives, different ways of knowing what is needed and of interpreting the meaning of aid interventions; and a corresponding tendency to treat them as a source of 'local colour' to enliven stolid reports, or as anecdotes to liven up the classroom (and in so doing to assert the teacher's global experience). He argues that genuinely listening to and reflecting on such narratives is an essential step towards decentring the ways in which development is defined, articulated, and practised. Using precisely such a narrative, Linje Manyozo illustrates his claim that when theory emerges from and is embedded in practice - praxis - it can be affirming and liberating; but that when development experts come in with their own ideas about how things should be done, it is time to 'start writing an obituary for that development intervention'. Oluwatoyin Dare Kolawole drives this point home in his article on the importance of drawing on a wide range of disciplines, not only in development studies but more importantly in shaping development practice. Yi-Lee Wong shows what can go wrong when well-intended donors and their operational partners attempt to import their own solutions to problems as they have defined them - in this case solutions from the West being applied to post-Soviet higher education systems - rather than taking the time to look, listen, and learn.
Bejoy K. Thomas likens the emergence of the Free and Open Source Software movement, including developments such as wikis and Open Access, to participation 'at the top', as distinct from the development nostrums of bottom-up participation. A synthesis between the two could point to new ways to conceptualise development in the Knowledge Society. Claire Heffernan and Jun Yu introduce the example of a software programme designed to enable policy makers and researchers to envisage the specific impacts of particular interventions on poor farmers - vaccination against common livestock diseases, for instance. User-generated content means that information can be shared and therefore acted upon almost as soon as it is available. Simon Starling describes efforts to monitor and evaluate NGO advocacy in campaigning organisations that tend not to reward learning and reflection, concluding that to be useful these activities need to mirror the iterative and adaptive processes of the campaign, rather than being seen as rigid plans. All three of these contributors thus point to the need to see knowledges as emergent 'where people have seized upon spaces where things are not well defined, or where things can happen when someone else is not looking' (Craig and Porter 1997: 236).
References
1. Anacleti, Odhiambo (1993) Research into local culture: implications for participatory development. Development in Practice 3:1 , pp. 44-48. [informaworld]
2. Craig, David andPorter, Doug (1997) Framing participation: development projects, professionals, and organisations. Development in Practice 7:3 , pp. 229-236.
3. Eade, Deborah Eade, Deborah (ed) (2003) Development Methods and Approaches: Critical Reflections Oxfam GB , Oxford
4. Eade, Deborah , Hewitt, Tom andJohnson, Hazel Eade, Deborah , Hewitt, Tom andJohnson, Hazel (eds) (2000) Development and Management: Experiences in Value-based Conflict Oxfam GB, in association with The Open University , Oxford
5. Ellerman, David (2005) Helping People Help Themselves: From the World Bank to an Alternative Philosophy of Development Assistance University of Michigan Press , Ann Arbor, MI
6. Fernando Udan (2009) Review of Alan Fowler and Kees Biekart (2008) Civic Driven Change: Citizens' Imagination in Action, The Hague: Institute of Social Studies, Development and Change 40 (4): 804-6.
7. Jackson, Cecile (1997) Sustainable development at the sharp end: field-worker agency in a participatory project. Development in Practice 7:3 , pp. 237-247. [informaworld]
8. Kaplan, Allan (1996) The Development Practitioners' Handbook Pluto Press , London
9. Leal, Pablo Alejandro (2007) Participation: the ascendancy of a buzzword in the neo-liberal era. Development in Practice 17:4&5 , pp. 539-548. [informaworld]
10. Mompati, Tlamelo andPrinsen, Gerard (2000) Ethnicity and participatory methods in Botswana: some participants are to be seen and not heard. Development in Practice 10:5 , pp. 625-637. [informaworld]
11. Ngunjiri, Eliud (1998) Participatory methodologies: double-edged swords. Development in Practice 8:4 , pp. 466-470. [informaworld]
12. Roper, Laura , Pettit, Jethro andEade, Deborah Roper, Laura , Pettit, Jethro andEade, Deborah (eds) (2003) Development and the Learning Organisation Oxfam GB, in association with the Institute of Development Sudies and Oxfam America , Oxford
13. Simon, David , McGregor, Duncan F. M. , Nsiah-Gyabaah, Kwasi andThompson, Donald A. (2003) Poverty elimination, North-South research collaboration, and the politics of participatory development. Development in Practice 13:1 , pp. 40-56. [informaworld]
14. White, Sarah C. (1996) Depoliticising development: the uses and abuses of participation. Development in Practice 6:1 , pp. 6-15. [informaworld]
Notes
I thank Udan Fernando (2009) for this useful term, which highlights the fact that, despite the dominant discourse, development (and indeed humanitarian assistance) is not defined by the aid industry. Indeed it has been argued, by commentators from grassroots practitioners to former World Bank political economists, that sustainable development takes place despite rather than thanks to external intervention (see for example Kaplan 1996; Ellerman 2005).
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Este artigo apresenta um sistema para se analisar a qualidade de vida na prática de desenvolvimento, inspirando-se no trabalho do Grupo de Pesquisa sobre Qualidade de Vida em Países em Desenvolvimento (WeD). A qualidade de vida é vista como um processo social com dimensões materiais, relacionais e subjetivas. A qualidade de vida pode ser avaliada em nível individual e coletivo, mas na base é algo que acontece em relações – entre indivíduos e coletivo; local e global; pessoas e estado. O artigo avalia os riscos em potencial de se tomar como foco a qualidade de vida, e conclui analisando que diferença real tal foco poderia fazer.
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A Abordagem da Capacidade de Amartya Sen é cada vez mais influente na literatura de economia de desenvolvimento. Ela tem contribuído para o discurso de desenvolvimento ao fortalecer a abordagem multidimensional da análise da pobreza e está enfatizando a importância de se focalizar a agência e o empoderamento. Contudo, a Abordagem da Capacidade não tem sido ainda aplicada de maneira abrangente além da economia de desenvolvimento. Este artigo avalia a contribuição da Abordagem da Capacidade para a área de planejamento de desenvolvimento ao compará-la com a abordagem baseada em direitos (RBA) e o sistema de meios de subsistência sustentáveis (LFS). O artigo argumenta que ao focalizar o espaço da capacidade, relações de poder e participação, a Abordagem da Capacidade tem potencial para se tornar um sistema normativo para radicalizar as práticas de desenvolvimento.
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Tomando como ponto de partida o fracasso do projeto de ‘ciência política’, o artigo discute a autoridade declinante da orientação da política ‘tamanho único’. Ele relaciona isto à ausência de uma base empírica sólida para tais posições comomostrado pela literatura de regressões cross-country (entre países), e tambémpara mudanças emuma série de disciplinas, incluindo ciências naturais e matemática. Ele discute a tolerância crescente da inconsistência entre a lógica da implementação e argumenta que estas questões, embora de importância geral, são mais óbvias no contexto de desenvolvimento, onde a lógica da política “tamanho único” tem sido fortemente contestada.
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Como o aprendizado baseado em livros na universidade torna-se relevante para as necessidades sociais? Que sistema pedagógico ajuda a transformar os estudantes, em que eles deixam de ser aqueles que conhecem os principais desafios do século vinte e um para serem aqueles que sabem como atuar frente a tais desafios em um contexto sócio-cultural e ecológico em particular? Esta narrativa sobre a experiência prática de estudantes canadenses em duas classes de desenvolvimento internacional separadas mostra que o aprendizado, no final, diz respeito a conectar o ensino dos estudantes com suas consequências para as comunidades e sociedade. O amadurecimento dos estudantes, que em vez de serem uma comunidade de indagadores passam a ser uma comunidade de prática social, nãoé apenas uma transformação intelectual de ‘saber aquilo’ para ‘aprender como’, mas também uma maior conscientização ética da conexão consequente entre liberdade e responsabilidade.
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As histórias que ouvimos quando conduzimos pesquisa de desenvolvimento ou implementamos projetos de desenvolvimento são frequentemente relegadas às margens dos estudos de desenvolvimento. Este artigo argumenta que essas histórias exigem nossa atenção, uma vez que elas são janelas para narrativas de desenvolvimento nativas e nosso lugar nessas narrativas. Examinar essas histórias como esforços para empregar experiências de desenvolvimento e encontros com profissionais de desenvolvimento dentro de narrativas em particular nos permite compreender melhor nossa própria posição nas comunidades nas quais trabalhamos e, assim, melhor compreender as oportunidades e desafios que nossas pesquisas /intervenções apresentam para a emergência de um desenvolvimento verdadeiramente participativo.
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O artigo busca principalmente mostrar a interconexão de diversas disciplinas acadêmicas e seu papel crucial na prática de desenvolvimento. Ele esclarece os significados dos conceitos relacionados a desenvolvimento e busca delinear os quatro conceitos inter-relacionados de multi-, inter-, trans- e entre-disciplinaridade. Ele argumenta que embora a inter-disciplinaridade seja desejável para uma disciplina com ampla base, tais como Estudos de Desenvolvimento, sua adequação quando justaposta com trans-disciplinaridade parece de certo modo inadequada. Reforçando a importância das contribuições de todas as disciplinas e, logicamente, iniciativas de desenvolvimento para Estudos de Desenvolvimento, estudos de caso mal-sucedidos de projetos de distribuição de água e projetos agrícolas no hemisfério sul – que nunca incorporaram conhecimento vital e cognato – são apresentados.
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A dependência das ONGs de desenvolvimento de financiamento de doadores deixam-nas expostas ao perigo de formular programas mais adequados para atender às necessidades dos doadores do que as dos beneficiários locais. No pior cenário de caso, as ONGs podem agravar problemas existentes através de intervenções que reforçam sua própria dominância e prejudicam o empoderamento local. Este artigo busca contribuir para esta discussão ao examinar algumas das práticas de uma ONG internacional que trabalhou na área de ensino superior em três países da antiga União Soviética.
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Todos os dias, cerca de 25.000 pessoas morrem de fome e causas relacionadas à fome. Embora reconheça-se que o sistema de desenvolvimento internacional seja menos efetivo do que deveria, esforços para harmonizar ajuda internacional e criar uma arquitetura efetiva têm falhado para alcançar resultados adequados. O artigo introduz uma estrutura para aumentar a efetividade do sistema de desenvolvimento internacional baseada nos conceitos de Pensamento de Sistemas. Ele discute os desafios sistêmicos complexos para o desenvolvimento e sugere que um controle mais efetivo é uma pré-condição essencial para uma maior efetividade em geral.
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Existe um certo tipo de pensamento vigendo entre pensadores ocidentais que sacrifica as ricas narrativas pela teoria. A teoria torna-se uma prisão, limitando a produção do conhecimento a referências a bolsas de estudo ocidentais em geral. Contudo, a teoria não é inacessível; a teoria é coerente, a teoria é liberadora, a teoria é narrativa, ela é dia a dia. Esta oralidade auto-etnográfica pós-colonialista utiliza experiências pessoais como uma ferramenta teórica para explicar que no pensamento de desenvolvimento, o especialista local é moralmente e ideologicamente distante das pessoas locais, conhecimento e lugares, e assim eles são representantes ilegítimos que não devem nunca ser consultados em primeiro lugar.
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As possibilidades e limites de participação na ‘base’ (por ex.PRA, PLA) têmsido bem-articuladas na literatura de desenvolvimento. Contudo, a emergência da Sociedade do Conhecimento tem aberto espaços para aquilo que poderíamos chamar de participação no ‘topo’ (softwares gratuitos, wiki, acesso aberto), sendo que os Estudos de Desenvolvimento estão apenas começando a tratar de suas implicações. Com base em debates recentes sobre a questão, nós tomamos o caso do movimento dos softwares gratuitos e desenvolvimento participativo e argumentamos que ambos compartilham uma base comum de várias maneiras. Visamos oferecer alguns indicadores sobre a conceituação do Desenvolvimento na Sociedade do Conhecimento.
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Este artigo examina o aprendizado da Oxfam GB a partir de suas tentativas de melhorar os processos de monitoramento e avaliação (M&E) dentro de uma campanha de advocacy global. Ele apresenta a experiência prática da equipe de campanha de Mudança Climática de fazer testes-piloto de abordagens diferentes de M&E e o aprendizado resultante do processo. A experiência sugere que embora alguns elementos ‘tradicionais’ de M&E sejam úteis no trabalho de advocacy, um enfoque maior em sistemas de monitoramento leves, em tempo real, parece necessário. As constatações destacam os desafios organizacionais e também metodológicos de se integrar M&E em campanhas de advocacy: sem uma cultura que recompense a reflexão e o aprendizado, as melhorias na capacitação de funcionários ou sistemas de coleta de dados não serão sustentadas. De fato, o processo de melhorar a prática de M&E reflete o da própria campanha de advocacy, exigindo análise de relações de poder, oportunidades e limites; monitoramento de progresso; e adaptação de planos com base no aprendizado em vigor. Por fim, o artigo sugere caminhos futuros possíveis com base na experiência.
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A tomada de decisões em favor dos pobres depende de uma compreensão das complexidades e inter-relações entre meios de subsistência familiares, fatores demográficos e fatores econômicos. Este artigo descreve o modelo e implementação do Avaliador de Pobreza (Poverty Assessor), um programa de software para auxiliar profissionais da área prática, formuladores de política e pesquisadores na visualização dos impactos diretos sobre a pobreza de fatores de meios de subsistência específicos e eventos entre populações que vivem na pobreza. O software permite aos usuários fazer um upload de seus próprios dados e traçar o perfil de famílias em relação à linha da pobreza nacional ao selecionar a partir de uma série de indicadores demográficos e de meios de subsistência. Os autores detalham as constatações do programa utilizando um conjunto de dados da Bolívia.
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If only for their own organisational reasons, aid agencies tend to divide the world into large regions, a practice which encourages unhelpful generalisations and limits their ability to perceive gradual and sometimes significant changes. Policy and practice can be slow to catch up with slow-moving trends - for instance, the fact that although sub-Saharan Africa may be predominantly rural, it is nevertheless home to 10 per cent of the world's urban population. Or that Latin America was 'returning' to democratic rule, when many countries in the region had never really experienced it. Shorthand representations can tend to reduce a region to single issues, such as international debt, or conflict, or HIV and AIDS, or corruption, almost to the exclusion of a wider picture. This matters, given that the way in which a region is depicted will shape aid priorities. Clearly these depictions are themselves influenced by history - one will search in vain for articles in the British press about francophone Africa - but they also depend heavily on the most influential brokers. Adebayo Olukoshi illustrates the ways in which African intellectual production is rendered invisible in all the major reports of all the United Nations specialised agencies, and not merely those of the World Bank - which has re-cast itself as a Knowledge Bank. He points out that African perspectives are absent not only from the agencies' global reports, but even from those that are focused on sub-Saharan Africa. The fact that this 'knowledge' is at best imperfect and at worst based on a Northern ideological narrative does little to tarnish its veneer of authority.1
It is with these caveats in mind, then, that this issue of Development in Practice presents articles from and about sub-Saharan Africa. Two of the contributions stand out, however, in revealing the limitations of geographical boundaries as defining shared interests. Nana Akua Anyidoho highlights the fact that if 'participation' is to have any real meaning, participants must be able to determine their own communities and connections in exercising agency; this is fundamentally different from being mobilised to join in X or Y pre-determined development project. Coming from a different perspective, Niamh Gaynor compares the PRSP process in Malawi with the Social Policy process in Ireland to argue not only that the similarities are important, but that drawing such trans-boundary connections may make 'another globalisation' possible, as the World Social Forum would express it. Mary Ssonko Nabacwa examines the various ways in which governments can silence inconvenient sources of knowledge, without needing to resort to heavy-handed tactics. With reference to NGO advocacy on gender-equity issues in Uganda, she illustrates the many ways in which NGOs can be tamed and may indeed comply with this process. Sally Reith, also focusing on Uganda, shows how the work of a small NGO can be distorted by Northern donors, who seldom hesitate to use their greater financial power as a Trojan Horse to impose their own agendas on their local 'partners'. In her article on efforts to combine current thinking about 'the learning organisation' with participatory practices in the field of rural development, Sarah Parkinson recounts the experience of the Ugandan National Agricultural Advisory Service. She concludes that when the two approaches complement each other effectively, some progress can be made towards placing the intended beneficiaries in the driving seat of development.
In the context of Malawi, Pierson R. T. Ntata considers cash transfers via cash-for-work public-works programmes as a means of addressing hunger, arguing that it is the inability to purchase food, rather than food shortages as such, that is the underlying cause of the problem. Stephen Devereux and Katharine Vincent also focus on the issue of social protection via cash transfers in Malawi, reporting on pilot projects using technology such as smart cards, mobile (cell) phones, mobile ATMs, GPS devices, and biometrics as a relatively low-cost and secure means to reach dispersed or mobile populations.
Another cluster of articles examines issues relating to ecology. Frik de Beer describes a medicinal-plant conservation project in South Africa which aimed to combine conservation with support for traditional healers as well as protection for national parkland. In practice the efforts to link sustainable livelihoods, community development, and conservation proved more complicated than expected. Thomas K. Erdmann presents a comparable attempt in Madagascar to protect biodiversity conservation, but in this case with too little attention paid initially to the needs of the local population to earn a living from agriculture and forest products. Mbne Diye Faye, John C. Weber, Bayo Mounkoro, and Joseph-Marie Dakouo report on a study of the use of parkland trees planted to ensure household security in Mali, and to earn some revenue from selling agroforestry produce, particularly during the 'hunger period' when grain stores are depleted and farmers await the next harvest. Paul Van Mele, Jonas Wanvoeke, and Esprance Zossou describe the impact of a series of videos produced by the African Rice Centre (WARDA), translated into 30 African languages and given open-air showings throughout the continent. These videos have not only been informative, but have unleashed farmers' creative potential and willingness to experiment, as well as encouraging greater participation by women and younger people.
Noam Schimmel argues that international aid agencies have largely failed the survivors of genocide in Rwanda, many of whom remain traumatised and impoverished. He calls for assistance focused specifically on these populations, combined with more deliberate attention to their particular needs in mainstream projects. Paul W. K. Yankson reports on the extensive damage done by gold mining to local Ghanaian communities, who are barely compensated by the limited employment opportunities that the industry generates. Though welcome, the attempts at community development now being initiated as an expression of corporate social responsibility predictably leave something to be desired.
References
1. Bretton Woods Project (2007) Knowledge Bank-rupted: Evaluation says key World Bank research “not remotely reliable”. — available at http://www.brettonwoodsproject.org/art-549070 (retrieved 22 December 2009)
2. UNRISD (2004) Social Knowledge and International Policy Making: Exploring the Linkages. Report of the UNRISD Conference Geneva
Notes'… although Africa has always been central to the work of the UN, the organization has tended to serve as a conveyor belt for ideas and perspectives from outside. There has also been serious underrepresentation and sometimes even complete absence of African researchers set up by the UN system. Only very limited use is made of African research, as illustrated in the UN flagship publications, in which an average of only 2 per cent of citations are to such literature. Most are to the UN's own literature, an incestuous dependence that gives only the illusion of debate. African scholars who are involved in the formulation of policy proposals are generally relegated to gathering data and producing case studies; within the division of intellectual labour, their work features in the textboxes while the theoretical frameworks and analysis come from institutions in the North. Furthermore, most input by African scholars is limited to matters concerning Africa, thus consigning their work to a ghetto while also failing to capitalize on the potential for comparative insights'. (UNRISD 2004: 11)
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‘O mito da comunidade’ está impregnado na compreensão e prática do desenvolvimento participativo. Porém, a ideia de que as comunidades existem como unidades coerentes de pessoas que habitam espaços geográficos delimitados e que estão prontas para ser mobilizadas para o desenvolvimento restringe a própria ação que a participação promete. Este artigo oferece um modelo alternativo de comunidade que é mais compatível com o ideal de desenvolvimento centrado nas pessoas e participativo. Utilizando o conceito de Etienne Wenger de ‘comunidades de prática’ e recorrendo às abordagens de teoria narrativa e cognitivas para análise de políticas, o artigo argumenta que a comunidade deve ser criada e mantida ao redor de significados compartilhados.
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Este artigo apresenta dados do Serviço Consultivo Agrícola Nacional de Uganda para argumentar que a ‘organização aprendiz’ é um conceito complementar valioso para o desenvolvimento participativo que pode auxiliar uma mudança em direção a instituições de desenvolvimento mais democráticas nas quais os beneficiários-alvo têm uma voz mais ativa para dar forma ao desenvolvimento. O conceito de ‘organização aprendiz’ como desenvolvido na literatura de estudos gerenciais não pode, porém, ser prontamente traduzido para algo tão específico como um conjunto claro de orientações práticas. Em vez disto, ele atua como uma semente que cresce para assumir características específicas do contexto de desenvolvimento rural.
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Embora influências globais – na forma de finanças internacionais agrupadas com discursos de parceria, participação, boa governança e democracia – promovam uma influência cada vez maior sobre os arranjos de governança nacionais e locais no mundo inteiro, estudos comparativos em toda a tradicional divisão Sul/Norte continuam extremamente raros. Utilizando resultados de um estudo comparativo do PRSP de Malauí e do processo de Parceria Social nacional da Irlanda, este artigo demonstra que uma mudança de fronteiras conceituais além das fronteiras geográficas tradicionalmente delineadas não apenas é válida como também essencial, pois ela ajuda a descobrir novas perspectivas na base política e o potencial transformativo de processos de desenvolvimento globalizados.
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Apesar de ter havido um rápido crescimento na mineração de ouro no distrito de Wassa West (WWD) de Gana, o desemprego e a pobreza têm aumentado, em parte devido a ocupação de terra cultivável pela mineração mas principalmente devido às oportunidades limitadas de emprego assalariado na ‘renascida’ indústria de mineração de ouro do distrito. Contudo, as grandes empresas de mineração estão implementando alguns programas alternativos de meios de subsistência (ALPs) como parte de sua agenda de responsabilidade social corporativa (CSR). Embora os ALPs têm proporcionado algumas oportunidades de emprego e geração de renda e treinamento de habilidades, os prospectos para sua sustentabilidade dependem de como são abordados os desafios que os vários programas estão confrontando. Isto exigirá uma abordagem bem-coordenada envolvendo todos os stakeholders principais.
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Promover transferências de dinheiro a grupos vulneráveis reduz a vulnerabilidade e pobreza crônica; mas fornecer dinheiro a locais remotos e rurais pode ser caro e inseguro. Sistemas de fornecimento alternativo utilizando tecnologia estão, assim, sendo testados. Este artigo utiliza exemplos do sul da África para destacar as oportunidades e riscos envolvidos na utilização da tecnologia para implementar a proteção social, dando enfoque em particular em dois esquemas em Malauí. Os autores concluem que há um grande potencial para o uso de tecnologia na implementação de proteção social, especialmente se empregada em escala nacional e aproveitando o espectro completo do uso para garantir eficiência em termos de custo.
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A necessidade de conservação e desenvolvimento eco-regional ou de escala de paisagem tem sido amplamente reconhecida em Madagascar, embora a implementação permaneça problemática. A abordagem foi inicialmente direcionada pela preocupação com a conservação da biodiversidade sem ênfase suficiente no desenvolvimento sustentável, especialmente a agricultura. Entre os desafios atuais estão o desenvolvimento de consenso para visões eco-regionais, fortalecendo parcerias com instituições governamentais, e negociando permutas de uso da terra dentro das paisagens focais. Uma maior atenção para a geração de renda da agricultura e de produtos florestais, e tambémuma maior comunicação e participação generalizada de todos os stakeholders, devem aumentar o sucesso de programas de conservação de grande escala e de desenvolvimento.
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Este artigo argumenta que as relações entre o governo e as ONGs em Uganda através do trabalho de advocacy de ONGs focalizadas em gênero tendem a manter as ONGs visivelmente engajadas mas não necessariamente alterando o status quo em favor das mulheres pobres. Essas relações manifestam-se em ações governamentais que incluem orientar ONGs em seu trabalho de advocacy; ter boas relações com as ONGs; cooptar ONGs e indivíduos; chamar atenção para as questões de gênero; e relegitimar as atividades de ONGs focalizadas na questão de gênero. O artigo faz a ligação destes fenômenos com a vontade do governo de ser visto como receptivo às preocupações das organizações da sociedade civil, das quais as ONGs são um grande componente. Isto é importante para a auto-imagem do governo vis-à-vis com a comunidade internacional, onde ele se projeta geralmente como democrático e apoiador da boa governança para atrair ajuda estrangeira.
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Este Ponto de Vista argumenta que as agências de ajuda ao desenvolvimento internacionais não têm conseguido abordar de maneira adequada os direitos e necessidades dos sobreviventes do genocídio em Ruanda. Ele ilustra que os sobreviventes do genocídio permanecem empobrecidos e marginalizados e que as agências de ajuda ao desenvolvimento apenas tangencialmente, ou nem mesmo isto, reconhecem a vulnerabilidade deles e adotam medidas para os empoderar para que façam valer seus direitos. O texto oferece exemplos de programas de ajuda que estão alcançando os sobreviventes do genocídio e conclama as agências de ajuda ao desenvolvimento em Ruanda para que montem e implementem programas explicitamente para sobreviventes do genocídio.
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O Africa Rice Center (WARDA) promoveu a criação e tradução de onze vídeos sobre arroz. De 2005 a 2009, parceiros do WARDA fizeram a tradução deles para 30 idiomas africanos. Shows de vídeo em céu aberto melhoraram o aprendizado, as experiências, a segurança, a confiança e a coesão de grupos entre as pessoas da área rural. Os vídeos fortaleceram a capacidade de mais de 500 organizações e milhares de produtores rurais. A abordagem de aprendizado rural do WARDA também ajudou as mulheres a terem acesso a novos mercados e crédito. Vídeos de aprendizado permitir aprendizado sem supervisão promover a criatividade e experimentação local; facilitar as inovações institucionais e melhorar a inclusão social dos pobres, jovens e mulheres.
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A escassez de alimento tem se tornado uma característica crônica de vários países Subsaarianos, não apenas por causa do mau tempo mas também devido aos crescentes níveis de pobreza. Em economias que não possuem programas de segurança social do governo, iniciativas de alívio humanitário e de rede de segurança são cruciais para evitar a inanição em massa. Este artigo discute a implementação de um programa de dinheiro em troca de trabalho destinado a transpor o hiato da fome em Malauí, destacando seu valor e tirando liço˜es para praticantes com relação a vários componentes do programa como por exemplo modelo, meta e cronograma, assim como os desafios.
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Espécies nativas de árvores e arbustos contribuem significativamente para o meio de subsistência dos produtores rurais ao fornecer alimentos, medicamentos, forragem e madeira. No estudo de caso relatado neste artigo, esta contribuição a` renda anual dos produtores rurais variou de 26 por cento a 73 por cento, e chegou até a US$650 por ano no caso das famílias em que os produtos agroflorestais eram sua fonte de renda primária. O consumo familiar não foi quantificado no estudo mas, com base nos comentários dos produtores rurais, as árvores nativas também desempenharam um papel importante ao proporcionar segurança alimentar, especialmente no ‘período da fome’ quando os estoques de grãos estão baixos e os produtores rurais estão esperando a próxima colheita.
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A exploração excessiva de plantas medicinais para práticas de cura tradicionais coloca em risco as áreas de conservação nativas. Na África do Sul, o Comitê de Mpumalanga Parks Board (MPB) tentou através de um projeto de plantas medicinais promover a conservação da natureza e beneficiar curandeiros tradicionais. O projeto foi bem planejado e implementado, com infraestrutura criada e uma fazenda modelo estabelecida para propagar as plantas medicinais. Porém, embora o projeto tenha visado o desenvolvimento da comunidade, muito pouco se materializou. Este artigo descreve a necessidade da propagação de plantas medicinais na África do Sul e utiliza o projeto de plantas medicinais para ilustrar as deficiências das tentativas de conectar a conservação da natureza com o desenvolvimento de meios de subsistência sustentáveis e da comunidade.
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O termo ‘parceria’ pode ser considerado como um Cavalo de Troia, disfarçando a realidade das relações complexas nos desequilíbrios de poder e desigualdade, frequentemente expressos através do controle de um ‘parceiro’ sobre o outro. Com referência em particular à experiência de uma ONG pequena e baseada no Reino Unido trabalhando em Uganda – a Hives Save Lives Africa – este artigo destaca como o poder é manifestado dentro das parcerias entre doador– ONG através do controle e fluxo de dinheiro; e que as ONGs que buscam fundos de doadores enfrentam muitos desafios que reforçam este desequilíbrio de poder.
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A educação é normalmente vista como uma responsabilidade do estado. A provisão não-estatal, porém, cada vez mais predomina em vários países em desenvolvimento em resposta à inacessibilidade e má-qualidade da provisão estatal. Seu crescimento não-planejado tem levado a propostas para desenvolver “parcerias público-privadas”. Porém, como vários dos artigos desta coleção indicam, tais parcerias são insuficientemente desenvolvidas no planejamento nacional, com consequências potencialmente adversas para a equidade. Mais frequentemente, provedores não-estatais estão tentando desenvolver relações com o estado, tanto para fortalecer a implementação de seu próprio serviço como também para pressionar o governo para que melhore a qualidade de sua própria provisão.
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Tendências emergentes nas reformas de planos do setor da educação indicam uma mudança não apenas em como a ajuda estrangeira é desembolsada, mas também em como os agentes da sociedade civil engajam-se em novas funções de políticas e advocacy. Esta contribuição examina essas funções da sociedade civil que estão em transformação em quatro países: Burkina Faso, Quênia, Mali e Tanzânia. Embora as abordagens setoriais amplas tenham criado novas oportunidades para a participação da sociedade civil em nível nacional, esta pesquisa sugere que as reformas setoriais também têm apresentado desafios significativos ao engajamento com o governo e doadores. Esta pesquisa enfatiza a necessidade de um processo transparente, regularizado e democrático para a inclusão de organizações da sociedade civil nas negociações políticas.
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Esta contribuição artigo examina as relações entre ONGs internacionais e instituições educacionais estatais em seus esforços para alcançar a Educação para Todos. Ele faz isto através de uma investigação da abordagem da Oxfam GB de vários níveis e estratégias para educação na Tanzânia. Examinando três componentes deste programa, ele explora o que significa uma “abordagem de programa único” para o trabalho sobre educação da Oxfam GB e investiga suas parcerias e relações de advocacy em nível local e nacional com diferentes instituições educacionais estatais e agentes. As fronteiras da parceria e colaboração são discutidas e o artigo conclui que as práticas de advocacy precisam ser vistas como mú ltiplas, parte de um processo e emergentes.
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Esta contribuição revê dez estudos de caso de programas educacionais complementares conduzidos pelo Programa 2 de Melhoria de Qualidade Educacional financiado pela USAID. A relação entre estado–não-estado em cada caso é explorada para revelar os arranjos que permitem que provedores não-estatais estendam o alcance e melhorem a efetividade da educação, particularmente para populações que são mal-servidas pelo sistema estatal. Provedores nãoestatais melhoram os modelos-padrões do ensino estatal ao mudar o conjunto de inserções em nível de escola, alterando os incentivos institucionais que governam o modo como as escolas operam e estabelecendo relações de accountability política mais próximas dos pontos de implementação de serviço.
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Entre 1995–06 e 2005–06, mais de 85.000 crianças com idade entre 8 e 14 anos participaram de um programa educacional complementar em áreas rurais do norte de Gana. A organização School for Life, que não possui fins lucrativos, oferece nove meses de instrução no idioma falado das crianças. Uma avaliação do impacto do programa demonstra que os programas educacionais complementares são capazes de ajudar as crianças a obter alfabetização básica em sua língua materna dentro de um prazo mais curto e de forma mais efetiva em termos de custos do que os sistemas formais escolares primários do estado.
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Esta contribuição examina as estratégias propostas de parceria público-privada (PPP) do governo da Índia em educação em seu décimo e décimo primeiro plano de cinco anos. A análise visa verificar o papel do estado como financiador, gerente e regulador da educação em vista das estratégias propostas de PPP. A análise mostra que as estratégias conectam fortemente as PPPs em educação com privatização, e além disto, que apesar das afirmações de “um papel significativamente maior do estado”, as estratégias propostas resultam em um papel reduzido do estado no financiamento, gerência e regulação da educação.
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As Madrasas, escolas islâmicas, são importantes provedoras não-estatais de educação no sul da Ásia, especialmente para crianças de difícil acesso em comunidades muçulmanas. A atenção recente sobre as madrasas, porém, tem se concentrado em suas supostas conexões com a militância, obscurecendo a análise de seu papel enquanto provedores de educação. Com base em uma análise comparativa dos programas de modernização das madrasas coordenados pelo estado em Bangladesh, Índia e Paquistão, que visaram introduzir assuntos seculares no curriculum das madrasas, esta contribuição argumenta que as madrasas podem ser parceiros importantes para promover a Educação para Todos. A formação de tal parceria, porém, depende do estado assumir um compromisso financeiro sério para o programa de reforma e desenvolver uma relação de confiança com a elite religiosa.
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Programas populares de educação conduzidos por movimentos sociais estão reformulando as políticas e a educação na América Latina. Negociando com governos, eles promovem justiça social enquanto educacionalmente desafiam a padronização educacional “neo-liberal”. Passando de uma estratégia defensiva para uma ofensiva, alguns movimentos apóiam-se economicamente enquanto desenvolvem novas estratégias educacionais. Eles encontram apoio e oposição dos governos democra´ticos sociais na região. Eles estão em disputa com as organizações internacionais bilaterais e multilaterais que promovem políticas de cima para baixo neoliberais, e alguns desses novos movimentos sociais têm ido além da ação social em regiões específicas e fronteiras nacionais criando alianças regionais por sua luta.
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A colaboração entre governos e provedores não-estatais de serviços básicos é cada vez mais o foco de atenção de agências internacionais e formuladores de política nacional. A intenção de tal colaboração é apoiar objetivos comuns para se alcançar provisão universal. Baseando-se em pesquisa realizada em Bangladesh, Índia e Paquistão, o artigo mostra que a colaboração pode ser bem-sucedida quando as ONGs não dependem de recursos limitados para o seu financiamento e investem tempo no desenvolvimento de uma relação informal com representantes do governo. Nestes casos, não apenas a colaboração pode fortalecer a provisão de serviços de ONG diretamente como também oferece oportunidade para as ONGs engajarem-se em políticas e advocacy mais amplas através de uma influência interna.
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Este ponto de vista utiliza relatórios de avaliação do Nepal, Afeganistão e Iêmen para aprender lições sobre como doadores e governos podem trabalhar mais efetivamente com agentes não-estatais para implementar a educação em estados frágeis. A estrutura de avaliação baseia-se nos princípios do Comitê de Assistência ao Desenvolvimento para um bom engajamento internacional em estados frágeis. A análise conclui que uma parceria mais efetiva requer uma melhor regulação de agentes não-estatais, maiores esforços para desenvolver a capacidade da comunidade de manter as escolas e o governo local responsáveis pela qualidade dos serviços e uma análise mais honesta e sistemática das dinaˆmicas de conflito de investimento no setor da educação.
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As relações entre provedores estatais e não-estatais em estados frágeis ocorrem dentro de contextos políticos e econômicos complexos específicos. Além disto, abordagens de doadores para estados frágeis específicos influenciam o fluxo e as prioridades dos recursos de ajuda. No setor da saúde, estados frágeis apresentam resultados de saúde incrivelmente ruins, com taxas de mortalidade e morbidade maiores do que outros países relativamente estáveis de baixa renda.
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Ogoverno queniano introduziu a educação primária gratuita em2003 para universalizar o acesso à educação primária. Embora a política permita uma abrangência universal, ela deve beneficiar mais os pobres uma vez que são eles os excluídos do setor da educação antes da política ser introduzida. Utilizando dados de pesquisa sobre famílias coletados em Nairóbi, este artigo avalia o impacto da política sobre os resultados escolares dos pobres. Os resultados revelam que a política de educação primária gratuita no Quênia ainda exclui os mais pobres dos pobres.
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Esta breve contribuição oferece um pequeno histórico, tocando em algumas das tendênciaschave e pontos cruciais no trabalho sobre educação da ActionAid e documenta a evolução da relação entre a ActionAid e os governos. A história da ActionAid é ilustrativa de várias formas das mudanças mais gerais no setor de ONGs desde o início dos anos de 1970.
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Whether Northern NGOs have willingly embraced or tried to stand out against the New Public Management orthodoxies that have increasingly dominated development and humanitarian assistance over the past 20 years, the assumption remains that their interventions make a sustainable difference to people living in poverty, excluded from decisions and processes that affect their lives. Some NGOs deliberately channel their assistance through local organisations, while others are quicker to take an operational role; some define their interventions in terms of human rights (or rights-based approaches) and gender equity, or issues of class; others would emphasise the inequalities that lie at the heart of capitalist globalisation. They would tend to argue that unless they conform to the demands and expectations of their own donors, they could not raise the money required in order to do their work. There have been attempts at NGO self-regulation, most obviously in the humanitarian sector with initiatives such as the Sphere Project and the Humanitarian Accountability Project, with their roots dating back to the 1994 Code of Conduct for The International Red Cross and Red Crescent Movement and NGOs in Disaster Relief; and organisations such as Keystone are looking at accountability for social change (see, for example, Wilford and Jacobs 2010). But the sector overall seems to take for granted that it is basically on the right tracks.
It is, then, particularly opportune for Jenny Pearce to ask whether it is possible for Northern NGOs to fund social change in the South and, if so, what they might need to do differently. She argues that the answers will not be found in imposing more and tighter reporting schedules on local counterpart organisations, but in refining NGOs’ conceptualisations of social transformation, which will in turn shape the kinds of relationship that they form, and the role of resource transfer within them. She further argues that theoretical and political clarity about transforming power, not merely ‘doing empowerment’, will also determine how robustly an NGO will resist or modify bureaucratic pressures that run counter to such an agenda. Such a position may, of course, result in reduced budgets, as there will almost always be amore compliant NGO to step in: would any Northern NGO still claim that its goal is to make its own existence unnecessary? Rosemary McGee writes about the difficult balance to be struck between the headquarters of a Northern NGO and its country offices – in this case in Colombia. While it is understandable that such agencies wish to establish organisation-wide policies and procedures, interpreting them will require flexibility in each specific context, in order to keep faith with the underlying principles. The ‘radical practice of partnership’ is indeed the only meaningful way to work in situations that are marked by complex political violence. Moire O’Sullivan pursues the partnership issue in her article about the realisation by Concern Worldwide of the discrepancy between its definition of partnership and the range of relationships in which it was actually involved; she describes how the agency mapped these relationships in order to help staff to be clearer, and therefore more discerning, about the nature of their engagement with local organisations. Barry Cannon describes an Active Citizenship programme in El Salvador, Honduras, and Nicaragua, which comprised a number of initiatives aimed at strengthening the capacity of local civil-society organisations
(CSOs) to engage in public action to influence the policy process, and which also included an NGO diploma. This again highlights the importance of having clear theoretical positions regarding, for instance, the definition and role(s) of civil society, and a well-informed sense of the political space within which civil society and CSOs specifically can operate – although recent events in Honduras took even seasoned observers by surprise. Richard English presents brief examples from Armenia, Azerbaijan, and Georgia, where collective action has successfully brought about change via well-researched advocacy or has by the power of example influenced national policy.A further set of articles focuses on economic issues with reference to Latin America. Jason Spellberg and Morgan Kaplan attribute the failure of US policies to eradicate the cocaine trade to the lack of viable economic alternatives for Andean coca producers. This results in the intensification of US military efforts, which further alienates small farmers without achieving the principal objectives. The authors call instead for USAID and other donors to enable local producers to form co-operative industries that would make selling high-quality processed products to international markets sufficiently profitable for them to abandon coca production voluntarily. William F. Waters addresses the current interest in conditional cash transfers as a means of fostering social development, in particular health and education, focusing his attention on their application among indigenous communities in Panama. The lessons drawn from his qualitative research are that, to be effective, programmes depending on co-responsibility need first and foremost to respect and be imaginative about how to incorporate cultural norms and expectations, must be properly explained in the local language, and then should be consistently available to the intended beneficiaries; he argues also that conditional cash transfers are only part of a far wider picture and are not in themselves a development solution. Hugo Santana de Figueirêdo Jr and Bryanna Millis assess the impacts of regulatory reforms on the Brazilian cashew-nut industry, using a value-chain approach to identify constraints and to develop a consensus on necessary reforms, specifically tax and credit regulations, required to make the industry more competitive internationally.
Joel F. Audefroy compares experiences of emergency and post-emergency housing programmes in Latin America and Asia, particularly following major catastrophes, highlighting good practices in relation to the design of temporary shelter and permanent housing, use of local materials, skills, tools, and technology, and the encouragement of participatory processes of decision making and evaluation. Traffic accidents are responsible for 1.2 million fatalities a year worldwide and are a leading cause of avoidable death. Ruth Salmon and William Eckersley argue, however, that much education on road safety is inappropriate and impractical; they present a pioneering community-managed programme in Ethiopia which might be adapted for use in other settings. Finally, Matt Grainger reports on the November 2009 World Summit on Food Security, concluding that despite its obvious failings there was one breakthrough that could, if it gains sustained international support, ensure a co-ordinated global approach to food security. But whether governments will ever voluntarily put the needs of the world’s majority above the demands of their domestic constituencies remains a moot point.
Reference
Wilford, Robyn and Alex Jacobs (2010) ‘Listen First: a pilot system for managing downward accountability in NGOs’, Development in Practice 20 (7), forthcoming.
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Este artigo concentra-se nas ONGs do hemisfério norte que visam financiar uma mudança social progressiva e que incentivam os beneficiários a questionar o mercado e o poder político, e nas ONGs para as quais elas canalizam fundos na América Latina. Após examinar vários tipos de críticas de ONGs, o artigo pergunta se não é apenas perigoso na prática financiar mudança social, mas também equivocado em princípio, ou se ainda há maneiras de se utilizar recursos para aumentar a capacidade dos agentes de mudança locais para que façam as escolhas que eles consideram adequadas. O artigo conclui que muito depende da teoria e prática da mudança social que sustenta a transferência de recursos, particularmente em relação à transformação de poder em contraposição a ‘empoderamento’, em relação ao ativismo social e à solidez dos esforços dentro das ONGs para resistir ou modificar exigências burocráticas dos doadores de origem.
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Certos contextos tornam particularmente desafiadores as desconexões e descontinuidades entre as sedes das ONGs Internacionais (ONGIs) e as operações internas do país, como esse caso da Christian Aid demonstra. As lealdades são afetadas por tensões quando se busca discernir qual a melhor maneira de trabalhar com parceiros em uma crise de direitos humanos em um país de renda média. Contornar esses desafios exige uma investigação crítica e uma prática radical de parceria. Com muitas ONGIs descentralizando parcial ou inteiramente as operações e em contextos de programa de ONGIs anômalos e complexos como este, é vital analisar as desconexões e apoiar funcionários internos do país para responder criativamente a elas, para fazer justiça ao potencial do programa e aos princípios de parceria.
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Este artigo coloca as experiências do projeto de Cidadania Ativa na América Central coordenado pela Dublin City University dentro de discussões mais gerais sobre o papel da sociedade civil na construção da democracia e aumento do desenvolvimento. O artigo examina o desenvolvimento e conteúdo do projeto e avalia sua efetividade utilizando uma estrutura derivada do conceito de Nancy Fraser (1993) de público ‘fraco’ e ‘forte’. Ele constata que o projeto oscila entre essas posições e faz recomendações de políticas para ajudar a mudá-lo para mais perto da concepção de um ‘público forte’. Ele finaliza afirmando que na conjuntura atual uma concepção de ‘público forte’ é um princípio norteador ú til para a oncepção dos projetos de desenvolvimento sobre a sociedade civil.
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A partir das respostas de emergência das Nações Unidas envolvendo campos com tendas, até a abordagem de reconstrução da FUNDASAL em El Salvador e de moradia da Caritas na Ásia, está claro que um grande passo foi tomado em relação à ideia sobre abrigos de emergência e também sobre como a prevenção e reconstrução são gerenciadas. Este artigo avalia algumas boas práticas atuais na Ásia e América Latina em abrigos de emergência após desastre que utilizam habilidades locais, materiais e ferramentas e processos participativos.
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Governos da América Latina e de outros lugares têm implementado programa de transferência de dinheiro condicional para melhorar os padrões de vida das populações definidas como vulneráveis e excluídas dos benefícios do desenvolvimento, para melhorar o acesso à educação e a serviços de saúde e para melhorar o capital humano. Pesquisa qualitativa conduzida entre três grupos indígenas no Panamá oferece lições para avaliar esses programas com base nas percepções e convicções culturalmente-informadas e práticas de beneficiários em potencial. Este artigo mostra que co-responsabilidades requeridas devem ser combinadas com serviços de alta qualidade que estejam consistentemente disponíveis e que sejam socialmente, culturalmente e linguisticamente apropriados.
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Desde a década de 1980, os EUA tem lutado contra a cocaína nos Andes com incentivos e punições: interdição e erradicação de plantações como punição, e o Desenvolvimento Alternativo (AD), que oferece assistência econômica aos produtores rurais que voluntariamente abandonam o cultivo ilícito, como incentivo. Muitos críticos culpam a beligerância dos EUA por aumentar a guerra das drogas andina. O problema que está por trás desta estratégia atual, porém, pode não ser a agressividade de suas punições militares, mas a fragilidade de seus incentivos de desenvolvimento. A inabilidade do AD para persuadir os produtores rurais a abandonar o cultivo da coca pode estar fazendo os formuladores de políticas dos EUA a aplicar soluções militares em excesso – frequentemente incitando comunidades rurais e exacerbando a instabilidade regional ao fazer isto. Poucas colheitas legais podem promover o mesmo poder aquisitivo que o da coca. O artigo, portanto, sugere que os incentivos dos EUA devem se tornar mais atrativos, adotando-se um modelo de Desenvolvimento de Iniciativa que ajude os produtores rurais a processar seus produtos legais em mercadorias finais de alta qualidade que proporcionem preços mais altos. Tal estratégia poderia de forma concebível sufocar a máquina da cocaína aplicando-se as forças de mercado para lidar com as realidades de mercado.
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Este trabalho avalia os impactos regulatórios sobre a indústria de caju brasileira através do uso-piloto da CIBER, uma abordagem baseada na cadeia de valor para identificar e medir limites regulatórios e para executar reformas regulatórias em projetos de desenvolvimento financiados por doadores. Recorrendo a fontes secundárias complementadas por pesquisa de campo primária, todos os passos sugeridos pela CIBER foram seguidos. Os resultados revelam que as regulações de impostos e crédito devem ser prioridades para melhorar a competitividade da indústria de caju no Brasil, e que a CIBER pode ser uma ferramenta efetiva para expandir a análise da indústria e montar estratégias de reforma em direção a uma maior competitividade.
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Émuito motivador ver pessoas vulneráveis tornando-se fortes defensores de seus próprios direitos e persuadindo seu governo a agir, ou ver jovens economistas empolgados influenciando o estado e promovendo mudança positiva para milhares de famílias pobres. Éimpressionante ver o trabalho dedicado de uma ONG nacional para desenvolver programas bem-sucedidos de cuidados de saúde da comunidade que influenciam os serviços de saúde de todo o país. As três histórias do Cáucaso descritas neste artigo mostram o que pode ser feito através de pessoas que se tornam fortes defensores de seus próprios direitos ou dos direitos de outras pessoas que vivem na pobreza.
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Acidentes de trânsito matam 1,2 milhão de pessoas anualmente e o número está crescendo rapidamente, particularmente nos países em desenvolvimento. Embora a educação sobre segurança de crianças na estrada seja amplamente considerada importante, poucos programas têm resultado em melhorias visíveis na segurança. Revisamos a educação sobre segurança na estrada na Etiópia e concluímos que isto é frequentemente inapropriado e impraticável localmente. Tais programas estão baseados frequentemente em modelos educacionais dominantes mas inefetivos, importados de outros contextos. Baseando-se em nossa experiência de estabelecer um programa de educação sobre segurança na estrada de crianças gerenciado pela comunidade na Etiópia, sugerimos como a educação sobre segurança na estrada em países em desenvolvimento poderia tornar-se mais efetiva.
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Apesar de sua adoção de uma abordagem de parceria dentro de seus países de operação, a Concern Worldwide tem lutado para adequar sua definição de parceria com a série de relacionamentos realmente engajados na base. Um diagrama de mapeamento de relacionamento criado durante seu workshop sobre formulação de Política de Parceria tem agora ajudado a fazer a ponte desta lacuna entre teoria e realidade. Programas de países têm também constatado que o processo e o resultado de tais exercícios de mapeamento ajuda-os a reconhecer quais relacionamentos eles possuem e, por sua vez, de quais relacionamentos eles precisam, para alcançar resultados.
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It may not be scientific, but it was interesting to hear journalists passing judgement among themselves on the 2009 World Food Summit organised by the Food and Agriculture Organization of the United Nations. ‘A waste of time and money’, one told this author. ‘What did it achieve? Nothing.’ The BBC and other news crews had already packed up their gear and departed well before the final day because, they said, the story had gone: ‘Our editorial desks have lost interest in it’. Journalists had no alternative but to conclude that the Summit was a failure and disappointment. Oxfam rated it two out of ten (a generous rating, they could have given it one out of ten). ActionAid said that the Summit had thrown away a great chance of stopping a billion people going hungry.
The meeting’s host, Food and Agriculture Organization Director-General Dr Jacques Diouf, said he ‘regretted’ that the Declaration did not mention new targets or deadlines for tackling global hunger; he even went so far as to say that he was out of the room when it had been finalised on Day 1. These were extraordinary statements for him to make. It was taken as confirmation from on high that all action and ambition had been knowingly stripped out of the summit, leaving it as an empty talk-shop. Diouf’s candour made it easy for journalists to savage his Summit but, even so, the UN and country delegates did not seem to have any plan or inclination to defend it at the end. This was more than a PR glitch. Rich countries in particular seemed to have calculated that they did not need to invest much political capital in the Summit, because they would not lose any should it fail. And they were right: the Summit simply whimpered to an end, with everyone and no-one to blame. This kind of political cost–benefit calculation was played out again a month later, but with a far different outcome, at the Copenhagen Climate Change Summit, where leaders who did personally and substantively invest in a successful outcome emerged severely bruised from another ‘disappointing’ UN process, amid much more noise and hostility. There was never a danger of news crews walking away early from the Copenhagen story, which at least meant that we were left with a better idea of why things happened as they did. So what went wrong in Rome – and did anything go right?
From the beginning the UN, aided by campaigning NGOs, set the context for the 2009 World Summit on Food Security as being the worst moment for human hunger in recorded history. For the first time, the number of hungry people on Earth had topped one billion (in fact well over a billion and rising fast). So there was a general expectation that this was a summit that really did matter. However, behind the scenes a different judgement had already been made: no G8 leader ever intended to urn up to the Rome Summit (bar Silvio Berlusconi, who lived just a short taxiride
away). Before it had even started, rich countries had dismissed it as a potential theatre of action because they had already pledged US$ 20 billion to tackle global hunger earlier in the year at the L’Aquila G8 meeting. Insider wisdom said that the rich-country governments were not prepared to go further than that at yet another summit (and one that they did not want), especially because the potentially big-spending conference on climate change was scheduled to take place in a few weeks’ time. Diouf and UN Secretary-General Ban Ki Moon tried inventing some moral and political momentum (and media coverage) by staging a personal 24-hour hunger strike, but among journalists and others this was seen as a stunt born (at least a little) in desperation. The media were interested in critics saying that absent G8 leaders had caused the imminent failure of the Rome Summit on Food Security, but while this was certainly true to some extent, the G8 leaders did not cancel en masse at the last minute. The UN was long aware that its summit – for all of its life-and-death importance – was not politically popular within the G8. However, in stark contrast, a large number of leaders from developing countries did want this Summit and believed that it mattered enough for them to attend personally.Even given the high level of disregard by some, and cynicism among many others, the Final Declaration was still extraordinarily bland. Instead of specific plans to halve global hunger by 2015, countries could only come up with a vague statement to ‘take action . . . at the earliest possible date’. Countries could have declared a rescue package for the Millennium Development Goal to halve hunger by finding up to US$ 40 billion a year, with half of it going to farming, transport, and market systems that support smallholder farmers, and the other half to reformed food-aid and emergency interventions and social protections. But all they could manage in the end was to ‘be ready to increase the percentage of ODA to go to agriculture’ if countries wanted that. The meeting should have increased support to the kinds of sustainable farming method that would help poor farmers to feed their families and increase their income. According to Oxfam, that this did not happen tainted the Summit with arguably its worst failure.
However, the Summit did agree to empower the FAO’s Committee on World Food Security (CFS). The CFS will, it said, become the foremost inter-government platform for the development of global policies and strategies in support of countries’ plans to enable poor farmers and farm workers and consumers to achieve food security and sustainable livelihoods. Groups and organisations including NGOs, UN agencies, IFIs, the WTO, and private-sector associations will feed into this newly strengthened CFS, whose annual meetings will from now on be ‘mini-world food summits’ with ministerial representation. Although not headline-friendly, the empowerment of the CFS was a significant result from the Rome Summit; indeed, it could one day prove to have been historic. One of the biggest handicaps in tackling human hunger to date has been the complete lack of co-ordination among governments and UN, Bretton Woods, and non-government agencies. A revamped CFS could fix that, if all countries commit to it, both politically and financially. It could increase global co-ordination, coherence, and accountability, especially between humanitarian and development assistance for food security.
But even this one victory of a failed summit is far from secure and harmonious. It could yet all unravel. Some governments are unconvinced that the CFS should have such power, or that it can be effective across 191 member states. These concerns are not groundless. Among the G8 countries, the USA, the UK, and Canada – plus Australia and New Zealand – are pushing for global agricultural funding and strategies to be channelled through the World Bank via the ‘L’Aquila Food Security Initiative’ instead. This raises fears that the beneficiaries will not be poor people in developing countries, but those living in the rich countries. The World Bank is clearly a strong advocate of economic liberalisation and of agricultural methods that may not be wholly appropriate and sustainable for poor farmers. Rich countries have pledged US$ 20 bn over three years to the L’Aquila Initiative – and hence possibly the reason why they did not really want to engage at a high level in Rome; however, only about a quarter of that money appears now to be new. There are a number of other initiatives to tackle global hunger similar to the L’Aquila Initiative which, unless they become part of a CFS-led co-ordination effort, could end up undermining the entire CFS process. The idea of a democratic CFS where all stakeholders have a voice is a good one, but in order to gain credibility it must put paid to a lot of scepticism first.
In terms of who will make the big decisions on global food governance and food security (and in whose interests), the Rome Summit on Food Security left many questions unanswered. Will governments continue to exploit natural resources in an unsustainable way to feed rich-world consumption and profit patterns? Will they choose a greener, fairer path and invest in smallholder farmers in developing countries and encourage responsible business behaviour? How will governments organise themselves to raise and spend to fairly promote food security and sustainable livelihoods in a carbon-constrained world? Who will regulate agribusiness, and how? There remains a lot still to play for in 2010.
The author
Matt Grainger is Head of Media at Oxfam International.
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In 'The F-word and the S-word - too much of one and not enough of the other', by Cassandra Balchin (Development in Practice, volume 17, numbers 4 & 5: 532-8, DOI: 10.1080/09614520701469500), a statement on page 535 read as follows:
Meanwhile, gender specialists working in international development and human-rights NGOs continue to find acceptance for the simple message that fundamentalism is bad for women's health.
It should have read:
Meanwhile, gender specialists working in international and human-rights NGOs still find it hard to get acceptance for the simple message that fundamentalism is bad for women's health.
Deborah Eade, the Editor-in-Chief, takes full responsibility for this error, for which she offers her sincere apologies to the author and to readers.
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This special issue on child protection reflects a growing awareness among many researchers and practitioners of the sheer numbers of boys and girls in developing countries who continue to be exposed to poverty and other related adversities, despite recent concerted efforts to improve children's survival and well-being. There is evidence that too often our efforts to protect children are not as effective as we hope and, worse, there have been nagging suspicions that they are sometimes even misguided and counterproductive. It has gradually become clear that the challenge to understand why and how children become vulnerable flows into the challenge of understanding why and how our efforts to protect them succeed or fail. It is that question that this journal issue addresses.
The Oak Foundation was concerned to better understand some of the numerous risks confronted by children in developing countries, taking into account as far as possible boys' and girls' own perspectives, and to propose ways forward for policy: to this end, the Foundation was keen to initiate an exchange between researchers and practitioners by funding a workshop hosted by the Young Lives study in Oxford in May 2011. Independent scholars and Young Lives staff were brought together to share findings from their research with children in diverse contexts and consider the implications for policy. The contributors are all experienced researchers and practitioners who have worked for many years with children in developing countries. It soon became apparent in the workshop that participants shared a critical perspective on current policies and a consensus was reached on the need for new approaches. The articles presented here reflect this critical perspective and offer suggestions for reform based on empirical findings around a range of child protection concerns, including children's work, independent migration, family separation, early marriage, and military occupation. The introduction and concluding reflections, co-authored by Michael Bourdillon and William Myers, who also facilitated the workshop, draw out the key messages. Together, these contributions provide an important body of knowledge which is applicable to humanitarian and development policy and practice.
Young Lives' involvement in this work has been motivated by evidence emerging from the study that poverty is a key indicator for multiple risks in children. Building on a multidisciplinary perspective and using a mix of survey and qualitative data, the study is tracking 12,000 children, their households, and communities over 15 years, in Ethiopia, India (Andhra Pradesh), Peru, and Vietnam. The boys and girls in the sample are in two age groups, one born around 2000–2001 and the second, 1994–1995. They were drawn randomly from approximately 20 poor rural and urban sites in each country that were selected to reflect country diversity in terms of livelihoods, ethnicity, religion, and other social determinants.
For more information about Young Lives, visit www.younglives.org.uk. Longer versions of several of the articles in this special issue can be found on the Young Lives website (searchable at www.younglives.org.uk/our-publications).
To access the pdf version, please follow the link below:
http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09614524.2012.672963
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Many claims are made for the role of research in development, their proponents divided very broadly into those who focus on its potential influence on policy and those more concerned with its impact on practical outcomes. A further divide exists between 'professional' researchers, whose careers and reputation are dependent on what they produce, versus those who emphasise a more iterative approach, among whom there are many co-producers, including people with no academic ambitions or credentials, none of them claiming sole ownership. And of course there are all sorts of researchers or knowledge-brokers who cross over these boundaries, or fall between them. Central to such considerations are the familiar questions of whose knowledge matters, but also how such knowledge is packaged and for what purpose(s) it is intended.
An example from my own experience will serve as illustration. We now know that the North American Free Trade Agreement (NAFTA) has, among other things, undermined Mexico's previous self-reliance in the production of staple grains and accelerated the decline of subsistence and self-provisioning agriculture. These processes were already well under way in the far more fragile Central American states in the mid-1980s, although peasant farmers' unions were barely aware of the inexorable shift away from predominantly agrarian economies, and were certainly in no position to see the whole picture. Academic research into the cattle and maize sectors brought these issues to light, but not of course in a form that could be comprehended outside academic departments of economics. The researchers were passionately concerned to convey their findings to the people most affected, via unions representing the rights and interests of peasant farming communities. It is rare, however, that academics - in addition, in this case, foreigners - can communicate their findings in a way that semi-literate rural communities can readily understand and act upon. Most researchers have difficulty even in producing the 'one-side-of-A4' that government officials and policy makers require. Rather than pretending that it was feasible to expect them to do this, a two-pronged approach was taken. On the one hand, a local journalist published a series of newspaper articles highlighting the findings and their implications, which he followed up with interviews with politicians and government officials - effectively sensitising urban public opinion and also creating the environment for social mobilisation. On the other hand, the essential facts were portrayed in narrative form and used as post-literacy material for participants in the union's adult-literacy campaign, serving the dual purpose of provoking new thinking about how they should strategise (specifically, whether it still made sense to promote land seizures, often violent affairs) and creating material that would really engage new readers' interest and thus reinforce their literacy. Nobody would claim that agrarian policies turned around as a result: political and economic forces had always been stacked against such a utopian outcome. But what is clear is that a range of communicators needed to be engaged from the beginning, not to 'dumb down' or sensationalise, but to make development research truly relevant to the shapers of policy and practice - which, I would argue, is fundamentally an issue of accountability to those who are supposedly intended to benefit from development.
A number of articles in this issue focus on development research, and particularly on the values that underpin it. Birgit Habermann and Margarita Langthaler consider different concepts of what development research should set out to achieve, and therefore how it should be conducted. They find an increasing gap between those who assert that the role of research is to provide the evidence base for policy, and should therefore tailor its approach, presentation, and language accordingly; and those who believe that the best way to contribute is to maintain a critical distance from policy and practice and become a 'pure' academic discipline. Cathrine Brun and Ragnhild Lund offer a candid account of the difficulties as well as the successes of academic-NGO collaboration, based on the experience of applying a Real Time Research methodology to post-tsunami work in Sri Lanka. Sam Wong also reflects in a refreshingly honest way on the fact that the 'right to safety' of local NGO staff is often compromised by external researchers' 'right to know', where the power relations between them make it hard for the local people even to feel that they have the right to negotiate. The author suggests some basic principles for taking account of emotional aspects of safety in research ethics.
Alex Jacobs and Robyn Wilford describe a pilot scheme for improving downward accountability in NGOs, where the mechanisms - and mindsets - have traditionally focused on being upwardly accountable to donors, a trend generally replicated in the tendency for field offices to be accountable to the headquarters, rather than the other way around. Chris Mowles' article on NGO management, including what is considered 'evidence' and how this is validated, again touches on the issue of how social change comes about, arguing for a more subtle understanding of the ongoing social and political processes of human interaction in shaping beliefs and practices.
Beliefs and practices often diverge, however. The orthodoxy of rights-based development is challenged in the article by Mary Llewellyn-Fowler and John Overton, who examine how local NGOs in Fiji understand and use human rights for development, demonstrating the tensions involved in translating 'universal' approaches to human rights into local contexts. In a fascinating longitudinal study, Sidney Ruth Schuler, Farzana Islam, and Elisabeth Rottach return to earlier work on women's empowerment in Bangladesh and find that while the enormous social and economic changes that have since taken place render some previous indicators less relevant, continuing gender inequality leaves no room for complacency. Kirsty Martin and Michael Wilmore present an account of community radio in Nepal and efforts to be responsive to local views in developing programme content. Again with reference to Nepal, Bishnu Maya Dhungana and Kyoko Kusakabe look at the somewhat patchy success of self-help groups of women with disabilities in surmounting the social and practical constraints affecting their potential employability and their actual ability to secure paid employment: as is well known in other contexts, women's organisations tend not to take disability into account, while the disability movement is dominated by men, and tends not to take on board issues specific to women. Encouragingly, however, Sue Coe and Lorraine Wapling describe the early stages of World Vision's initiative to become disability-aware, following its commitment to principles of inclusion. The issue closes with a brief presentation by Alasdair Cohen of a methodological tool for measuring rural poverty.
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Este artigo oferece uma crítica das formas dominantes de se conceber, gerenciar e avaliar o desenvolvimento. Ele argumenta que esses métodos de gestão limitam a exploração da novidade e da diferença. Baseando-se nas ideias das ciências da complexidade, particularmente a teoria da emergência, o artigo reivindica uma ampliação de nosso entendimento de como a mudança social ocorre. Argumentando que o domínio do desenvolvimento não é uma disciplina técnica limitada, mas sim uma prática intensamente social e política de reconhecimento mútuo, este artigo clama por um maior enfoque no poder e processos de relações pois eles afetam a interação local entre as pessoas.
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A pesquisa de desenvolvimento tem passado por várias fases nas últimas décadas, e durante este tempo tem enfrentado uma apreciação variável pela prática de desenvolvimento. Há uma lacuna cada vez maior entre as formas diferentes de se fazer pesquisa de desenvolvimento. Para alguns, o propósito da pesquisa de desenvolvimento é principalmente influenciar políticas e, para fazer isto, a pesquisa de desenvolvimento tem de sistematizar novamente sua abordagem completa, linguagem e metodologia. Outros sustentam que a pesquisa de desenvolvimento precisa distanciar-se, manter uma abordagem analítica e até mesmo crítica em relação à prática de desenvolvimento e tornar-se uma disciplina acadêmica por pleno direito.
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Este artigo desenvolve o nexo ‘segurança–emoção–poder’ e destaca o papel da emoção na pesquisa ao politizar as relações de poder desiguais entre pesquisadores e funcionários de ONG em definir perigo e negociar segurança em seu trabalho de campo. Com base nas experiências de pesquisa do autor em Bangladesh e Gana, ele argumenta que a pesquisa que toca em tópicos carregados de emoção pode causar tensão e dor a funcionários de ONG e aos seus familiares. O ’direito a segurança’ de funcionários de ONG fica frequentemente comprometido pelo ’direito de saber’ dos pesquisadores. As normas para evitar conflito também limitam os funcionários de ONG de negociar a segurança. Ao abordar essas questões, o artigo sugere três princípios de tornar emocional a segurança na ética de pesquisa.
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Este artigo relata sobre um projeto de pesquisa destinado a desenvolver formas sistemáticas de gerenciar accountability no sentido de cima para baixo em uma ONG internacional. Ferramentas inovadoras foram desenvolvidas e testadas em seis países. As ferramentas incluíam uma estrutura, definindo accountability de cima para baixo em termos práticos e três processos gerenciais. Eles foram usados de maneira bem-sucedida para: (a) incentivar funcionários a melhorar a accountability de cima para baixo de maneira relevante para o seu contexto; (b) ouvir as avaliações de beneficiários do nível de accountability alcançado e o valor do trabalho da ONG; e (c) gerar sumários de desempenho quantificados para gerentes. Juntos, eles formam um sistema gerencial preliminar coerente. Áreas para pesquisa adicional são identificadas.
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Este artigo examina as experiências e resultados da colaboração entre um grupo de pesquisadores e uma ONG do hemisfério norte para melhorar o trabalho de recuperação no Sri Lanka após o desastre do tsunami no Oceano Índico em 2004. Uma metodologia de Pesquisa em Tempo Real foi estabelecida para se seguir e intervir nas práticas de recuperação conforme elas ocorrem na base. O que foi aprendido e alcançado através desta colaboração é avaliado e trata particularmente das relações entre os vários agentes envolvidos na colaboração.
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Embora as abordagens de desenvolvimento ‘baseadas em direitos’ – aquelas em que o desenvolvimento e o alívio da pobreza são vistos através de uma lente de direitos humanos – têm se tornado a linguagem de escolha entre a comunidade de desenvolvimento internacional, menos se sabe sobre como os direitos humanos são utilizados para o desenvolvimento no âmbito local. Utilizando um estudo de caso de Fiji, esta pesquisa investiga como ONGs locais compreendem e utilizam direitos humanos para desenvolvimento e demonstra algumas das tensões envolvidas em transformar abordagens gerais e supostamente universais em direitos humanos nos contextos locais.
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Este artigo explora dimensões variáveis do empoderamento das mulheres no decorrer do tempo em três vilarejos de Bangladesh onde um dos autores tem conduzido pesquisa desde 1991. O artigo discute questões teóricas sobre medida de empoderamento das mulheres e descreve resultados de um estudo recente nos vilarejos explorando o destaque atual de indicadores desenvolvidos para um levantamento de 1992. No artigo nós discutimos os tipos de mudanças sociais, econômicas e políticas que afetam a medida de empoderamento de mulheres, propomos e explicamos um novo conjunto de indicadores para o estabelecimento rural de Bangladesh e discutimos implicações para medir o empoderamento de mulheres em outros cenários.
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A literatura sobre Grupos de Auto-Ajuda (SHGs) mostra um registro mesclado sobre empoderamento de mulheres tanto economicamente quanto socialmente, embora a literature sobre Mulheres com Deficiência (WWDs) destaca os problemas do isolamento que aumenta as desvantagens deles. Este artigo pergunta se os SHGs podem empoderar WWDs com base em um estudo conduzido em Kathmandu Valley, Nepal. Ele conclui que ser membro do SHG é ú til para se obter emprego que leva a um maior reconhecimento da família e da sociedade. Porém, oportunidades de emprego e experiências organizacionais significam que os benefícios não são igualmente compartilhados entre todos os membros.
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Este artigo explora o envolvimento local na rádio comunitária e as mudanças que isto tem trazido para a vida das pessoas comuns no Nepal. Argumentamos que desde que a primeira licença de rádio independente do Nepal foi concedida em 1997, a rádio comunitária tem se tornado um veículo importante para as visões populares. Baseando-se em um estudo de caso de uma série de rádio produzida por uma estação de rádio comunitária transmitindo Hamro Lumbini (Our Lumbini) da Rádio Lumbini, este artigo aborda as maneiras pelas quais o envolvimento da comunidade local é atualmente compreendido e discutido por ouvintes e produtores de programa e as implicações desse envolvimento.
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Este artigo examina as primeiras lições aprendidas com a inclusão de pessoas deficientes com base em princípios socialmente inclusivos no trabalho de programa da World Vision na Angola, Armênia, Camboja e Senegal. Revisões externamente coordenadas e avaliações conduzidas entre julho de 2007 e abril de 2008 extraíram sete lições-chave. Em resumo: o efeito substancial de questões de atitude de agentes envolvidos sobre a implementação prática; a importância da consulta autêntica com uma série de pessoas deficientes; considerações orçamentárias apropriadas e a necessidade de cautela em relação ao trabalho sobre meios de subsistência.
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A Ferramenta de Avaliação da Pobreza Multidimensional: uma nova estrutura para medir a pobreza rural
A Ferramenta de Avaliação da Pobreza Multidimensional (MPAT) mede dimensões fundamentais da pobreza rural para apoiar esforços de redução da pobreza nos países menos desenvolvidos. O principal objetivo deste artigo é introduzir a MPAT e descrever sua razão fundamental teórica. Ele começa com uma visão geral da importância de se criar ambientes capacitadores para a redução da pobreza rural antes de descrever o objetivo e estrutura da MPAT. O artigo prossegue para abordar algumas das vantagens e desvantagens de pesquisas e indicadores como forma de medir a pobreza, e conclui com algumas advertências sobre o uso da MPAT, e um enfoque em seu valor agregado para praticantes e acadêmicos.
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It is particularly pleasing to end our twentieth-anniversary volume with an issue devoted to the theme ‘Rethinking Impact: Understanding the Complexity of Poverty and Change’, compiled by guest editors Nina Lilja, Patti Kristjanson, and Jamie Watts. Their call to legitimise what they describe as the ‘boundary-spanning work’ whereby researchers give first priority to linking the knowledge generation with practical action echoes precisely the aims and objectives of Development in Practice, summarised in our strapline ‘Stimulating Thought for Action’. They argue for a diversity of methods for the production and sharing of knowledge, to enhance capacity, and to evaluate the impact of such efforts. However, as they emphasise, such multidisciplinary and embedded ways of working need ‘to be recognised and rewarded, and sufficient resources dedicated to [them]’.
This issue is also my last as Editor-in-Chief of Development in Practice. Although readers and contributors may not have noticed, in January 2010 Oxfam GB sold the journal to the publisher, Taylor & Francis. The new owner is committed to maintaining the unique identity of Development in Practice as a practice-relevant and Southern-focused journal. The change of ownership, however, brought significant operational changes, including my departure from Development in Practice and from Oxfam GB. Having led Development in Practice for two decades, and having created more than 20 titles in the associated book series, I have been succeeded by a new editorial team, based at INTRAC (International NGO Training and Research Centre), which takes over from 2011.
When I was appointed in 1991, towards the end of the journal’s first year, the editorial cupboard was almost bare – containing just one article, written in ‘Spanglish’ – a mixture of English and Spanish – requiring sensitive interpretation simply to unravel the language and get it to pre-publication standard. From my first day, a willingness to identify, encourage, and actively assist writers whose work might otherwise never see the light of day has been one of our hallmarks. Many of those whose articles we published when they were still firsttime or relatively inexperienced authors are now university professors and senior aid-agency officials, some with lengthy publication lists, others proud to have appeared in a peer-reviewed journal and to exert influence over the long term by being cited on reading lists. The ability to attract and work with a mix of seasoned and new authors, and in particular those who ‘span boundaries’ – whether professional, cultural, or linguistic – is one of the characteristics that sets Development in Practice apart from other development journals.
I cannot leave Development in Practice without honouring just a few of my long-standing friends and former colleagues who have in various ways played an important part in making the journal what it is today. The first debt is of course to the founding editor, Brian Pratt, without whose insistence Oxfam GB would never have imagined establishing a journal. Over the many years of our collaboration, Caroline Knowles’ combination of intellectual creativity and down-to-earth wisdom contributed to our most significant strategic developments, while making sure to keep our feet on the ground: the decision to include abstracts in translation and to go online in 1995, to found the book series in 1996, to move to Carfax (the predecessor of the new owner) in 1997, to establish a multilingual website in 2000 to celebrate our tenth anniversary: all these decisions bear Caroline’s mark. Robert Cornford has accompanied Development in Practice from its early infancy through adolescence to adulthood and has been a constant source of ideas, support, and good humour – always able to tease out something positive from the most hostile circumstances. Finally, Mike Powell, who first got to know Development in Practice in 1993, when he was brought in as external evaluator to help the senior management of Oxfam GB to decide whether or not to continue with the journal, must be thanked. He convinced us to establish a transparent business plan, setting all costs (including the hidden ones!) against income. Most importantly he helped me to understand that editorial development and marketing cannot sit in separate compartments: to produce a practice-relevant publication without knowing, engaging with, seeking feedback from – and being prepared to change in response to – existing and intended audiences is either dishonest or self-indulgent, or both. Since then he has worked alongside Development in Practice, always supportive but never complacent: the ideal critical companion.
Successive Editorial Advisers have generously lent their experience to Development in Practice and enhanced its reputation. Many others, too numerous to mention by name, have been part of what has come to be known as ‘The DIP Project’. I would, however, like to acknowledge our regular translators – Isabelle Fernández, Maria Beatriz Lessa Guimarães, and Miguel Pickard – our long-standing copy-editor, Catherine Robinson, and everyone at ELDIS and the GreenNet Collective.
But of course my deepest gratitude must be to the hundreds of authors and referees and tens of thousands of readers, who together are what keep Development in Practice alive. Today, despite the increase from three to eight issues a year under my direction, the editorial cupboard is full to bursting, and article downloads and document-delivery requests remain exceptionally high. These are sure signs of confidence and good health. I therefore trust that the journal and its associated projects will continue to go from strength to strength under the new editors at INTRAC.
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O workshop internacional ‘Repensando o Impacto: Compreendendo a Complexidade da Pobreza e da Mudança’ (Cali, Colombia, 26–28 de março de 2008) explorou os desafios para se avaliar os esforços da pesquisa para desenvolvimento agrícola, destacando as lições e abordagens para melhorar de forma sustentável os meios de subsistência. A pesquisa voltada para aplicação, que faz a conexão entre conhecimento e ação, promove impactos maiores em termos de bem-estar e desenvolvimento. Os pesquisadores devem ajudar a conectar as diversas partes envolvidas para criar e compartilhar conhecimento para ação efetiva e sustentável. A legitimidade de tal trabalho que cruza as fronteiras das disciplinas precisa ser reconhecida, recompensada e recursos suficientes devem ser dedicados a ele. A avaliação de impacto econômico tradicional não faz muita justiça a atividades complexas relativas à pobreza, que exige uma diversidade de métodos e maior capacidade.
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Este artigo descreve um estudo de impacto ex-ante na Planície Indo-Gangética do sul da Ásia. O estudo, orientado por uma abordagem de meios de subsistência, desenvolveu uma metodologia de mapeamento espacial com base em dados secundários para 18 variáveis que serviram como indicadores das cinco classes de recursos de meio de subsistência (natural, físico, financeiro, social e humano). O índice de recurso de meios de subsistência geral mostrou uma correlação negativa significativa e elevada (R = –0.65, P = 0.00) com a linha de pobreza nacional, com a pobreza alcançando seu auge em distritos onde a disponibilidade de recursos era menor e vice-versa. A abordagem de meios de subsistência possui uma aplicação mais ampla, como por exemplo para avaliação de impacto ex-post.
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A Análise Participativa das Vias de Impacto (PIPA) é uma abordagem prática de planejamento e monitoramento desenvolvida para uso com pesquisa complexa para projetos de desenvolvimento. A PIPA tem início com um workshop participativo onde as partes envolvidas tornam explícitos seus pressupostos sobre como seu projeto promoverá um impacto e produz um modelo lógico de Resultados e um modelo lógico de Impacto. Esses dois modelos lógicos fornecem de antemão uma estrutura de previsões de impacto que pode também ser usada em ambiente prioritário e avaliação de impacto depois ex-post. A PIPA engaja as partes envolvidas em um processo participativo estruturado, promovendo o aprendizado e oferecendo uma estrutura para “ação–pesquisa” sobre processos de mudança.
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A pesquisa agrícola pode ajudar a recrutar pequenos produtores rurais e seus recursos para a segurança alimentar global? O programa de pesquisa Convergência de Ciências (CoS) em Benin e Gana (2002–2006) testou o impacto do desenvolvimento de tecnologia, utilizando um novo caminho para a análise de impacto com tecnografias, estudos de diagnóstico e grupos de agricultores que participam dos experimentos para garantir a adequação. Dentro das pequenas janelas de oportunidade, apenas melhorias marginais mostraram-se possíveis. A equipe de CoS percebeu e em parte testou a noção de que a inovação está baseada na mudança das instituições que criam oportunidades. O desdobramento do projeto CoS (2008–2013) utiliza uma abordagem de sistema de inovação para buscar uma mudança institucional em vários sistemas.
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Uma abordagem de ‘Mapeamento de Resultado’ foi aplicada retrospectivamente em cinco projetos de pesquisa diversificados e altamente colaborativos destinados à redução da pobreza. Destinado a ajudar a planejar, esclarecer e documentar mudanças pretendidas e mudanças reais de comportamento, de ações e de relacionamentos de grupos e organizações que influenciam diretamente os beneficiários pretendidos de um projeto, oMapeamento de Resultado permitiu-nos identificar e descrever as estratégias e ações que desempenharam papéis importantes nas inovações alcançadas. Entre as estratégias bem-sucedidas que foram observadas estão o uso de defensores da estratégia, produzindo conjuntamente resultados de alto nível que melhoraramo status dos parceiros locais, múltiplas estratégias de comunicação, tendo comometa os processos de políticas em andamento e forte ênfase em capacitação.
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Muitos projetos de pesquisa e desenvolvimento agrícola buscam alcançar resultados favoráveis aos pobres por meio de mudança de política. Porém, os processos de políticas são complexos, e uma abordagem estratégica para aumentar o impacto no aˆmbito de política frequentemente não se aplica. Este artigo descreve dois estudos de caso de mudança de política real – sobre comercialização de laticínios no Quênia e sobre agricultura urbana em Kampala – com análise dos processos de mudança de políticas. Ele extrai lições que poderiam ser aplicadas para intensificar os resultados no aˆmbito de políticas de outros projetos, e destaca duas áreaschave: o papel da ‘voz do usuário’, através de ligações com a sociedade civil e grupos de usuário e o valor de vínculos fortes com agentes de processo de políticas formais.
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Uma preocupação crescente relativa ao impacto limitado da pesquisa agrícola e desenvolvimento sobre a gestão de recursos naturais (NRM) e meios de subsistência nas terras altas da região leste e central da África levou à criação em 1995 da Iniciativa das Terras Altas Africana com um mandato para desenvolver metodologias para a NRM integrada e institucionalizálas em organizações parceiras. Lições que estão surgindo mostram que uma combinação de abordagens inovadoras é necessária para um maior entendimento das práticas de NRM. Essas abordagens incluem o trabalho com parceiros estratégicos e equipes multidisciplinares; o envolvimento de múltiplos stakeholders; a adoção de pontos de entrada apropriados com base nas prioridades dos produtores rurais; e o uso de tecnologias interligadas com efeitos complementares e sinergéticos.
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Este artigo argumenta que as abordagens gerenciais relativas a desenvolvimento precisam ser reconstituídas através de uma compreensão mais abrangente de como os processos de mudança institucional e comportamental ocorrem. Baseando-se em um estudo de caso do Nepal e explorando as consequências não-antecipadas de ações do projeto em grande parte, este artigo defende a visão da mudança como um fenômeno social complexo baseado nos interesses, motivações, relações e ações de pessoas que estão inseridos em suas situações históricas e culturais. Na análise final, o artigo argumenta que a efetividade das abordagens gerenciais não pode ser compreendida ou aplicada sem a compreensão dos processos de mudança.
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Desde 1996, a CTA-ZM, ONG brasileira local, tem desenvolvido formas melhores de compreender seu trabalho sobre transformação institucional em favor dos pobres em Minas Gerais. Ela opera dentro de uma ‘parceria desordenada’ que inclui sindicatos de produtores rurais, associações e movimentos sociais, e instituições acadêmicas. O desafio combinado de transformação institucional e parcerias desordenadas tem deixado claro que o monitoramento da corrente predominante é inadequado para promover a diversidade e a profundidade de aprendizado requerida dentro da ação orquestrada. Este artigo descreve uma jornada de aprendizado organizacional de 10 anos, examinando criticamente o próprio trabalho da autora sobre monitoramento participativo como uma alternativa. Uma estrutura de oito princípios de projeto é oferecida como um ponto de partida essencial para ‘repensar impacto’.
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The following individuals served as referees for articles received or published in 2010, or supported us in other ways.
Kiikpoye Aaron
Haleh Afshar
Kwame Akyeampong
Bryant Allen
Ghartey Ampiah
Marta Arango
Colin Bangay
Owen Barder
Rebecca Barnes
Simon Bell
Mario Biggeri
Joseph Bock
David Bright
John Brohman
Lene Buchert
John Burstein
Charlie Buxton
Mary Calveri
Stuart Cameron
Deirdre Casella
Milindo Chakrabarti
Rachel Christina
Matthew Clarke
Susan Coe
Marc Cohen
Anne Coles
Stephen Commins
Sarah Cummings
Anirban Dasgupta
Rick Davies
Peter Devereux
Stephen Devereux
Charles Dhewa
Jan Kees van Donge
Alan Doran
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Anna Feldman
Jacques Forest
Bob Frame
Marie Gaarder
Michele Ruth Gamburd
Janice Giffen
Jane Gilbert
Dominic Glover
Jonathan Goodhand
GreenNet Collective
Isabelle Guerin
Maria Beatriz Lessa Guimaraes
Asha Gupta
John Hailey
Joanna Ha¨rma¨
Vandra Harris
Jon Hellin
Andy Higginbottom
Thea Hilhorst
Joanna Hoare
Susan Holcombe
Françoise Hollande
Frances Hunt
Chris Jackson
Alex Jacobs
Zellynne Jennings-Craig
Susan Jolly
Angella Kail
Liam Kane
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Simon Kisara
Caroline Knowles
Patti Kristjanson
Tao Kong
Linda Kreitzer
Mona Lena Krook
Yianna Lambrou
Alexa Lamm
Rachael Lammey
Peter Laugharn
Carlisle Levine
Nina Lilja
Amy Lind
Sarah Macbeth
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Graeme Macrae
Firoze Manji
Guy Manners
Ellen Martin
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John M Mbaku
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M Miles
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Judi Minost
Rooba Moorghen
William Moseley
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Francesca Musiani
Shafiq Najeeb
Valerie Nelson
Mary Njenga
Mario Novelli
Michael O’Donnell
Moses Oketch
Masumi Owa
Jaddon Park
Mike Parnwell
Jenny Pearce
Lee Pegler
Jethro Pettit
Karen Pfeiffer
Miguel Pickard
Mike Powell
Meena Poudel
Brian Pratt
Martin Prowse
K Pushpanath
Ranjita Puskur
Sarah Radcliffe
Dinah Rajak
Bernadette Resurreccion
Catherine Robinson
Chris Roche
Alan Rogers
Pauline Rose
James Rowland
Frances Rubin
Issa Sanogo
Professor Savyasaachi
Yusuf Sayed
Sidney Schuler
Ahmad Seyf
Judith Shaw
Rajendra Prasad Shrestha
Hugo Slim
Melinda Smale
Alan Smith
Isabelle Sol Fernández
Andy Storey
Jane Strachan
Martha Thompson
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Meera Tiwari
Barbara Trapani
Anand Vadivelu
Tony Vaux
Fabio Veras
Robin Vincent
Hugh Waddington
Caleb Wall
Tina Wallace
Jamie Watts
Wave Co-operative
David Westendorff
Howard White
Sarah White
Peter Williams
Fiona Wilson
Jacqueline Wood
Paul Yankson
Sarp Yeletaysi
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Articles
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Book reviews
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Aoyama, Kaoru: Thai Migrant Sexworkers: From Modernisation to Globalisation, 20 (1): 151–2
Bekoe, Dorina A.: Implementing Peace Agreements: Lessons from Mozambique, Angola, and Liberia, 20 (2): 309–10
Bello,Walden: The FoodWars, 20(7):898–9 Bicknell, Jane, David Dodman, and David Satterthwaite (eds.): Adapting Cities to Climate Change: Understanding and Addressing the Development Challenges, 20 (7): 899–901
Bourne, Richard: Lula of Brazil: The Story So Far, 20 (2): 307–9 Bracking, Sarah: Money and Power: Great Predators in the Political Economy of Development, 20 (7): 901–2
Brazier, Chris (ed.): One World: A Global Anthology of Short Stories, 20 (1): 152–4
Buskens, Imeke and Anne Webb (eds): African Women and ICTs: Investigating Technology, Gender and Empowerment, 20 (7): 902–4
Collins, Andrew E.: Disaster and Development, 20 (7): 904–5
Collins, Daryl, Jonathan Morduch, Stuart Rutherford, and Orlanda Ruthven: Portfolios of the Poor: How the World’s Poor Live on $2 a Day, 20 (6): 743–4
Cumming, Gordon D.: French NGOs in the Global Era: A Distinctive Role in International Development, 20 (3): 468–9
Deb, Debal: Beyond Developmentality: Constructing Inclusive Freedom and Sustainability, 20 (3): 466–8
Dowie, Mark: Conservation Refugees: The Hundred-Year Conflict between Global Conservation and Native Peoples, 20 (2): 301–4
Ensor, Jonathan and Rachel Berger (eds.): Understanding Climate Change Adaptation – Lessons from Community-based Approaches, 20 (7): 905–7
Fisher, R., S. Maginnis, W. Jackson, E. Barrow, and S. Jeanrenaud: Linking Poverty and Conservation: Landscapes, People and Power, 20 (1): 149–51
Frundt, Henry J.: Fair Bananas! Farmers, Workers and Consumers Strive to Change the Industry, 20 (2): 297–8
Giddens, Anthony: The Politics of Climate Change, 20 (2): 300–301
Goldstein, Andrea: Multinational Companies from Emerging Economies, 20 (6): 744–5
Holt-Giménez, Eric and Raj Patel with Annie Shattuck: Food Rebellions! Crisis and the Hunger for Justice, 20 (7): 907–8
Johnson, Craig: Arresting Development. The Power of Knowledge for Social Change, 20 (1): 144–6
Kaplan, Seth D.: Fixing Fragile States: A New Paradigm for Development, 20 (1): 142–4
Leipziger, Deborah (ed.): SA 8000 – The First Decade: Implementation, Influence and Impact, 20 (2): 298–300
Levermore, Roger and Aaron Beacom (eds.): Sport and International Development, 20 (7): 908–11
Linden, Ian: Global Catholicism: Diversity and Change since Vatican II, 20 (6): 746–7
Lucas, Edward: The New Cold War: How the Kremlin Menaces both Russia and the West, 20 (3): 461–2
MacLean, Sandra J., Sherri A. Brown, and Pieter Fourie (eds.): Health for Some: The Political Economy of Global Health Governance, 20 (6): 747–8
Manby, Bronwen: Struggles for Citizenship in Africa, 20 (7): 911–12
Marsden, Peter: Afghanistan: Aid, Armies and Empires, 20 (3): 458–9
Mathiason, John: Internet Governance: The New Frontier of Global Institutions, 20 (2): 310–13
Mitlin, Diana and Sam Hickey (eds.): Rights-Based Approaches to Development: Exploring the Potential and Pitfalls, 20 (7): 912–13
Newman, Michael: Humanitarian Intervention: Confronting the Contradictions, 2 (6): 748–50
Ó Gráda, Cormac: Famine, a Short History, 20 (3): 456–7
Power, Samantha: Chasing the Flame: Sergio Vieira de Mello and the Fight to Save the World, 20 (3): 459–61
Quarry, Wendy and Ricardo Ramírez: Communication for Another Development: Listening before Telling, 20 (2): 304–5
Reynolds, Martin, Chris Blackmore, and Mark J. Smith (eds.): The Environmental Responsibility Reader, 20 (3): 469–72
Roberts, Paul: The End of Food: The Coming Crisis in the World Food Industry, 20 (1): 146–7
Schreuder, Yda: The Corporate Greenhouse: Climate Change Policy in a Globalizing World, 20 (6): 750–51
Ian Smillie: Freedom from Want: The Remarkable Success Story of BRAC, the Global Grassroots Organisation That’s Winning the Fight Against Poverty, 20 (6): 751–3
Walker, Peter and Daniel Maxwell: Shaping the Humanitarian World, 20 (3): 457–8
Wassenhove, Luc van and Rolando Tomasini: Humanitarian Logistics, 20 (2): 305–7
Yaffe, Helen: Che Guevara: The Economics of Revolution, 20 (3): 463–4
Zandvliet, Luc and Mary B. Anderson: Getting it Right: Making Corporate–Community Relations Work, 20 (1): 148–9
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Development in Practice offers practice-relevant analysis and research relating to development and humanitarianism, providing a worldwide forum for the exchange of ideas and experiences among practitioners, scholars, policy shapers, and activists. By challenging current assumptions, and by active editorial engagement with issues of diversity and social justice, the journal seeks to stimulate new thinking and ways of working. Contributors to this peer-reviewed journal represent a wide range of cultural and professional backgrounds and experience. Contributions in French, Portuguese, and Spanish are welcome; abstracts are published in these languages. Development in Practice particularly encourages new writers as well as previously published authors.
Editor-in-Chief
Deborah Eade, Writer & Editor, Monnetier-Mornex, FranceEditor-in-Chief Designate
Brian Pratt, INTRAC, Oxford, UKEditorial Advisers
Awa Faly Ba Mbow IED Afrique, Senegal; Peter Ballantyne ILRI, Ethopia; Joseph G Bock Kroc Institute for International Peace Studies, University of Notre Dame, USA; Charles Buxton INTRAC, Kyrgyzstan; Yaliwe Clarke African Gender Institute, University of Cape Town, South Africa; Stephen Commins Department of Urban Planning, UCLA, USA; Kate Critchley Department for International Development (DFID), UK; Sarah Cummings Context International Cooperation, The Netherlands; Sumi Dhanarajan Business and Human Rights Resource Centre, Singapore; Fiona Dove Transnational Institute, The Netherlands; Robyn Eversole University of Tasmania, Australia; Jonathan Fox Department of Latin American and Latino Studies, University of California, Santa Cruz, USA; Dharam Ghai International Institute of Labour Studies, Switzerland; John Hailey City University, London, UK; Jon Hellin International Maize and Wheat Improvement Center (CIMMYT), Mexico; Islah Jad Institute of Women’s Studies, Birzeit University, Occupied Palestine; Caroline Knowles Department of International Development, University of Oxford, UK; Pushpanath Krishnamurthy Oxfam GB, UK; Okello Okuli Africa Vision 525 Initiative, Nigeria; Adebayo Olukoshi African Institute for Economic Development and Planning (IDEP), Senegal; Jenny Pearce Department of Peace Studies, University of Bradford, UK; Jethro Pettit Institute of Development Studies (IDS), University of Sussex, UK; Miguel Pickard CIEPAC, Mexico; Mike Powell IKM Emergent, UK; Shahra Razavi UNRISD, Switzerland; Marcia Rivera ILAEDES, Puerto Rico; Alina Rocha Menocal Overseas Development Institute (ODI), UK; José Antonio Sanahuja Universidad Complutense, Spain; Andy Storey University College Dublin, Ireland; Martha Thompson Unitarian Universalist Service Committee (UUSC), USA; Alison Van Rooy CIDA, Canada; Jennifer Vaughan Plan International, Honduras; Tina Wallace International Gender Studies Centre, University of Oxford, UK; David Westendorff Urbanchina Partners, China; Sarah White Centre for Development Studies, University of Bath, UK; Ricardo Wilson-Grau Organisational Development Consultant, Brazil; María Hamlin Zúniga International People’s Health Coalition, NicaraguaThe views expressed in articles and reviews are those of the signed authors, and not necessarily those of the Publisher, the Editors, the Editorial Advisers, or the institutions to which authors are affiliated.
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Este artigo introduz a edição especial. Primeiramente, ele insere a proteção das crianças no contexto dos estudos de desenvolvimento. O artigo, então, apresenta as tendências internacionais de hoje relativas à proteção das crianças e levanta questões sobre elas. Por fim, os artigos da edição são apresentados e destaca-se como eles abordam as questões levantadas.
The full article is available here:
http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.672962
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Estima-se que existam 33 milhões de pessoas vivendo com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) no mundo todo. Embora campanhas nacionais de educação tenham sido bem-sucedidas em oferecer uma ampla plataforma de conscientização sobre o HIV e a AIDS, em alguns países as Organizações Baseadas na Fé (FBOs) têm assumido um papel importante na educação e apoio às comunidades locais para reduzir a transmissão do HIV. Este artigo conceitualiza as características bem-sucedidas de uma organização cristã em Papua Ocidental e de uma organização muçulmana na Tailândia. A habilidade destas duas FBOs de interagir com sucesso com suas comunidades em relação a questões sobre prática sexual oferece lições importantes para outras FBOs que buscam reduzir a transmissão do HIV.
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O trabalho de desenvolvimento internacional tem ao mesmo tempo reforçado e desafiado as desigualdades relativas à sexualidade e ao gênero. O conceito de heteronormatividade é uma estrutura promissora para se compreender essas dinâmicas. Este artigo inicia com uma descrição da história do conceito e uma exploração de suas possíveis aplicações. Em seguida ele avalia a heteronormatividade no trabalho de desenvolvimento em relação a três áreas nas quais as lutas baseadas nas áreas de sexo e gênero têm sido mais visíveis: em modelos familiares e formas de família; HIV/AIDS; e nas esforços para combater a violência contra as mulheres.
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Este artigo relata pesquisas exploratórias baseadas em entrevistas com funcionários expatriados e locais de ajuda humanitária empregados por ONGs domésticas e internacionais em Phnom Penh. Uma análise temática das entrevistas constatou que os funcionários eram agrupados com base em sua categoria funcional – consultores, voluntários ou funcionários permanentes – independentemente de sua experiência. Essas categorias logicamente refletem o nível de remuneração, objetivo e papel de cada trabalhador, mas elas podem também ter um significado de poder implícito que reforça as diferenças de grupo e inibe as relações intergrupo. Constatou-se que a construção de relações foi o fator mais importante para o sucesso das iniciativas de desenvolvimento de capacidade. Quatro sub-temas foram identificados: comunicação, amizade, aprendizado/ensino recíproco e confiança.
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Nas abordagens neoliberais atuais relativas ao desenvolvimento, os modelos de desenvolvimento orientados pela comunidade pressupõem que trabalhadores baseados na comunidade (CBWs) são agentes-chave na implementação de serviços melhores e acessíveis. Argumentamos que o uso de CBWs está sub-teorizado e parece estar baseado em grande parte em pressupostos não testados sobre a participação e responsabilidade da comunidade. Baseando-se em estudos de caso sobre gestão de água potável e cuidados em domicílio para pacientes portadores de HIV/AIDS na Tanzânia e Á frica do Sul, o artigo explora questões sobre accountability, profissionalismo e motivações pessoais em sistemas envolvendo CBWs. O artigo argumenta que muitos pressupostos em relação à efetividade de programas de CBW precisam ser repensados.
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A adoção de técnicas para promover a participação da comunidade na prática de desenvolvimento é um importante avanço. A questão que permanece é se isto é suficiente para resultados de desenvolvimento que combinem com as aspirações dos “participantes”. As percepções da comunidade são de certo modo diferentes, como nossas próprias conclusões demonstram. Desenvolvemos uma “metodologia de inclusão”, com base nas instituições da comunidade que incorporam ação social coletiva na vida diária. Utilizamos a analogia dos funerais como ação coletiva na qual atividades são planejadas, funções são emarcadas, responsabilidades são delegadas e resultados desejados são realizados. Fazemos a seguinte pergunta: por que o desenvolvimento não pode ser gerenciado mais como um funeral?
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Por que os trabalhadores de linha de frente nem sempre demonstram compaixão humanitária pelas pessoas que estão vivendo nos campos? Ao buscar uma resposta, este artigo conceitua o termo “humanicrat”: trabalhador de linha de frente que é em parte trabalhador humanitário e em parte burocrata, cada um com emoções tipológicas. Estudos de caso de equipes de ONG em campos com atuação de longo prazo no norte de Uganda ilustram a produção social de emoções. As duas equipes trabalham em contextos diferentes de arranjos e discursos organizacionais: condições que resultam em emoções predominantes de compaixão e indiferença em uma equipe, e hostilidade em outra. O artigo termina indagando o que, de fato, pode ser feito para reprimir o mal tratamento das pessoas desalojadas.
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Este artigo examina as experiências das mulheres que estão ocupando posições reservadas nos conselhos de suku de Timor-Leste (cada um deles representa vários vilarejos pequenos). A participação política limitada destas mulheres é frequentemente atribuída a ideias patriarcais dentro de áreas rurais e à necessidade de desenvolvimento de capacidades. Este artigo argumenta, porém, que há outras questões estruturais em jogo, que fazem com que a interação entre a governança tradicional e a moderna dificulte que as mulheres ocupem posições que possibilitem que elas façam uma diferença. Embora as quotas de gênero possam ser uma ferramenta útil para incentivar a participação política das mulheres, essas questões estruturais precisam ser reconhecidas e abordadas para realmente empoderar as mulheres.
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Baseado em um trabalho de campo realizado pelo programa de ajuda humanitária da Islamic Relief para refugiados de Rohingya em Bangladesh, este artigo contribui para o debate sobre se as agências de ajuda muçulmanas trazem valor agregado quando estão trabalhando com beneficiários muçulmanos em áreas muçulmanas. A autora examina a importância da religião nas relações entre os agentes no processo de ajuda humanitária e argumenta que uma religião comum não necessariamente sobrepõe-se às divisões políticas, sociais e culturais. O artigo questiona se é correto argumentar que a solidariedade muçulmana existe no processo de ajuda humanitária quando na prática é difícil ter um engajamento significativo com a religião na atividade.
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A fé religiosa tem sempre mantido uma relação intensa mas difícil com o desenvolvimento. Os doadores estão atualmente buscando um maior engajamento com organizações baseadas na fé (FBOs). Essa mudança positiva precisa ser examinada de maneira cuidadosa. A fé pode ser um combustível poderoso – mas inflamável – para mudança. As FBOs são altamente diversas e complexas. Os doadores, portanto, precisam lidar com elas com compreensão e de forma cuidadosa. Este artigo apresenta as maiores preocupações quanto à fé na questão do desenvolvimento e também o “valor agregado” em potencial das FBOs. Ele mapeia um interesse crescente, embora com uma ambivalência residual dos doadores em relação à fé na questão do desenvolvimento. O artigo apresenta desafios práticos e sugere caminhos a serem seguidos para doadores e FBOs.
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Este é o texto de uma palestra dada na conferência Publishing for Social Change em Oxford. Ele examina os efeitos da literatura sobre a consciência política.
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Esta Nota Prática examina o setor emergente de micro-seguro em Bengala Ocidental, dando atenção em particular ao modelo de parceria entre empresas–ONGs para a distribuição de micro-seguro, que se tornou possível devido à estrutura de regulação exclusiva da Índia. Desafiamos a visão popular sobre este modelo, de que ele é benéfico para todas as partes, analisando o entendimento conflitante de esquemas de micro-finanças e seus objetivos por companias de seguro, ONGs e moradores pobres do vilarejo. O artigo também analisa o papel do contexto político específico de Bengala Ocidental na limitação do modelo de micro-seguro corporativo–ONGs.
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We are in a time when many detractors of international development are regularly challenging the whole concept of development, including those who feel that international aid should be cut to avoid or reduce budget reductions in donor country’s domestic services. Meanwhile supporters of development assistance are also concerned both by recurrent failures to meet intended impacts, and that this is now being ‘exposed’ in the popular media and academic literature. It is therefore salutary to reflect on the wide range of activities actually covered by the term ‘development’. Even just this one issue of Development in Practice takes us through several very different approaches and sectors.
The breadth of activities described here illustrate why it is important to avoid trying to define development or development assistance too narrowly. It is also clear that the evidence base in favour of one type of approach to development over another is simply not there. There are some good examples in this issue of critical reviews of some very targeted and practical interventions designed to improve the lives of poor people. Articles such as that by Shaheen Akter and John Farrington illustrate how even a well-established, 20-year poultry programme has had to work within a complex situation of a changing economy, practical challenges and differing markets. Although overall there was much positive in this work, there were also still unanswered questions about the programme and ways it could be improved.
The article by Rebecca Barnes, David Rosser and Paul Brown sets out to look at the planning frameworks for rural water and sanitation development projects. They argue that if 30–60 per cent of all existing rural water supply systems are inoperative at any one time, this must reflect on weakness in the planning systems. Given this, they analyse several frameworks against the criteria they see as key in achieving an improved outcome for such projects. This damning statistic of failed water projects should also raise wider questions for us as to why projects in the water and sanitation sector are so difficult to get right. Is it because of the technical factors, or more complex factors, such as relationships and communication between different stakeholders, or the issue of pricing undermining sustainability if people either cannot afford to, or do not see the importance of, paying for water? Why are some sectors apparently easier to set up and be maintained – is it because they deliver people (education) or capital (microcredit) which are given a higher priority by poor rural people?
Capacity building is an issue in several of the articles, and their review of failings in many forms of capacity building leads Jayalaxshmi Mistry et al. to argue in favour of a problemled approach to capacity building as a way of enhancing adaptive capacities. This is compared to programmes, which merely transfer prescriptive technical knowledge. The article argues that in the context of the complexities of natural resource management, which almost by definition is permanently evolving, traditional capacity building is unable to help people cope when new issues inevitably arise.
Meanwhile, Pradeep Kumar Dash et al. argue in favour of both capacity building in the context of sustainable watershed management, allied with local knowledge and improved gender equality. This accompanies their argument that a wide range of groups need to be engaged with the discussion and action around watersheds, and that a gender perspective has often been missing from many such programmes.
We have two articles from different perspectives looking at capacity building in both governance and democracy programmes. In West Papua, Julius Ary Mollet, looks at the struggles of local government to deal with the major challenges to a province rich in mineral income but with a poor distribution of its benefits to its inhabitants. Different governors have regularly changed their policies and priorities, resulting in a failure to deal with major issues around the provision of education and health, as well as to encourage local economic development despite a theoretically high per capita GDP. This frustration is clearly echoed in the article on corruption and human rights in the Niger Delta, where again massive resources (in this case oil) have failed to have the impact they should. Ibaba Samuel Ibaba argues that the development failure in the Delta is in a large part because of corruption, which inhibits investment in basic services and other local development. As such, it is argued that corruption actually works against development and human rights, leading to increased conflict in the region.
In a related article, Gordon Cummings notes that in Cameroon NGOs neglected issues of governance for many years. When French and local NGOs engaged in a governance and democracy programme in Cameroon, their failure to agree the purposes and procedures of the programme led to conflicting interests, views and ultimately allowed for a misuse of funds. He argues that this opportunity did later lead to a more successful set of programmes, once NGOs and donors alike absorbed some of the lessons from the failure.
Three articles take different approaches to the growing debate about fair trade and corporate social responsibility. The first, by Amparo Merino and Carmen Valor, takes a critical look at Corporate Social Responsibility (CSR) and argue that the lack of an ‘ideological’ debate around CSR means that many initiatives fail to engage with what would need to happen for CSR to genuinely contribute to poverty eradication, rather than serve the shorter-term interests of companies.
The second, by Rie Makita, uses a case study from southern India to examine the pressures on rural producers to try to benefit from both fair trade and organic accreditation, which often overlap in western consumers’ perceptions, but may have quite different consequences on the ground. Farmers tried to cope with the product-based systems of fair trade and the productionunit basis of organic accreditation. Some were able to manage the costs and gains of both, whilst others made choices to engage with one or the other.
Finally, Hannah McDowell, John Humphreys and Jane Conlon look at a Fairtrade registration scheme, which sees the relations of production as being more appropriate for fashion goods rather than the more traditional systems used for agricultural products. They feel that by exposing the relations of production this helps identify other labour relationships, which need to be taken into account in addition to the traditional one of ensuring improved process for ‘producers’. These articles are reinforced by the Practical Note by John Gorlorwulu who argues that in the context of post-conflict Liberia, investment in financing and capacity building of local small businesses has a sustainable impact on creating jobs and rebuilding the local economy.
The Viewpoint by Maria Constanza Torri in this issue also relates to trade, as it looks at herbal medicine in India and discusses ways that this major traditional trade can improve the incomes of the poor rural inhabitants who tend to collect the herbs.
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Moda, acessórios, mobília e utensílios domésticos ficam de fora das regulações da Fairtrade Labelling Organizations International – FLO (Organizações Internacionais para Certificação de Comércio Justo), que certifica a maioria dos produtos alimentares. Algumas das empresas de moda da Fair Trade estão agora oferecendo uma série de produtos que têm grande demanda de alta qualidade, feitos por trabalhadores empregados em empresas urbanas e também por produtores independentes em cooperativas. Tabeisa, uma ONG envolvida com o comércio Fair Trade, desenvolveu uma nova estrutura regulatória que de maneira única inicia definindo as relações de produção entre todos os agentes da cadeia. Isto garante que aqueles não previamente abrangidos tornem-se visíveis e recebam pagamento e condições justas.
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Este artigo focaliza um dos pressupostos da Responsabilidade Social Corporativa (CSR), especificamente a sua utilidade enquanto ferramenta para erradicar a pobreza. As alegações de que as estratégias de negócios e da CSR podem ser efetivas na luta contra a pobreza enfrentam grandes desafios, em particular a grande divergência de entendimento sobre a noção e implementação da CSR, e a ausência de bases ideológicas claras em relação ao setor empresarial e à pobreza. Os autores constatam que, embora normalmente considerado ideologicamente neutro, o discurso da CSR requer a introdução de debate ideológico para que alcance o objetivo da erradicação da pobreza.
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Processos de planejamentos iniciais ruins têm resultado em alta taxa de insucesso de projetos de desenvolvimento hídrico e de saneamento rural. Este artigo critica 17 estruturas de planejamento existentes para projetos de abastecimento de água e saneamento rural em relação a atributos-chave de boa prática de planejamento, para descobrir até que ponto estas estruturas abordam os elementos de planejamento que relacionam-se com a sustentabilidade. O artigo identifica fatores relacionados à sustentabilidade do setor que tem sido reconhecido como tal e incorporado nas estruturas atuais, assim como fatores que ainda não estão bem abrangidos, e faz recomendações para profissionais que atuam na prática e que desejam empregar tais estruturas.
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Conforme as questões sobre recursos naturais tornam-se mais complexas, particularmente em contextos de países em desenvolvimento, há uma necessidade crescente de soluções gerenciais adaptativas. Porém, as habilidades necessárias para se lidar com estas situações cada vez mais complexas não estão sempre presentes em vários países de baixa renda. Há também um reconhecimento crescente de que as atividades de capacitação são limitadas em sua efetividade. Este artigo sugere uma abordagem de aprendizado baseada em problemas (PBL) para a capacitação. Utilizando o exemplo de cursos de treinamento desenvolvidos para ajudar a gestão de recursos naturais na Guiana, este artigo ilustra como a PBL pode ajudar a aumentar as habilidades necessárias para a gestão adaptativa.
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Embora a confluência do Comércio Justo e agricultura orgânica tenha se tornado um fenômeno notável, eles se contradizem no âmbito da produção: o Comércio Justo focaliza produtos específicos, enquanto que a agricultura orgânica concentra-se nas unidades de produção. Este artigo explora como produtores de pequena escala do sul lidam com esta discrepância, observando a tentativa de um grupo de produtores rurais de obter as duas certificações na Índia. Este estudo de caso identifica as partes envolvidas que reagem às duas certificações de maneira diferente sob diferentes estratégias de meios de subsistência. Combinar as duas iniciativas talvez não seja sempre a melhor prática para promover a redução da pobreza e a conservação ambiental – objetivos estes que as iniciativas têm em comum.
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As ONGs têm tido tradicionalmente pouco escopo para promover reforma política em países em desenvolvimento. Este foi certamente o caso das ONGs francesas para o Desenvolvimento (ONGDs) operando em Camarões durante as primeiras décadas pós-coloniais. Esta situação mudou em 2002 quando ONGDs francesas, com o apoio do Estado francês e da sociedade civil de Camarões, iniciaram um programa de consulta de vários agentes (o PCPA), visando construir a democracia em Camarões. Este artigo investiga as origens do PCPA, avalia suas conquistas e explica por que o programa não foi bem-sucedido. Ele então identifica liçõeschave e questiona se o PCPA representa um modelo ú til para ONGs francesas e estados doadores.
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Tem havido enormes mudanças políticas, econômicas e sociais em Papua Ocidental. Todo governador de Papua Ocidental tem criado programas para intensificar o desenvolvimento econômico e reduzir a pobreza. O fluxo de trabalhadores imigrantes sob o “programa de transmigração” para Papua Ocidental tem limitado as oportunidades de trabalho para indígenas no mercado de trabalho. Este artigo conclui que as estratégias do governo local fracassaram em implementar programas de desenvolvimento adequados para as pessoas locais, que resultaram em uma maior pobreza, um desenvolvimento ruim e contínuo do sistema de educação e a deterioração das condições de saúde da população, com um aumento no número de papuanos infectados com o vírus HIV e AIDS.
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Este artigo examina a interdependência entre corrupção, violações de direitos humanos e o conflito no Delta do Níger. Argumenta-se que as violações provocadas pela corrupção têm desencadeado conflitos que têm se tornado cíclicos. O artigo expõe um contexto teórico em relação ao qual examina a interface entre a corrupção, violação dos direitos humanos e conflito no Delta, e clama pela integração da luta contra a corrupção no processo de criação da paz no Delta do Níger.
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A implementação e gestão efetiva de projetos de desenvolvimento de bacias hidrográficas são reconhecidas como uma estratégia para o desenvolvimento rural nos países em desenvolvimento em geral. Diversas agências governamentais e não-governamentais têm lançado projetos de desenvolvimento de bacias hidrográficas para combater os desafios da conservação do solo, melhorando a produtividade da terra e a ascensão econômica das pessoas pobres que vivem na zona rural para o uso eficiente de recursos naturais. Instituições comunitárias participativas de gestão integrada de bacias hidrográficas são consideradas vitais para a sustentabilidade dos recursos naturais. Este estudo focaliza o impacto de instituições locais no desenvolvimento de bacias hidrográficas na Índia e examina o grau de participação das mulheres em relação à gestão efetiva de recursos naturais e desenvolvimento sustentável.
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Este artigo avalia a transição da pobreza utilizando a auto-avaliação em uma estrutura quase-experimental. Os dados são extraídos de um levantamento realizado em 2006 com 400 mulheres que eram as beneficiárias de um programa de alívio da pobreza que envolveu intervenções de mais longo prazo voltadas ao fortalecimento de departamentos governamentais, organizações participantes e beneficiários. Durante o levantamento, quando o projeto estava abordando sua conclusão, cerca de 50 por cento destas produtoras rurais ainda estavam no programa. O artigo aborda algumas questões-chave relacionadas a maneiras de se deixar a pobreza através de atividades que envolvem gado, heterogeneidade na escolha dos meios de subsistência e seu impacto no bem-estar familiar e aplicações mais abrangentes.
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O setor de plantas medicinais vem crescendo em vários países em desenvolvimento. Apesar disto, a cadeia de abastecimento existente é incapaz de melhorar os meios de subsistência das pessoas que trabalham na colheita. Este artigo avalia a Gram Mooligai Company Limited (GMCL), primeira empresa comunitária ativa no setor herbário. A GMCL promove uma divisão mais justa dos benefícios no setor, visando também um uso mais sustentável dos recursos naturais. O artigo extrai conclusões e lições sobre o apoio a tais tipos de empresas, modificando a cadeia de abastecimento do setor herbário e promovendo novas formas de parceria entre firmas ayurvédicas e comunidades.
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A criação de emprego sustentável em ambientes após conflitos frequentemente envolve o financiamento do desenvolvimento do setor privado. Porém, um ambiente comercial ruim e a deterioração da capacidade do setor privado doméstico reduzem a efetividade de estratégias de financiamento tradicionais em ambientes após conflitos. Utilizando a experiência da Libéria no pós-guerra, este artigo discute estratégias para melhorar projetos de desenvolvimento de Pequenas e Médias Empresas (PME) em ambientes após conflitos através de um financiamento inovador que leva em conta os efeitos do conflito na capacidade gerencial e empresarial e o ambiente comercial. São discutidas também estratégias de implementação que apoiam o desenvolvimento no pós conflito que sejam sensíveis à questão do conflito.
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It is at least 20 years since authors such as Peter Oakley1 and Jonathan Friedman2 wrote about the concept of empowerment, and even longer since Paulo Freire3 and others popularised the concept of ‘conscientisation’. Do these concepts still have a value and a relevance at the present time, when so much development thinking is dominated by technological solutions to problems, or alternatively assumes that the hidden hand of the market will resolve economic and social ‘inefficiencies’? Behind the idea of empowerment was always an assumption that action was required to help to rebalance political and socio-economic inequalities resulting in or maintaining structural poverty. A few years ago in The Broker4 and elsewhere, several commentators tried to argue that development had become depoliticised under the influence of technologists and growth economists. It has been argued that this tendency enabled elites to avoid having to make the changes necessary to confront the real causes of poverty. Post-empowerment concepts such as ‘agency’ had the disadvantage of placing too much of the onus for change on the individual – which raised questions about what produces agency in some people and not in others.
More recently there has been a welcome resurgence of interest in governance, but much of the debate about empowerment gets lost in programmes for the reform of public administration. Reform of public administration is, in itself, valuable, but it does not necessarily remove the need for rebalancing unjust and unequal relationships – for example between classes, castes, sexes, and ethnic groups. The question which should still concern us all is: have we downgraded the importance of the political and power in development, from the household or community level, through to the nation state, and even international relationships? Is the current discourse dominated by euphemisms and the misuse of language, such that we talk of ‘governance’ rather than ‘inequality’, and ‘democratic deficits’ rather than ‘dictatorships’? If this is the case, what are the implications for our understanding of empowerment: is it still about genuine social transformation, or is it no more than introducing minor changes in the way that development is managed?
This issue of Development in Practice presents several articles which attempt to reassert the importance of empowerment, especially in the context of gender and generation. These articles illustrate that empowerment can be looked at from the perspective of the individual, or the organisation, or the community, with a gender or policy perspective, and at many other levels.
Trae Stewart explores ‘community-based service learning for Palestinian youth’, an approach to empowerment for Palestinian young people which uses learning acquired outside schools which is linked to strengthening the concept and practice of citizenship. This was achieved by encouraging young people to play roles in their society which reinforce their self-confidence, provide positive experiences, and enable them to achieve a great deal in an otherwise negative and constraining context of a contested political space, traditional values, and restricted physical mobility – problems compounded by low levels of employment.
Babken Babajanian describes a World Bank programme in Kyrgyzstan which aimed to promote ‘empowered participation’ in poor villages. He finds, however, that where levels of personal experience and capacity are low, a more conscious design process and effort are required to enable such participation to take place effectively. Jason Hart et al. look indirectly at children's empowerment in the context of an international aid agency's attempt to incorporate child participation into its organisational practice and culture. This was a challenging process in itself, which gave rise to valuable reflections on the importance of spaces for individual reflection, ownership, and indeed participation when trying to shift an organisational culture towards one that incorporated these values.
Abdulkareem Lawal, writing about gender diversity in Nigeria, notes the increased income from poultry projects for women in fishing communities, but argues that even more important was the increased empowerment of the women, as evidenced by their greater confidence. This study is also interesting because it relied on longer-term tracking of the outcomes of the original poultry programme on the status of the women participants.
Similar gains are claimed by Hilary Ferguson and Thembela Kepe in their Practical Note, which reviews the work of Ugandan women-based agricultural cooperatives. They also look beyond the tangible gains of those cooperatives to social benefits, such as the increased confidence and enhanced empowerment of local women. Self-confidence in the workplace and in local community organisations resonates with the definitions of empowerment used by the women in Cambodia who feature in Jenny Pearson's article, which provides an honest account of her attempts to improve women's empowerment in the Cambodian NGO for which she works. Although the approach was well thought out, it did not seem to deliver the expected outcomes. The article considers the constraints of local culture in a post-conflict context where fear and traditional values inhibit even professional women from breaking out of these constraints. The article goes on to demonstrate the effects of the empowerment process on the working lives of the women participants, as well as sometimes unexpected changes in their domestic relationships.
This article brings to our attention an important point about the way in which different local culturally bound perceptions and definitions can affect well-meaning attempts to empower women. In her work in Cambodia, the author shows how local women interpreted the meaning behind some of the Western approaches used within the workplace, and how they affected their personal lives. On reflection, the author notes how many of her own assumptions came from her personal experience of feminism at a particular time and place within Western culture and history.
From a different perspective, Ishara Mahat writes of the failure, in Nepal, to take into account women's views of rural energy production and needs, a failure which slows down the process of adaptation, given that women in particular are often the major users and often producers of energy (collecting wood). Therefore the views of women are essential if new alternative technologies are to achieve major possible gains for Nepal. The importance of gender mainstreaming is also argued by Mary Njenga et al., who discuss ways of redressing the lack of gender-based needs analysis in the processes of agricultural research, describing an attempt to improve on this through the urban harvest programme sponsored by the International Potato Centre. Bipasha Baruah's Practical Note provides tips on disaggregating data by gender for environmental and development programmes, based on experiences with CIDA in the Caribbean.
Other articles include an innovatory description of index-based insurance for pastoralists by Harriet Matsaert et al., reviewing risk management in the context of climate insecurity and livestock production in Kenya. This is complemented by an article about a market-information service run by the Zambian National Farmers Union, using SMS messaging systems, described by Simon Milligan et al. This demonstrates the potential of new technologies to resolve long-term constraints such as a lack of market information for isolated small-scale farmers.
Finally, I would like to draw readers' attention to a new feature, ‘Essential Reading’, where we have asked senior people in our field to reflect on three key books which have influenced their thinking and practice over the course of their careers. We felt that the increasing proliferation of new information tends to make us forget about some of the more formative books, articles, and reports from the past. The first article in this series is by Ian Smillie, the well-known Canadian writer on development, previously Executive Director of CUSO and founder of Inter Pares, who has chosen to write about essential reading in relation to ‘Learning and Development’. Other reflections will follow in future issues, and we would be pleased to hear from possible contributors.
Notes.
P. Oakley (ed.) (2001) Evaluating Empowerment: Reviewing the Concept and Practice, Oxford: INTRAC.
J. Friedmann (1992) Empowerment: The Politics of Alternative Development, Oxford: Wiley-Blackwell.
P. Freire (1974) Pedagogy of the Oppressed, London: Continuum.
The Broker (2008) ‘Issue 10: Deep democracy – Civic driven change: Reinventing citizen action’ (retrieved December 2010). www.thebrokeronline.eu/index.php/en/Magazine/archive/Issue-10-Deep-democracy-Civic-driven-change-Reinventing-citizen-action
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Os jovens palestinos enfrentam barreiras de desenvolvimento, barreiras culturais e barreiras políticas que os impedem de engajar-se totalmente na vida cívica. Pedagogias de engajamento não-tradicionais centradas nos jovens, como a do serviço-aprendizagem voltado à comunidade, têm mostrado seu potencial para motivar populações marginalizadas e oferecer espaço e funções a elas para criarem identidades individuais enquanto desenvolvem habilidades cívicas. Utilizando dados coletados através de entrevistas de grupo focalizadas, este artigo avalia o impacto sobre jovens da Cisjordânia que participaram de um programa de liderança de serviço-aprendizagem voltado à comunidade de uma ONG. Seis resultados temáticos são discutidos e o autor sugere que o serviço-aprendizagem não baseado na escola pode ter um papel central no desenvolvimento da identidade cívica do grupo de cidadãos mais populoso da Palestina.
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Este artigo examina até que ponto o Projeto Village Investment financiado pelo Banco Mundial em Kyrgyzstan promoveu a participação empoderada de cidadãos em arranjos de co-financiamento. Ele se baseia em entrevistas qualitativas aprofundadas e sessões de grupo focalizadas em 16 comunidades rurais. O estudo constatou que os pobres e marginalizados nem sempre têm a habilidade de engajar-se nos processos de construção de consenso, influenciando as tomadas de decisões locais e exercitando a livre escolha em relação ao requisito de contribuição. Os projetos participativos devem cuidadosamente montar arranjos e procedimentos operacionais para o componente de co-financiamento do projeto para apoiar o empoderamento do cidadão e a inclusão democrática.
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Este artigo avalia os desafios de se promover a participação de crianças em programas de desenvolvimento. Ele argumenta contra a tendência de ver o principal obstáculo para se alcançar este objetivo como sendo técnica. Em vez disto, ele explora as dimensões institucionais da mudança que podem ser requeridas. A experiência de um processo de treinamento de quatro anos e revisão organizacional dentro da Save the Children da Dinamarca oferecem a base para reflexão sobre os tipos de mudança cultural e estrutural que estão implicadas para permitir que uma organização de desenvolvimento torne-se capaz de engajar os jovens como stakeholders de uma maneira significativa e sustentável.
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Pastores do norte do Quênia enfrentam um alto nível de risco, inclusive choques climáticos, doenças e insegurança. Este artigo examina o papel em potencial do seguro de gado baseado em índice (IBLI) como mecanismo que os pastores podem utilizar para gerenciar os riscos relacionados ao clima. Como ele deve complementar ou competir com práticas existentes de gestão de risco? O ambiente institucional e de políticas atual é favorável para se desenvolver este tipo de produto? Este estudo utiliza uma perspectiva de sistemas de inovação para explorar e responder algumas destas questões e para avaliar o papel estratégico da pesquisa e dos agentes de desenvolvimento no processo de desenvolvimento.
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Os mercados de commodities têm mudado significativamente nas últimas duas décadas, com os pequenos produtores necessitando cada vez mais de inteligência de mercado profunda para compreender e assegurar benefícios do novo ambiente. Este artigo explora a abordagem de um serviço de informações de mercado financiado pelo IFAD na Zâmbia e as lições aprendidas com ele. Ele constata que ao se estabelecer o serviço dentro de uma instituição pré-existente com legitimidade e credibilidade, o serviço tem assegurado o interesse de uma ampla série de agentes e tem permitido mais que os pequenos produtores e comerciantes tenham acesso e utilizem informações relevantes, atualizadas e em relação às quais se pode agir para influenciar as tomadas de decisões. O artigo conclui discutindo as considerações-chave que influenciaram a análise institucional e as questões que influenciarão a sustentabilidade financeira do serviço.
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Em várias famílias rurais, as mulheres estão muito mais envolvidas do que os homens na produção de aves. Este artigo examina a introdução de galinhas exóticas nas comunidades ao longo das margens do Lago Kainji na Nigéria e o impacto consequente na participação e tomada de decisões das mulheres dentro da família. O poder das mulheres de tomar decisões na família, particularmente em termos do uso do dinheiro proveniente da venda de galinhas e de sua própria renda extra, é mais forte quando a família mantém espécies de galinha melhoradas. A criação de espécies de galinha melhoradas foi correlacionada positivamente com a melhoria da condição social, especialmente das mulheres.
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Apesar de uma maior atenção às questões de gênero na área de desenvolvimento internacional desde o crescimento do feminismo na década de 1970, poucas organizações de pesquisa agrícola têm integrado a questão de gênero em seu diagnóstico de problema e desenvolvimento de tecnologia. A integração sistemática da questão de gênero pode aumentar significativamente o impacto da pesquisa e desenvolvimento da tecnologia. O estabelecimento da integração sistemática da questão de gênero nas organizações e em suas agendas de pesquisa permanece um desafio. Para superar isto é preciso haver vontade política, prestação de contas e uma mudança na cultura organizacional e capacidade técnica dentro de uma organização. Este artigo apresenta uma ilustração de prática de integração sistemática da questão de gênero na cultura institucional e processos de pesquisa agrícola feita pela Colheita Urbana e Centro Internacional de Batata (Urban Harvest and the International Potato Centre - CIP).
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A vida de funcionárias de uma ONG cambojana é caracterizada pelas contradições da aparente liberdade e múltiplos limites invisíveis em seu comportamento e escolhas. Um processo de empoderamento promovido por um expatriado não produziu as respostas esperadas de irmandade e ação de grupo. Através de uma série de workshops, surgiu um aprendizado sobre a natureza dependente do contexto dos conceitos de empoderamento e a irrelevância de vários modelos ocidentais para outras culturas. Medo e desconfiança, arraigados na cultura tradicional e no contexto pós-conflito, são obstáculos poderosos e profundos para mudar a vida das mulheres. Nenhuma diferença visível apareceu após o processo de empoderamento nos comportamentos no local de trabalho. Porém, as mulheres responderam a novas ideias sobre suas vidas, convicções e cultura de maneira que fizesse sentido para elas; e elas relataram benefícios significativos para as relações familiares e sociais.
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As mulheres rurais em geral, e as mulheres da montanha em particular, estão imensamente envolvidas na gestão de sistemas de energia familiares no Nepal. Tecnologias alternativas de energia têm um grande potencial de reduzir a carga de trabalho das mulheres e melhorar suas condições de saúde, e também de aumentar o fornecimento de energia eficiente. Intervenções na energia rural visam principalmente reduzir o uso de lenha e aumentar o crescimento econômico através da eletrificação rural em vez de visar a redução do fardo humano, especialmente o das mulheres. Assim, tal intervenção ocorre sem considerar as necessidades, tarefas, interesses e potencial das mulheres rurais, mesmo sendo as mulheres as principais usuárias e gerentes dos recursos de energia rural. Este artigo visa analisar as implicações de gênero das tecnologias de energia rural no distrito de Kavre, onde o Programa de Desenvolvimento de Energia Rural (REDP) tem sido implementado, especialmente em termos de poupar o trabalho das mulheres e aumentar as oportunidades socioeconômicas para as mulheres.
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Este artigo apresenta um estudo de caso da Manyakabi Area Cooperative Enterprise no sudoeste de Uganda, que mostra que os benefícios provenientes das cooperativas agrícolas podem ir além dos recursos monetários. Discutimos vários fatores sociais que as mulheres-membro disseram que têm melhorado desde que elas se tornaram membros da cooperativa, inclusive sua confiança, suas habilidades como negociadoras, a habilidade de ser prestativa a suas comunidades através da transferência de habilidades a não-membros e a habilidade de assumir o controle de certas decisões familiares quando se está lidando com homens. Concluímos que estes benefícios sociais poderiam ser ampliados se eles fossem totalmente reconhecidos como importantes por agentes de mudança.
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Políticas ambientais e de desenvolvimento costumavam ser consideradas neutras em termos de gênero. As necessidades e interesses das mulheres eram vistos como idênticos aos dos homens. Pesquisa empírica tem afirmado mais recentemente que políticas que eram vistas como neutras em termos de gênero eram na verdade insensíveis às diferenças de gênero e, portanto, eram inadequadas ou inapropriadas para capturar os impactos sobre as mulheres das políticas ambientais e de desenvolvimento. Este artigo apresenta uma série de ferramentas e mecanismos práticos que podem ser utilizados para monitorar as questões ambientais e de desenvolvimento a partir de uma perspectiva de gênero. Ele também apresenta estratégias-chave através das quais governos, ONGs e agências de doadores podem avaliar o impacto de tais políticas sobre as mulheres.
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Este artigo faz um relato sobre a Conferência de Warwick sobre Humanitarismo, onde profissionais da área prática e acadêmicos compartilharam suas experiências quanto aos problemas e limitações do humanitarismo e como eles lidam com isto.
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Partners in Development: The Report of the Commission on International Development, Lester B. Pearson (Chairman), Praeger, 1969
Rural Development: Putting the Last First, Robert Chambers, Longman, 1983
Development Projects as Policy Experiments, Dennis A. Rondinelli, Routledge, 1993Good books on development tend to stay in print a long time, not least because there is a timeless quality in good development. Two of my three favourites are still available new and unused. Robert Chambers' Rural Development: Putting the Last First is now in its 27th year and must be in its 50th printing. Dennis Rondinelli's Development Projects as Policy Experiments, dating from 1993, is also still in print, deservedly so. That's the good news. The bad news is that a new copy of the Rondinelli will cost you a great deal (potentially $220!). Chambers' book is available at a much more reasonable price.
My third choice, although not necessarily in that order, is Partners in Development: The Report of the Commission on International Development (commonly known as ‘the Pearson Report’). This one, now more than 40 years old, has long been out of print. The Internet, however, solves all problems, and if Amazon can't find you a used copy somewhere, Abebooks will. I recently found Partners in Development for 20¢, a Chambers for 82¢, and a Rondinelli for $14.69.
Partners in Development: The Report of the Commission on International Development
‘The Pearson Report’, published in 1969, which was originally written to investigate the effectiveness of the development assistance of the World Bank, is important for many reasons, most notably because it identified clearly almost all of the failings of the development enterprise four decades ago and proposed remedies that are still valid today. It spoke of the need for universal primary education, of vast needs in health and nutrition, and the importance of food production and research in agriculture. It identified the debt burden of developing countries as an issue needing urgent attention – at a time when that debt was only 5 per cent of what it subsequently became. It dealt at length with the need to develop the private sector in the developing world for local investment and manufacturing.
The Pearson Report was not all-seeing. It neglected the environment, and it had little to say about women. It reflected the hysteria of the day about population growth, although its ‘low’ prediction for world population in 2000 was right on target. Interestingly, it saw trade liberalisation as a major key to long-term development, and it may have been the first major development publication to use the term ‘structural adjustment’ – 15 years before it became the donor weapon of choice. The Pearson version of liberalisation and structural adjustment, however, was different:
The growth of world trade must be accompanied by liberalization. This in turn implies a willingness on the part of industrialized countries to make the structural adjustments which will enable them to absorb an increasing range of manufactures and semi-manufactures from developing countries.
(Pearson 1969: 72)This is the polar opposite of what came to pass: a requirement that developing countries open their economies to the manufactures of the world, while swallowing medicine that weakened their abilities to invest in the education, health, infrastructure, and research required for competition in the global economy.
Partners in Development talked about a ‘crisis in aid’: the damage caused by tied aid, the wastefulness of technical assistance, aid skewed in favour of some countries while others were ignored, and low overall volumes of official development assistance (ODA). The report said that ‘international support for development is now flagging. In some of the rich countries its feasibility, even its very purpose is in question. The climate surrounding foreign aid is heavy with disillusion and distrust’ (Pearson 1969: 4) – a cry that rings down the decades as an excuse for rich countries to seek advantage, cut back, do less.
The report called for a new partnership, including the creation of new multilateral institutions that could bridge the gaps and minor faults of bilateral assistance, and it called for a ‘worldwide cooperative campaign’ that could lead to rapid growth and economic independence for developing countries. ‘It is a noble goal,’ the report said, ‘to which mankind is called in the last third of the twentieth century.’
To achieve the goal and the considerable ambitions of the report, its authors came up with a target: ‘Each developed country should increase its commitments of ODA to the level necessary for net disbursements to reach 0.70% of its GNP by 1975 or shortly thereafter, but in no case later than 1980’ (Pearson 1969: 152).
One wonders what the world might have looked like today had the recommendations been implemented – even by halves: had trade from developing countries been advanced rather than blocked; had investment in local capacities not been constricted; had debt fallen instead of skyrocketed; had aid been used more intelligently and reached anything like the targets that were set. The importance of the Pearson Report today lies not so much in what it got right or what it missed. It lies in its dramatic demonstration that very few of today's ideas about development are new. And it is a sobering and tragic reminder – if one is needed – of 40 years of lost opportunity, broken promises, and hypocrisy in the world of international development.
Development Projects as Policy Experiments
Dennis Rondinelli's title sums up his book in a phrase. He asks why so many development efforts fail, and he presents a brief history of once sacrosanct ideas, lying abandoned like so many tractors, rusting in forgotten fields: integrated rural development, basic human needs strategies, sectoral development, structural adjustment. The problem, he says, has been the boundless faith placed in planning and control, and in systems for project administration that were beyond the capacity of donors and recipients alike to implement efficiently: ‘The tendency to abstract, rationalize, standardize, control and complicate not only created the conditions for failure but inflicted hardships and frustration on the intended beneficiaries’ (Rondinelli 1993: 78).
Failure, of course, tends in some quarters to provoke even greater levels of control. Rondinelli was writing in 1993, but little, it seems, has changed. In a powerful 2010 article on the dangers of over-controlling development assistance, former USAID Administrator Andrew Natsios writes about what he calls the two tensions in development programming: ‘accountability and control’ versus ‘good development practice’. He says that the balance ‘has now been skewed to such a degree in the U.S. aid system (and in the World Bank as well) that the imbalance threatens program integrity’.1 Natsios goes on to say that the control element ‘ignores a central principle of development theory – that those development programs that are most precisely and easily measured are the least transformational, and those programs that are most transformational are the least measurable.’
Rondinelli argues that ‘perfectionist planners’ are the bane of good development, and that ‘The inherent uncertainty about the outcome of all development projects suggests that alternative methods of planning and implementation must be employed’ (Rondinellli 1993: 158). He says that central control and coordination are the least effective instruments of influencing decisions and behaviour. Instead, he argues for adaptive management and a culture of learning that embraces error detection and correction as an alternative to the all-too prevalent suppression and punishment. Good management in any walk of life is about learning – not just about what works, but about what does not work. And it is about remembering and applying the lessons so that mistakes are not repeated, so that success can be the foundation for more success. It seems simple, but it can't be repeated enough in the world so accurately described by Andrew Natsios.
Rural Development: Putting the Last First
Robert Chambers takes the Rondinelli idea to the grass roots. Chambers speaks to the ‘outsiders’ who create development plans and projects, often without understanding what they are seeing, without hearing what they are told, and without getting off the tarmac and spending time with the people whose lives they aim to change. His description of the different levels of poverty, powerlessness, and vulnerability, and of the biases applied to the problem by outsiders, was and remains groundbreaking. Chambers gives us the nuts and bolts of learning about poverty, poor people, and change. And he cuts sharply into the ‘bafflegab’ that haunts so much thinking and writing about development.
[One] failure of analysis occurs in the ritual call for integration and coordination, and even maximum integration and maximum coordination. These words slip glibly off the polished tongues of practised non-thinkers. They can be strung together in alternate sentences to give a semblance of solidarity to a smokescreen of waffle.
(Chambers 1983:154)For years after this book came out, I would take it with me on trips to Africa and Asia, and at night, sometimes in the guilty comfort of an air-conditioned hotel room, I would read a few pages to remind myself what I was supposed to be doing. I would often pause at page 47, where Chambers quotes from Lewis Carroll's Alice in Wonderland: ‘You don't know much,’ said the Duchess, ‘and that's a fact’.
Notes.
Andrew Natsios (2010) ‘The Clash of the Counter-bureaucracy and Development’, Center for Global Development, www.cgdev.org/content/publications/detail/1424271, accessed 17 August 2010.
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Towards the end of 2008, Marc J. Cohen and Melinda Smale, both then working for Oxfam America, approached me with a proposal for a special issue of Development in Practice on the global food crisis that had been generated by chaotic price increases. The resulting volume is both grounded in lived experiences and forward-looking. It also presents an opportunity to explore the differences between the relatively self-contained food-related emergencies of the past and the global dimensions of the situation that we now confront.
The theme also offers a pleasing symmetry. First, Development in Practice was founded and at the time still owned by Oxfam GB (OGB), which was founded in 1942 as the Oxford Committee for Famine Relief. Notwithstanding the Allied blockade and prohibition on ‘trading with the enemy’, a small group of concerned British citizens mobilised significant popular support to relieve the famine in occupied Greece. So from its inception, OGB's founders had the vision to understand that hunger is rooted in politics, and that civilians therefore have the right, the duty, and potentially the power to do something about it.
Second, and quite coincidentally, I had begun my own career in OGB almost 30 years earlier by working on food issues, initially as a researcher on the role of food aid as a tool for development. The resulting book (Jackson and Eade 1982) was accompanied by a campaign of seminars, speeches at the European Parliament, briefings for journalists, aid agencies, and parliamentary assistants, radio broadcasts, and innumerable interviews and short articles. Prior to this, critiques had focused on the politics of government-to-government food aid. It was taken for granted that so-called ‘project food aid’ was exempt from such concerns and that it could promote development (via food-for work (FFW), mother–child health (MCH), and school feeding programmes).1 Indeed, despite clear evidence that food aid was displacing local produce as people sold unwanted maize, corn oil, and milk powder, proponents argued that food aid was intrinsically ‘self-targeting’, because the only thing that poor and hungry beneficiaries could do with it was to eat it. Attentive reading of the food-aid agencies' own internal reports and commissioned evaluations revealed, however, that the developmental impacts were largely illusory: we therefore argued that the NGOs that depended on channelling food aid for development needed to acknowledge and act upon the facts already at their disposal.2
On moving to Mexico in 1982, I turned my attention to the insidious use of food aid in counter-insurgency, characterised by General Ríos Montt's infamous frijoles y fusiles (‘beans and guns’) programme in Guatemala (Eade 1984a). Following an involvement in a fascinating research programme on US–Mexican agricultural relations (Winder and Eade 1987), OGB commissioned me to write one of a series of three ‘Under the Weather’ reports aimed at dispelling the popular myth that food crises are caused primarily by extreme or erratic climates, rather than things like hoarding and speculation, erosion and other forms of environmental degradation, the ‘pesticide treadmill’ (Bull 1982), and generations of marginalisation – in other words, that hunger is caused by human not divine agency and is therefore a breach of the right to food enshrined in Article 25 of the Universal Declaration of Human Rights (Eade 1984b).
Reading through the contents of this volume brought other recollections to the surface of my mind:
•• A landless family in Bangladesh so poor that they had sold their only remaining possessions, including their cooking pots. Already painfully thin, they were just about surviving on whatever they could forage, and hoping to get food in return for gathering firewood. But of course even if they did manage to earn a few handfuls of rice and catch a couple of fish, they no longer had anything in which to cook them. With no remaining assets, they seemed trapped in a downward spiral.
•• A woman in a remote village in Honduras who arrived with her newborn infant and three small children at the pulpería (local grocery) to buy a tablespoon of cooking oil, an egg, and one tomato. She wanted a fizzy drink for the children but was short of a few cents. In fact she had already paid some 20 times over the odds for her meagre purchases: in addition to the mark-up charged by any store that is off the beaten track, purchases of such minuscule quantities multiplied the cost several times over.
•• 1 January 1994, the date when the Zapatistas famously went public in Chiapas, Mexico to mark the coming into effect of the North American Free Trade Agreement (NAFTA). Chiapas is a major coffee-growing area, yet no roadside cafés or restaurants had ever served the local produce: only the low-grade and ready-sweetened instant version was on offer. In San Cristóbal de las Casas you can now feel virtuous as you watch the world go, enjoying a cup of organic coffee grown on a plantation run by the EZLN (Zapatista Army of National Liberation); or justify the food miles by purchasing fair-trade ‘Café Rebelde’ via the Internet. The EZLN and other Mexican producers have cornered the ‘sustainable’ gourmet coffee market – organic, shade-grown, bird-friendly, and peasant-grown (Pérez-Grovas et al. 2001: 62). Yet volatile global markets frequently force these small-scale producers to sell below cost (Pérez-Grovas et al. 2001: 5).Given the dependence of the poorest sectors of the population on agriculture, the incorporation of the Mexican and far weaker Central American economies into neo-liberal global markets has inevitably had major repercussions on their agrarian systems, and on the lives of peasant farmers and labourers. An underlying premise of both NAFTA and DR–CAFTA (Dominican Republic–Central America Free Trade Agreement), and their variations worldwide, is that even traditional food staples are no more than a commodity, a consumer item like a pair of trainers or an MP3 player. The value of food is determined only by the price that it can fetch on the market. The assumption seems to be that as long as people have food on the table, it is immaterial where or how it was grown. Or in other words, it does not matter if small farmers go to the wall as long as their daughters can land jobs in the maquila, and a hamburger and a sugary soda drink fill the stomach just as well as more nourishing traditional foods.
The producers of rice, maize, beans, and dairy products in Mexico and Central America must now compete via closed trade agreements with subsidised US agribusinesses that grow the same crops – albeit not the same varieties. Imports of yellow maize, for instance, are used as a substitute for the sorghum from which Nicaraguan producers manufactured feed for poultry, pigs, and other livestock (Cáceres 2005). Meanwhile, in a perverse twist of the age-old policies of export-led growth and import substitution, farmlands in East Africa and Latin America are using their ‘comparative advantage’ to cultivate cut flowers and out-of-season fruit and vegetables for export, while staples are imported. Mexico has long sent strawberries – and agricultural labourers – over the border to the USA. But when Iceland's Eyjafjallajokull volcano erupted in 2010, disrupting flights to and from Europe, Jane Ngige, head of Kenya's flower council, told the BBC that growers were losing up to US$2 million a day, because 97 per cent of the country's cut-flower exports are sent to Europe, from where they are re-exported around the world. Many thousands of blooms rotted at Nairobi airport because they could neither be stored nor transported. As far away as Toronto, florists turned instead to suppliers in Colombia and Ecuador (for details, see www.humanflowerproject.com).
In 1980, Mexico launched an ambitious, though short-lived programme (the Sistema Alimentario Mexicano, or Mexican Food System) to promote food sovereignty and address poverty by supporting peasant production of staple foods while also providing an equitable food-distribution system and assistance for housing, health, education, and nutrition for marginalised sectors (COPLAMAR) (de Janvry and Vandeman 1987: 86).3 Yet only five years later, predicting the death of food self-sufficiency, David Barkin and Blanca Suárez noted:
We have seen in many countries that when commercial interests govern agricultural policy there is a rise in imports of food staples. Some might argue that such imports are unnecessary because food shortages are due to unequal distribution between social sectors, between human beings and livestock, and to avoidable losses. Of course, if today's production capacity were directed primarily towards meeting basic human needs, there would be more than ample. But this is not how the system works: capitalism tends to produce not what is essential but what is profitable, and in the many countries where the majority live in poverty, or who do not participate fully in the capitalist economy, these two principles are incompatible unless there is a clear government policy to make it a priority to ensure that the entire population enjoys a decent standard of nutrition.
(Barkin and Suárez 1985: 241, my translation)
Presciently arguing that ‘the internationalisation of capital’, which is today called (economic) globalisation, aggravates social conflicts and repression, they continued (Barkin and Suárez 1985: 243):
It rips people apart from their traditional societies and makes them dependent on the market for their basic needs. It imposes profound changes without any guarantee that once the basis of their self-provisioning has been destroyed it will be replaced by any other source of subsistence. It seeks to reduce the independence of peasants and artisans, offering them other work or an outlet for their produce, but with no guarantee of success.
The neo-liberal project demands that governments abrogate their right to intervene in order to (re)integrate the production and consumption of local foods – it is assumed that the market will sort this out. Disinvestment in small producers has been helped along over decades of repeating the mantra that small producers and family farms are inefficient, risk-averse, backward, and unable to respond to market opportunities; that development means modernisation; and that the way forward is for each country to exploit its comparative advantage in global markets by becoming ever more specialised: in effect a form of agricultural Taylorism. Land reform has completely fallen off the agenda: the political space is even more limited than governments' appetite for it. As a result, ‘[p]overty reduction strategies often jump from one extreme to the other, commercial agricultural production for global markets, to safety nets for the most needy’ (Gopal et al. 2009: 3).4
But food is an integral part of human culture, giving a sense of belonging. Customs concerning what may or may not be eaten are central to many cultures and religions, and certain foods may even have ritual significance. Learning how to cook, serve, share, and eat food is a defining element within all processes of socialisation. Major celebrations such as weddings, births, and other rites of passage invariably involve people eating together. Food is not, therefore, a mere commodity. And nobody can eat roses or carnations if the bottom drops out of the global flower market.
For Mesoamerican peoples, maize is not merely a staple food but is intrinsic to knowledge, to wisdom, to what gives meaning to human life within the universe. Writing specifically about communities of the Peruvian Andes, but whose insights would resonate in many other settings, the anthropologist Frédérique Apffel-Marglin notes:
For indigenous peoples, the world is not divided between a material reality and a nonmaterial reality. The beings of the Pacha, such as human beings, the water in its many forms, the earth, the plants, the animals, the stars, the sun, the moon, and so forth, all share the same world.
(Apffel-Marglin 2010 : 40)
Because food means so much more than simply ingesting the correct amount of nutrients, it does in fact matter how and by whom it is produced, and how and by whom it is consumed. While it is certainly no panacea, the fair-trade movement does at least seek to reintegrate the links between producers and consumers and to place this relationship on a more even footing. In so doing, it articulates a connection between producers' collective rights and the politics of individual consumer choice.5
As contributors to this collection illustrate,6 the reasons for the global food crisis – or, rather, crises – are varied, complex, and dynamic. Rather like the chaos theorists' butterfly, which by flapping its wings in China affects weather patterns in Cameroon or Canada, food-related issues are rooted in diverse local realities as well as global markets. So while there is no single, overarching policy response, it is now vital that small producers and ordinary consumers – local, national, and global – see where their common interests lie and work together to ensure that all human beings enjoy the right to adequate food, and that all food is produced in ways that are environmentally and socially sustainable and which respect cultural diversity.
Notes.
1The USA is the largest single food-aid donor. When J. F. Kennedy renamed the 1954 Agricultural Trade Development and Assistance Act (PL 480) ‘Food for Peace’, he stated: ‘Food is strength, and food is peace, and food is freedom, and food is a helping hand to people around the world whose good will and friendship we want’.
2In 2007, CARE caused a stir among US NGOs by withdrawing from a system whereby the US government purchases goods such as sunflower oil from (largely subsidised) US agribusinesses, ships these goods overseas, and then donates them to NGOs, which in turn sell them on the local market and use the proceeds to finance their anti-poverty projects. Following a review, CARE concluded that the system was inherently inefficient and that it displaced, or at least discouraged investment in, local production. On the face of it, the arrangement amounts to a costly and elaborate form of dumping. According to former US President Jimmy Carter, the system continues because household-name NGOs defend it – because much of their funding now depends on it (New York Times, 16 August 2007, posted at www.un-ngls.org/article.php3?id_article=330&var_mode=calcul, retrieved 7 February 2011).
3A significant problem was that because the subsidies were geared to produce rather than to producers, large irrigated farms in northern Mexico switched to producing maize and wheat for export, effectively cornering the support intended for small-scale rain-fed produce for the local market.
4Contemporary safety nets still include variations on ‘food aid for development’, but these have been joined by conditional cash transfers (CCTs), whereby an agency (whether state, official aid agency, or NGO) identifies the ‘target’ population whose behaviour they wish to change, and who agree to do things that they would not have done without financial inducement (such as attending antenatal clinics, getting children vaccinated, keeping girls in secondary school). Paying people to do things, however objectively desirable, begs the question of whether the behaviour change will outlive the supply of cash. Even proponents of FFW schemes which provide infrastructure that should benefit the community – roads, irrigation, school buildings, water tanks – have found that it falls into disrepair once there is no material inducement to maintain it. A Caritas official in Haiti once described how the ‘community councils’ (known as food councils or konseys manjes) worked: ‘They construct roads in order to receive food … Where there is no more food, there can be no more work. Goodbye food, goodbye road! If they got food in order to finish a road, they regret it as soon as they have finished … They only then wish for the deterioration of the road so that they can re-do it’ (cited in Jackson and Eade 1982: 32).
5The Northern consumer movement is by and large a middle-class phenomenon, because those who are struggling to make ends meet do not enjoy the same luxury of choice.
6Development in Practice has published dozens of articles on food-related issues and three special issues in conjunction with CGIAR member organisations, two of which are also available in book form: Development and Agroforestry: Scaling Up the Impacts of Research (2002) and Participatory Research and Gender Analysis (2010).
References.
1. Apffel-Marglin, F. 2010. “Feminine rituality and the spirit of the water in Peru”. In Women and Indigenous Religions, Edited by: Marcos, Sylvia. Santa Barbara, CA: Praeger.
2. Barkin, D. and Suárez, B. 1985. El Fin de la Autosuficiencia Alimentaria, México, DF: Centro de Ecodesarrollo/Oceano Sur.
3. Bull, D. 1982. A Growing Problem: Pesticides and the Third World Poor, Oxford: Oxfam (UK & Ireland).
4. Cáceres, S. 2005. CAFTA will be like a brand-name Hurricane Mitch. Envio Digital, 290 (September), available at http://www.envio.org.ni/articulo/3046 (retrieved 7 February 2011)
5. de Janvry, A. and Vandeman, A. 1987. “The macrocontext of rural development: a second view of the US experience”. In US–Mexico Relations: Agriculture and Rural Development, Edited by: Johnson, B. F., Luiselli, C., Cartas Contreras, C. and Norton, R. D. Stanford, CA: Stanford University Press.
6. Eade, D. 1984a. “Contrainsurgencia y la ayuda alimentaria”. In Desarrollo Rural y Contrainsurgencia en Guatemala, Edited by: López, Rolando. México DF: IOCE.
7. Eade, D. 1984b. Unnatural Disaster: Drought in NE Brazil, Oxford: Oxfam. (UK & Ireland)
8. Gopal, K. S., Gueye, B., Petersen, P., Ugas, R. and van Walsum, E. 2009. Family farming first. The Broker, 17 (December): 3
9. Jackson, T. and Eade, D. 1982. Against the Grain: The Dilemma of Project Food Aid, Oxford: Oxfam. (UK & Ireland)
10. Pérez-Grovas, V., Cervantes, E. and Burstein, J. 2001. Case Study of the Coffee Sector in Mexico, Fort Collins, CO: Fair Trade. mexico-perez.pdf, available at http://maketradefair.com (retrieved 6 February 2011)
11. Winder, D. and Eade, D. 1987. “Agricultural issues in the United States and Mexico: views from a third country”. In US–Mexico Relations: Agriculture and Rural Development, Edited by: Johnson, B. F., Luiselli, C., Cartas Contreras, C. and Norton, R. D. Stanford, CA: Stanford University Press.
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O problema da fome tem aumentado desde meados da década de 1990 devido a vários fatores, incluindo a falta de atenção das políticas e um senso de complacência gerado por reduções reais nos preços dos alimentos no longo prazo. O preço dos alimentos subiram drasticamente após 2006 e há uma considerável controvérsia sobre seus motivos. Analistas têm indicado vários fatores como as causas possíveis, incluindo o aumento nos preços de combustível, desvio da produção de alimentos para biocombustíveis, especulação, aumento do consumo de carne na Ásia, mudanças climáticas e destruição ambiental, entre outros. Existe divergência sobre o papel desempenhado por alguns destes fatores no aumento dos preços e também sobre o peso a ser dado para cada fator específico. As discussões sobre as consequências dos preços de alimentos mais altos têm se baseado principalmente em modelagem; esta edição especial da Development in Practice apresenta alguns novos resultados de modelo e também resultados de pesquisa de campo sobre as consequências reais para produtores rurais e consumidores pobres nos países em desenvolvimento, em transição e desenvolvidos. O aumento dos preços provocou protestos, muitas vezes violentos, em vários países em 2007–08, colocando assim a questão da fome novamente no fronte de discussões polêmicas sobre políticas. O preço dos alimentos aumentou em meados de 2008 e permaneceu bem acima dos níveis do início da década de 2000 globalmente durante todo o período de 2009–10. Em dezembro de 2010, os preços subiram novamente, superando os picos de 2008. Existe um consenso a respeito das prescrições de políticas relativas ao que se fazer sobre os preços de alimentos mais altos; isto está incorporado, por exemplo, na “Comprehensive Framework for Action” (Estrutura de Ação Abrangente) da ONU de 2008. Contudo, autores de vários artigos desta edição especial constatam limitações a este consenso e prescrevem políticas adicionais.
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Os governos precisam ser capazes de gerenciar a instabilidade de preço e suas consequências sociais. Porém, em países onde as pessoas mais sofrem, eles são menos capazes de responder devido aos limitados recursos fiscais e institucionais. Este artigo argumenta que políticas utilizadas por países de média – e alta – renda são inadequadas para os países mais pobres e agrícolas. O artigo recomenda, em vez disto, que estas nações promovam um maior acesso a terra e aumentem a produtividade da terra. Os autores explicam por que os instrumentos utilizados por países mais ricos, como aqueles que controlam preços e barateiam alimentos, não têm êxito. Eles descrevem as características dos pequenos produtores rurais nos países mais pobres, utilizando evidências da Índia, Peru e Guatemala para demonstrar como a produção rural de subsistência pode ser parte das respostas de políticas à adversidade de uma crise alimentar no curto e médio prazo. Eles clamam para os doadores melhorarem seu entendimento sobre a produção rural de pequena escala e de subsistência e o seu apoio a ela.
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O aumento do preço dos alimentos no final da década de 2000 incitou protestos, às vezes violentos, no mundo todo. Estas expressões públicas de indignação foram apenas a ponta do iceberg. Muitos países possuem um legado de guerras de alimentos. Na África Subsaariana, pelo menos 14 países enfrentaram uma situação de grave insegurança alimentar em decorrência de conflitos, lutas civis, desalojamento forçado ou prejuízos de guerras anteriores. A violência armada leva a ciclos contínuos de perda de alimentos, que possuem um impacto na disponibilidade de alimentos, acesso a eles e nutrição. Por sua vez, a insegurança alimentar pode contribuir para conflitos, embora a sequência exata tende a envolver fatores complexos, inclusive escassez ambiental e competição baseada na identidade pelo acesso e controle daquilo que é visto como recursos limitados. As políticas precisam urgentemente abordar estas dinâmicas. Os esforços para atender às necessidades imediatas das populações vulneráveis, para aumentar a produção agrícola, para desenvolver sistemas alimentares resilientes que contribuam para a segurança alimentar e nutricional global e para proteger pessoas de baixa renda com redes de segurança não devem perder de vista os legados do conflito, especialmente na África. As estratégias de implementação de programa devem proceder de forma a reduzir, e não aumentar, os conflitos em potencial.
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Este artigo argumenta que é imprescindível que levemos em conta a questão de gênero quando avaliamos o impacto da crise global do preço de alimentos e desenvolvemos políticas relativas à crise. Levar em consideração a questão de gênero é algo importante, tendo em vista o papel-chave que as mulheres desempenham na agricultura, o impacto desproporcional da crise sobre as mulheres e o papel em potencial que as mulheres podem desempenhar na solução da crise. Pesquisa recente sobre os impactos diferenciais da crise é discutida, assim como as dimensões de gênero – ou a falta delas – nas respostas de políticas.
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A crise no preço dos alimentos tem levado a suposições de que os aumentos no preço dos alimentos devem-se à produção inadequada de alimentos e de que tal insegurança alimentar está ligada à insegurança de sementes. Assim, em resposta aos altos preços dos alimentos, recursos relativos a sementes equivalentes a milhões de dólares americanos estão sendo lançados em sistemas rurais vulneráveis no mundo inteiro. Este artigo examina as evidências para fazer a ligação entre segurança alimentar e segurança de sementes, particularmente em contextos críticos, e mostra como são acentuadamente diferentes os desafios enfrentados na questão de segurança relativos a disponibilidade, acesso e utilização quando se está avaliando os cenários de segurança alimentar e de segurança de sementes. A necessidade de uma análise mais crítica sobre (a) estratégia de segurança de sementes per se e (b) os nexos causais entre segurança alimentar e segurança de sementes despertam questões sobre respostas em termos de fornecimento que podem erroneamente identificar o problema e a solução. O artigo termina sugerindo formas de se refinar objetivos para a segurança de sementes que podem oferecer estratégias mais refinadas para se abordar as necessidades de segurança alimentar.
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Uma onda de reportagens na mídia e argumentações retóricas apontaram as culturas geneticamente modificadas como uma solução para a “crise alimentar global” que se manifestou com o aumento repentino nos preços mundiais dos alimentos durante 2007–08. Argumentava-se em geral sobre o potencial das tecnologias GM de lidar com a crise, mesmo embora as culturas e características úteis tipicamente invocadas tivessem ainda de ser desenvolvidas e apesar do fato do progresso real ter sido alcançado na verdade utilizando-se cultivos convencionais. O caso ilustra vividamente o uso instrumental da retórica da crise alimentar para promover culturas GM.
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A recente alta no preço das commodities foi uma das mais longas e amplas do período do pós-Segunda Guerra Mundial e, como era de se esperar, ela reacendeu as discussões sobre a escassez de recursos e também propostas para “gerenciar” reminiscências da década de 1970. Esta contribuição examina os fatores que são prováveis de influenciar os mercados de commodities no longo prazo e conclui que um vínculo mais forte entre os preços de commodities energéticas e não-energéticas deve ser provavelmente a força dominante, especialmente em termos de preços de alimentos. A demanda de economias emergentes é improvável que exerça pressão adicional nos preços das commodities alimentares, embora ela possa criar tal pressão indiretamente através dos preços de energia. O efeito dos biocombustíveis sobre os preços dos alimentos não tem sido tão grande quando se pensava originalmente, mas o uso de commodities por fundos de investimento pode ter sido parcialmente responsável pelo aumento de 2007–08.
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A crise alimentar de 2007–08 e os conflitos urbanos que se seguiram em cerca de quarenta países em desenvolvimento colocaram a questão da instabilidade do preço dos alimentos no centro dos debates sobre políticas. Desde a década de 1980, a ideia predominante tem sido a de que a melhor forma de tratar este problema é gerenciar risco sem ‘afetar os preços’ através de instrumentos privados (tais como seguro de cultivos, mercados futuros), em conjunto com a provisão de redes de segurança para populações vulneráveis. Contudo, esta estratégia não se mostrou efetiva: instrumentos privados de gerenciamento de risco não foram produzidos e as redes de segurança não foram bem-sucedidas para evitar a situação nutricional deteriorante das famílias vulneráveis. Este estudo mostra que os argumentos contra a estabilização do preço (o papel informativo dos preços e o ‘seguro natural’ dos produtores) não foram convincentes quando as diferentes causas da instabilidade de preço são levadas em conta. O autor propõe uma tipologia das causas da instabilidade. O artigo termina propondo combinações relevantes de instrumentos para cada causa de instabilidade e discutindo maneiras de implementá-los.
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Este artigo seleciona a crise alimentar que teve início em 2007 como momento para chamar atenção para o impacto prejudicial da volatilidade agrícola e do mercado sobre produtores rurais pobres e países de baixa renda importadores de alimentos. O artigo apresenta um leque de mecanismos que podem reduzir a volatilidade ou a exposição de produtores rurais e países de baixa renda frente a ela. Em seguida, o autor realiza uma discussão sobre mecanismos que permitem a transferência do risco dos preços através do uso de instrumentos como os mercados futuros e opções. Analisando caos empíricos e estudos experimentais, o artigo focaliza as aplicações em potencial de tais mecanismos em ambientes de países de baixa renda.
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Este ensayo analiza la “crisis de la tortilla” en México de 2007. Basándose en una revisión de estudios publicados y de los medios, en entrevistas con personas clave y en bases de datos secundarias, los autores examinan la respuesta de la cadena maíz-tortilla en México ante el busco aumento de precios. Los aumentos de los precios en teoría deberían transmitirse al consumidor en un porcentaje cada vez menor con respecto al aumento general del precio de los productos alimenticios con valor agregado. Sin embargo, en México los aumentos de precio se magnificaron en la cadena de producción maíz-tortilla. Esto se debió en gran parte a las asimetrías que existen en ciertos segmentos de la cadena, las cuales condicionan las respuestas de las corporaciones industriales y de los pequeños negocios familiares. Este caso sugiere que para entender el impacto de los bruscos aumentos de precios sobre los consumidores de bajos ingresos, se necesitan análisis detallados a nivel nacional de las cadenas de mercado y de las estructuras de transmisión de precios.
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Na região andina, as respostas de políticas nacionais para a crise do preço dos alimentos de 2007–08 enfatizaram a redução da pressão sobre os consumidores e particularmente sobre a população urbana. Na Bolívia, o preço de todos os tubérculos e grãos produzidos domesticamente e importados aumentou drasticamente nos principais mercados. Surpreendentemente, evidências de grupos de enfoque e pesquisa de campo demonstram que até mesmo em regiões remotas onde os produtores rurais comercializam com pouca frequência, famílias de pequenos produtores rurais enfrentaram aumentos no preço dos alimentos. A busca por identificar os efeitos “médios” em tais situações poderia também ser equivocada. Os impactos sobre os pequenos produtores variam consideravelmente de acordo com os produtos cultivados, de como as famílias participam nos mercados, características da família, acesso a bens cruciais e estratégias de meios de subsistência.
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Este estudo analisa os efeitos da crise do preço dos alimentos de 2007–08 em termos de bem-estar e pobreza sobre as famílias na Guatemala. Estimativas revelam que os aumentos de preços afetaram negativamente 96.4 por cento das famílias e resultaram em um aumento de 1.1 por cento na taxa de pobreza nacional. Em média, as famílias perderam 2.3 por cento de sua capacidade de gasto e os altos preços de alimentos têm um efeito negativo regressivo. O total da perda em termos de bem-estar de todas as famílias no país é estimado em cerca de 2 por cento dos gastos agregados nacionais, mas o custo de compensar as famílias mais pobres seria de apenas 0.5 por cento dos gastos agregados nacionais.
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Este artigo contrasta os impactos da crise global dos preços dos alimentos em 2007–08 sobre três tipos de produtores rurais em Mali. No Delta do Níger, onde o governo realizou uma iniciativa de “emergência”, produtores rurais organizaram coletivamente seu arroz para o mercado, ganhando uma posição mais sólida vis-à-vis comerciantes e o estado. Verticalmente integrados em uma cadeia de valor de exportação, os produtores de algodão sofreram com produções estagnadas, lenta reforma organizacional e coeficientes input-to-output crescentes durante a última década. Consumindo pouco arroz, produzindo espécies landrace locais com poucos insumos e sem contato com o mercado mundial devido ao seu isolamento, os produtores de sorgo-painço nas terras secas foram afetados pela escassez de chuva.
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Os altos preços dos alimentos em 2008 estimularam conflitos por alimentos em todo o mundo, com a área urbana do oeste da África enfrentando muitos destes conflitos. A área urbana de Mali parece ter sido poupada do pior desta crise pois os consumidores mudaram a produção do arroz para o sorgo, um grão cuja produção aumentou rapidamente quando a produção de algodão entrou em colapso na onda dos preços globais mais baixos para esta commodity. Este estudo comenta sobre o “viés do arroz” nos círculos de políticas, a tensão entre a produção de algodão e alimentos e as vantagens ocultas do isolamento geográfico. Os resultados são baseados em levantamentos sobre as famílias e análises de dados de produção no âmbito nacional.
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Este estudo examina as condições de acesso a alimentos das famílias nas áreas rurais de Guiné, um Estado do oeste africano pobre e importador líquido de alimentos, durante o auge da crise do preço dos alimentos. Fazendo a ligação entre as condições de acesso a alimentos de uma família e características e estratégias familiares específicas, o artigo oferece evidências sobre estas características e estratégias únicas favorecendo o acesso sustentável a alimentos durante a crise dos preços. Os resultados são discutidos e as implicações de sua política revisadas, identificando boas práticas para serem buscadas e sugestões para mais pesquisa.
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Em 2006–08, a Etiópia enfrentou alta inflação de produtos alimentares e não alimentares. Este estudo mostra que a recente escalada inflacionária é provável que tenha agravado significativamente a pobreza nas áreas urbanas, tendo em vista a dependência do mercado para a maior parte das necessidades de consumo. Em áreas rurais, o impacto distributivo da inflação é mais difícil de se medir. Nas áreas rurais da Etiópia, muitas famílias são compradoras líquidas de alimentos e itens não-alimentares pesam significativamente em seus orçamentos. Assim, parece improvável que a alta inflação tenha sido benéfica para a redução da pobreza, uma posição que pareceu sustentar grande parte da resposta das políticas à crise.
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A África do Sul enfrentou duas ondas de rápida inflação dos alimentos em 2001–02 e 2007–08. Durante ambos os períodos, o aumento repentino no custo dos alimentos prejudicou as condições de segurança alimentar de famílias de baixa renda. O estado reage de maneira atrasada às crises dos preços dos alimentos e não dá muita atenção ao fato de que os compradores líquidos de alimentos que vivem na pobreza dependem dos mercados agroalimentares para o seu abastecimento de alimentos. Além disto, a aclamada não-interferência do estado na política comercial agroalimentar dá a impressão de que esta política não possui conexão com a segurança alimentar. Este artigo desafia esta noção. Ele analisa o conteúdo e evolução das políticas comerciais agroalimentares e argumenta a favor de se colocar a segurança alimentar no centro de tais políticas.
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A recente crise do preço dos alimentos tem contribuído para um enorme aumento no número de pessoas que passam fome no mundo. O principal objetivo deste artigo é utilizar dados empíricos coletados do estudo de distritos com excedente de alimentos e com déficit de alimentos para avaliar até que ponto, e de que maneira, os altos preços dos alimentos têm afetado pequenos produtores rurais na Tanzânia em termos de produção, renda, segurança alimentar e segurança dos meios de subsistência. O principal resultado é que alguns pequenos produtores rurais na área de estudo com excedente de alimentos têm se beneficiado com os altos preços dos alimentos, mas estes benefícios em potencial são prejudicados por uma série de fatores que não sejam os preços dos alimentos. Nas áreas de estudo com déficit de alimentos, os pequenos produtores rurais estão em pior situação devido ao aumento dos preços dos alimentos. O artigo discute lições aprendidas e avalia como os pequenos produtores rurais poderiam aproveitar melhor o aumento do preço dos alimentos e assim melhorar seus meios de subsistência.
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O Egito possui um sistema amplo de subsídios de alimentos que provê pão e outros alimentos básicos à população com preços baixos. Este artigo examina o funcionamento do sistema de subsídio de alimentos durante os dois períodos recentes de rápida inflação do preço dos alimentos para avaliar sua efetividade enquanto rede de segurança social. Três aspectos são considerados: a diferença nas políticas rurais e urbanas, as diferenças de preço entre bens subsidiados e bens do livre mercado e a extensão da abrangência do sistema. O estudo constata que o sistema de subsídio dos alimentos reduziu alguns impactos negativos para a população, mas exacerbou outros desafios.
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Este artigo primeiramente revê o histórico dos preços dos alimentos na China desde 2000. Os autores constatam que apesar das enormes flutuações de preço no mercado internacional em 2007–08, importantes cultivos de alimentos básicos (arroz, trigo e milho) no mercado doméstico foram protegidos da volatilidade do mercado internacional. Esta estabilidade de preços pode ser parcialmente atribuída ao efeito das políticas de segurança alimentar do governo chinês que estimulam a produção de grãos e suavizam os preços domésticos. Dados sobre as famílias revelam que a resposta de abastecimento dos produtores rurais é afetada pelos preços, acesso ao mercado, bens familiares e experiência do produtor rural. Além disto, as famílias pobres reagem menos aos sinais de mercado, e o impacto da pobreza sobre a produção de grãos é indireto.
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O governo indiano está implementando um pacote de programas de rede de segurança baseado em alimentos para se proteger da devastadora insegurança alimentar. Programas cruciais são (1) o Esquema de Distribuição a Público-Alvo, (2) o programa de salário-emprego (transferência de dinheiro direta em forma de salários) e (3) vários programas diretos de nutrição para alimentar crianças. Este artigo examina a implementação destes programas no âmbito distrital no estado de Bengala Ocidental e em particular o distrito de Purulia, que se encontra em situação de extrema desvantagem. Bengala Ocidental foi selecionado para estudo pois o estado possui uma estrutura de governança descentralizada e a peculiaridade de governança ininterrupta de Partidos de Esquerda sob a liderança do Partido Comunista da Índia (Marxista) desde 1977. As informações apresentadas, com base em dados de pesquisa de campo relacionados, mostram um registro mesclado de combate à fome em Bengala Ocidental relativo a outros estados. Em vários aspectos, mas nem todos, o progresso tem sido alcançado no decorrer do tempo. Em geral, a estrutura democrática dos panchayats em Bengala Ocidental permite o fluxo livre de informações, que ajuda o governo a evitar contratempos.
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Este artigo discute o impacto da crise econômica global existente sobre o setor agroalimentar indonesiano. Ele compara a situação atual com a crise de 1997–98 e examina se a liberalização da economia indonesiana (e do setor agroalimentar especificamente) no período pós -1999 tem aumentado a exposição dos produtores e consumidores de alimentos indonesianos à volatilidade em associação com os mercados globais financeiros e de commodities. Durante a crise de 1997–98, a Indonésia (com o apoio da comunidade de desenvolvimento internacional) instituiu reformas estruturais e aumentou medidas de estabilização para mitigar os efeitos da crise. A autora avalia se estas medidas ainda estão em vigor para contrabalançar os choques da crise atual e qual efeito elas têm tido sobre produtores e consumidores de alimentos indonesianos. A questão da demanda do consumidor em um momento de recessão possui relevância em particular para aqueles produtores de agroalimentos indonesianos que diversificaram em commodities de alto valor adicionado (tais como orgânicos) na década passada.
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Os preços dos alimentos no Camboja aumentaram em 36.8 por cento entre julho de 2007 e julho de 2008. Os altos preços dos alimentos afetaram negativamente pessoas de todas as condições sociais, mas a extensão do impacto variou. Os 40 por cento mais pobres da população gastaram 70 por cento de sua renda com alimentos. Os compradores de alimentos que vivem na pobreza e que geralmente moram em áreas rurais, foram mais atingidos por estes preços crescentes. A maior parte das famílias que sofrem com a insegurança alimentar estão nas regiões de Tonle Sap e em regiões de planície. Para os muito pobres, tanto da área urbana quanto rural, obter uma quantidade suficiente de alimentos é uma luta diária. Cerca de 50 por cento das famílias entrevistadas relataram redução nos alimentos. Muitos contraíram dívida. A ajuda alimentar ou “alimento em troca de trabalho” devem ser as melhores soluções para se atender as necessidades de curto prazo. Redes sociais de segurança baseadas na assistência alimentar devem ser introduzidas para se evitar uma maior desnutrição e estratégias negativas para se lidar com a situação utilizadas por famílias que sofrem com a insegurança alimentar.
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Trabalhadores agrícolas assalariados nas Filipinas ficaram especialmente vulneráveis aos aumentos nos preços dos alimentos de 2007–08. Seus salários não cobrem os custos dos alimentos, roupa e moradia, muito menos de serviços de saúde e educação para seus filhos. A inflação do preço dos alimentos alcançou 17.1 por cento no terceiro trimestre de 2008. Os trabalhadores rurais tiveram de despender a maior parte de seu salário médio diário de US$ 3 na compra de arroz, o que significou abrir mão da compra de outros alimentos e de necessidades cruciais. Medidas para a redução do preço de calorias para trabalhadores sem-terra são de suma importância para redução da pobreza. Melhores programas de proteção social teriam ajudado no curto prazo. Para alcançar segurança alimentar no longo prazo, as Filipinas devem desenvolver autossuficiência em arroz, com base na agricultura de pequenos produtores. Um desafio central é gerar empregos produtivos e com alta remuneração e garantir que toda família pobre esteja empregada de maneira lucrativa ou tenha sua própria fonte de subsistência.
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Este estudo aborda o impacto dos preços dos alimentos globais sobre os preços dos alimentos domésticos, as respostas de políticas de curto prazo realizadas por governos nacionais e principais limitações na segurança alimentar de longo prazo na Ásia Central. O surgimento de inflação nos preços dos alimentos domésticos em países da Ásia Central foram quase simultâneos com o aumento nos preços dos alimentos internacionais. A inflação do preço dos alimentos foi estimulada em parte pelas condições climáticas adversas em 2007 e agravada pela decisão do governo de Kazakhstan de impor temporariamente tarifas de exportação e suspender as exportações de trigo. A transformação da agricultura da região desde 1991 tem alterado a estrutura da produção agrícola e levado à realocação de mais terra a cultivos de alimentos, melhorando a segurança alimentar na região e amenizando as consequências negativas dos aumentos de preços de alimentos internacionais. O artigo argumenta que avanços na melhoria da segurança alimentar na região requerem esforços coordenados de governos para remover as limitações da produtividade agrícola.
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Além das guerras e revolução, a Rússia e seus vizinhos sofreram dois grandes choques agrícolas no século passado: a crise da coletivização de 1929–33 e o colapso das fazendas coletivas na década de 1990. Ambos foram, de certa forma, induzidos por política e estavam ligados aos acentuados declínios nos termos de comércio agrícola. As crises conectam-se pela coincidência histórica da formação e colapso dos sistemas coletivos e das bases políticas e filosóficas do preceito comunista. Este artigo investiga as mudanças de preços relativos, as consequências para a população rural e a base política das crises. Ele chama atenção para os aspectos internacionais que muitos estudos negligenciam.
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A partir de uma posição de abastecimento de alimentos, os 30 estados-membro da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) – clube mais rico do mundo – podem razoavelmente alegar que são autossuficientes. Questões sobre acesso a alimentos podem ser tratadas através de redes de segurança sociais financiadas publicamente e, no caso daqueles que são negligenciados, através do sistema de ajuda alimentar emergencial, cada vez mais institucionalizado como bancos de alimentos humanitários. Apesar das suas melhores intenções, o banco de alimentos humanitário é uma parte representativa do problema da fome em sociedades ricas. Embora ele dê uma contribuição para o alívio da fome no curto prazo, não há garantia de que ele atenda a demanda nem que garanta alimentos nutritivos ou culturalmente apropriados. Sua institucionalização e organização permitem que o público e políticos acreditem que a fome está sendo solucionada. Ele reforça a noção da fome como uma questão de caridade, não de política. Para que haja um compromisso público sólido para a eliminação da fome e redução da pobreza nos estados ricos, os governos precisam urgentemente pensar e agir fora deste banco de alimentos humanitário. O direito humano a alimentos adequados oferece uma abordagem alternativa.
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In the current context, when so many policies on international development are changing significantly, it is challenging to write an editorial which may quickly become dated. As I write, we see development ministers across Europe turning their backs on policies such as budget support, the principles behind the Paris Declaration, and co-funding for international NGOs. In their place we see the re-introduction of new conditionalities; a focus on short-term ‘results’; and a reduced list of priorities, such as security and basic welfare. Some policies are being dumped, or adopted, in line with political changes rather than as the result of serious evidence-based reviews.
Policies which have not yet even been fully evaluated are being side-tracked or (quietly) dropped because development ministers wish to avoid public statements undermining processes their governments have already agreed upon. The right of politicians to change policies is not in dispute. Indeed, many areas of public life beyond international development are vulnerable to about turns, and the sudden introductions of new policies, practices and priorities. However, we still have to question whether the current obsession with evidence, results and evaluations is as genuine as claimed when decisions seem to be made on the basis of a political position rather than real evidence. Such questions over the real links between evidence and policy are a concern to Development in Practice, which seeks to share actual experiences and evaluations, and therefore to inform political decision makers.
In this issue we have, as always, a range of impressive and diverse experiences of development. Increasingly we are seeing examples of ‘development’ interventions which come from outside of the traditional aid industry, although as Kiikpoye K. Aaron notes in his viewpoint on the oil-rich Niger Delta, the current interest in corporate social responsibility must be tested against the possible inherent conflict between profit-seeking and sustainable development. Radhika Gajjala et al . look at another alternative form of intervention – the growth of online micro-finance programmes. They analyse one such online network, Kiva.org, which has lent US$78 million to 180,000 people in 45 countries and claims a repayment rate of 98%. Such person-to-person lending, along with person-to-person grant making, looks set to be an important area to continue to monitor in future. Whether it supersedes the costly old model which uses aid workers, agencies, structures, and their procedures as middle men is yet to be seen.
We have a few articles which capture learning from the struggle to find ways of engaging small-scale farmers to increase their production and incomes. Paul Van Mele et al . review two programmes with West African rice farmers and try to identify some of the reasons why the programmes turned out differently in Ghana and Mali. They point out that the tendency of the Malian programme to encourage more innovation may have been because the programme was run by NGOs with consistent staff members, with a greater emphasis on the principle of innovation, and more input from farmers themselves than in Ghana, where changing staff from government and research agencies placed more emphasis on fulfilling set programme activities. Anna-Katharina Hornidge et al ., looking at farmer innovation in Uzbekistan, note the problems of encouraging a culture of innovation in the context of a state which tries to involve itself in the details of agricultural production using ‘Soviet era’ approaches and command structures to decide what should be grown where, when and how. Despite this centralised form of agriculture, however, the article records the flowering of farmer-based agricultural innovation.
Oscar Forero reviews two examples from Latin America on the use of digital technology for the sustainable use of natural resources in line with indigenous rights, and argues that it is the way the technology is used which determines whether the outcome is positive, irrelevant or negative. The examples support the views that new technologies require ground-level participation, and that attention should be paid to ownership of digitally-generated resources, if they are to result in the promised effects.
Two articles examine microfinance. The first, by Theeraphong Bualar, discovered that the widespread Village Development Fund in Thailand has tended not to be distributed to disabled women because local people did not believe that these women could run small businesses. Thus more work is needed to be done to change local attitudes to disabled women before they are able to benefit from this national programme. Ana Pantelić compares experiences of cash transfers and microfinance in Latin America. She concludes that neither is the ‘magic bullet’ that they are sometimes claimed to be, although they can both contribute to poverty alleviation when dealt with together as complementary approaches.
We have a conference report by Mochamad Indrawan et al . which illustrates the importance of taking major issues such as biodiversity to a specific context, in this case Papua. The conference concluded by stressing the importance of building social capital in order to protect one of the worlds most unique yet endangered ecosystems. A viewpoint by Jonathan Connor gives space to a debate about the role of the church in accepting or challenging homophobic tendencies by some African governments, specifically using the case of Zimbabwe. Another viewpoint, by John Beauclerk, looks at an alternative approach to civil society, which reintroduces the political into development, as opposed to the recent emphasis on civil society as merely a delivery mechanism for official aid agency priorities and programmes. Beauclerk goes onto provide a practice-based conceptual framework which should enable us to better understand the role and function of civil society. The second of our new series, ‘Essential Reading’ is by Alan Fowler who has chosen three more contemporary publications which he feels may be important pointers to the future of development.
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Indo contra o cenário de tentativas de explicar o baixo desempenho da Responsabilidade Social Corporativa (CSR) de corporações de petróleo transnacionais no Delta do Níger no contexto de abordagens e processos equivocados e pacotes de CSR inadequados, este artigo contesta não apenas as explicações para o fracasso da CSR, mas também a ideia central de que a CSR seja capaz de gerar um desenvolvimento sustentável na comunidade. Tendo em vista o enorme desafio de desenvolvimento na região, as corporações não podem, mesmo com as melhores das intenções, promover impacto significativo nas comunidades receptoras, principalmente devido às limitações estruturais que surgem com o objetivo de se buscar lucro que orienta o comportamento corporativo.
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Uma análise comparativa de microfinanças e transferências condicionais de dinheiro na América Latina
Este artigo busca examinar se as microfinanças e as transferências condicionais de dinheiro podem ser eficientes para aliviar a pobreza e oferece uma avaliação abrangente de cada programa utilizando dados e relatórios de avaliação de dezenove países da região, analisados no contexto de seis critérios operacionais e de impacto. A pesquisa mostra que a microfinança pode ser mais adequada para aqueles que vivem com US$2 por dia ou mais, enquanto que as transferências condicionais de dinheiro podem ser mais benéficas para aqueles que estão vivendo em condições de pobreza extrema. Nenhum programa oferece uma solução “mágica” para a erradicação da pobreza, mas eles podem oferecer resultados positivos quando prescritos em conjunto.
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Um projeto internacional chamado PADS promoveu uma pesquisa sobre aprendizado e ação participativa com produtores de arroz irrigado com água da chuva no interior do vale na África Ocidental. Todos os países receberam o mesmo treinamento, financiamento semelhante e a mesma liderança. Embora os funcionários de Gana estivessem cientes e oferecessem bastante treinamento aos produtores beneficiários, os funcionários de Mali incentivaram explicitamente os produtores a experimentar. Os produtores de Mali responderam a esta atitude favorável experimentando mais do que aqueles de Gana e de maneiras mais interessantes em termos qualitativos. O engajamento de longo prazo com organizações de base pode contribuir para mudar as atitudes dos servidores públicos tanto quanto a abordagem participativa real promovida na base.
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Este artigo questiona a noção de que o uso de tecnologias digitais garante o desenvolvimento de melhores políticas para a gestão sustentável de recursos naturais, particularmente em contextos multiculturais. Ele argumenta que os recursos das tecnologias digitais poderiam positivamente ou negativamente afetar os projetos geopolíticos e estratégias de desenvolvimento buscados pelos nativos.
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Em 2008, um projeto de pesquisa interdisciplinar financiado pela Alemanha na província de Khorezm, no Uzbequistão, iniciou uma abordagem participativa para o desenvolvimento e difusão da inovação com as partes interessadas locais. Inovações agrícolas selecionadas, desenvolvidas pelo projeto e identificadas como “promessas plausíveis”, têm desde então sido testadas e modificadas de acordo por equipes de pesquisadores, produtores rurais locais e usuários de água. Este artigo discute os desafios enfrentados neste processo de experimentação e aprendizado conjuntos entre pesquisadores e as partes interessadas locais cujos comportamentos, atitudes e ações são fortemente influenciados pelo contexto local, disciplina acadêmica e cultura hierárquica de governança de conhecimento.
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O Village Development Fund (VDF) é utilizado na Tailândia para empoderar as pessoas pobres da zona rural, especialmente mulheres portadoras de deficiência. Este artigo investiga os problemas para se obter acesso a crédito enfrentados pelas mulheres deficientes físicas na zona rural da Tailândia. Entrevistas minuciosas com 20 mulheres com deficiência física no nordeste da Tailândia indicam que estas mulheres ainda não se beneficiam com os pequenos empréstimos do VDF porque elas enfrentam grandes barreiras de atitude dos coordenadores do VDF e de seus próprias famílias. O autor argumenta que comunidades não-deficientes e suas próprias famílias acreditam que a deficiência torna estas mulheres menos capazes de pagar seus empréstimos.
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Este artigo revê alguns dos principais argumentos levantados por acadêmicos atuando na interface da religião e desenvolvimento. Ele então busca expandir a literatura atual sobre religião e desenvolvimento para incluir assuntos mais “desconfortáveis”, como homossexualidade e discriminação. Utilizando a Feira de Livros do Zimbábue de 1995 como estudo de caso, o autor argumenta que ONGs religiosas internacionais engajadas em atividade evangélica devem dar uma maior atenção aos contextos nos quais elas operam. Em particular, elas devem assumir uma posição explícita contra a homofobia e a discriminação. Do contrário, suas intervenções para o desenvolvimento correm o risco de fortalecer e legitimar culturas de exclusão em países como o Zimbábue.
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En los últimos 30 años se ha usado ampliamente la expresión “sociedad civil” en el contexto de la ayuda internacional, lo cual ha dado pie a la creación de “departamentos de sociedad civil” en las agencias donantes. Paralelamente, cada vez está más extendida la idea de que el desarrollo internacional se ha mercantilizado en la “industria de la ayuda”. El resultado es el crecimiento vertiginoso de una sociedad civil “auxiliada”, globalizada y domesticada, en detrimento de otra menos “auxiliada” pero arraigada localmente, menos predecible y más politizada.
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As práticas de microfinanças foram originalmente desenvolvidas em contextos offline. Práticas modernas de microfinanças estavam baseadas em modelos de desenvolvimento para o empoderamento financeiro e social dos mais pobres nos países em desenvolvimento. Muitas destas práticas foram extraídas de tradições existentes de empréstimo de dinheiro dentro de comunidades locais que foram reformadas para estar em sintonia com o desenvolvimento rural e o empoderamento dos indivíduos desfavorecidos. Em épocas atuais “pós-modernas”, os provedores de microfinanças estão utilizando ferramentas on-line visando ampliar o alcance e estender as vantagens oferecidas por tal modelo de concessão de empréstimo em nível micro e tomada de empréstimo em nível micro. Neste artigo, examinamos um website de concessão e tomada de empréstimo online par-a-par, o Kiva.org, que utiliza ferramentas de rede social online em microfinanças. O estudo, então, faz uma análise minuciosa do conteúdo real do website tendo em vista compreender as práticas de representação do espaço online através da microfinança mediada pela Internet.
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A Conferência sobre Biodiversidade Internacional para o Desenvolvimento Sustentável em Papua Land (Jayapura, 11–15 de novembro de 2009) reuniu contribuições e melhores práticas de várias fontes e iniciou compromissos em direção à conservação e desenvolvimento sustentável em uma das mais ricas biodiversidades e herança biocultural do mundo. A conferência resultou na exigência da criação de um grupo de trabalho local que enfatizará sistematicamente a questão do desenvolvimento sustentável. Em particular, é o próprio desenvolvimento do capital social de Papua que orientará a luta para salvar um dos ecossistemas e formas de vida mais especiais da terra, porém sob risco.
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The Origins of Wealth: Evolution, Complexity and the Radical Remaking of Economics, by Eric Beinhocker, Random House, Business Books, London, 2006 ISBN: 9780712676618, 526. pp.
Investing in the Immaterial: An Annual Digest for Practitioners of Development 2010/2011, by the Community Development Resource Association, Cape Town, 2011, 106. pp.
The Change Imperative: Creating a Next Generation NGO, by Paul Ronalds, Kumarian Press, Bloomfield, CT, 2010 ISBN: 9781565493254, 233. pp.
In the course of only a week or two, many interesting publications demand attention. I therefore try to periodically update my website with items that catch my eye and are worthy of a wider audience.1 They collectively reflect the many angles into what we do and why. Consequently, selecting ‘essentials’ has been difficult. The three I have chosen are important, I think, because they invite us to question how ‘change’ in society will itself change. By this I mean shaking free of decades of assumptions about inducing changes in and – beyond – a given society that will reduce poverty and attain social justice. The three titles speak in different but complementary ways to a necessary shift in the paradigms or frameworks that we use to read the world we live in and act to alter its winners and losers.
Eric Beinhocker's book, The Origins of Wealth, is critical in taking a long view of economics in relation to society and politics. His contribution is distinctive not just for the breadth of the evidence he covers, but for weaving his story around the ideas and principles associated with complexity. It is a thick volume, but Beinhocker is a journalist, so the text is pretty accessible. A main argument is that economics – which still dominates aid thinking – took a misstep when it tried to treat itself as a physical science. Human sentiments do not follow the rigid laws and unerring rationality assumed by this ‘dismal’ discipline. So, we need to treat economics and the fixation on growth that it stimulates as a matter of political choice. It is not an iron law that subordinates people to its rules, whims and volatilities. The economics of markets are amoral, needing active management by society for the social good. Beinhocker's book is a seminal step in this direction, one that is not trapped in projecting the past into a knowable future.
Applying a complexity lens in this way opens up a very different story about how a society's institutions emerge, interact and can be influenced. This story poses significant challenges to the assumptions we typically use, for example, about incentives, about the space available for social or political change, about speed in relation to achieving results, about the predictability of development efforts, and so on. Perhaps more importantly, his analysis points us towards the importance of connections, relationships and processes as starting points for understanding what is going on instead of first concentrating on the actors involved. This latter point of entry is typically found in rights-based approaches that concentrate on citizens as claimants and government as duty bearer. A complexity view pays significant attention to the relations between citizens with obligations towards each other. Social fragmentation, exclusion and xenophobia are generated by interactions within civil society that a complexity lens can help illuminate. And, in illuminating such processes, complexity opens up greater possibilities to be sensitive to the invisible and the immaterial forces that are in play, the substance of my second choice.
The composite volume by CDRA, Investing in the Immaterial, illustrates the potential to better understand and self-reflect on what we do and ‘the games we play’ to try and stay true to the original inspirations of NGO-ism. For those familiar with CDRA, its annual reports were distinctive and original contributions to development thinking and practice. This way of sharing is seen to have run its course. An Annual Digest is its replacement, giving space to voices both inside and outside CDRA. This inaugural book contains a dozen chapters connected by a concern for appreciating the intangible, vital features of development that is truly transformative: a development that values dimensions of change in society and in people, which cannot be counted and enumerated. A ‘philanthropy’ that truly reflects its Greek etymology ‘love of humanity’. Collectively, the texts tease out what has happened over time to divert NGOs from their social and political inspirations and buy into a regime dominated by material change and its measurement. Measuring is legitimate. But the resulting subordination of interest in – and sensitivity to – what works, hidden within social processes, has overtaken and eroded much of what NGOs had to offer. The loss shows up in both detachment from, and inadequate attention to, critical forces and energies within civil society which self-organise and self-regulate to keep relations ‘civil’. In this sense, much of NGO-ism has become socio-politically deskilled.
A recurring query in the book is why and how NGOs have arrived at a place where the economics of self-survival is a major distraction. A recurring answer is that, in ‘playing the game of not playing the game’ NGOs have not been adept at influencing the rules. And, in my view, it is because slowly but surely NGOs have lost their own definition of who they are and what they do – buying into role ascriptions provided by funders and a market philosophy. This process was abetted by relying on financial growth as a proxy for performance with governance and leadership that proved incapable of projecting an alternative story of how societies work and change. The CDRA volume offers a rich source of ideas and insights as a thoughtful counterweight to the prevailing climate of ‘if it can't be counted, it doesn't count’. Can this type of change be changed?
The issue tackled in my third book of choice, is whether or not NGOs, especially those that are large and international, can draw on the CDRA volume and its counterparts to rediscover meaning beyond a concern with numbers.
Until recently, Paul Ronalds was the chief operating officer of World Vision Australia. Written from the vantage point of an insider, The Change Imperative provides a critical assessment on the self-transformative potential of big international NGOs or, as they are to be known at the November 2011 Busan conference on aid effectiveness, big international civil society organisations (ICSOs). His book charts the environments that ICSOs will be facing – a useful source for thinking about strategy. But the main thrust of his story is about the about the ability of ICSOs to adapt in order to better cope with increasing global uncertainties and the demands of scale. Can their organisational change outpace the rate at which their multiple contexts are moving? And, as critically, can this process be transformative for who they are as well as for what they do? Can they, for example, rebalance the (im)material dimensions of social and political change, moving closer to the sense of ‘being’ and ‘soul’ that the CDRA volume describes? Put another way, can they become entities suited to the twenty-first century?
The varied emerging configurations of ICSOs governance and approaches to (de)centralisation illustrate, once more, that no two are the same. Nevertheless, his overall view on their adaptability is not optimistic. But, rather than rehearsing the many existing sources of analysis of why this might be the case – learning disabilities, risk aversion, a confusion between professionalism and managerialism, pre-occupation with growth, and so on – his analysis homes in on some additional demands as well as opportunities that globalisation offers. These demands include: resilience to unanticipated shock; retaining relevance; making use of technologies that assist in responsiveness but simultaneously feed the ‘disintermediation’ of international resource transfers between citizens seen, for example, in Diaspora financing and web-based matching of projects and donors. He argues that INGO relevance is on the line if this self-organised global connectivity is not adequately taken into account.
Further food for thought lies in the knotty area of achieving and demonstrating effectiveness. This volume helps to unpack connections between governance, accountability, transparency and the ‘hard’ evidence that they all require, typically from systems dedicated to monitoring and evaluation. As signalled in the CDRA book, the latter is currently highly contested terrain which makes demands on perhaps the most critical determinant of adaptability – leadership and NGO people.
In the last analysis, Ronalds argues that transformation of INGOs will be determined by clear, courageous, compelling and inspiring leadership and the followership of people who are not just technically competent but sensitive to the socio-political complexity of their work. This conclusion is borne out by new initiatives dedicated to investment in NGO people and growth of leadership from within.2 The book by Paul Ronalds provides a well-founded introduction to what leadership and followership are likely to mean for a twenty-first century NGO. A required reading to add to the pile.
Notes.
1. See www.alanfowler.org
2. www.peopleinaid.org and DLP, 2011, ‘Politics, Leadership and Coalitions in Development: Policy Implications of the DLP research Evidence’, Background Papers, Development Leadership Programme, www.dlprog.org
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At whatever level we are working, or researching, it is probably a truism that development is a slow business. Recently a UN official said to me that there is no appetite for longer term solutions to the socio-political structural issues which maintain poverty; and that people have been coming to the same conclusion for at least 30 years. Similarly we are often poor at researching longer term trends, not least because the current trend is for short-term ‘results’ from development aid, and evidence to back it up. Meanwhile we see several processes in parallel which signify attempts to reform the business of aid, if not of development, some of which are holding discussions despite the fact that decisions have already been made. Despite the lack of appetite for the long term, most aid agencies are very slow to change their course, so data being collected now for a review of the Millennium Development Goals (MDG) is extremely unlikely to affect any expenditure on MDG-related programmes before the 2015 target date.
There seem to be few enlightened research programmes which take the longer term view, and rather too much focus on what the government minister wants to hear this year. It means that many international fora meet in the absence of useful data, either for short-term refinement of their programmes or longer term evaluation. As I write people are talking about the ‘road to Busan’ and the next high level review of the Paris Declaration, but most decisions around these have already been made. Some of these decisions are clearly for domestic political reasons, and certain bilateral donors will go directly against the original aims of the Paris Declaration. In many ways this mirrors the Millennium Development Goals summit last year which is unlikely, according to the donors I have spoken to, to lead to any major (or even minor) changes in donor policy before 2013 or even 2015. There seems to be a gap between the practitioner level where people share experiences, both positive and negative (as we hope is often illustrated in Development in Practice) and political decisions about international aid which sometimes seems to be based only marginally on ‘evidence’, despite the continuous claims to the contrary.
A couple of themes emerge from the articles in this issue. One theme considers the people who work in development as professionals, either in humanitarian work or as volunteers. These primarily focus on the use of international staff and volunteers. Thus Simon Darnell looks at the experiences of international Canadian volunteers linked to sport for development, and explores whether the interns/volunteers saw the experience as developmental primarily for the hosts or for themselves. On the other hand, Natasha Tassell and Ross Flett explore a psychological-based, self-determination approach to understand the motivation of humanitarian health workers and why they are willing to work in often difficult and dangerous assignments. Linked to this is Chuck Thiessen's analysis of NGO work in post-conflict community development in Afghanistan. He looks at the tensions for NGO staff working alongside armed peace keepers, concluding that we need to think again about the post-Cold war role of NGOs in such circumstances. Finally there is a poignant Viewpoint by Aarthi Rao on her experience as a volunteer, where she reviews some of the wider literature on volunteering but concludes with her own frustration at being unable to fully impact on the education of a young girl in India. Together, these articles remind us that, whilst we may theorise about the use of staff and volunteers, there are human stories behind each person's experience and motivations.
A second set of articles converge around the actual processes of international aid, which are timely given the succession of reviews and debates around the Paris Declaration and the MDGs at the present time. Jeet Bahadur Sapkota reviews Poverty Reduction Strategy Papers (PRSPs) in Asia against an index of globalisation, noting how trade and foreign investment come higher up the priorities of most PRSPs than say aid (equal to tourism), and labour migration is barely mentioned. The article concludes that the more autocratic regimes in the region show less openness to globalisation than the more democratic governments. Masumi Owa looks at the slow progress of the Paris Declaration and compares the progress made by two major bilateral donors, the UK and Japan. The conclusion appears to be that the Paris Declaration does more to reduce donor transaction costs than those of recipients, but there is also the growing influence of non-OECD/DAC donors in undermining the Paris Declaration. However, David Ojakaa et al. take a more positive view of the Paris Declaration processes in the context of improved coordination around HIV/AIDS work in Africa, as seen through the work of AMREF.
Ruud Bronkhorst looks at the local purchase of goods for food aid in Burkina Faso and argues against the orthodoxy that opposes such purchases because they might drive up prices. The article notes that distress sales and imported food means that local prices are already imperfect, and that at least the higher prices paid to poor local farmers will improve their incomes. Kenta Goto meanwhile looks at issues around globalised value chains in textile production in Asia, and asks whether these merely lead to ‘a race to the bottom’ as countries compete to provide the lowest wages and worst labour conditions. They conclude that there are winners and losers in this commerce and hint at a change to the degree that growth based on cheap labour may only be a short-term gain.
To access the pdf version of the article, please follow this link: http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2011.599111
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Tendo como base o caso de Burkina Faso, o artigo analisa os efeitos da compra local sobre produtores marginais. Ele argumenta que por causa das importaçóes de alimentos juntamente com vendas de sofrimento por parte dos produtores, as condiçóes perfeitas de mercado não existem. Portanto, o preço de mercado não é igual ao preço timo. Tendo em vista que não existe preço ótimo, as intervençóes de preço são justificáveis e o pagamento a produtores rurais locais de um preço mais justo é possível e desejável. A renda adicional assim gerada, não apenas dará aos produtores um maior acesso a alimentos mas também a capacidade de investir para aumentar a produção.
The full article is available here: http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2011.590882
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Este artigo explora as narrativas de entrevista de seis diretores de ONG trabalhando no Afeganistão, tendo em vista a natureza holística e multifacetada de seu trabalho de projeto de ONG. A análise dos dados revelou que os líderes de ONG acreditavam que um trabalho de projeto de ONG efetivo depende extensivamente de coordenação orientada com outras ONGs e depende de agentes que não sejam ONGs, tais como militares, ONU, estruturas governamentais locais e organizaç̌es locais. Contudo, trabalhar de maneira próxima com forças militares internacionais impˇesafios especiais para as ONGs no Afeganistão. Embora validando o trabalho de segurança dos militares, líderes de ONGs acreditam que é necessário garantir a independõia deles das operaç̌es de segurança e a reconstrução militar e o trabalho de desenvolvimento.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2011.590883
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As Cadeias Globais de Valor (GVCs) servem como fontes importantes de emprego para países em desenvolvimento, com vários impactos sobre seus mercados de trabalho e trabalhadores. Embora a participação nas GVCs seja importante para a melhoria econômica, há a preocupação de haver uma “corrida para baixo” na competição global. Este artigo visa compreender como a melhoria econômica e condições de trabalho decentes interagem na proliferação das GVCs, analisando os países exportadores de roupa na Ásia. Ele argumenta que os perfis dos trabalhadores e também as condições locais do mercado econômico e de trabalho têm implicações importantes no modo como a competitividade acontece em termos de condições de trabalho.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2011.590886
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Este artigo surgiu do interesse dos autores em saber por que os trabalhadores humanitários da área da saúde engajam-se inicialmente e depois permanecem no trabalho humanitário, frequentemente enfrentando ameaças à segurança e bem-estar pessoal. Entrevistas qualitativas semiestruturadas avaliaram as razões dos indivíduos engajarem-se no trabalho humanitário na área da saúde, razões estas conscientemente apresentadas. Dados da entrevista foram processados através de uma análise temática. Utilizando a teoria da auto-determinação como estrutura de orientação, os dados sugeriram que as motivações introjetadas e identificadas são aplicáveis a este domínio ocupacional. A motivação introjetada está associada às razões iniciais de se engajar no trabalho, enquanto a motivação identificada está associada às razões de se permanecer no trabalho. As implicações teóricas e práticas destes resultados são discutidas.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2011.590889
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Jovens esportistas agora atuam no exterior dentro do movimento “Esporte para Desenvolvimento e Paz” (SDP). Baseando-se em entrevistas com antigos internos do programa “Canadian Sports Leadership Corps” do Commonwealth Games Canada, este estudo examinou a contribuição dos internos ao serviço do SDP internacional e o que eles aprenderam com este serviço. Os internos confrontaram noções de conhecimento e privilégio e, em alguns casos, consideraram os limites da liderança do desenvolvimento do hemisfério norte. Os internos também vivenciaram uma sensação de “culpa do Primeiro Mundo” que assegurou a consciência do seu eu às custas de engajamentos mais profundos com desigualdade e lutas por justiça de desenvolvimento. Com base nestes resultados, as recomendações para apoiar voluntários futuros são consideradas.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2011.590885
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O avanço dos esforços para se chegar nos compromissos da Declaração de Paris sobre a Efetividade da Ajuda tem sido lento. Este artigo explica os desafios enfrentados pela agenda da efetividade da ajuda e discute por que e como isto precisa ser reexaminado. Para elucidar as diferenças nas abordagens dos doadores em relação é efetividade da ajuda, uma comparação é feita entre o Reino Unido e Japão, que leva a duas sugestões. As principais mensagens são que é importante ser inclusivo para atrair diferentes doadores e fazer a ligação entre o di´logo da polÚtica e a realidade na base.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2011.590888
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Este artigo examina até que ponto os elementos-chave da globalização, tais como comércio internacional, investimentos, ajuda estrangeira, migração de trabalho transnacional e turismo, têm sido enfatizados sistematicamente nos textos sobre estratégia de redução da Pobreza (PRSPs) na região da Ásia-Pacífico. Utilizando uma análise do conteúdo, o artigo verifica que a abertura comercial recebeu a maior prioridade nos PRSPs, seguida por investimento estrangeiro, ajuda, turismo e, por fim, migração. Como a migração transnacional de trabalhadores pouco qualificados traz mais benefícios a países mais pobres, é essencial haver mais pesquisa para se descobrir as razões que estão por trás do fato desta questão estar recebendo menos prioridade nos PRSPs.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2011.591185
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O uso efetivo da ajuda dos doadores é crucial para se alcançar o sexto Objetivo de Desenvolvimento do Milênio – reverter a epidemia do HIV/AIDS até 2015. A Declaração de Paris de 2005 identificou cinco princípios-chave para a efetividade da ajuda: apropriação, alinhamento, harmonização, responsabilidade mútua e gerenciamento para resultados. Como as organizações da sociedade civil desempenham um papel crucial na implementação de intervenções relativas ao HIV/AIDS, é importante que elas tenham adesão a estes princípios. Frequentemente, porém, elas falham na implementação das intervenções de acordo com os princípios, levando à duplicação e ineficiência. Dois estudos de caso da AMREF no Quênia mostram como os princípios da efetividade da ajuda podem ser aplicados para aumentar o impacto das intervenções relativas ao HIV/AIDS.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2011.590887
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O Governo da Índia tem feito avanços ao aumentar seus gastos com educação e melhorar o acesso a escolas, mas ainda há muito o que fazer. Os programas têm se concentrado na expansão do ensino superior na Índia. Na verdade, o gasto público por estudante no nível universitário é mais do que seis vezes o gasto no nível primário. A falta de matrícula pode afetar todo aspecto da vida de uma criança. A educação pode oferecer ás meninas as habilidades para tomar decisões independentes de seus maridos ou famílias, acesso a serviço de saúde e outros programas sociais e a entrada no mercado de trabalho. Este artigo oferece reflexões sobre alguns dos desafios constantes acerca da educação de meninas na Índia, com base em uma experiência pessoal de voluntariado em Jaipur.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2011.590891
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As we come to an end of 2011, will the year mark a historical turning point for international development as we know it, or will this corner not be reached for a couple of years yet? The Millennium Development Goals (MDGs) international summit was held at the end of 2010, yet in reviewing this summit it is not clear that much has really changed. Many donors are still keen to support the MDGs through to target point of 2015, but most are following plans already laid out in their existing budgets. The truth is that the final results of the effort to attain the MDGs by 2015 are already known, or at least the dye is cast. The figures for the next review in 2013 are those of today, and the trajectories are set to continue for the next four years in terms of funding and the larger programmes. What is not yet known is what will follow 2015.
Meanwhile there is a change in the geopolitical balance of economic power, with recession and financial instability concerns within many countries of the ‘developed world’, and high unemployment and low levels of economic growth in many others. Recession in the west has led to a decrease in popular support for development assistance, and this is reflected in the policies of the political leaders. The implications of this loss of public support over the next four years are still to be seen, but we can surmise that further reductions in development assistance will be on the agenda.
In contrast, we still see remarkable growth rates in many ‘emerging’, or should that be emerged, economies. The articles in Development in Practice illustrate there is a great deal of innovative, solid practical development experience across the globe. Increasingly, where countries are growing economically, national governments will have to decide how much they will accept financial and legal responsibility for this work. The challenge is whether they take the easy route in accepting work which tries to just ameliorate the symptoms of poverty, or will they confront the causes of poverty within their own nation state? We encourage authors to submit articles that reflect the balance between the empirical practice of development and the political and theoretical overviews of what causes poverty.
The other side of this debate is what the role of the NGOs will be in the future, as international aid leaves many countries and in others governments do take over responsibility for a wider range of services. And where does this lead local civil society – from grassroots informal associations, professional groups, to membership organisations – which have not always been best served by international cooperation but may also not find national governments any more supportive in situations where local social tensions emerge as a result of the success of their growth strategies? There are many questions and experiences we expect to be exploring through the contributions to Development in Practice in the future, alongside our continued commitment to giving practitioners the space to share their experiences.
In this issue, continuing our interest in capacity building, Jenny Pearson looks at attempts to strengthen capacity in a situation of entrenched organisational and cultural constraints in Cambodia. In particular, she draws out experiences from a programme using an organisational learning approach over several years. The apparent success of this longer-term programme raises questions for policy makers as to how the programme, which went through several changes, would have fared if judged by some of the current short-term approaches to results-based evaluation.
Norma-Jo Baker describes the processes of introducing western liberal arts approaches into a post-Soviet university sector; an introduction which was supported by many external groups on the assumption that it would strengthen liberal democracy. She is, however, concerned that in many cases she reviews, this process did the opposite and reinforced authoritarian practices.
Roger Drew et al. describe their attempt to use social network analysis in evaluating organisational networks, in their case those involving sexual health and rights. They conclude that the method could well provide a positive contribution to future evaluations.
The participation theme is picked up by Christian Iyiani et al. with their study of HIV/AIDS in Nigeria, and a review of community-based work which suggests that despite the support from INGOs for ‘community participation’, there is still a tension between top–down single solution approaches, and those which stress community-based work strengthening social capital. It concludes that financial support from INGOs and technical support from local NGOs is important to work effectively with community-based programmes.
Celina Del Felice and Lillian Solheim explore youth organisations and their learning processes, describing how they adapt adult-based organisational tools in their desire to learn and develop within their own perceived priorities and ways of working. They conclude that any capacity building must also be geared to what works for young people rather than assume that business and adult models will automatically be appropriate.
We have two articles on microcredit, as the debate continues about its efficacy in different contexts. The first, by ATM Jahiruddin et al ., revisits microcredit in a district of Bangladesh. It concludes that often for a significant proportion of the poorest of the poor microcredit can exacerbate rather than relieve their poverty, especially where the recipients lack other resources to complement the loan or to fall back on if their businesses or families get into difficulty.
In contrast Daraka Chhay, writing about a large microcredit programme in Cambodia, concludes that overall it was successful, although she also notes some of the failures for some poor women. Chhay concludes that care needs to be taken as ‘micro-finance is not a miracle solution to the economic situation of women’.
Abebe Shiferaw et al . discuss an empirical study based on six years' experience of the development of forage in southern Ethiopia and provide examples of best practice.
A study by A.K.M. Ahsan Ullah looks at the use of remittances to Bangladesh from Malaysia and Hong Kong. Great importance is placed on such remittances by the World Bank and others, indeed it is argued that they account for 6 per cent of Bangladesh's GDP. However, the study argues that very little of this flow leads to productive investment or even indirect investments such as in education. Despite the wishes of those remitting the funds a large proportion goes on consumption, and repaying the loans taken to fund the travel. The question remains open as to whether remittances are as positive as some would claim for the wider economy.
Finally, the practical note by K.S. Mohindra, D. Narayana, and Slim Haddad opens an important subject around the ethics of participatory research and describes their attempt to draw up ethical guidelines using participatory research with marginalised, often illiterate, populations – where challenges around issues such as informed consent are difficult to establish.
I would also like to take this opportunity to thank the very many authors and referees who we have worked with over 2011, along with our committed readership, who together make the journal what it is today. -
Uma abordagem de aprendizado holística para a capacitação organizacional com ONGs cambojanas produziu resultados surpreendentes em algumas organizações e um importante aprendizado sobre obstáculos a serem superados em outras. A abordagem demonstra claramente que ir além dos tradicionais treinamentos e intervenções para o desenvolvimento organizacional e incorporar processos que promovam o aprendizado e sua integração em práticas de trabalho diárias promovem impactos positivos e duradouros. Organizações que desejavam engajar-se com a abordagem de aprendizado constataram que tanto os indivíduos quanto a organização como um todo eram capazes de atuar mais efetivamente e que isto contribuía para a sustentabilidade e resiliência. A abordagem também extraiu lições importantes sobre a preparação organizacional para incorporar aprendizado e mudança.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2011.582854
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A universidade ocupa um lugar privilegiado como lugar de produção de conhecimento na área de desenvolvimento social. Simultaneamente, tradições de pedagogia extraídas das artes liberais têm evoluído dentro dos sistemas educacionais pós-ensino médio no hemisfério norte / ocidental, que afirmam criar cidadãos através do desenvolvimento de qualificações para liberdade; esta afirmação foi central para as intervenções nos projetos de reforma da universidade na era pós-soviética. As experiências da autora sobre desenvolvimento e reforma da universidade na antiga União Soviética mostram que uma pedagogia de artes liberais despolitizada, na verdade, reforçaram práticas autoritárias, e a promessa de uma pedagogia de artes liberais enquanto projeto emancipatório permanece uma tarefa global contínua de práticas importantes de conhecimento.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2011.590881
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Existem muitos desafios para se avaliar as redes internacionais. O uso de ferramentas convencionais pode ser dificil e frequentemente oferece informações que não são úteis. A Análise de Rede Social oferece benefícios para avaliadores de rede ao considerar a documentação e análise das inter-relações entre indivíduos e organizações. Este artigo descreve o uso desta abordagem na avaliação de um grande projeto internacional chamado Diálogos Globais sobre Saúde Sexual e Bem-Estar. Ele destaca o valor de mapas para permitir representações visuais claras de redes, a identificação de áreas que estejam precisando de um maior enfoque e a base sobre a qual as redes são construídas.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2011.590884
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Este artigo baseia-se em uma pesquisa de campo em Ajegunle, Nigéria, que sugere que a prevenção efetiva do HIV/AIDS exige um grau muito maior de participação da comunidade independente. Ao explorar maneiras para se alcançar isto, sugerimos que avaliar os pontos fortes da comunidade oferece um escopo positivo para se compreender e utilizar uma variedade muito mais ampla de respostas ao HIV/AIDS que não foram utilizadas anteriormente no contexto de desenvolvimento da comunidade. Abordagens baseadas na comunidade também incentivam uma compreensão mais profunda de questões de vulnerabilidade localmente específica que cercam o HIV e AIDS. Tais iniciativas podem ser conectadas a tendências que valorizam o conhecimento e a capacidade de pessoas locais negligenciadas e aproveitar seus recursos, inclusive suas redes de trabalho, relacionamentos e confiança. Porém, a conexão com recursos de ONGs Internacionais (ONGIs) e o uso deles permanecem centrais para o sucesso. Se uma agenda de trabalho interativa baseada na comunidade com recursos no âmbito local obtém aceitação suficiente nos níveis mais altos das ONGIs, os resultados podem ser muito significativos. Tais acordos internacionais/locais, em que ONGIs buscam trabalhar de maneira mais próxima com grupos da comunidade local e suas pessoas em agendas compartilhadas, poderiam começar a lidar com algumas das questões estruturais centrais, especialmente conflito e pobreza, que agravam o HIV/AIDS na base e não são suscetíveis a soluções puramente médicas.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2011.582082
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Os jovens e as organizações de jovens estão se tornando valiosos parceiros de desenvolvimento, mas existe pouco conhecimento sobre suas características enquanto organizações de aprendizado. Este artigo apresenta percepções de jovens trabalhadores sobre este tópico. Elas foram reunidas através de um levantamento online e através de pesquisa realizada por uma rede de jovens. Conhecimento, habilidades e atitudes para uma cidadania ativa são promovidos por organizações de jovens como espaços de aprendizado emergentes, onde o aprendizado entre pares e métodos experimentais são centrais. As organizações de jovens adaptam caixas de ferramentas existentes e desenvolvem suas próprias ferramentas e conhecimento que sejam mais relevantes para suas necessidades. O suporte a organizações de jovens deve levar em conta estas formas especiais de aprendizado.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2011.606892
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No mundo todo, o microcrédito tem sido reconhecido como uma inovação bem-sucedida na redução da pobreza. Porém, alguns afirmam que o microcrédito agrava a pobreza em países em desenvolvimento. Este estudo examina casos em Bangladesh em que o microcrédito na verdade tem agravado a pobreza entre tomadores de empréstimo e investiga as razões subjacentes para esta tendência adversa. Nossos resultados mostram que o microcrédito pode agravar a pobreza em quatro circunstâncias inter-relacionadas. Argumentamos que as famílias que vivem em condições extremas de pobreza e que possuem mínima ou nenhuma capacidade financeira excedente para lidar com contingências são suscetíveis aos efeitos adversos do microcrédito e sugerimos maneiras de se evitar que os tomadores de microcrédito tornem-se vítimas de tais consequências não pretendidas.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2011.607155
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O uso de microfinanças para aumentar a geração de renda e oportunidades de trabalho entre os pobres é uma ferramenta popular para governos e organizações não-governamentais envolvidos em elevar os padrões de vida nos países em desenvolvimento. Oferecendo a famílias muito pobres pequenos empréstimos para que invistam em suas microempresas, o Village Bank as empodera para criar seus próprios empregos, aumentar suas rendas e intensificar o bem-estar de suas famílias. Como é mais provável que as mulheres gastem a maioria de suas rendas pessoais para melhorar a situação da família, este empoderamento econômico beneficia imensamente seus filhos pois, em geral, é mais provável que eles frequentem a escola e tenham uma melhor nutrição.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2011.606891
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O desenvolvimento das forrageiras é uma das estratégias para abordar a escassez de ração e baixa produtividade da produção de gado na Etiópia. Alinhados com a estratégia do governo, vários agentes participaram de um programa de desenvolvimento de forrageiras durante deis anos (2004–09) no Distrito de Alaba Special, no sul da Etiópia. Este artigo analisa o programa de desenvolvimento das forrageiras de seis anos de duração, comparando suas duas fases a partir de uma perspectiva de sistemas de inovaçóo para identificar as melhores práticas. O estudo mostra que as práticas cruciais e inovadoras relativas ás forrageiras são: ter como alvo produtores inovadores de forrageiras, desenvolver forrageiras locais, estabelecer fontes de forrageiras privadas, promover as forrageiras e diversificar a capacitação. Estas melhores práticas podem ser intensificadas e expandidas para abordar a escassez de ração e aumentar a produtividade do gado.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2011.591186
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As remessas feitas por trabalhadores imigrantes desempenham um papel significativo em manter a economia de Bangladesh vibrante, adicionando cerca de seis por cento do PIB do país e ajudando a manter o balanço de pagamentos. Este artigo examina os fluxos de remessa de Hong Kong e Malásia para Bangladesh, as dinâmicas das práticas de remessa e o impacto sobre o bem-estar das famílias de imigrantes. Os dados foram coletados de 126 trabalhadores imigrantes (56 em Hong Kong e 70 na Malásia) entre novembro de 2004 e outubro de 2006. O artigo apresenta dados empíricos mostrando que embora as remessas sejam um componente significativo da economia de Bangladesh, um montante considerável vai para esquemas “improdutivos”. Assim, as remessas no nível micro que não contribuem significativamente para melhorar as condições da família, não conseguem promover o desenvolvimento sustentável previsto no nível macro.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2011.582857
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A pesquisa participativa está cada vez mais sendo utilizada com populaçóes pobres e marginalizadas em países em desenvolvimento. Porém, tem havido relativamente pouca atenção a consideraçóes éticas na pesquisa participativa. Argumentamos que há uma necessidade de estratégias adicionais para promover pesquisa participativa eticamente sœlida, especialmente quando se está trabalhando com grupos marginalizados. Apresentamos nossas experiéncias a partir de uma iniciativa de pesquisa participativa com uma população nativa na zona rural da ëndia, na qual desenvolvemos e implementamos um Cœdigo de èica de Pesquisa e buscamos o consentimento da comunidade e também o consentimento individual. Os desafios que enfrentamos e o modo como tentamos superá-los também são discutidos.
The full article is available here:
http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2011.590890
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Development in Practice prides itself in being one of the most international of development journals, based on both authorship and readership. To reinforce our commitment to this international participation we are pleased to announce that our editorial team will now be strengthened by a group of regionally based contributing editors, who will provide a perspective on the key development issues, authors, and publications from those regions. Susan Holcombe from North America brings her academic perspective from Brandeis University as well as her previous experience with Oxfam America; Rajesh Tandon of the Society for Participatory Research in Asia (PRIA) will strengthen our understanding and contacts in South Asia; while Chiku Malunga from Malawi and Alan Fowler from South Africa will similarly advise on African perspectives. The contributing editors will complement the support and guidance provided by the existing editorial advisory group.
In the current issue we cover several key areas, and include a number of valuable reflections on the practice of development. Monique Henninck et al. plunge into the perspectives of empowerment of international development organisations, through an analysis of the policies of 49 organisations. They come up with a framework consisting of six mechanisms, five domains and three levels, and conclude that the interdependence between them is essential if empowerment is to be understood within a specific context or development programme.
The empowerment theme is taken up by Davíð Bjarnason, Valgerður Stefánsdóttir, and Lizette Beukes through an analysis of a programme to improve and extend the use of sign language in Namibia and its empowering effects on deaf people – improving educational opportunities and life chances.
Gender and other issues which inhibit the success of development programmes are identified in both the articles by Lori Hanson et al. and Maria Torri. Hanson and her colleagues look at how disaggregating the impact of fair trade by gender and the use of the social determinates of health as a criteria might help better understand and illustrate the effects of fair trade; the Torri article looks at the importance of medicinal plants for poor people in rural India and how cultural and gender factors reduce the impact of programmes designed to encourage the growing of medicinal plants.
The tension between innovative ideas and wider policies is explored by Payal Arora, who was engaged in piloting computerised medical diagnostic tools in isolated areas of rural India, and came to the realisation that what appeared to be a purely technical test required high-level changes in policy and legal frameworks before the pilot could go ahead.
Jan Servaes and Patchanee Malikhao explore the complex world of advocacy and communication for peace-building and conflict reduction, bringing together different international experiences.
We also have three articles which touch on the role of the individual development worker. The first, by Nicki Wrighton and John Overton, looks at the pressure on government officials in the micro state of Tuvalu to engage with visiting aid officials or to attend global meetings. The article also concludes that processes such as the Paris Declaration have done little to lessen this burden; indeed it could be argued to have increased the time-consuming processes of aid. The second, from Deborah Nguyen et al. , looks at humanitarian workers and summarises some lessons from the experiences of individuals engaged in front-line humanitarian work which affected their motivation and performance. Finally, we have an important review of NGO fieldworkers in Pakistan from Muhammad Siddique and Mokbul Ahmad. This survey shows the problems fieldworkers face in both basic employment conditions as well as working in a difficult political and cultural setting. It provides a very different picture from the assumption that all NGO workers are well paid, well trained and enjoy a privileged position in many societies.
As well as Nguyen et al, the current issue contains another Practical Note, where Matthew Seib, Katherine Arnold and Blair Orr show how a simple technology, originally for use in research into water and sanitation purity, unexpectedly became a useful teaching tool in rural Mali.
To access the pdf version, please follow the link below:
http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.652073
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Nos últimos anos, uma maior atenção tem sido dada às hortas domésticas de ervas (Home Herbal Gardens - HHG) e vários projetos têm sido realizados. Apesar disto, a participação ativa dos moradores de vilarejos no cultivo de plantas medicinais em HHGs não é muito grande. Este artigo analisa os desafios enfrentados por comunidades locais na participação de programas de HHG, dando atenção em particular a aspectos culturais e componentes de casta e gênero. O artigo conclui ilustrando como as intervenções de desenvolvimento no domínio das HHGs podem ser ampliadas para a promoção de meios de subsistência locais e da saúde das comunidades rurais.
The full article is available here:
http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.640988
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Programas de apoio rural no Paquistão são grandes parceiros no desenvolvimento rural, com significativo alcance. Devido às limitações de fundos, eles estão atualmente explorando uma estratégia de saída para promoverem a formação de organizações de apoio local (LSOs) em vários níveis, incluindo aquelas exclusivamente administradas por mulheres. Este artigo concentra-se no impacto desta estratégia de saída sobre as mulheres rurais. Os resultados, baseados em pesquisa de campo, mostram que as mulheres têm tido uma boa atuação, têm sido mais efetivas na administração de LSOs do que os homens e, apesar de enfrentarem uma cultura conservadora, têm efetivamente preenchido espaços vagos de homens.
The full article is available here:
http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.640982
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Este artigo oferece evidências de um programa de pesquisa em colaboração na Nicarágua que sugere que o Comércio Justo (Fairtrade) está ficando aquém de seu potencial de promover equidade. Oferecendo uma estrutura alternativa do Comércio Justo com base nos determinantes sociais de gênero em relação à saúde, o artigo sugere como o Comércio Justo pode ser otimizado em direção à equidade. O programa está baseado em experiências de organizações comunitárias e de mulheres produtoras de café que identificam contradições na retórica da equidade de gênero no Comércio Justo. Para orientar ações futuras e pesquisa em direção a possibilidades mais equitativas e empoderadoras para produtores de café do Comércio Justo, a estrutura destaca a natureza de gênero dos contextos, atividades e impactos do Comércio Justo.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.640981
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O setor de serviços de saúde indiano oferece uma ótima base para o desenvolvimento pois o acesso a diagnósticos precisos e de alta qualidade permanece sem contrapartida entre sua vasta população rural. Com uma grande escassez de médicos nas áreas rurais, um software de diagnóstico médico foi criado como um substituto, estimulando a atuação de trabalhadores que não são médicos. Para que o software de diagnóstico funcione efetivamente, é fundamental identificar o usuário. Utilizando um programa-piloto do software RightChoice na área central do Himalaia, este artigo concentra-se nas complexidades políticas e econômicas envolvidas na identificação de usuários de tal software.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.642340
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Este artigo apresenta um projeto de desenvolvimento realizado na Namíbia em 2006–2010 pela Agência de Desenvolvimento Internacional da Islândia e o Ministério da Educação da Namíbia. O projeto visou principalmente empoderar deficientes auditivos, capacitando-os por meio do ensino e desenvolvendo a Linguagem de Sinais da Namíbia. Uma grande ênfase foi dada no fortalecimento das estruturas e serviços governamentais para contribuir para direitos iguais e participação na sociedade. O artigo contextualiza atividades de projeto e as lições que elas oferecem, discutindo sobre deficiência, desenvolvimento e educação de deficientes auditivos e enfatizando a importância do trabalho realizado de maneira próxima com o governo e de uma ampla participação das partes envolvidas para se alcançar a sustentabilidade.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.640986
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O empoderamento tem se tornado um conceito dominante no desenvolvimento internacional, mas não possui uma definição clara, o que pode prejudicar as iniciativas de desenvolvimento destinadas a fortalecer o empoderamento como forma de se reduzir a pobreza. Neste artigo, narrativas escritas de 49 organizações de desenvolvimento internacional identificam como o empoderamento é definido e operacionalizado em iniciativas da comunidade. Os resultados mostram uma estrutura conceitual de empoderamento compreendendo seis mecanismos que promovem o empoderamento (conhecimento; agência; oportunidade; capacitação; recursos e sustentabilidade), cinco áreas de empoderamento (saúde; economia; política; recursos e espiritual) e três níveis (individual; comunidade e organizacional). Uma constatação-chave é a interdependência entre componentes, indicando implicações programáticas importantes para iniciativas de desenvolvimento.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.640987
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As ONGs têm desempenhado um papel-chave no desenvolvimento desde o final da Segunda Guerra Mundial, e ainda mais desde a década de 1970. Como em outras partes do mundo, o estado e o mercado atenderam às diferentes necessidades das pessoas do Paquistão. Com a chegada de financiamentos estrangeiros, as ONGs surgiram como um canal para distribuir recursos para comunidades distantes. Porém, funcionários de campo de ONGs não são valorizados. Eles sofrem com problemas pessoais e profissionais, inclusive insegurança de trabalho, estrutura salarial ruim, ambientes de trabalho insalubres e assédio. A vulnerabilidade das ONGs e de seus funcionários de campo aumentou ainda mais com o crescimento do terrorismo.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.642341
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A comunicação de defesa de direitos (advocacy communication) é agora um termo-chave de ação no discurso de desenvolvimento. Os defensores de direitos normalmente são orientados por questões - ou programas – e normalmente não pensam em termos do processo de mudança social em geral que está ocorrendo, ou na construção da paz em particular. A solução de uma questão ou o início de um programa são fins em si mesmo. Então, o principal objetivo da defesa de direitos é promover políticas públicas que apoiem a solução de uma questão ou programa. Tendo em vista que as políticas públicas devem ser revisadas como parte integral dos processos de desenvolvimento, o tipo de defesa de direitos que promovemos é participativa.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.640980
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A agenda da efetividade da ajuda humanitária tem dado muita ênfase a questões de propriedade dos que recebem ajuda, alinhamento e harmonização dos doadores. Isto tem afetado as políticas e práticas de várias agências doadoras e promovido amplamente consultas a parceiros em governos e na sociedade civil e incentiva seu envolvimento ativo nas atividades de desenvolvimento de ajuda financiada. Porém, quando examinamos com cuidado pequenos Estados insulares – neste caso, Tuvalu – podemos observar como esta participação e consulta estão impondo um considerável fardo para tais agentes e instituições a ponto de sua efetividade e mesmo seu senso de propriedade estarem comprometidos.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.640983
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Os funcionários humanitários encontram-se trabalhando e vivendo dia após dia em um ambiente demandante em termos físicos e psicológicos e politicamente complexo. Como existem mecanismos de treinamento muito limitados, cada funcionário humanitário age frequentemente por conta própria no campo, aprendendo com seus próprios erros e sucessos. Esta nota prática destaca algumas das práticas inovadoras (e às vezes incomuns) que os funcionários humanitários têm criado para superar os desafios antigos e modernos do trabalho no campo humanitário. A nota visa demonstrar que práticas exclusivas e individuais de funcionários humanitários podem ser combinadas para que se adequem a uma estrutura mais ampla, maximizando a efetividade do trabalho e a satisfação pessoal.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.640989
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Em áreas em desenvolvimento do mundo todo, onde não há uma completa compreensão por parte das pessoas locais sobre a teoria dos germes e problemas hídricos e de saneamento, a 3MTM PetrifilmTM pode atuar como uma ajuda visual importante para trabalhadores da área de desenvolvimento para ensinar as pessoas sobre questões relativas a água e saneamento. Este artigo oferece um exemplo de como a 3MTM PetrifilmTM tem sido utilizada para ajudar a estabelecer uma compreensão básica dos problemas relativos à água e saneamento na zona rural de Mali e motivado melhores práticas sobre água e saneamento.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.640985
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I have recently heard several critiques of international development journals which argue that ideas and articles about development are dominated by northern-based research centres and the journals they sponsor. Development in Practice has always had a policy of encouraging a truly international set of both authors as well as readers. This current issue is a good illustration of the international nature of our contributors. In this issue we have authors from Iran, Afghanistan, India, Uganda, Ethiopia, Kenya, as well as from the USA, Canada and the UK. We continue to seek to identify challenging articles from across the globe, and to do this we have recently introduced our international contributing editors to reinforce our editorial advisory group.
Several articles in this issue show the importance of good evaluation work in both helping us learn from practice and to understand the complexity of development, including those issues and challenges not always identified by programme designers. Indeed the need to adapt as required to changing contexts, to design faults, and not be overly controlled by tight design around expected results based methods emerges not only from articles in the current issue but also from much of the material we publish. This reinforces the need to maintain an open mind about the way development works, and how policies can backfire even when introduced with the best of intentions. Human development, whether social, economic or political, is not an exact science and therefore priority must be placed on being able to refine and change our policies and programmes as well as learn from experience.
We have a several contributions using evaluation material. Francis Alinyo and Terry Leahy look at shortcomings in two programmes designed to improve food security in Uganda: they conclude that models based on ‘prominent farmers’ do not help reduce poverty and they stress the greater need for a gendered approach to food security. Gerryshom Munala and Harald Kaing address the failure to improve water supplies to informal settlements in Kenya through the processes of ‘commercialisation’. The challenge of measuring development results is tackled by Mequanent Getachew, who reviews the use of fertilizers promoted by different agencies in Ethiopia and looks at the successes and failures over a 10-year period, noting the differences in ‘outcomes’ if we take a short-term view as opposed to a review over a longer period. Getachew concludes that we need to revise our use of some of the results-based methods to take into account time and context far more robustly. James De Vries shares some of the lessons of the Heifer ‘Passing on the Gift’ programmes and explores why these have been successful in some areas and less so in others, concluding that the basic idea of repayment of assistance to other beneficiaries rather than the donor agency has encouraged pride as well as helped people out of poverty. Finally we have a Practical Note, from Sue Coe, on practical lessons on disability inclusion, which follows on from an earlier and popular article in Development in Practice 20(7), based on lessons primarily from evaluations of World Vision programmes.
Several of our contributors have engaged with methodological challenges to good development practice. Kent Schroeder and Michael Hatton tackle the problems around assessing risks, moving beyond the more simplistic approach to known risks to argue that resilience and adaptability are key to being able to cope with unknown risks; this should be allowed for in otherwise sometimes overly controlled results-based methods. Jiyang Kang et al. surveyed a number of US-based development NGOs and found that many still struggle with the introduction of monitoring and evaluation systems. The authors ask why the development of M&E has been so slow, speculating whether the competitive nature of fundraising inhibits the sharing of mistakes and failures, hence also inhibiting learning from practice.
The concept of citizenship and the links made by many commentators to the neo-liberal free market is explored by Arun Kumar, using experiences from India, who notes the tendency to reduce citizenship to an individualised concept which takes development away from collective organisations and community mobilisation. Dipantear Datta, also from India, addresses the challenge of social assistance schemes in Orissa and argues for the use of new technologies in supporting community led, evidence-based advocacy. The examples of using information at community level and its ability to combat corruption, as well as informing the poor about their state-provided entitlements, provides an excellent illustration of how to improve overall governance.
We have an interesting review from Iran by Hadi Veisi et al . who analyse the factors affecting the perceptions and understanding of environmental issues by local civil servants, as a way of trying to see how best to promote the concept of environmentally sustainable development. Roya Rahmani challenges the international community to review the way international assistance has been channelled to Afghanistan and in particular notes the negative perceptions of NGOs held by both the general population and some senior government figures. This article explores some of the history and practices which have led to this situation.
In our final Practical Note, Carmen da Silva Wells and Christine Sijbesma review some innovations which strengthen community-led total sanitation, drawing on experience from the IRC International Water and Sanitation Centre, and echoing earlier articles by recommending greater equity based on gender and the poor to sustain sanitation services.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.675316
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O presente artigo documenta a estratégia de programa que tem sido utilizada para abordar os desafios de esquemas de assistência social em Orissa, Índia. Aspectos essenciais da estratégia são: mobilização da comunidade; uso de tecnologia móvel, Web e mídia para defesa de direitos com base em evidências liderada pela comunidade local; e canalização desse esforço para tratar de questões estruturais no âmbito do Estado. Desafios cruciais nesse processo incluem a minimização da tensão entre as diferentes partes envolvidas, a promoção das mudanças de atitude das comunidades que estavam habituadas a receber serviços em vez de demandá-los, etc. Apesar de vários desafios, a estratégia tem contribuído de maneira bem-sucedida para mobilizar comunidades em suas demandas por direitos.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.664627
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A efetividade da ajuda tem sido uma questão importante nos discursos sobre a reconstrução e o desenvolvimento do Afeganistão. As ONGs têm um papel importante nesse discurso e há visões contraditórias sobre sua função, prestação de contas e efetividade. O presente artigo oferece uma visão geral do contexto em que as ONGs têm atuado no Afeganistão desde 1979, quando os soviéticos invadiram o país. O artigo, então, discute a percepção pública das ONGs e as origens desta percepção, concluindo que a falta de compreensão do contexto local pelos doadores e as suas políticas têm contribuído para a inefetividade das ONGs locais.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.664622
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As agências de desenvolvimento enfrentam o desafio de medir e relatar os resultados de suas contribuições para promover o desenvolvimento equitativo e sustentável. Como parte disso, as agências fazem previsões ambiciosas de objetivos de desenvolvimento e então comprometem-se a medir o que elas não conseguem alcançar no final de seus programas ou projetos. O presente artigo utiliza o programa de extensão de fertilizantes do governo da Etiópia como um exemplo de definição do contexto, da abrangência e dos cronogramas para os exercícios de avaliação quantitativa de resultados. A experiência etíope sugere que é possível desenvolver métodos específicos contextualizados que possibilitam a medição de resultados práticos e mensuráveis.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.664625
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Apesar do interesse cada vez maior na mensuração de desempenho e avaliação de ONGs internacionais (ONGIs), pouco se sabe sobre as práticas efetivas de avaliação das ONGIs. O presente artigo, baseado em uma pesquisa com 38 ONGIs dos EUA, examina as práticas de avaliação e também os propósitos e disseminação dos resultados. Os resultados referentes aos objetivos da avaliação, disseminação dos resultados e mecanismos formais de feedback sugerem que tipicamente as ONGIs desenvolvem medidas formais de prestação de contas mais efetivas para os doadores e funcionários do que para os beneficiários. Os resultados da pesquisa também indicam que muitas ONGIs consideram a avaliação uma oportunidade de aprendizado organizacional e de melhoria de seu desempenho. Muitas das dificuldades identificadas pelas pessoas consultadas na condução das avaliações são consistentes com a literatura existente.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.664621
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La seguridad alimentaria es un aspecto clave del desarrollo humano. Este ensayo examina las fallas de las intervenciones agrícolas realizadas en dos distritos de Uganda oriental. La investigación revela que las intervenciones poco han contribuido a disminuir la pobreza en el campo y a mejorar la seguridad alimentaria. Los programas que apoyen a grandes agricultores con el fin de fortalecer el comercio probablemente no beneficiarán a los pobres. La inseguridad alimentaria tiene que ver con la división del trabajo agrícola por razones de género, el control de las ganancias en efectivo y el ciclo de siembra, cosecha y venta de productos agrícolas de los campesinos pobres. Este ensayo recomienda una serie de estrategias efectivas para la subsistencia de los campesinos pobres, poniendo el acento en los intereses de las mujeres.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.664620
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A comercialização de serviços de água em Kisumu, no Quênia, tem resultado em menos mudanças gerenciais do que se havia previsto. Entre os desafios estão a interferência política, o tratamento não-equitativo de grupos diferentes de moradores e pouca coordenação entre agências. Uma pesquisa foi realizada, concentrando-se em arranjos informais, para ajudar a compreender a origem das falhas gerenciais. Ela revelou: seis diferentes rotas de abastecimento de água; que 47 por cento da fonte de água dos moradores eram provenientes de quiosques; que a força numérica das mulheres é insignificante no gerenciamento; e a mitigação de problemas de cartel e disputas por parte de pessoal não relacionado a água. O presente artigo sugere uma estrutura de gestão gerencial integradora onde a comunidade assume a liderança.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.664619
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A questão da cidadania tem alcançado popularidade considerável na área de desenvolvimento e está sendo cada vez mais utilizada para representar seus objetivos e resultados. As conceituações populares de cidadania não têm ficado imunes ao neoliberalismo, que tem se estabelecido firmemente como a estrutura dominante de desenvolvimento. Ao mapear as influências neoliberais nas conceituações e expressões de cidadania – evidenciadas no trabalho de 11 ONGs da Índia – o presente artigo questiona suas limitações e seus efeitos nos resultados de desenvolvimento. O artigo chama a atenção para a necessidade de se intensificar a pluralidade inerente da cidadania de forma mais substancial por meio da difusão do discurso sobre direitos.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.664628
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O impacto e a sustentabilidade de programas são questões cruciais enfrentadas pela comunidade de desenvolvimento. A Heifer International tem aperfeiçoado sua abordagem há mais de 60 anos. A abordagem de Heifer inclui: o uso de processo de desenvolvimento comunitário afirmativo, inspirado em valores e holístico; Pontos Essenciais de Heifer – valores e princípios na orientação do trabalho, incluindo “repassar a ajuda”; e mensuração de impacto em três níveis – valores, atitudes e conhecimento; condições de vida; e mudança de políticas e sistemas. O presente artigo compartilha as experiências da Heifer International na abordagem de questões centrais necessárias para garantir o impacto dos programas, a sustentabilidade e a disseminação dos benefícios por meio da prática única da Heifer de “repassar a ajuda”.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.664626
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O presente estudo visou auxiliar gerentes do setor governamental no Irã a compreender os mecanismos de desenvolvimento sustentável. Foi realizada uma pesquisa com 338 gerentes selecionados aleatoriamente de 7 ministérios de governo. Os resultados revelaram que regras e mecanismos da participação pública, sistemas voluntários de certificação ambiental, cooperação científica e educação foram todos considerados prioritários para se avançar em direção ao desenvolvimento sustentável. Os resultados também mostraram que desenvolvimento institucional, capital social e educação, instrumentos econômicos para proteção ambiental, monitoramento e informação, além de um mecanismo claro de desenvolvimento e um governo sustentável são formas essenciais de se estimular o desenvolvimento sustentável no Irã.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.664624
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O presente artigo dá sequência à nota prática publicada na Development in Practice 20(7): 879–886 que examinou as sete primeiras lições básicas aprendidas a partir da inclusão de pessoas deficientes no trabalho de programa da World Vision em quatro países, com base em princípios socialmente inclusivos. As avaliações coordenadas externamente e o trabalho de suporte técnico realizados entre dezembro de 2010 e julho de 2011 na Armênia, Etiópia, Índia, Serra Leoa e Senegal produziram outras sete lições básicas. Em resumo: com esforço coordenado, um aumento em dez vezes da inclusão de pessoas deficientes pode ser rapidamente alcançado; é possível obter uma mudança positiva de atitudes em relação a crianças e adultos deficientes em um período relativamente curto; é importante reforçar as mensagens de inclusão regularmente entre todas as partes envolvidas; adaptar ferramentas de programa existentes para que sejam inclusivas em relação à deficiência é mais eficiente do que utilizar ferramentas genéricas de checagem; o acesso de pessoas deficientes e a inclusão de pessoas deficientes não são a mesma coisa – cada um deles requer uma estratégia diferente; promotores organizacionais sêniores ativos ampliam e aceleram significativamente o progresso; a nova Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência oferece atualmente oportunidades fantásticas para um significativo progresso devido ao grande número de países que agora a adotaram.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.664629
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Identificar riscos e estratégias de atenuação de riscos na fase de montagem do projeto é uma parte central da gestão de projetos de desenvolvimento. Porém, a experiência na área sugere que muitos riscos que desestruturam os projetos não são possíveis de serem conhecidos durante a montagem do projeto. A gestão de risco precisa evoluir para responder efetivamente a tais riscos inesperados. Argumentamos que o conceito de resiliência pode fornecer ideias para uma melhor atuação diante de riscos inesperados. Descreve-se a natureza da resiliência e são apresentadas várias estratégias práticas para desenvolver a resiliência no contexto dos projetos para que respondam aos riscos de forma mais efetiva.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.664623
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Embora o Saneamento Total Liderado pela Comunidade (CLTS) seja relativamente bem-sucedido em um número crescente de países, há também dificuldades para se alcançar equidade e manter o ímpeto e os resultados. Esta nota prática baseia-se em experiências do Centro Internacional de Água e Saneamento IRC e de seus parceiros em relação a fortalecer a inclusão, sustentabilidade e capacitação nas intervenções de CLTS. Ela recomenda a integração da equidade de gênero e das pessoas pobres em métodos participativos, assim como utilizar o monitoramento baseado na comunidade e desenvolvimento de capacidade de serviços de apoio da comunidade para aumentar o acesso equitativo e o abandono permanente do costume de se defecar em céu aberto para todos membros da comunidade.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.640984
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Este artigo examina as experiências das crianças congolesas frente à guerra e ao desalojamento no contexto dos aspectos materiais, sociais e de relacionamento de suas vidas em Dar es Salaam. Argumenta-se que os desafios, privações e a indignidade da vida cotidiana na zona urbana da Tanzânia eram caracterizados por sentimento de perda, privação e dificuldades tão intensas que foram sentidos por muitos como tão ou mais devastadores em sua brutalidade do que a vida no meio da própria guerra. Ao fazer isto, o artigo levanta questões profundas sobre qual a finalidade e que tipo de “proteção” estamos oferecendo às crianças nessas circunstâncias.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.672958
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Este artigo examina criticamente a política em Benin contra o tráfico de crianças. Baseando-se em entrevistas e observação participante com imigrantes trabalhadores adolescentes e suas comunidades, o artigo problematiza os pressupostos que apóiam a política anti-tráfico e a adequação das iniciativas que a compõem. O artigo sugere que, para proteger verdadeiramente os jovens imigrantes trabalhadores definidos como vítimas do tráfico, a formulação de políticas precisa concentrar-se mais na base econômica estrutural da imigração e da exploração, e adotar uma abordagem mais participativa na formulação de políticas.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.673557
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Este artigo considera o emprego de práticas de espacialização nos esforços de proteção infantil implementados por agências humanitárias. Iniciando com uma breve visão geral da genealogia do isolamento e separação dentro do humanitarismo em relação à infância, é feito então um exame da espacialização na criação do território Palestino ocupado. Argumenta-se que em uma situação de ocupação, a abordagem de espacialização envolve vários problemas de natureza prática e política.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.672961
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Este artigo explora como um sistema centrado ostensivamente nas crianças pode falhar na sua proteção. Em algumas arenas de políticas, o Quênia é reconhecido como líder na África para o cuidado e proteção de crianças sob situações de risco. Porém, um estudo de caso sobre experiências de crianças esclarece como, apesar do respeito a uma estrutura jurídica e uma série de protocolos, o Quênia mostra-se incapaz de ou não disposto a garantir cuidado e proteção às crianças. O emprego de um discurso e prática centrados na criança através de uma documentação burocrática e procedimentos judiciais camuflam (mal) a negligência do Estado quanto às perspectivas das crianças e os principais riscos que recaem sobre elas, as famílias e as comunidades.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.673554
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Baseando-se em dados empíricos do trabalho de campo etnográfico conduzido em Bangladesh, este artigo examina as relações intrafamiliares e as tarefas e responsabilidades das crianças em tal contexto. As constatações oferecem várias contribuições para os debates e as abordagens atuais sobre proteção infantil. Primeiramente, há a necessidade de um maior reconhecimento da interdependência intergeracional dentro das famílias entre as crianças e seus pais, e fora das famílias entre redes mais amplas da comunidade. Em segundo lugar, o trabalho das crianças mostrou ter um papel de proteção dentro dessas relações. Na ausência de melhoria econômica e assistência externa, as comunidades, as quais incluem as crianças, permanecem sendo um importante recurso para a proteção infantil.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.673555
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Este artigo explora perspectivas divergentes sobre o casamento precoce de mulheres e modificação genital na Etiópia. Ele contrasta normas internacionais e evidências de pesquisas com a compreensão local, esta última focalizando o papel que essas práticas desempenham em assegurar a herança social familiar, bem-estar das meninas e sua transição para a maturidade. O artigo explica a persistência dessas práticas em face das campanhas para eliminá-las e questiona os pressupostos que estão por trás do modelo de proteção infantil internacional. São apontadas as consequências adversas não pretendidas das intervenções que não dão atenção suficiente aos significados e às relações sociais locais, sugerindo como a política poderia ser abordada diferentemente.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.672957
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Este artigo analisa como as prioridades globais da UNHCR e as estratégias para meninas e meninos refugiados são aplicadas nos campos de refugiados butaneses no Nepal. O trabalho examina as intervenções da UNHCR na prevenção e resposta em relação às questões de proteção infantil, inclusive a separação dos pais e cuidadores e casamento precoce. Essas intervenções são comparadas com as percepções da comunidade em relação às crianças vivendo em circunstâncias difíceis e à assistência a elas. A pesquisa realizada pelos próprios jovens refugiados sobre questões que afetam as crianças nos campos oferece ideias adicionais sobre como a proteção é definida e vivenciada pelas crianças que estão vivendo neste contexto e suas sugestões de respostas comunitárias e burocráticas.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.672954
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Os “órfãos” tornaram-se uma categoria de crianças vulneráveis que merece proteção especial no contexto da epidemia global da AIDS e, atualmente, a noção de “órfãos e crianças vulneráveis” (OVC) domina grande parte da política de proteção de crianças em toda a África Subsaariana. A análise de pesquisas e dados qualitativos de Young Lives na Etiópia constatou que a morte dos pais não resulta necessariamente nos impactos negativos frequentemente presumidos sobre a experiência das crianças e que as desigualdades entre elas são maiores ao longo das dimensões da pobreza e local de moradia da família do que em relação ao status de órfão. A abordagem dos “OVC” oculta a pobreza como principal fonte da vulnerabilidade infantil e, assim, constitui uma abordagem ultrapassada.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.673556
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Este artigo discute a questão da proteção de crianças dos perigos no trabalho agrícola. Políticas internacionais e nacionais visam proteger as crianças eliminando todo trabalho infantil. A literatura anterior sobre trabalho infantil perigoso tende a focalizar indústrias ou lavouras específicas, desconsiderando a variedade de atividades que as crianças realizam na produção agrícola de subsistência. Analisamos pesquisas e dados qualitativos de crianças e apresentamos informações sobre taxas de trabalho, ferimentos ocorridos, sobre como as crianças lidam com os riscos e os benefícios percebidos do trabalho. A forma mais efetiva de prevenção pode ser a de basear-se em conhecimento e experiência acumulados, trabalhando com comunidades para desenvolver estratégias para tornar o trabalho mais seguro.
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A proteção infantil tem se concentrado na resposta à violência e ao abuso interpessoal. Essa abordagem pode separar as crianças das estruturas sócio-econômicas e políticas mais amplas que influenciam suas chances na vida ao concentrar-se nos sintomas do risco em vez das causas subjacentes. Baseando-se no estudo de Young Lives sobre a pobreza na infância, este artigo argumenta que a pobreza e as desigualdades estão no centro do risco da infância, influenciando tanto quais crianças estão em risco quanto o acesso a fontes de proteção, afetando desta forma as chances nas vidas das crianças. Para proteger melhor as crianças, a área de proteção infantil precisa engajar-se com a natureza abrangente do risco.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.672953
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Pesquisas tradicionais de proteção às crianças são insuficientes para tratar das questões complexas por elas enfrentadas atualmente, sendo necessárias estratégias intersetoriais, centradas nas crianças. Abordando isto, o Instituto Internacional para Direitos da Criança e Desenvolvimento (IICRD) desenvolveu o Círculo de Direitos (COR), uma abordagem de pesquisa de ação participativa para envolver crianças no trabalho de proteção de “baixo para cima”. Este artigo descreve o COR na Tailândia por meio da Parceria de Proteção Infantil (CPP), um projeto concentrado na proteção infantil da ICT. Crianças, jovens e adultos em quatro comunidades tailandesas colaboraram na criação conjunta de estratégias integradas para abordar a ICT e a proteção infantil. O artigo descreve o processo e as ações resultantes desta parceria centrada na criança.
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Apoiando-se em dados empíricos de um estudo baseado na comunidade com crianças e adultos na zona rural do Peru, o artigo analisa as experiências cotidianas de um programa de transferência condicional de dinheiro chamado “Juntos”. Os resultados mostram que programas de proteção social como o “Juntos” abordam certas vulnerabilidades da criança ao tornar o direito às transferências de dinheiro condicional ao comportamento relativo à proteção infantil, tais como consulta médica e frequência escolar. Porém, existem outros aspectos do bem-estar das crianças que não estão sendo considerados, tais como as experiências de violência e exclusão. Este artigo discute as oportunidades e desafios dos programas de transferência de dinheiro para que tenham um maior papel na proteção infantil.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.672956
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Após a invasão do Iraque coordenada pelos norte-americanos, milhares de iraquianos fugiram para a Jordânia e a comunidade doadora internacional iniciou a assistência humanitária. Através de uma parceria exclusiva, três organizações conduziram uma pesquisa participativa com crianças iraquianas e suas famílias em Amman. O objetivo era compreender as experiências vividas das crianças – seus desafios e estratégias de lidar com a situação – com um enfoque específico na proteção infantil. Uma melhor compreensão do contexto local teve um impacto imediato e positivo sobre as organizações e sua efetividade, mas a mudança no longo prazo mostrou-se difícil. As autoras exploram o potencial para a pesquisa participativa transformar os programas adotados e os obstáculos para institucionalizar as mudanças.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.672959
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The articles contained in this issue present a panorama of good protective intentions gone awry. International or national policies presumed to benefit children appeared in field research to be ineffective or counterproductive for the children. Depending on the situation, the problem could primarily be one of poor interpretation or implementation of a child protection policy. This is a management issue, which can be resolved by competent governance. National governments and international development programmes know how to handle such issues; the question is one of will and priority. However, in some cases, perhaps even in most cases, it appears that at least part of the underlying dysfunction was with the policies themselves, some of which might be misguided. This is a far more serious problem, since it suggests that those making the policies may know rather less about child protection – what is needed and how to provide it – than has been assumed.
As we pointed out in the Introduction, much has been learnt and put to good use about how to protect the lives, well-being, and development of very young children. But that is not equally true for children from young middle childhood onwards. These children, especially in poor countries, have been the primary subjects of concern in the papers in this journal issue. We end by briefly reflecting on them as a group, taking into consideration pertinent thought from elsewhere, to see what lessons we might draw and consider to helpfully inform development theory and practice.
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http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09614524.2012.673558
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Textos sobre as relações entre religião e desenvolvimento vêm surgindo na última década ou algo em torno disto, após anos de relativa negligência. Como em qualquer área de investigação social que é subdesenvolvida e está intimamente ligada aos interesses de defensores e praticantes, o trabalho disponível até o momento tem encontrado várias armadilhas. Estas armadilhas são apresentadas, para apontar a contribuição que esta edição especial oferece ao órgão de pesquisa que está rapidamente evoluindo sobre religião no contexto de desenvolvimento. O artigo, então, oferece uma visão geral editorial dos temas e artigos na edição especial, que inclui artigos baseados em pesquisa e notas práticas.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.686602
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No pensamento, nas políticas e nas práticas dominantes, a religião tem sido em geral negligenciada, apesar de seu alcance e importância. Como resultado, analistas quebram a cabeça para definir qual a melhor maneira de estudar as conexões complexas entre religião e desenvolvimento. A estrutura apresentada neste artigo aborda a questão – como a presença, natureza e atividades de pessoas e organizações religiosas podem ser melhor compreendidas, de modo que elas possam ser levadas em conta nas atividades de desenvolvimento? O artigo identifica e esclarece os conceitos e fatores essenciais que precisam ser considerados, examina ideias sobre a relevância da religião para o desenvolvimento e mudança social, identifica os níveis gerais de análise necessários para se compreender melhor um contexto em particular e discute brevemente algumas abordagens metodológicas possíveis. Uma série de questões para análise é sugerida, cuja investigação poderia levar a uma melhor compreensão do significado da religião na vida dos indivíduos; as formas pelas quais a religião interage com os processos sociais e políticos; e a natureza, objetivos e atividades das organizações religiosas.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.685873
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Este artigo argumenta que a discussão sobre religião e desenvolvimento vê a religião de forma institucionalizada em demasia e possui uma inclinação para o Cristianismo em detrimento de outras tradições. Ele examina isto através de análise do estudo financiado pelo Banco Mundial, Voices of the Poor, e a própria pesquisa dos autores na Índia. Isto mostra que as identidades e práticas religiosas podem ser bastante flexíveis, especialmente entre pessoas de castas mais baixas. As pessoas identificam a religião não apenas em termos de afiliações particulares, mas em relação a uma ordem moral de base. Até que ponto a religião oferece bem-estar e liderança moral varia entre comunidades religiosas e tipos de organização.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.685872
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Este artigo apresenta uma das atividades organizadas por uma Organização Internacional de Desenvolvimento Baseada na Fé Evangélica (cuja sigla em inglês é FBDO) que trabalha no assentamento informal de Kibera, uma área que atrai um grande número de praticantes de desenvolvimento, inclusive missionários de FBDOs e cristãos. Algumas percepções pentecostais e evangélicas sobre empreendedorismo são apresentadas, sendo então relacionadas com descrições teóricas atuais do papel do Pentecostalismo global na melhoria dos meios de subsistência e bem-estar. É sugerido que as condições locais em Kibera fazem com que pouco avanço seja possível em termos de meios de subsistência. Assim, adeptos do pentecostalismo local tendem a utilizar sua fé e atividades da igreja nas tentativas de sobreviver frente às condições em que se encontram, em vez de buscar transformá-las. É sugerido que membros das igrejas Pentecostais em Kibera buscam expressar, compreender e controlar, mas não mudar, o mundo difícil em que vivem através de suas ideias e atividades religiosas.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.685874
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Este artigo examina a hipótese de que os valores e crenças religiosos islâmicos são contrários à educação das mulheres em duas cidades do Paquistão: Lahore, conhecida em geral como sendo uma cidade socialmente liberal, e Peshawar, normalmente vista como o bastião dos valores e normas conservadores. Líderes e membros de organizações religiosas selecionadas, e alguns membros de organizações de direitos das mulheres e de desenvolvimento, foram entrevistados para confirmar suas visões. Embora haja apoio universal para a educação de meninas, as visões sobre o propósito, conteúdo e modo de implementação diferem entre homens e mulheres e também dependem da posição dos entrevistados no espectro liberal/conservador. Algumas das implicações da política dos resultados são discutidas.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.685863
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Este artigo organiza ideias atuais sobre a natureza e distinção de Organizações Baseadas na Fé (OBFs) no desenvolvimento. Desde a década de 1990, bolsa de estudo ligada a políticas públicas dos EUA tem buscado definir e classificar as OBFs. Mais recentemente, vários doadores têm cada vez mais escolhido trabalhar com tais organizações e financiá-las, estimulando o debate sobre como as OBFs trabalhando na área de desenvolvimento devem ser definidas e classificadas e como sua contribuição para o desenvolvimento deve ser avaliada. Embora muitos dos estudos disponíveis retratam as OBFs como tendo vantagens comparativas sobre as chamadas organizações seculares, este artigo conclui que tal generalização simplifica excessivamente a realidade, particularmente na ausência de evidências convincentes. Outras avaliações das características, funções e atividades de todos os tipos de Organizações Não-Governamentais (ONGs) são necessárias para ajudar na escolha de parceiros de desenvolvimento e testar reivindicações de distinção e vantagem comparativa.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.686600
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Este artigo apresenta os resultados de um estudo de Organizações Não-Governamentais (religiosas e seculares) trabalhando com a questão do HIV/AIDS na Nigéria. O estudo buscou identificar se, e em quais circunstâncias, as chamadas Organizações Baseadas na Fé (OBFs) possuem características diferenciadas em relação aos seus objetivos, valores, características organizacionais e atividades em comparação com ONGs seculares. Ele constatou que as OBFs estudadas são vistas pelos seus funcionários, beneficiários e observadores locais como possuidoras de algumas características diferenciadas e vantagens comparativas relativas a ONGs seculares. Ele argumenta, porém, que uma preferência padronizada dos doadores por OBFs é inapropriada e pode ser contra-produtiva, uma vez que as ONGs não podem simplesmente ser classificadas como “religiosas” ou “seculares; não há ainda evidências suficientes para avaliar os resultados e o impacto de suas atividades relativas ao HIV/AIDS e sua efetividade é influenciada não apenas por suas características e estratégias mas também pelo contexto no qual elas operam.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.685868
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Este artigo examina a posição e papel de organizações religiosas dentro de um espectro mais amplo de Organizações da Sociedade Civil (OSCs) em dois distritos da Tanzânia. Argumentamos que quando as agendas de desenvolvimento são geradas externamente e a sociedade civil é orientada por fatores relacionados à oferta, as organizações religiosas não são muito diferentes de outras OSCs. É algo a ser discutido se o respeito à fé e valores e crenças religiosos levam a diferentes tipos de resultados de desenvolvimento, em parte porque a maioria dos Tanzanianos reivindicam algum tipo de motivação religiosa e em parte porque é provável que existam pouquíssimos contextos institucionais nos quais as atitudes religiosas não possuem algum tipo de influência.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.685866
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As “Organizações Baseadas na Fé” (OBFs) estão recebendo cada vez mais destaque nos círculos de desenvolvimento – entre praticantes, financiadores e formuladores de políticas, e também acadêmicos. Embora tem havido uma certa discussão sobre o significado do termo “OBF” nos círculos acadêmicos, pouca pesquisa empírica tem sido realizada quanto à relevância e interpretação do termo em contextos diferentes e que papel a religião desempenha dentro das organizações engajadas em atividades relacionadas ao desenvolvimento. Este artigo contribui para esta discussão ao comparar uma série de organizações engajadas em atividades humanitárias e de desenvolvimento na cidade de Karachi e em outros lugares da província de Sindh, Paquistão. Os resultados revelam uma ampla distinção entre organizações humanitárias locais, que dependem de doações individuais para o seu financiamento, e para as quais valores e crenças religiosas estão entrelaçados em graus diferentes com seu trabalho; e organizações de desenvolvimento profissionais, que dependem de financiamento institucional doméstico e internacional e não possuem relação aparente com a religião. Porém, nem todas as organizações enquadram-se exatamente nestas duas categorias, demonstrando que a religião opera de forma complexa e variada dentro das organizações engajadas em atividades relacionadas a desenvolvimento no Paquistão.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.685867
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Um número crescente de redes internacionais, como aquelas ligadas a instituições religiosas, engaja-se em atividades relacionadas ao desenvolvimento em todo o mundo. Avanços tecnológicos e maiores oportunidades de viagem para voluntários internacionais têm dado a estas redes nova influência, com implicações desconhecidas para a trajetória do desenvolvimento, especialmente onde os estados são fracos. Este artigo examina o papel de uma rede religiosa transnacional em uma nação recém-formada: a República do sul do Sudão, onde a Igreja Episcopal dominante possui ligações com dioceses em outros lugares da Comunhão Anglicana. Através de observações de campo, entrevistas e uma pesquisa sobre as ligações da Igreja Episcopal dos EUA em outros países, evidências preliminares são apresentadas sobre o impacto real e potencial desta forma emergente de solidariedade globalizada.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.685862
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As ONGs Muçulmanas Transnacionais são cada vez mais agentes importantes na área de provisão de ajuda humanitária. Grande parte da literatura tem apresentado um quadro mais estático e homogêneo deste grupo de organizações, ignorando sua heterogeneidade e natureza variável. Traçando as trajetórias históricas de ONGs Muçulmanas transnacionais, este artigo mostra como a mudança de contextos políticos, econômicos e sociais têm influenciado as identidades, atividade e relações destas organizações. Utilizando quatro eventos específicos – a fome na região do Chifre da África, as guerras no Afeganistão e Bósnia, e a Guerra ao Terror – como janelas através das quais estuda-se estas trajetórias, o artigo argumenta que a história recente tem presenciado a emergência de pelo menos quatro tipos de ONGs Muçulmanas transnacionais: da'watist, jihadist, baseada em solidariedade e secularizada.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.685876
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As organizações da sociedade civil, incluindo aquelas que são baseadas na fé, estão sendo cada vez mais vistas como stakeholders cruciais que podem influenciar políticas governamentais, advogar em nome das pessoas pobres e contribuir para a implementação de serviços e desenvolvimento. Este artigo discute as interações entre grupos religiosos e o estado e como eles influenciam a sociedade na região etnicamente diversificada do Pacífico Asiático. Através de estudos de caso da Indonésia, Fiji e Samoa, o artigo discute vários aspectos da relação política entre grupos religiosos e estados, o papel da religião na sociedade e o engajamento de grupos religiosos no bem-estar e desenvolvimento. O artigo conclui que, embora as organizações religiosas sejam socialmente e politicamente influentes em todos os países considerados, certos aspectos de suas relações com os governos impõem desafios para a conquista da estabilidade, igualdade e desenvolvimento.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.685864
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Este artigo descreve as tentativas na Nigéria e na Tanzânia de capacitar organizações religiosas selecionadas para participarem nos processos de consultas sobre políticas, fortalecendo sua habilidade de falar efetivamente com governos em nome das comunidades pobres. Estas tentativas surgiram de perguntas sobre o envolvimento limitado de Organizações Baseadas na Fé nos processos do Documento de Estratégia de Redução da Pobreza que foram uma condição para a redução da dívida. Dois projetos-piloto, um em cada país, criados para promover redes inter-fé para cooperação e compartilhamento de recursos, aumentam as habilidades para coleta de dados e uso de evidências reunidas para apresentação de propostas construtivas para políticas e práticas futuras destinadas especialmente à redução da pobreza. As submissões ao governo preparadas pelas organizações participantes parecem realmente refletir a voz dos pobres, e um modelo viável para engajamento futuro nos processos de políticas de organizações baseadas na fé surgiu de projetos-piloto, embora seja provável que reproduzir isto mais amplamente dependa de suporte externo adicional.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.685871
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A reforma legal é necessária mas não suficiente para se alcançar os direitos das mulheres. Este artigo compara duas campanhas para reforma legal na Nigéria: tentativas de adaptar a Convenção da ONU para Eliminação de todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres (CEDAW) na legislação federal, que resultou na derrota da lei em 2007, e uma campanha bem-sucedida para introduzir legislação que impedisse os maus tratos de viúvas no estado de Anambra. O artigo avalia o papel da religião nas campanhas ao examinar como o movimento de mulheres engajou-se com agentes religiosos. A pesquisa mostra que as crenças, discursos e agentes religiosos tiveram uma influência significativa nos resultados da campanhas, em parte devido ao conteúdo da legislação proposta, mas também devido às estratégias adotadas pelos ativistas e os interesses dos organismos religiosos em questão. Apesar da implicação da religião na desigualdade de gênero, estes casos mostram que ensinamentos, líderes e organizações religiosas podem ser aliados em vez de obstáculos na conquista de mudança social progressiva.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.685875
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Na literatura sobre a contribuição religiosa para a saúde e desenvolvimento, é comumente afirmado que as Instituições Inspiradas na Fé (FIIs) são responsáveis por 30 a 70 por cento de toda a provisão de serviço de saúde na África. Este artigo investiga as fontes de tais afirmações desde a década de 1960, destacando um processo de “telefone sem fio” em que estimativas são apresentadas e frequentemente distorcidas por influências orientadas por políticas - e defesa de direitos – no âmbito nacional e internacional. Isto demonstra como as estimativas estão sendo manipuladas sem rodeios, frequentemente resultando em afirmações sem fundamento em detrimento de pesquisas mais cuidadosas, enfraquecendo assim a base de conhecimento empírico e melhores práticas.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.685870
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Os Serviços de Saúde Cristãos (SSCs) são responsáveis por uma proporção significativa dos serviços de saúde em vários países em desenvolvimento. Este artigo apresenta os resultados da pesquisa que avaliou se as pressões financeiras resultantes de um declínio em suas fontes de financiamento tradicionais têm comprometido a motivação inicial dos SSCs de servir aos pobres. As duas principais abordagens que os SSCs utilizaram para aumentar sua renda nos 13 países investigados foram a de aumentar seu acesso a fundos do governo através de maior cooperação, e aumentar os valores cobrados dos usuários. Embora alguns dos SSCs estudados parecem estar tendo como alvo pacientes mais prósperos para aumentar sua renda, a maioria mantém seu compromisso com os pobres apesar de suas dificuldades financeiras.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.685869
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Ideologias religiosas e seculares são calorosamente debatidas dentro dos círculos educacionais indianos, em parte devido a tendências neoliberais na provisão educacional, que têm incentivado provedores não-estatais, inclusive organizações religiosas, a aumentar seu envolvimento. O artigo explora as semelhanças e diferenças entre provedores educacionais afiliados a diferentes tradições de fé em Maharashtra, com respeito a suas atividades educacionais e até que ponto seu ethos e práticas favorecem os pobres. Baseando-se em seis estudos de caso ilustrativos de provedores educacionais religiosos Hindus, Cristãos, Islâmicos e Budistas, o artigo conclui que embora todos tenham um compromisso declarado de melhorar o bem-estar dos pobres, a maneira como isto é expressado em suas atividades educacionais é fortemente influenciada não apenas por sua ideologia religiosa, mas também por suas posições de classe e gênero.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.685865
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A prática de desenvolvimento deve estar centrada nas relações humanas governadas por um espírito de cooperação, gentileza e compaixão em vez de preocupações puramente econômicas. O movimento de Sarvódaya Shramadána, que é um movimento de base de desenvolvimento centrado no budismo no Sri Lanca, enfatiza que práticas de desenvolvimento devem ser alinhadas de maneira mais próxima com recursos e princípios religiosos para se alcançar um processo de desenvolvimento equilibrado e sustentável. O trabalho de Sarvódaya Shramadána mostra como a religião é um elemento integral nas situações sócio-culturais e podem desempenhar um papel vital na superação de impasses associados a práticas de desenvolvimento orientadas para o crescimento.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.686601
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O papel da religião no desenvolvimento é frequentemente negligenciado, seja ele referente à fé dos beneficiários pretendidos, proporcione motivação aos funcionários e voluntários para que se envolvam na prática de desenvolvimento ou influencie a criação e implementação de projetos. Este artigo examina como o Islamismo oferece orientação para a prática de desenvolvimento, com enfoque na abordagem do HIV e a AIDS, utilizando um estudo de caso sul-africano. O estudo de caso destaca princípios importantes nos quais duas organizações islâmicas (Islamic Careline e o Programa Muçulmano contra a AIDS) baseiam suas metodologias operacionais. Ele mostra como as crenças islâmicas têm influenciado sua abordagem para tratar de questões relacionadas ao HIV e AIDS no contexto sul-africano, onde as taxas de incidência permanecem muito altas, o impacto da epidemia é amplamente sentido e o Islamismo é uma fé minoritária.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.685877
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A evolução e as conquistas da Eagles Relief e do Programa de Desenvolvimento em Malauí são inspiradas e influenciadas por valores cristãos. A força da Eagles vem de sua integração de ensinamentos e valores religiosos com a maneira como ela atua e de sua decisão de trabalhar através das congregações locais da instituição religiosa com a qual ela é associada, a igreja Living Waters, apesar dos desafios que tal integração proporciona. O Programa da Eagles desafia o estereótipo de igrejas Pentecostais como a preocupação em fornecer assistência humanitária e bem-estar em vez de justiça para os pobres. Este estudo de caso mostra como combinando uma abordagem explicitamente cristã com práticas de desenvolvimento reconhecidas como adequadas pode levar a um impacto sustentável em um contexto profundamente desafiador.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.685878
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The human tendency to continuously sub-divide and reclassify the way we look at our own experience is one of the signs of our creativity. In the world of development this is as true as any other field of human endeavour, perhaps even more so. The negative side to this search for definitions, and the drive to subdivide our experiences into areas we can understand and engage with, is that we create ‘silos’ – areas of study, for example, which are isolated from each other by the use of exclusive language and terms that come from different disciplines. In the endless permutations of concepts and professional vocabularies we often merely create parallel discourses – if we sat and reduced them to their essence or to first principles we would see that are often merely repetitions of ideas recast under slightly different terms.
It seems that there is a proliferation of new development approaches. New terms appear faster than most of us can cope with, but underlying them we often find the same basic issues. For example we hear a great deal about social enterprises, governance, or accountability, which if we unpack them relate closely to discussions which have been taking place for many years on how to ensure development work genuinely enshrines the views of our clients or beneficiaries. After all, one of the reasons participation is important is precisely because it created a feedback loop from end users to development workers and planners. However whole new schools of thought are emerging as though the issue of accountability is new, or that socially driven values are unique to social enterprises. Perhaps people need to read more outside of their ‘silos’ and also go back more than a few months into the literature which already exists, if they are to contribute something new, rather than assume that because they have come up with a new name for an old issue there is nothing to be learnt from the past.
At a time when so much development seems to be increasingly constrained by rules, procedures and top-down agenda setting, the article by Guilherme Azevedo and Henry Mintzberg is refreshing. It argues that global issues such as poverty, climate change and recession will not be resolved by the state or corporations, but through social initiatives allowing communities to resolve problems of a global origin. They take the Brazilian attitude of ‘can do’ or ‘why not?’ and trace several social initiatives which have had global impact (budget monitoring in Brazil, wind power in Denmark); calling for the ‘why not?’ attitude to be a rallying call for further socially based initiatives.
Another side to the failure of top-down planning can be found in the article by Jesus Gastelum Lage who looks at whether social policy design actually addresses social problems. He concludes that social policy contributes less than it should to poverty reduction and linked goals, in part because it tends to work more with the interests of local politicians than along lines which could make real changes. Social policy instead tends to focus on small, incremental changes which are politically possible or expedient.
One solution to improving development practice is given by Rinus van Klinken, who describes experiences of immersion programmes in Tanzania, whereby the immersion process is linked to overall organisational learning rather than just informing the individual being immersed in village life. This experience seemed to lead to a situation whereby staff recognised that business as usual was not going to resolve longer term issues around rural poverty, and it helped them come up with new ideas for their work related to their experiences in the villages.
The apparent contradictions within development agencies are discussed by Payal Arora, using the example of micro-finance in a study of differences within an INGO. Arora highlights major differences in approaches of the individuals interviewed, and how they sit within a common organisation. The tension between individual perceptions and understandings and organisational ones is important in a context of changing development fashions. Thomas Davis, Kate Macdonald and Scott Brenton take this further by looking at the differences and conflicts regarding attitudes to accountability within an organisation; noting that field-based staff were on the whole more positive about existing accountability systems than head office staff.
Several of our contributors focus on livelihoods and income-generating schemes including trade and micro-finance. Sangeeta Arora sets out to evaluate the role of state banks in India and their engagement with micro-finance in the Punjab. Noting that although many state development banks do now engage directly with small lenders/savers, they are still only a small percentage of the bank's portfolio and there are fewer women in the client base than we are used to seeing in NGO-run micro-finance initiatives.
There are two articles looking at trade; the first by Kizito Mazvimavi et al. compares local seed fairs to direct relief distribution in Zimbabwe, noting that local distribution through fairs seems to be more economical and encouraged local seed production and sales, as opposed to the direct distribution of imported seed in the face of the economic crisis. In contrast, Abdoul Murekezi and Songqing Jin concluded that it seems to make little difference to producers in Rwanda whether they sell their coffee through cooperatives rather than to private merchants.
Fedes van Rijn, Kees Burger, and Eefje den Belder have taken a common set of assumptions used to assess sustainable livelihood programmes and developed a multiple methodology approach to impact assessment which tries to encompass a range of needs, from ‘proving impact’ to ‘improving practices’, with reference to a case of coffee production in Peru. The methodological theme is carried forward by Syed Ahmed, who looks at how research was taken into practice within BRAC for two projects supporting the ‘ultra-poor’ and oral therapy. This experience is of particular relevance at a time when people talk a great deal about linking research to practice but are less able to show concrete examples.
We also have another example of the importance of a holistic approach to capacity development from Cambodia, by Phum Thol et al., which stresses the importance of capacity development in encouraging organisational learning for development.
The article by Luke Fletcher and Adele Webb covers several important global issues by focussing on debt-for-development exchanges, but going further into the politics of such exchanges. They focus on Australia and its relationships with near neighbours such as Indonesia in the context of earlier and sometimes doubtful export guarantee loans. This study also gives an insight into the movement in Australia to reduce or write off the government's loans under HIPC and other initiatives.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.705819
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Neste artigo, desafiamos a noção de que problemas complexos e resilientes – como aquecimento global, e pobreza – terão de ser resolvidos por governos ou corporações responsáveis. Em vez disso, defendemos o poder das iniciativas sociais promovidas pelas comunidades de pessoas engajadas. Uma variedade de experiências no mundo todo, e especialmente de brasileiros com seu temperamento “Por que não?”, sugere características da origem, desenvolvimento e difusão dessas iniciativas. Concluímos que as iniciativas sociais, ao abordarem problemas locais de natureza global, utilizando redes conectadas entre as comunidades, podem ser a maior esperança para este mundo cheio de problemas.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.696585
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Este artigo descreve uma abordagem holística para o desenvolvimento organizacional que promove o aprendizado e sua integração em práticas de trabalho cotidianas. Ele apresenta a abordagem e como ela leva a uma transformação organizacional genuína, maior eficiência organizacional e resiliência durante a mudança. Quando uma organização deseja e é capaz de engajar-se em uma abordagem holística, os resultados são significativamente melhores do que os obtidos por intervenções externas únicas ou programas de treinamento isolados.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.696581
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Este artigo compartilha a abordagem e as experiências de uma imersão conjunta de duas organizações na Tanzânia. As imersões têm um efeito profundo sobre os indivíduos e estimulam fortemente o aprendizado individual. Desejando ir além disto, uma imersão foi proposta com o objetivo de também contribuir para o aprendizado organizacional. Com uma situação cada vez mais complexa e dinâmica, as abordagens e estratégias organizacionais precisam adequar-se organicamente ao contexto local. As imersões são boas ferramentas com as quais os profissionais da área de desenvolvimento podem apreciar esse contexto e são parte importante do aprendizado organizacional requerido por organizações de desenvolvimento.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.696579
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As permutas de dívida por desenvolvimento são uma técnica utilizada para lidar com a crise da dívida atual em países menos desenvolvidos. Este artigo discute como se deu a primeira permuta de dívida por desenvolvimento da Austrália com a Indonésia, e examina as possibilidades futuras para as trocas de dívida australianas. Esse é um exemplo interessante de como ativistas e defensores podem buscar de maneira bem-sucedida soluções de políticas públicas inovadoras para os problemas de desenvolvimento. Mais importante, porém, este artigo examina a conexão entre a acumulação de dívida em países menos desenvolvidos e políticas comerciais de países industrializados como a Austrália.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.696582
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As discordâncias entre funcionários que trabalham em casa e no escritório frequentemente impedem as ONGs de desenvolvimento internacionais (ONGIs) de tornar seus sistemas de prestação de contas mais receptivos às preocupações de parceiros e da comunidade. Baseando-se em uma pesquisa com funcionários e entrevistas qualitativas em quatro programas de país de uma grande ONGI, três explicações interligadas para esta discordância são sugeridas: que os funcionários vêem as práticas de prestação de contas diferentemente porque eles dão um peso interpretativo maior a práticas mais relevantes aos seus próprios papéis organizacionais; que visões divergentes refletem opiniões normativas substancialmente diferentes sobre prestação de contas e que avaliações diferentes das práticas de prestação de contas refletem uma estratégica interpretação distorcida das experiências de campo em um país como uma resposta racional aos diferenciais de poder.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.696093
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Este artigo compara os efeitos econômicos de duas formas organizacionais da cadeia produtiva do café (processadores cooperados e privados) em Ruanda e avalia quantitativamente qual forma tem beneficiado mais os produtores. O artigo utiliza dados de painel de 148 famílias produtoras de café. Os resultados baseados em uma combinação do método de variáveis instrumentais e do método de primeiras diferenças mostram que não há indicação de que os produtores rurais que vendem para cooperativas obtenham mais benefícios do que os produtores rurais que vendem para unidades processadoras privadas.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.697127
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As feiras de sementes vinham sendo promovidas no Zimbábue como uma abordagem alternativa de distribuição de sementes para sustentar os mercados de produtos locais. Utilizando dados de pesquisas de monitoramento do ICRISAT de 2005–06 e registros armazenados por Organizações Não-Governamentais, este artigo revela que as feiras de sementes foram mais efetivas em termos de custos na distribuição de sementes locais do que a distribuição direta de sementes importadas. O artigo constatou que, para abastecer uma família com um pacote de sementes, o custo será de US$ 5,18 através da feira de sementes comparados com US$ 8,22 por meio da distribuição direta de sementes. São propostos vales que podem ser descontados em lojas varejistas como incentivo para que as lojas locais estoquem e distribuam insumos agrícolas.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.696580
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As microfinanças têm evoluído como uma ferramenta indispensável na erradicação da pobreza e melhorias na área rural. No momento, quase todos os bancos comerciais têm investido na área de microfinanças e oferecem vários esquemas lucrativos destinados aos pobres da zona rural, especificamente para realizarem suas próprias atividades econômicas de pequeno porte. Este artigo visa analisar até que ponto os bancos comerciais estão participando dos negócios de microfinanças. Um estudo empírico foi realizado no estado de Punjab. O objetivo é analisar a natureza e extensão dos serviços de microfinanças oferecidos pelos bancos nas áreas rurais de Punjab. O estudo visa também destacar as percepções dos banqueiros a respeito das microfinanças.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.696092
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As investigações sobre desenvolvimento concentram-se nas sinergias de culturas institucionais para políticas e práticas. Organizações Não-Governamentais Internacionais (ONGIs) atualmente usufruem de uma posição privilegiada como precursoras da unidade da cultura mundial. Embora haja controvérsias quanto ao fato de ONGIs serem entidades monolíticas, poucos estudos realizam análises detalhadas sobre a voz ativa de agentes dentro de ONGIs com vistas a oferecer uma perspectiva mais pluralista. Este artigo separa os agentes de sua instituição de origem ao examinar as diferentes condições sócio-culturais que os orientam. O artigo enfatiza que como os projetos e visões vão e vêm, os agentes institucionais baseiam-se em sua própria filosofia que não necessariamente reflete a postura de sua instituição. Aqui, o foco está em uma das mais importantes iniciativas de desenvolvimento atuais – a das microfinanças – revelando entendimentos individuais sobre o que é sustentabilidade, o papel de agentes externos, indicadores de sucesso, estratégias de saída e ação ética. Apesar de inserir esses temas na área de microfinanças, o que se revela é que os agentes são motivados por sua própria ideologia construída, frequentemente aludindo perifericamente às questões específicas das microfinanças. Esse fato abre uma nova vertente de questionamento sobre por que ideologias organizacionais e visões populares sobre desenvolvimento, como as relacionadas às microfinanças, assumem tal diversidade de formas e resultados. Contrárias ao modelo de unidade da cultura mundial, tais descontinuidades de comunicação podem ser úteis para a compreensão dos resultados diversos do desenvolvimento.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.696583
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O uso da avaliação de impacto pode ser caracterizado por uma escala que contenha ‘impacto demonstrado’ de um lado e ‘aperfeiçoando as práticas’, de outro. Mesmo embora esta não seja uma escala com opções excludentes, as duas frequentemente não se combinam automaticamente. Neste artigo, desenvolve-se um Esquema de Meios de Subsistência Sustentáveis ajustado para avaliação de impacto que possa fazer justiça a ambas. O uso desse esquema possui implicações em termos de uma abordagem de pesquisa que adota vários métodos, que se baseia em uma extensa variedade de coleta de dados e uma análise de dados em profundidade. O esquema é ilustrado aplicando-o a um estudo de impacto sócio-econômico recente conduzido para o projeto de apoio ao café da Fundação DE.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.696586
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Um grande desafio para a comunidade de pesquisadores é levar aos profissionais o conhecimento ou evidências gerados em pesquisa para que sejam colocados em prática de maneira factível. Este artigo descreve como uma ONG indígena de Bangladesh abordou este desafio e fez uso da pesquisa no desenvolvimento de dois de seus projetos mais bem-sucedidos – o programa de extensão de terapia oral e um programa de auxílio financeiro para melhorar as condições de vida de pessoas em extrema pobreza. Um estudo dos projetos revela que o rápido envolvimento na identificação de questões de pesquisa e elaboração de estudos, a comunicação entre pesquisadores e praticantes, a relevância e a objetividade da pesquisa, bem como a sua disseminação personalizada, foram os fatores-chave responsáveis pelo sucesso.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.696584
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Uma pesquisa anterior revelou que o desenho de políticas sociais é relevante para enfrentar problemas sociais, particularmente para redução da pobreza. Porém, as evidências sobre a redução da pobreza mostram uma ritmo lento na conquista de seus principais objetivos. Este artigo primeiramente apresenta um relato sobre pesquisas que examinam até que ponto o desenho de políticas sociais tem tratado de problemas sociais, e a questão da pobreza em particular. Em segundo lugar, este artigo discute se as políticas relativas à pobreza têm conectado a política social e os problemas sociais. Por fim, o artigo revela que o desenho de políticas sociais não enfrenta a questão da redução da pobreza e que programas relacionados à pobreza ainda não fizeram a conexão entre desenho de políticas e redução da pobreza.
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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.696091
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In our final issue of the year, at least two of the articles raise issues beyond the immediate subject they deal with. Both touch on issues around the nature of development itself, and the roles of individuals and institutions engaged in development. The first, by Carolijn Terwindt and Chris van der Borgh, is a challenging article on the shrinking space for NGOs, based on case material from Guatemala, Honduras, Indonesia, and the Philippines. They explore a framework which takes into account local political characteristics, the mix of pressures on NGOs, as well as the style and objectives of the NGOs themselves.
We hope that some of these issues around shrinking space will be followed up in a special issue of Development in Practice being planned for 2013. Whilst some critics of NGOs have argued that advocacy and influencing have not produced the results promised in terms of real changes for poor people, it has to be noted that clearly in many countries local governments still see NGOs and civil society organisations more widely as a threat to their monopoly of power. Attempts to close the space for civil society by the state would indicate that they are indeed having a degree of success in sometimes difficult circumstances.
The second article, by Hannah Green, explores a spectrum from philanthropy to participation through the lens of development studies students and their motivation for engaging in development. Her study is timely, given the large numbers still enrolling on development studies courses. Whether the personal motivation of the students will be rewarded through the current architecture of international development agencies is a point left for further study! The orthodoxies of the main development agencies have in many ways slipped back from the participation model that Green posits as one end of the spectrum, and the one to which most students adhere.
We now witness a renewed focus by many aid agencies on very top-down, universalistic, service delivery approaches to development. We realise that politicians are less enamoured by talk of long-term development, transformational change, and capacity development sustainability. Instead we have the focus on short-term, concrete results. Given the attitudes of a broad range of development workers who accept the need for longer term engagement, and dealing with the causes and not just the symptoms of poverty, it would appear that there is an increasing disjuncture between those who delivery development assistance and those who pay for it.
The perennial need to balance the empirical and pragmatic against the broader overview of policies, approaches, and motivations in development needs to be regularly reframed. With changes in many developing countries it seems that we need to question some of the approaches to development currently being accepted as standard. This is not always easy given the increasing dependence of both states and NGOs alike on a small number of official donors. There is a tendency to crowd out different views and approaches in favour of an increasingly homogenous set of approaches; approaches which often seem to owe more to a political shift in donor countries than to any real shift in evidence bases. Therefore Development in Practice will continue to look for well thought-out and evidenced articles which challenge all of our assumptions, from whichever position we take them.
Peter Westoby and Rupert van Blerk review the training of community development workers in South Africa by a large and growing government initiative. They suggest improvements in the training, and compare existing practice in South Africa to other experiences and to 50 years' thinking and practice in this crucial area. The authors reinforce earlier conclusions that community development is only as good as the training of the staff involved.
Several papers look at the impact of different development interventions. Max Saunders and David Bromwich share an evaluation of a programme supporting modern cooperatives in Gansu, China, noting the positive social and economic outcomes for members and how they have resolved some of the problems with previous cooperative models in China. Franklin Obeng-Odoom questions the dominant view of access to water, showing that other issues such as affordability, quality, reliability, and distribution have now emerged. Based on experiences in Ghana, Obeng-Odoom aims to counter-balance the simplistic use of access as the only indicator of success in water programmes. William Mala et al. review the commercialisation of non-wood forest products in Cameroon, concluding that by selling as groups communities can increase their income by an average of 40 per cent compared to individual sellers. The study is an important contribution to the ongoing debate about value chains and whether individual or group approaches are the most effective.
Finally, as we come to the end of 2012, on behalf of the whole editorial team I would like to thank both all the authors and referees who we have worked with over the year, and our very many readers. Special thanks are also due to our contributing editors, our wider editorial advisory group, and our colleagues at Taylor and Francis, for their support throughout the year.
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http://www.tandfonline.com/toc/cdip20/current
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As ONGs enfrentam muitos tipos de pressão que limitam e influenciam suas atividades. Embora em muitos estudos estas pressões, assim como as causas e as agendas que estão por trás delas, sejam o foco da análise, este artigo oferece uma estrutura que pode proporcionar ideias sobre as formas como as pressões acontecem em contextos diferentes e afetam ONGs diferentes de formas distintas. Ele desenvolve um modelo analítico que combina o contexto político local, o conjunto específico de políticas e ações que restringem as ONGs e as características e funções das próprias ONGs.
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http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09614524.2012.714745
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Este artigo documenta um projeto de pesquisa que examinou o treinamento oferecido pelo Programa do Trabalhador de Desenvolvimento da Comunidade Nacional Sul-Africana (CDWP), formado por mais de 4.000 trabalhadores de desenvolvimento da comunidade (CDWs). Muitas das esperanças de um bom trabalho de desenvolvimento da comunidade estão baseadas em educação e treinamento efetivos dos trabalhadores/praticantes. Falhar na educação e treinamento dos CDWs é garantir o fracasso dos programas. O artigo relata sobre resultados-chave de uma série de entrevistas com CDWs dentro das Províncias de Free State e Western Cape e, então, discute maneiras-chave de se avançar, como por exemplo desenvolvendo estruturas de prática, capacitação e criação de uma organização de aprendizado.
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http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09614524.2012.714354
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Este artigo apresenta os resultados do monitoramento e avaliação participativos de projetos que visaram auxiliar a criação e desenvolvimento de 24 cooperativas rurais modernas em Shandan County, na Província de Gansu, na China. A avaliação foi destinada a examinar os resultados do desenvolvimento econômico e da comunidade em decorrência das cooperativas após três anos de operação. Os dados foram coletados de quatro cooperativas utilizando pesquisas, trabalho em grupo e entrevistas semi-estruturadas com as partes envolvidas. As avaliações mostraram que após dois anos do início das operações, as cooperativas estavam melhorando os resultados sociais e econômicos para seus membros e comunidades. Avanços para a criação e atuação sustentável de cooperativas rurais são sugeridos.
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http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09614524.2012.713913
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Recentemente tem havido uma mudança no discurso de desenvolvimento das ideias de paternalismo para aquelas de participação. Inserido em uma estrutura de crítica pós-moderna de desenvolvimento, este artigo questiona os pressupostos de que as ideias de desenvolvimento ainda existem no mesmo espaço discurssivo. Utilizando estudantes de pós-graduação em estudos de desenvolvimento da Universidade de East Anglia (UEA) como estudo de caso, ele avalia por que os estudantes desejam trabalhar na área de desenvolvimento e a maneira pela qual os estudantes individualmente pensam sobre a empreitada e a conceitualizam. O artigo examina o papel do estudo de pós-graduação no desenvolvimento de uma conscientização necessária para o desenvolvimento verdadeiramente transformador.
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http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09614524.2012.714351
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Este artigo documenta ações coletivas realizadas por associações baseadas na floresta para terem acesso a melhores preços por seus produtos que não utilizam madeira através de vendas em grupo. As vendas em grupo podem aumentar a renda dos vendedores do grupo em até 40 por cento em comparação com vendedores individuais. A institucionalização das vendas em grupo reforça as relações sociais e coesão e também a confiança mútua. As vendas em grupo mostraram ser um passo preliminar fundamental no desenvolvimento e crescimento de empresas de pequeno e médio porte. O artigo conclui que as vendas em grupo bem-sucedidas exigem um forte compromisso entre os membros das associações baseadas na floresta. Fatores-chave influenciando ações coletivas são discutidos.
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http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09614524.2012.714353
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Este artigo vai além da visão dominante do acesso à água – definida como cobertura. Ele mostra que, embora o acesso a mais fontes de água tenha se ampliado, problemas de acessibilidade de preço, qualidade, distribuição e confiabilidade (“acesso profundo”) são frequentes. Por sua vez, ele argumenta que declarações sobre a água no discurso de desenvolvimento internacional, como por exemplo o “acesso à água tem aumentado”, podem ser enganosas. O desenvolvimento na prática deve ir além do significado “amplo” em direção ao significado “profundo” do acesso à água.
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http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09614524.2012.714744
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As we enter 2013 many international development agencies will be thinking about their budgets, policies and projections for the period in two years' time when the MDG deadline is reached. Although some argue that we should not be thinking too much about post-2015 as there is still much to do in terms of meeting the existing goals, bureaucracies move slowly and many decisions will be made over the coming year (and indeed may already have been made at the more senior levels). Whatever the future of international financial assistance, many of the issues and challenges of development in practice will remain with us. Development has too often been confused and conflated with international financial assistance. The removal of foreign funding will lead to considerable challenges to some countries, and some sectors within those countries, not least those NGOs who have grown up assuming foreign funding will last for ever.
Regardless of the decisions about to be made, we do know that both technical and socio-political challenges to the development of people will remain. We expect, therefore, that Development in Practice will continue to play a role in providing space for the sharing of ideas, experiences, and opinions about development across all levels. Indeed, the withdrawal or reduction in foreign aid will add greater pressure on governments and civil society to rethink the best ways to tackle issues as wide as chronic poverty and as specific as delivery mechanisms to isolated social groups. One clear challenge will be to encourage greater volunteering and community participation as external resources shrink. Good development has always stressed these elements, but the dominance of paid professionals in NGOs has weakened our commitment to participation by communities. At the same time, recipient developing governments have seemed to be more accountable to their donors than to their citizens.
Interestingly, Anna Wetterberg and Gary Bland explore a relatively new move in Guatemala, a shift from philanthropy to corporate social responsibility, using the case study of Alianza and an empirical review. This acknowledges the difficulty of issues around CSR in this region, where many private firms had a history of being linked to previous authoritarian regimes, but where there is now a major change in approach towards supporting long-neglected public goods such as health and education. They note that, in part because of exposure to thinking in international firms, local companies are now more engaged than previously in supporting local issues and needs.
In “The discourse of ‘development’ and why the concept should be abandoned”, Aram Ziai outlines why we should drop the use of the concept of development as a catch-all phrase to refer to a range of often unrelated activities, in part because of “certain Eurocentric, depoliticising and authoritarian implications of the concept of 'development'.”
An article on a community development project in Kenya by Juliet Kariuki and Jemimah Njuki discusses a progression from PRA to participatory impact assessment and using participatory impact diagrams as a way of giving new life to the qualitative aspect of impact assessment – in contrast to the push by many donors towards purely quantative data. The study also shows the advantages of the method for improved gender desegregated information.
Francois Lenfant and Rens Rutten also describe an attempt by Dutch development agency Cordaid to experiment with participatory impact assessment using quasi-experimental designs, including control groups. This article shows how an attempt to use a certain type of evaluation methodology, being pushed by many donors, sadly had limited real value to the organisations involved, except perhaps as an important learning exercise for those interested in the utility of some of these approaches to NGOs. A further study of evaluation from the Netherlands comes from Piet de Lange, who summarises a series of studies of capacity development of both public sector and NGO programmes.
A critical review of community ‘participation’ can be found in “‘Spoiling the Situation’: Reflections on the development and research field” by Tanya Jakimow. Jakimow explores the concept of the ‘field’ as a place where development happens with local people; looking at the way villagers are treated by NGOs and local elites in the context of rural India.
Zakir Husain, Diganta Mukerjee, and Mousumi Dutta, also working in India, address the common issue of the degree to which women in self-help groups manage to control any income they produce, and seek to explore whether this is affected by the political party in control of the areas in which the women live.
Julian Walker, looking at the Kyrgyz Swiss Swedish Health Programme, explores the gender-sensitive concept of time poverty and how to assess it. He concludes that we need a more sophisticated approach than merely assessing time use quantitatively; a more nuanced assessment should also assess the quality of time use and control over time.
Dora Curry et al. provide an account of community-based surveillance of polio in Ethiopia and how volunteers at community level have been successful in identifying local cases as one means towards treatment, as well as isolating the spreads of the virus.
Ayesha Jamal and Farasat A. Siddiqui offer an empirical study of differing rates of fertility based on the occupation and income of husbands, which contributes to our understanding of how fertility rates are linked to employment, education, and income. Whilst this India-based example is context specific, it demonstrates an approach to getting beneath the broader numbers and assumptions often made about issues of fertility.
The first of our practical notes for this issue, by Alan Fowler, describes the World Vision-sponsored GATE approach to improved governance for NGOs, encompassing a common sense method to improve transparency, evaluation, and assessments of results and impact.
Finally, a second practical note from Gabrielle Appleford looks at the use of ‘strengths- based approaches’ in family planning programmes. Appleford notes the advantages of techniques such as appreciate enquiry and asset-based community development which stress the positive- over the negative-based assessments of needs and deficits.
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http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09614524.2013.756460
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Empresas latino-americanas estão mudando de filantropia limitada para engajamento mais amplo com prioridades de desenvolvimento. Examinamos esta mudança com dados do Alianzas, um programa de desenvolvimento que promove contribuições privadas para a saúde e educação na Guatemala. Utilizamos as dimensões de Solomon (2010) de proliferação, profissionalização e parceria para comparar os esforços das empresas pré-Alianzas com atividades do programa. Tanto as empresas com programas filantrópicos estabelecidos quanto as empresas com programas filantrópicos novos engajaram-se com a Alianzas (proliferação). A maioria dos participantes desejava dirigir esforços para prioridades públicas (profissionalização) e colaborar com o governo (parceria). Tendo em vista o baixo investimento crônico nas prioridades da saúde e educação na Guatemala, sugerimos que contribuições privadas para programas públicos sejam institucionalizadas.
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http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09614524.2012.713324
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El desarrollo, como ámbito para la investigación y la práctica, en buena medida ha escapado del escrutinio crítico de los estudios realizados en torno a él. Las investigaciones sobre su conceptualización no han sido respaldadas por un análisis de las prácticas que hacen que el campo sea un sitio propicio para el desarrollo. El presente artículo se basa en diversas experiencias de trabajo con pequeñas ONG locales de India. Dichas experiencias han sido realizadas para determinar de qué manera se mantiene este ámbito y, a la vez, para comprender la lógica subyacente que sostiene la relación entre sujetos y objetos del desarrollo. Al emprender esta problematización del desarrollo,la autora se centra en las implicaciones éticas y políticas pasadas por alto cuando de desarrollo participativo se trata.
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http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09614524.2013.753411
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Aproximadamente 25% de todos los donativos internacionales para la asistencia se destinan al desarrollo de capacidades. Sin embargo, existen pocas evaluaciones que valoren la eficacia de estos apoyos. En este artículo, se presentan los hallazgos y las experiencias obtenidas a partir de la evaluación realizada en torno a un apoyo efectuado por donantes holandeses, que fue destinado al desarrollo de capacidades. Dicho apoyo intentó evitar algunas de las fallas encontradas en evaluaciones anteriores. El apoyo holandés para el desarrollo de capacidades ha sido eficaz en algunos casos. No obstante, para que éste sea sostenible, resulta esencial que los donantes reorienten sus políticas y sus prácticas, de tal forma que se promuevan el desarrollo de capacidades endógenas, la ingeniosidad local y la rendición de cuentas dirigida a la base.
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http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09614524.2013.752435
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En 2007, Cordaid inició una experiencia piloto sobre evaluaciones de impacto participativas, cuyo objetivo consistió en mejorar la rendición de cuentas y el aprendizaje. La metodología utilizada se fundamentó en un diseño semiexperimental, que fue complementado con investigaciones cualitativas. El presente estudio de caso ilustra los retos enfrentados por las ONGI y por sus aliados en su intento por encontrar una metodología rigurosa, pertinente, útil y socialmente aceptable para fines de evaluación y de valoración de impacto. Si bien la mayoría de las ONG locales participantes en esta experiencia piloto consideró que esta metodología, o partes de la misma, era útil para su aprendizaje, el método demostró ser inadecuado, costoso e inapropiado para una ONGI como Cordaid, debido a que no atendió sus propias necesidades en las áreas de rendición de cuentas y de aprendizaje.
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http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09614524.2013.753412
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Las metodologías tiempo-pobreza constituyen una alternativa ante lo insuficientes que resultan las medidas de pobreza basadas en el ingreso cuando se considera el aspecto de género en el bienestar. En general, las encuestas nacionales de uso de tiempo no abordan las evaluaciones cualitativas realizadas por mujeres y hombres en relación a su uso del tiempo, así como tampoco valoran el alcance del control que tienen sobre su tiempo. Por ello, los resultados obtenidos en estos casos podrían dar pie a la elaboración de políticas equivocadas, que ignoren la intención original de las medidas tiempo-pobreza, en cuanto medidas que evidencian el factor de género en el bienestar. Este artículo se basa en las conclusiones de un estudio cualitativo, realizado con el objetivo de evaluar un programa de promoción de la salud rural en Kirguistán, el cual fue llevado a cabo para demostrar la validez de lo anterior.
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http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09614524.2013.751357
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Este artículo examina el Proyecto contra la Poliomielitis llevado a cabo en Etiopía por CORE Group (CGPP por sus siglas en inglés), así como el uso que realiza del método de vigilancia comunitaria (VC) para el seguimiento de la parálisis flácida aguda (PFA). El objetivo de este proyecto es erradicar la polio. Constituye un esfuerzo conjunto de ONG etíopes y estadounidenses, financiado por USAID. CGPP apoya la formación de voluntarios para la vigilancia de la PFA, promoviendo la elaboración de informes sobre distintos casos. Asimismo, los voluntarios dan seguimiento a los casos vigentes, realizando visitas a los líderes comunitarios que, con frecuencia, tienen contacto con personas con parálisis. La metodología del proyecto impulsa la conciencia comunitaria en relación a la PFA y al vínculo entre las comunidades y el sistema de salud. Las estadísticas reportadas por el Ministerio de Salud de Etiopía y la OMS indican que, desde que inició la VC, se han duplicado los informes sobre PFA en las áreas abarcadas por el proyecto.
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http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09614524.2013.753410
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O artigo visa descobrir o diferencial de fertilidade em razão da condição ocupacional dos maridos e nível de renda no distrito de Dhanbad, Jharkhand (Índia). O número médio de crianças nascidas (MCEB) é utilizado para medir a fertilidade, e a renda mensal como variável de renda. Grupos de mulheres mais velhas e mais novas foram examinados separadamente para se avaliar o diferencial de fertilidade. O MCEB encontrado foi alto para mulheres com maridos empregados como trabalhadores com baixa renda mensal. Isto ocorreu em ambos os grupos, mas os níveis de fertilidade foram muito mais altos entre o grupo mais velho. Um baixo MCEB foi encontrado com a renda crescente dos maridos e para aqueles em empregos privados.
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http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09614524.2012.714352
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Con el objetivo de involucrar a diversos actores, las organizaciones de desarrollo utilizan cada vez más los enfoques participativos durante la realización de evaluaciones de impacto. En este artículo, las autoras presentan una herramienta de evaluación que utilizaron en el marco de una valoración de impacto: los diagramas de impacto participativo. Éstos incorporan métodos mixtos y fueron aplicados a varias acciones realizadas para reducir los efectos de la sequía en Kenia. Los resultados demuestran que, dado los distintos roles ejercidos por los hombres y las mujeres, sus opiniones en relación a las acciones llevadas a cabo difieren. Las autoras analizan cómo esta metodología promovió que las comunidades describieran los distintos resultados de las intervenciones, incluyendo aquellos impactos no previstos, los cuales a menudo son ignorados por los tradicionales métodos de evaluación de impacto. Entre los retos metodológicos enfrentados destacó la integración de datos cuantitativos. El artículo analiza las oportunidades que existen de aplicar esta metodología en un contexto de monitoreo y evaluación más amplio.
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http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09614524.2013.753031
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¿Quién controla los ingresos generados por las mujeres que participan en los grupos de autoayuda (GAA) a partir de actividades grupales: las mujeres o sus esposos? La respuesta dada a esta pregunta opera como indicador de una dimensión del grado de empoderamiento económico logrado por las integrantes de los GAA. Este artículo examina en qué medida el género de la persona que controla los ingresos depende del partido político que tenga el poder en los municipios donde existen los GAA. Para ello, se analizaron dos partidos: el Frente de Izquierda (“Left Front”), una coalición de partidos de izquierda, y el Congreso Nacional Indio (“Indian National Congress”). El artículo se basa en un estudio de campo realizado entre 240 integrantes de los GAA residentes en seis municipios de Bengal Occidental en India.
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http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09614524.2013.750644
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Este artículo analiza el discurso sobre el “desarrollo” y sus efectos. En este sentido, sostiene que existen buenas razones para abandonar el concepto de desarrollo y reemplazarlo por otros conceptos. Parte de la noción de que las acciones dirigidas a mejorar la condición humana no necesitan un asidero en el concepto de desarrollo, en tanto toma en cuenta que numerosas acciones realizadas en nombre del “desarrollo” no mejoraron la condición humana. Tales acciones no deben considerarse como abusos de un concepto positivo, sino el resultado de que el concepto de “desarrollo” haya sido viciado por sesgos eurocéntricos, depolitizantes y autoritarios.
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http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09614524.2013.752792
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Cada vez más frecuentemente, las organizaciones no gubernamentales enfrentan demandas vinculadas a su rendición de cuentas y a su transparencia. Ambos aspectos requieren de información fidedigna y oportuna. Cumplir con estas demandas representa un aspecto importante de la gestión de las organizaciones. Sin embargo, a menudo, éstas presentan debilidades en este sentido. El presente artículo, hace referencia a la implementación de una metodología integral para el autoanálisis, conocida como GATE. La misma propicia el aumento en la eficacia de la gestión de estas organizaciones, mediante un mejor liderazgo a la hora de responder a estas demandas. GATE funciona: (1) generando vinculaciones de sentido común que permiten visualizar las conexiones entre la gestión interna y la generación de resultados, la reputación y los recursos, ante lo cual, lo complejo se vuelve comprensible y más manejable; y (2) utilizando un recurso de “alineamiento”, basado en preguntas, que orienta la discusión y la toma de decisiones.
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http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09614524.2013.750645
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Esta nota prática examina a contribuição que abordagens baseadas nos pontos fortes (SBA) pode dar na criação do projeto. A nota apresenta como o SBA foi compreendido e aplicado na criação de um projeto de planejamento familiar de Marie Stopes, no Quênia, sob o Esquema Australiano de Engajamento da Comunidade da África (AACES). Os resultados do trabalho de campo mostram como o SBA ajuda a colocar em evidência iniciativas locais e bens que podem ser construídos através de recursos externos. Ele sugere ainda que o SBA pode criar uma fundação sólida para parceria local, avaliação honesta e aprendizado.
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http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09614524.2012.718741
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This issue of Development in Practice brings together a number of articles which we feel reach to the most basic level of development practice, with contributions which focus on experiments, research, and experiences at the grassroots. Many development researchers now seem to be increasingly concerned with high level, often abstract, policy by government. However, it is important to remember that regardless of policies, in theory in place (often they are no more than paper exercises divorced from reality), it is through the implementation of programmes we see the real learning, impact, and mistakes that are made. Elegant policies are no excuse for inactivity and failure to implement, nor are they a replacement for programmes that work (or learning from those which do no).
There is an increasing realisation that micro programmes and models are also increasingly relevant to the new poor in developed countries suffering the effects of recession, where ideas, policies, and practice have for many years not been tested against what actually works. Cheap credit and state welfare programmes removed the necessity for many to engage in traditions such as community credit unions, local cooperatives, and shared resource programmes – all of which have been underutilised in recent years in developed countries. As we can see from some of the articles in this issue, there may be many aspects that recession-hit developed countries can learn from. Several of our contributors have also taken a valuable longer term view of the issues and programmes they have studied, including community based health workers, water programmes in Manila, the dairy industry in Ethiopia, and a community in Niger. All benefit from being able to assess the longer term evolution of these programmes.
Gabrielle Appleford reviews 30 years' experience with community health workers related to primary health care programmes, from the 1970s and the Alma Ata declaration, through to current experience with HIV/AIDS support. Appleford specifically focuses on the motivation of community health workers, including financial incentives. Mariana Gerstenblüth and Maximo Rossi discuss the links between “happiness” and health and other social factors in Chile and Uruguay, showing the importance to people of good health to their perceived well-being/happiness. Alexandra Towns and Daniel Potter share the importance placed on indigenous plants and fish as part of the diet of the Songhai people in Niger. They argue that by ignoring the local consumption of indigenous, often wild, products, much agricultural development can be misplaced and underestimate and fail to understand this aspect of local diet and nutrition.
In their study of urban Ghana, Arku Arku, Emmanuel Angmore, and John-Engelbert Seddoh note the failure to live up to MDGs related to basic sanitation. Their account of the poor sanitation raises the immense challenges of poor urban settings and unmet needs crucial to reducing the threat of many diseases, as well as time and dignity lost through inadequate services. Meanwhile Petr Matous reviews the rise and fall of community based water supplies in Manila between 2002 and 2012. He outlines the original success of community based supply systems allied to a privatisation programme, and then explores why this apparently successful programme was reversed in favour of a subsidised system of individual household connections.
Moti Jaleta et al. describe using a “hub” approach to coordinate inputs and services for the growing dairy industry in Ethiopia. The authors argue that a slower, more “organic” development of these services in line with growth in both supply and demand is one of the causes of the success of the dairy programme. In his viewpoint, Arnab Roy Chaudhury looks at the decommissioning of dams in India – Noting the problem of taking out of service older dams which, although often posing a threat to life, have an emblematic position in the country as symbols of progress, beyond their real value. Also in India, Meera Tiwari explores self-help savings groups for very poor women in Bihar. In addition to describing the functioning of these groups she speculates on the importance of savings for the agency, self-confidence, and security of these women – arguing that a reintroduction of a savings culture in developed countries in recession may be something worth encouraging to strengthen such positive traits in the new poor.
A further development on ideas of agency and self-confidence in development is the paper by Uchendu Chiqbu on the concept of “place” in an area of Nigeria. Chigbu notes that the loss of culture and a sense of place or belonging, and the devaluing of the past and a rapidly disappearing culture, undermines local development. Lynn McIntyre and Jenny Munro's study of ultrapoor women in Bangladesh illustrates how few of the women receive assistance from the existing programmes of the Bangladesh government or from NGOs. These women are excluded from most assistance and feel that there is little they can do about it. The study also shows that although these ultra-poor women often do receive support from family and the community, this is for the most part inadequate.
The article by Andrew Wainer argues that despite massive illegal immigration from Mexico to the USA, and considerable spending on border security, the USA has never prioritised programmes to deal with the root cause of immigration, namely rural poverty. The author shows that there are some very positive examples of what could be done to reduce rural poverty, but that until the USA prioritises dealing with the causes of poverty rather than the symptoms such programmes remain the exception.
Finally our practical note continues the debate from the Netherlands around the evaluation of international assistance channelled through Dutch NGOs (see the articles by de Lange, and Lenfant, and Rutten in Development in Practice 23[1]). In this contribution Peter Huisman and Lieke Ruijmschoot discuss the use of the 5Cs model for the M&E of capacity building: and model originally designed by ECDPM and offered by the Dutch Foreign Ministry as the tool to assess capacity building for their framework funds to Dutch NGOs. The authors conclude that, although being obliged to accept the system as a condition of funding, in fact it has had a positive impact on the work of their alliance.
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Este artículo documenta las condiciones en que se encuentran 43 mujeres cabezas de familia de Bangladesh en situación de extrema pobreza, quienes han sido excluidas del sistema de asistencia formal. Tal exclusión obliga a las mujeres a depender de la escasa asistencia informal, no sancionada culturalmente. Por ello, a menudo experimentan vergüenza a la hora de recibirla. Al buscar ayuda formal las mujeres enfrentan las dificultades generadas por la sensación de impotencia que las invade, la cual se ve reforzada por la opinión existente a nivel general de que las personas que padecen extrema pobreza nunca podrán salir de esta situación. Para superar los efectos producidos por la percepción de estar “fuera del alcance de toda ayuda”, los académicos y los proveedores de asistencia deberán enfrentar las persistentes formas de abandono y de exclusión derivadas de los programas de ayuda formales, incluyendo la suposición falsa de que las personas en situación de extrema pobreza pueden obtener ayuda social informal con facilidad.
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Las plantas y los peces endémicos de Níger han sido incorporados a la dieta cotidiana del pueblo songhai. Sin embargo, dicha dieta recibe escasa atención de parte de los programas de desarrollo. En el presente artículo, los autores analizan aquellos alimentos culturalmente adecuados en Tallé, Níger. Apoyándose en la información recopilada entre 42 personas que participaron en entrevistas y en grupos de enfoque, los autores identificaron 11 variedades de peces consumidas con frecuencia, 22 especies de plantas, así como nueve factores que determinan que estos alimentos sean culturalmente adecuados: sabor, efectos percibidos en la salud, valor económico de los mismos, posibilidad de uso como tentempiés o como alimentos principales, período de almacenamiento, disponibilidad estacional, uso de los mismos en celebraciones, abundancia e identidad cultural. El ensayo concluye realizando un análisis acerca de cómo los conocimientos locales pueden ser incorporados a los programas de desarrollo.
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La ampliación del acceso al agua potable y al saneamiento ha sido una prioridad del desarrollo internacional. Una de las metas de los odm es reducir a la mitad el número de personas que actualmente carecen de acceso al saneamiento. El presente artículo valora las condiciones en que se encuentran los excusados en un barrio pobre de Ghana. Muchos de quienes residen allí consideran que las condiciones de saneamiento son deplorables, manifestando su desacuerdo con tener que caminar más de medio kilómetro para hacer uso del excusado. Los esfuerzos realizados por el gobierno para mejorar la higiene y enfrentar los problemas de saneamiento, deberán tomar en cuenta tanto los factores financieros como los religiosos u otros que promuevan la oferta y el mantenimiento de excusados, así como la posibilidad de otros servicios de saneamiento en las comunidades urbanas.
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http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09614524.2013.772121
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Existen numerosas investigaciones sobre los trabajadores de salud comunitarios (tsc), que abarcan los más de 30 años durante los cuales el concepto ha sido objeto de estudio. A pesar de lo anterior, las motivaciones de los tsc y la eficacia de los incentivos monetarios no son ampliamente comprendidas. Con el apoyo de la teoría de la autodeterminación como marco analítico, el presente artículo expone algunos de los roles y de las funciones desempeñados por los tsc en los sistemas de salud comunitarios, así como las motivaciones que los impulsan, analizando, a la vez, los distintos factores que alientan o desincentivan tales motivaciones.
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http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09614524.2013.772117
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A través del Latinobarómetro para Chile y Uruguay 2007, se estima a través de modelos probit la probabilidad de que un individuo sea feliz. La principal correlación positiva se da entre la felicidad y el buen estado de salud. A efectos de controlar la potencial heterogeneidad observable de esta variable, se utilizan técnicas de correspondencia encontrando que tener buena salud aumenta entre 13 y 17 puntos porcentuales la probabilidad de ser feliz para los datos agrupados regionales. Consecuentemente con la literatura, se encuentra una forma convexa con respecto a la edad, siendo los 48.2 años la edad de mínima felicidad.
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http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09614524.2013.772024
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El presente artículo describe los altibajos presentados por un programa comunitario de abastecimiento de agua potable en Manila. Asimismo, hace referencia a los importantes hallazgos encontrados en torno a los métodos de participación comunitaria en la oferta de servicios y en relación a la privatización de servicios básicos y de bienes públicos. La Corporación de Agua de Manila, empresa privada con fines lucrativos, desarrolló un programa innovador para abastecer de agua a los asentamientos informales mediante conexiones comunitarias, usando un discurso de participación pública con el objetivo de transferir eficientemente la responsabilidad para la distribución del líquido y para el cobro de pagos a las organizaciones locales de usuarios de agua. El programa obtuvo un éxito considerable, que conllevó al empoderamiento de organizaciones locales y (más a menudo) de individuos, quienes aprovecharon su mayor legitimidad, influencia e ingresos para movilizarse a favor de los derechos de los ocupantes indocumentados, enfrentando tanto a propietarios como a gobiernos locales. Tras un período inicial, la empresa modificó sus políticas impulsando un programa de conexiones individuales para los hogares de los asentamientos informales, el cual recibió subsidios del gobierno y de las agencias internacionales de asistencia. El presente artículo constituye tanto una crónica como un análisis del origen, el crecimiento, las controversias suscitadas y el posterior abandono del programa de abastecimiento de agua comunitario en los asentamientos informales de Manila. El artículo concluye exponiendo sugerencias respecto a cómo las organizaciones comunitarias podrán abastecerse de agua de manera efectiva y equitativa, abordando, también, las ventajas de este enfoque en términos del fortalecimiento de capacidades y de la transformación social que promueve.
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El presente artículo analiza una de la causas de la emigración constatada en la zona rural de México, a través de la lente de la política estadounidense de asistencia al extranjero. En este sentido, la asistencia estadounidense a México – país de origen del mayor número de migrantes a Estados Unidos – no toma en cuenta de manera suficiente las condiciones impuestas por el subdesarrollo rural y el desempleo, a partir de las cuales se ve estimulada la emigración no autorizada a Estados Unidos. Por el contrario, la asistencia estadounidense a México ha dado prioridad a la ayuda destinada a las agencias de seguridad. Este artículo sostiene que ni el gobierno de Estados Unidos, ni el de México, han analizado a profundidad la relación existente entre el subdesarrollo rural y los alicientes para emigrar. Asimismo, el artículo analiza la implementación de un proyecto de desarrollo innovador que explécitamente busca apoyar a los, con el fin de reducir las condiciones que presionan hacia la emigración de manera indocumentada.
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http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09614524.2013.772025
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Para llevar a cabo de manera eficiente la oferta de insumos y la entrega de servicios puede requerirse un centro de servicios cuya ubicación sea accesible a los beneficiarios, a partir del cual los mismos sean suministrados de manera coordinada, ya sea a través de un proveedor único, o bien, a través de varios entes separados. Apoyándose en la experiencia de la cuenca lechera de Ada, localizada en el centro de Etiopía, el presente artículo valora la evolución de la oferta de insumos y de la entrega de servicios en el subsector de lácteos, centrándose en la coordinación y en el grado de competitividad mostrado durante varios años por distintos actores ubicados en diferentes estratos de la cadena de valor. La información fue recopilada de actores clave de la cadena de valor en la cuenca lechera de Ada, quienes proveen insumos y servicios de comercialización de productos. El aprendizaje más importante que ha dejado esta experiencia es que: el desarrollo de la oferta de insumos y de la entrega de servicios – realizadas de manera coordinada por distintas empresas o por una sola – puede no surgir inmediatamente, sino después de una lenta evolución. Ello depende del nivel de demanda de insumos o servicios que, a su vez, depende tanto de la demanda de leche y de productos lácteos como de las economías de escala que pudieran obtener sus proveedores a partir de la expansión de la demanda de estos productos. Asimismo, durante las etapas iniciales del desarrollo de un centro de servicios, las acciones colectivas, la integración de servicios y la comercialización centradas en una sola empresa, podrían constituir la estrategia más importante para mejorar la eficiencia. Sin embargo, una vez que la demanda de insumos y servicios haya crecido, la competencia entre distintas entidades producirá una oferta y una entrega de los mismos más eficiente. En general, en aquellos lugares en que exista una demanda creciente, habrá un desarrollo más rápido de la oferta de insumos y de la entrega de servicios por parte de los actores privados, además de acciones colectivas más competitivas. En consecuencia, el rol del sector público podría modificarse gradualmente, pasando de ser proveedor de insumos y servicios a ser la instancia que coordine, fortalezca capacidades y vigile el control de calidad y las normas.
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http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09614524.2013.772119
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El presente artículo sostiene que la falta del sentido de lugar en la Nigeria rural impide el desarrollo. A partir del caso de Uturu, se demuestra que un elemento importante para lograr el desarrollo de las personas es comprender las relaciones que establecen con los elementos naturales y con los fenómenos que las rodean. El artículo propone un marco analítico integrado por la mente rural, la vida rural y el carácter rural, sosteniendo que al fortalecer uno u otro de los pilares de este marco, probablemente se fortalezca también el sentido de lugar. Apoyados en entrevistas a profundidad y en observaciones respaldadas por la historiografía, los autores demuestran que un sentido de lugar débil conduce a un pobre desarrollo, formulando sugerencias para mejorar la situación.
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Es comúnmente aceptado que la crisis financiera mundial ha tenido un impacto menos fuerte en algunos de los países del Sur como India que en la mayoría de los países del Norte. El crecimiento económico de más de 9% previsto para India se redujo a un poco más de 5%. El hecho de que tras la crisis la tasa de crecimiento haya sido positiva generó señales optimistas. Aún así, en un país donde casi 80% de la población – la mayoría residente en áreas rurales – vive con menos de usd 2 diarios y con un elevado nivel de vulnerabilidades socioeconómicas, los efectos de la crisis amenazaron con dejar a muchas personas en la penuria. Sin embargo, algunas investigaciones indican el surgimiento de grupos de autoayuda encabezados por mujeres y centrados en el ahorro, cuyo objetivo es enfrentar la vulnerabilidad financiera en las comunidades más pobres y socialmente marginadas. Utilizando métodos participativos, el centro de atención de este estudio es la mujer campesina que está impulsando los esfuerzos para lograr el bienestar y superar la pobreza. El artículo analiza la existencia de aprendizajes derivados de este cambio a nivel micro que pudieran ser aplicados a la crisis mundial más amplia.
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http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09614524.2013.772115
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Utilizando como pretexto la avería de la represa Mullaperiyar en Kerala, el presente artículo analiza el desmantelamiento de las grandes represas de India. Apoyándose en ejemplos de averías y desmantelamiento de represas localizadas en India y en Estados Unidos, el autor propone que aquellas represas que no hayan cumplido con las expectativas que se tenían de ellas o que se encuentren en condiciones que generen inseguridad sean desmanteladas de manera selectiva.
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http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09614524.2013.772563
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En el ámbito de desarrollo, prevalecen las quejas en relación a las estrictas medidas de rendición de cuentas impuestas por los donantes. Sin embargo, el presente artículo sostiene que el requisito de usar un nuevo marco para la rendición de cuentas, a veces puede convertirse en un ejercicio útil. En el artículo se describe cómo la alianza impact usó el modelo Cinco Capacidades (5C) recomendado por el Ministerio de Asuntos Exteriores de Holanda. En este sentido, se analizan las conclusiones de una evaluación de referencia y se hacen reflexiones respecto a este proceso. Los autores sostienen que la implementación del modelo 5C genera oportunidades útiles para revisar las prioridades en torno al desarrollo de capacidades con las contrapartes.
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http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09614524.2013.772122