As ONGs internacionais e o desafio da modernidade

As forças associadas à globalização econômica e a aparente supremacia das forças de mercado têm desencadeado processos políticos e sociais que estão servindo - e na verdade foram criados para isso - para enriquecer e fortalecer uma minoria às custas da maioria da população. Entre esses processos incluem-se fenômenos como o crescimento do conflito armado, ameaças à segurança alimentar, perda dos meios de subsistência e de tradicionais modos de vida de milhões de pessoas no mundo todo, comércio das provisões sociais, ataques à soberania nacional e privatização da cidadania. O autor, contudo, argumenta que o impacto mais importante da globalização é a `localização' das lutas sociais e políticas e o surgimento de novas formas de solidariedade internacional. Várias ONGs sucumbiram muito rapidamente à visão de que a globalização no estágio atual é inevitável e irreversível e estão se acomodando a ela ao trocarem seus valores essenciais pelo profissionalismo técnico, freqüentemente importado do setor privado. Contudo, para que as ONGs assumam sua posição no movimento de transformação que busca a justiça social, elas deverão redescobrir e fomentar os valores da participação dos cidadãos e desenvolver um respeito genuíno pela diversidade.
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