In English only
Volume 7
-
-
O artigo mostra as dificuldades de um posicionamento moral por parte de funcionários que trabalham com ajuda humanitária em meio a situações de conflito. O autor começa identificando o principal problema de uma postura moral como sendo o da alocação de valores humanitários em um contexto de uma desumanidade organizada. A principal parte do artigo em seguida examina o uso atual dos termos humanidade, neutralidade, imparcialidade e solidariedade quando eles são usados para delimitar as posições humanitárias. Posteriormente, o artigo focaliza de maneira breve as implicações morais para funcionários que trabalham com ajuda humanitária em operar como não-combatentes e de maneira neutra na guerra, enfatizando a importância de um posicionamento claro para conter a `ansiedade do espectador'. Finalmente, o artigo reconhece que uma gama de posições diferentes é inevitável e também desejável em um dado conflito, mas conclui enfatizando a responsabilidade de qualquer organização humanitária neutra de ser transparente em sua posição e preservar, ao invés de distorcer, os tradicionais e humanitários princípios e linguagem. O artigo termina recomendando forte apoio para as leis humanitárias internacionais e suas possíveis reformas como sendo a melhor maneira de conduzir o debate atual sobre o papel do humanitarismo durante a guerra.
-
Focusing on the land-use issues pertaining to the 'cultivable' and 'non-cultivable' categories of land contrast to the third category of 'cultivated') in developing countries, an examination is presented of the technological criteria that have been used to determine land types and qualities. It is argued that deciding how much land should be used for what specific purpose, and by whom, is not a simple prerogative of land-use professionals, but is a political decision. Issues discussed are: land classification and availability; current land-use policies and related consequences; and prospects for integrated land-use planning. Abstract supplied by kind permission of CABI.
-
The author presents the views of Thailand's Population and Community Development Association (PDA - Thailand's largest NGO) about how to provide women attracted to the commercial sex industry (CSI) with economically viable alternatives to this accepted (in Thailand) type of `manual labour'. Research has shown that poverty is the major factor cited by voluntary commercial sex workers (CSWs) as influencing their move into the industry, and that economic development is their way out.
-
The author describes the sub-sector analysis method and applies it to tailors working in the informal sector in Kenya. The results of the analysis allow the author to discuss the factors which influence the success, or otherwise, of micro-enterprise in this sector; he also advocates the research method itself as a useful tool for identifying `system blockages' (by tracking the movement of a product from input to output) and possible intervention strategies.
-
The Summit, held in February 1997 in Washington DC, involved participation from governments, UN agencies, corporations, NGOs and credit practitioners. The author reviews the discussion, much of it concerning the importance of distinguishing between development reasons for advocating and initiating micro-enterprise, finance and credit schemes and more general economic reasons for doing so. Other debates include whether income generation is a key strategy to combat poverty, whether microcredit really helps the poorest populations, how gender should be integrated into programme structures, and the value of credit for micro-enterprise compared to micro-finance.
-
This issue of Development in Practice contains twelve papers from the symposium, held in Johannesburg, South Africa 20-23 June 1996. The symposium, co-hosted by the Centre for the Study of Violence and Reconciliation (CSVR) and the South Africa Office of Oxfam, drew together individuals and organisations working in the areas of violence, conflict and peace-building. In this preface to the series of papers, the authors briefly highlight the major topics discussed and conclusions reached. Symposium participants contribute the remaining papers.
-
Enquanto alguns recentes conflitos internos vem atraindo a atenção internacional, outros conflitos de longo prazo com um alto número acumulado de mortes estão sendo relativamente ignorados. Uma visão não contextualizada e parcial dos conflitos e violência está sendo ainda mais estimulada pela separação entre as seções de emergência e desenvolvimento em muitas das agências de ajuda do hemisfério norte. Baseando-se em detalhados estudos de caso com experiência no pós-conflito em El Salvador, Peru e Nicarágua, a autora argumenta que as análises de conflito, intervenções de emergência e construção da paz devem ter suas origens dentro de específicos contextos sócio-históricos. O artigo termina com uma crítica reflexão sobre a extensão em que as forças locais têm sido, de fato, capazes de influenciar a situação de pós-guerra e as perspectivas de paz duradoura nesses três países.
-
Esse artigo discute os obstáculos que as ONGs em El Salvador enfrentam na transição da situação de guerra para a situação de paz. Primeiramente, o artigo focaliza as dificuldades inerentes ao próprio processo de paz: mudanças estruturais insuficientes, armadilhas das políticas eleitorais, uma definição muito limitada do processo de transição e a impossibilidade de reconciliação sem que se apele para a memória coletiva, responsabilidade pública ou justiça. Segundo, o artigo mostra as dificuldades peculiares das ONGs e organizações populares em El Salvador: a diferença entre as técnicas e recursos que elas desenvolveram durante a guerra e entre as técnicas e recursos necessários em uma situação de paz; os problemas de se estabelecer suas funções no plano de reconstrução nacional e o fato de que elas mesmas eram formadas por pessoas que ainda estavam sofrendo os efeitos psicológicos da guerra.
-
O artigo explora algumas das razões pelo fracasso da comunidade internacional em agir decisivamente e de maneira antecipada no genocídio de 1994 que ocorreu em Ruanda, que têm suas origens em um distante processo histórico e também na dinâmica das políticas internacionais no pós-guerra fria. Baseando-se em uma década de experiência na África central, a autora examina, criticamente, as explicações geralmente aceitas para o genocídio e suas conseqüências como sendo simplesmente uma ‘luta tribal’ e considera o papel dos agentes externos - incluindo jornalistas e agências de ajuda - em influenciar essa visão. O artigo termina com uma reflexão sobre os complexos desafios suscitados pela ‘reconciliação’ após o genocídio.
-
In this paper, the author addresses some of the myths about solutions to social conflict, and reflects on problems he experienced with aid efforts organised by the international community, through the UN, focusing on Bosnia rather than Africa. Bosnia, as part of Europe, did not suffer the apathy that characterised international responses to events in Rwanda and Burundi before 1994. He then addresses what he sees as the flawed assumptions underlying the emphasis on economic reconstruction in the wake of war and conflict.
-
This symposium, co-hosted by the Centre for the Study of Violence and Reconciliation (CSVR) and the South Africa Office of Oxfam, drew together individuals and organisations working in the areas of violence, conflict and peace-building. Here, the author considers `alternative' ways of creating collective memories, used by countries and communities without access to the formal state frameworks of truth commissions or war-crimes tribunals. This article also appears in the Development in Practice Reader Development and Patronage.
-
A Carta da Organização das Nações Unidas confere ao Conselho de Segurança a responsabilidade principal de manter a paz internacional e segurança. Esses próprios conceitos, porém, estão sofrendo mudanças radicais. Mais do que ausência de guerra, paz vem sendo considerada sinônimo de harmonia dentro e entre nações. Paz vem adquirindo uma dimensão humana e comunitária muito maior do que a noção de um estado centralizador presente originalmente na Carta da ONU. Segurança tem a conotação de inclusão, coesão e integração - um senso de pertencer a uma sociedade e uma ordem internacional predominante que seja baseada em justiça e respeito às diferenças e dignidade humana. Hoje em dia, especialmente devido ao aumento no número de conflitos de caráter não-internacional, o Conselho deve urgentemente rever se os instrumentos existentes e a diplomacia tradicional são apropriados. O autor clama por melhores relações entre a ONU, o Conselho de Segurança, ONGs e as organizações da sociedade civil e ainda propõe mecanismos legais e práticos tanto para oferecer maior proteção e ajudar os trabalhadores quanto para garantir que, quando são aplicados, os regimes de sanções sejam um modo eficiente de pressionar aqueles responsáveis pelo abuso do poder.
-
Reconciliation: the role of truth commissions and alternative ways of healing (Paper from Symposium)This paper discusses the issues of reconciliation, truth commissions, and alternative ways of healing, focusing on what reconciliation means to different people and cultures, how reconciliation works in practice, what role truth commissions play in the process, and what alternative ways of healing have been used, specifically in Mozambique. The author bases his thinking, not on established theories, but on how people become reconciled with each other in practice.
-
This symposium, co-hosted by the Centre for the Study of Violence and Reconciliation (CSVR) and the South Africa Office of Oxfam, drew together individuals and organisations working in the areas of violence, conflict and peace-building. Ingham-Thorpe describes how Mugabe's policy of reconciliation in Zimbabwe left intact many oppressive and inequitable structures, for example the land-reform issue remained unresolved. She also considers the displaced violence, massive youth unemployment, and the trauma of unmet expectations since demobilisation.
-
This symposium, co-hosted by the Centre for the Study of Violence and Reconciliation (CSVR) and the South Africa Office of Oxfam, drew together individuals and organisations working in the areas of violence, conflict and peace-building. Here, the author discusses the impact of displacement (because of war) on families in Angola and Mozambique, and is specifically concerned with its effects on women and young people, who are believed to suffer the most profound psycho-social damage in these circumstances.
-
This symposium, co-hosted by the Centre for the Study of Violence and Reconciliation (CSVR) and the South Africa Office of Oxfam, drew together individuals and organisations working in the areas of violence, conflict and peace-building. Castelo-Branco reports briefly on the use of child soldiers in the conflict in Mozambique, making them both the victims and perpetrators of violence. The trauma of such brutalisation is discussed, as well as children's coping strategies and the community-oriented psychological and economic assistance offered by AMOSAPU.
-
This symposium, co-hosted by the Centre for the Study of Violence and Reconciliation (CSVR) and the South Africa Office of Oxfam, drew together individuals and organisations working in the areas of violence, conflict and peace-building. The author here recounts her work with the Independent Projects Trust (IPT) in KwaZulu Natal, South Africa, providing training in conflict-resolution skills. She describes the history of political violence and deprivation in rural areas, and discusses training for, and the essential qualities of, successful community-based peace-workers. This article is freely available as a chapter in Development, Women and War: Feminist Perspectives
-
This symposium, co-hosted by the Centre for the Study of Violence and Reconciliation (CSVR) and the South Africa Office of Oxfam, drew together individuals and organisations working in the areas of violence, conflict and peace-building. In this paper, the author draws on her experiences in Central America and discusses the phenomenon of NGO staff leaving the region when armed conflict ceased. She considers the need for consistent representation from NGOs during the transition from conflict to peace, and the value of long-standing, trusting relationships, which are not easily or quickly built-up by new staff. NGOs' preference for fixed-term contracts is challenged, as is the strength of their commitment to appointing local staff.
-
This symposium, co-hosted by the Centre for the Study of Violence and Reconciliation (CSVR) and the South Africa Office of Oxfam, drew together individuals and organisations working in the areas of violence, conflict and peace-building. Here, Thompson presents a comparative study of reconciliation and reconstruction processes in post-conflict Central America and Southern Africa. She identifies successes and failures, suggesting alternatives, and particularly criticises the tendency of multilateral agencies, especially the UNDP and USAID, to apply reconstruction packages irrespective of context, and, in Central America, to neglect the parallel need for reconciliatory initiatives. The demobilisation and re-integration of ex-combatants is specifically considered.
-
A ajuda humanitária deveria ser julgada com base nas leis humanitárias internacionais, que dá aos civis o direito às necessidades básicas e à proteção em conflitos armados. As agências de ajuda deveriam ponderar os vários efeitos colaterais de suas intervenções para poder avaliar os impactos e decidir se deve trabalhar em alguma dada situação. Elas não têm responsabilidade de oferecer ajuda onde o impacto final é negativo ou a aquelas pessoas que violam as leis internacionais. Se os governos fracassam em sua responsabilidade de proteger os civis, isso não significa que as agências de ajuda humanitária deveriam assumir a responsabilidade de preencher esse vácuo, mas sim que elas deveriam pressionar os governos para agirem. Atualmente os debates no hemisfério norte sobre apoio aos cidadãos de países que estão em conflito normalmente são conduzidos em termos de caridade e não em termos de resposta mútua ao que as pessoas estão fazendo por elas mesmas. As agências de ajuda deveriam ajudar a mudar essa situação.
-
A ajuda humanitária deveria ser julgada com base nas leis humanitárias internacionais, que dá aos civis o direito às necessidades básicas e à proteção em conflitos armados. As agências de ajuda deveriam ponderar os vários efeitos colaterais de suas intervenções para poder avaliar os impactos e decidir se deve trabalhar em alguma dada situação. Elas não têm responsabilidade de oferecer ajuda onde o impacto final é negativo ou a aquelas pessoas que violam as leis internacionais. Se os governos fracassam em sua responsabilidade de proteger os civis, isso não significa que as agências de ajuda humanitária deveriam assumir a responsabilidade de preencher esse vácuo, mas sim que elas deveriam pressionar os governos para agirem. Atualmente os debates no hemisfério norte sobre apoio aos cidadãos de países que estão em conflito normalmente são conduzidos em termos de caridade e não em termos de resposta mútua ao que as pessoas estão fazendo por elas mesmas. As agências de ajuda deveriam ajudar a mudar essa situação.
-
As ONGs estão tendo uma papel cada vez mais importante no trabalho humanitário e o impacto de suas atividades é normalmente não-neutro em relação aos conflitos que são a base das crises. Esse foi o caso da crise na Ruanda, durante a qual algumas ONGs deram apoio às forças do regime genocida ruandês através de: suas opções de onde trabalhar, do tipo e organização de apoio oferecidos e também através de alguns pronunciamentos públicos feitos por representantes das ONGs. Esse artigo documenta como esse processo ocorreu e conclui com recomendações sobre como alguns dos problemas identificados deveriam ser tratados no futuro.
-
The author gives a personal view of her experiences in Guatemala in 1995, when she met with human-rights workers coping with the aftermath, and ongoing trauma, of the 36-year war. She describes the fear and disruption brought about by so many years of military violence and repression, and the processes which it is hoped can help rehabilitate affected communities, particularly focussing on the psychosocial implications of giving people the chance to talk about, and learn the truth about, their experiences. This article also appears in the Development in Practice Reader Development and Patronage.
-
Fundamental conceptual tensions underlie current debates regarding the implementation of psychosocial interventions with war-affected populations. Three particular tensions structuring current discourse concern the generalisability versus uniqueness of relevant knowledge, the valuing of technical versus indigenous understandings, and the planning of targeted versus community-based intervention. The implications of working out these tensions in the implementation of programmes are explored, leading to the proposal of a model of phased response to psychosocial needs.
-
The author describes and assesses the use of matrix-scoring as a participatory evaluation tool. Often used as part of the Participatory Rural Appraisal (PRA) arsenal of tools, here the author applies it specifically to evaluating the performance of the European Community/European Union (EC/EU) in the provision of aid to Ethiopia between 1976 and 1994. He describes the mapping technique, scoring/ranking system, and assesses the strengths and weaknesses of its use in this case (including tables of responses/results).
-
Citing the case of the Self Employed Women's Association's (SEWA) experience in nine districts of Gujarat, India, an argument is presented for returning almost the entire forestry sector to the women through their cooperatives of groups. Such an argument is based on the fact that almost one third of poor women are directly or indirectly involved in forestry or forestry-related work in the unorganized sector of the India economy, yet forestry remains a mainly male domain. A specific case study is presented, from Banaskantha, and three of their sub-programmes are described: the Eco-Regeneration Programme; fodder security systems; and Minor Forest Produce Collection (gum collection). Some related issues on forestry and women are then presented in conclusion. Abstract supplied by kind permission of CABI.
-
In English only
-
Grandes esforços estão sendo feitos por organizações que trabalham com desenvolvimento para fazer com que seus sistemas de gerenciamento tornem-se mais participativos, de modo que sejam abertos aos participantes locais (ou beneficiários) e criem oportunidades para que estes últimos também definam suas características. Essas medidas podem em princípio parecer participativas mas, na realidade, tem-se tornado novas (e freqüentemente custosas) formas de gerenciamento e controle que não resultam em grandes benefícios para os participantes do projeto. Os autores argumentam que a importância de três componentes - projetos, profissionais e organizações - tem sido tomada como certa e que eles envolvem práticas e processos que são principalmente muito mais instrumentos de controle do que instrumentos de participação. Tentativas de estimular a participação irão, dessa maneira, requerer uma mudança fundamental na maneira pela qual esses componentes operam. Ao mesmo tempo, os autores chamam a atenção para as formas pelas quais os instrumentos atuais de desenvolvimento de participação podem ser usados tanto para promover a participação como também o controle, dependendo de como eles são usados.
-
O artigo aborda a questão do objetivo da Abordagem Rural Rápida e Abordagem Rural Participativa (RRA/PRA). Ele apresenta três contextos amplos nos quais elas são levadas em conta. Ele então avalia alguns dos desafios que a PRA enfrenta. Entre esses desafios estão a introdução e divulgação da PRA dentro das comunidades; institucionalizar a PRA nas organizações de desenvolvimento e seus projetos ou programas; garantir e manter a qualidade, tanto do processo da PRA como sua promoção; e, finalmente, a falta de uma crítica metodológica da PRA. Resumo gentilmente cedido pela CABI. This article is freely available as a chapter in Development Methods and Approaches: Critical Reflections
-
The author provides a summary of important lessons learned from adult educational activities and research in Latin America. Basic learning skills are defined as the skills needed in order to provide for ones basic needs, in turn based on the current understanding of human rights, and while literacy training is often regarded as the primary developmental tool in this respect, illiteracy is only one symptom of inequality and poverty. Schmelkes makes values the central element in her notion of competence.
-
The UNEP's Dryland Ecosystems and Desertification Control Programme Activity Centre (DEDC/PAC) is coordinating a programme through the Environmental Liaison Centre International (ELCI) to devise methods for the participatory evaluation and monitoring of projects, forming a useful corollary to Participatory Rural Appraisal (PRA). Community-integrated projects should allow for the community evaluation, as well as implementation, of programmes, and the author recommends a number of steps to incorporate successful participatory evaluation.
-
The author describes a quick method for evaluating the first stages of a credit project. He lists three questions, designed to illicit unambiguous yes/no answers, which assess the project's governance (external control structure), its financial viability (internal organisation), and its attitude towards potential borrowers. Answers are scored and provide an easy indicator of the project's likelihood of success. See also Evaluation of microfinance projects, Feedback, Susan Johnson ([13]Volume 9, Number 4)
-
The first in a series of papers, this paper describes the rationale behind the Manicaland Business Linkages Project in Eastern Zimbabwe. The economic and development perspectives of buyers, suppliers, and the nation are considered, including the relevance of gender in small enterprise. Potential risks and problems are highlighted: imbalances of power between buyer and seller, government regulations and union demands, and access to linkage opportunities.
-
The author evaluates the progress made since the 1996 World Food Summit on the commitments adopted there. He identifies current areas of concern, and promises made at various meetings since the Summit, and argues that Civil Society Organisations (CSOs) have more capacity than NGOs to compel government policy changes and must take the initiative.
-
Esse artigo adota um ponto de vista participativo para se entender a importância, para a política e a prática, da experiência do agente envolvido em ajuda na conexão entre projetos e pessoas. O artigo focaliza um projeto na Índia que tem como objetivo reduzir a pobreza através de uma mudança agrícola sustentável e participativa, baseada em investimentos de baixo custo e coordenado por funcionários locais. Os diários guardados por esses funcionários são analisados com o intuito de revelar-se como a posição social dos agentes favorece e limita sua interação dentro e fora do projeto e as maneiras pelas quais os `burocratas do dia-a-dia' afetam os projetos através de suas ações discricionárias. Eles mostram os agentes lutando para transmitir os objetivos do projeto, estabelecer suas funções e distinguir-se de outros burocratas locais, negociar participação, superar as hostilidades contra a Avaliação Rural Participativa, arbitrar acesso aos consultores e sêniors, interpretar os objetivos do projeto e fazer lobby para mudanças de tais objetivos sem admitir fracasso e, finalmente, criar um vocabulário comum de participação e crença no sucesso. Uma das implicações para abordagens participativas sugerida no artigo é que poderá haver contradições significativas entre sustentação do projeto e desenvolvimento participativo.
-
Esse artigo aborda uma experiência de Irian Jaya para esclarecer a centralidade da participação popular para o desenvolvimento. O autor explora as maneiras pelas quais o foco em questões de classe e gênero levam o desenvolvimento participativo a um novo nível e considera como os agentes de desenvolvimento apóiam o desenvolvimento transformador. Integrar a economia política e o planejamento de gênero a uma metodologia participativa produz uma abordagem que põe as pessoas em primeiro plano; que não isola ou privilegia algum setor em particular; que apresenta a submissão juntamente com a pobreza como sendo problemas sociais que devem ser exterminados, não apenas aliviados. Um conceito e prática de desenvolvimento emancipatórios, nos quais as desigualdades e injustiças são tratadas em conjunto, de maneira a reconfigurar a sociedade para os benefícios da maioria, irão conferir poder às pessoas para que elas possam desenvolver-se da maneira que elas julguem melhor. Isso demanda um delicado e aperfeiçoado balanço entre orientação e apoio, ajuda e resposta por parte do agente responsável por desenvolvimento.
-
Atualmente tem havido um entusiasmo sem precedentes em Bangladesh por Silvicultura Social. Os projetos de silvicultura social estão sendo lançados com o objetivo de envolver as comunidades locais na administração de recursos florestais. Seus proponentes afirmam que esses projetos têm aberto novas oportunidades para a participação das pessoas em silvicultura. Contra tais promessas e afirmações, esse artigo tenta avaliar a natureza e extensão da participação da comunidade em um projeto de silvicultura social em Bangladesh, que atualmente vem recebendo atenção do governo e de doadores. O artigo utiliza uma sistemática metodologia teórica para avaliar a participação nas tomadas de decisões, implementação, divisão de benefícios e avaliação do projeto. Os autores concluem que a participação das pessoas tem sido insignificante e marginal. As pessoas não têm praticamente nenhum envolvimento importante nas decisões relacionadas ao projeto e avaliação mas, pelo contrário, suas atividades ficam restritas aos rigorosos limites burocráticos.
-
O artigo analisa o legado da `revolução verde' na área rural da Índia, indo além da análise econômica para levar em consideração o impacto abrangente das estratégias de desenvolvimento adotadas pelo Estado na vida das pessoas comuns. Baseando-se em informações obtidas durante um trabalho de campo no norte da Índia, o artigo tem como objetivo apresentar um quadro mais detalhado da natureza e ramificações da `revolução verde' no campo, assim como fazer sugestões para futura reformas de política. A primeira sessão do artigo situa a estratégia da `revolução verde' em um contexto político e econômico mais amplo. A segunda (e mais detalhada) parte aponta para alguma das contradições - o intervalo entre o aumento de produção e o crescimento no número de pessoas sem-terra e da pobreza rural - com ilustrações de um estudo de caso de uma vila.
-
The author discusses the value of speech/talking as a communication tool, and the distortions that occur depending on the way speech is recorded and presented. During travels in India, de Caires asked one question of people he met along the way, recording their responses on paper and noting the influences on people's responses and his own impact on their choice of words. In relation to development, the point is made that face-to-face talk should be valued above other reported or mediated methods of communication, which can `amplify misunderstandings, and...alienate people from the fundamental process of sharing information.'
-
The authors examine the use of development jargon as commands, or `order words'. `Participation' and `appropriate technology' are discussed as examples of development jargon which, through unquestioning usage, becomes `so entrenched that no NGO could dare contest' them. The result of continuing to use these words without allowing their meanings and implications to be contested will be the deterioration of these terms until they are no longer of analytical use.
-
Since the 1960s, `partnership' has been a stated aim of NGOs, and the authors discuss how the concept of partnership has developed over the last 30 years. The type of relationship partners should have and the type of institution, government or group that Northern NGOs should seek to foster as partners, the authors argue, may be different in each specific instance. Both partners should agree on what they wish to gain from and can contribute to the relationship, building the mutual trust essential if partnerships are to flourish, be useful, and last.
-
The paper addresses two issues: what are the type of organization needed in order to face the challenge posed by the complexity and uncertainty of development problems; and how can such organizations be designed. A flat organizational structure is proposed allowing the organization to be flexible and to respond to the needs of those who it aims to serve. Instead of a hierarchy of positions, a hierarchy of programmes should form the basis of organization for development agencies. Abstract supplied by kind permission of CABI.
-
Sessenta por cento da mão-de-obra urbana no Peru está empregada em pequenas e micro empresas, que representam 95 por cento de todos os negócios dos setores manufatureiros, comerciais e de serviços do país. Mas apesar da demanda de crédito ser de aproximadamente US$ 1.250 milhões, em 1994 os recursos conjuntos do setor financeiro formal, das agências de desenvolvimento internacional e das ONGs representou apenas cinco por cento dessa demanda. O autor examina os cinco mecanismos principais através dos quais o crédito torna-se disponível para as pequenas e micro empresas, descrevendo o trabalho da rede de ONGs peruanas - IDESI - que é especializada em fornecer crédito e serviços similares para os pequenos negócios e em realizar vínculos estratégicos entre o setor popular e o sistema bancário convencional.
-
O Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas está promovendo o chamado `Imposto Tobin' como sendo o melhor mecanismo para gerar um aumento substancial de recursos globais por lidar com as prioridades de desenvolvimento humano. Tal imposto, incidindo em grande parte em transações internacionais que são especulativas e improdutivas, poderia ser capaz de gerar mais de US$300 bilhões por ano: quantia muito maior do que os níveis atuais de ajuda bilateral. Contudo, dada a falta de diálogo durante a Cúpula sobre o Desenvolvimento Social da ONU e dada a necessidade de garantir-se o apoio de países desenvolvidos e de instituições financeiras globais, pode ser inevitável que o Imposto Tobin, se adotado, vá na prática servir aos interesses das economias mais ricas. Existe, portanto, uma necessidade urgente de que o setor responsável por desenvolvimento engaje-se no debate sobre como e qual a parte de tais fundos seria dirigida para objetivos prioritários de desenvolvimento humano.
-
Esse artigo sugere que as políticas orientadas para a questão de gênero tendem a evaporar-se em meio à burocracia de uma típica agência de desenvolvimento internacional. Uma agência é aqui interpretada como sendo um `caldeirão patriarcal' (patriarchal cooking pot), onde as políticas voltadas para a questão de gênero tendem a desaparecer porque elas ameaçam a tradição patriarcal interna da agência, bem como porque tais políticas iriam incomodar o confortável e `fraternal' relacionamento com os governos dos países em desenvolvimento recebedores de ajuda. O artigo tem como objetivo mostrar esse processo em que as políticas `evaporam-se'. O leitor é convidado a olhar no interior deste caldeirão patriarcal.
-
O período pós-eleitoral na África do Sul tem sido marcado por desafios para o setor das ONGs, apesar desse setor ter desempenhado um papel fundamental na luta anti-apartheid. O artigo explora certos desenvolvimentos das ONGs e também entre as ONGs e o governo para tentar apresentar interpretações desses processos. Inicialmente, uma discussão geral das ONGs contextualiza os problemas que essas organizações estão enfrentando atualmente. A segunda parte do artigo fornece uma visão das dificuldades internas que as ONGs enfrentam. Uma descrição sobre como se dão as relações entre o setor das ONGs e o governo é complementada com um exame das ONGs e as atuais `crises de financiamento'. A parte final do artigo é mais especulativa, prevendo os desafios que as agências irão enfrentar nos próximos anos.
-
In English only
-
With specific reference to the BCCI, the author argues that equating sustainability with financial self-sufficiency can lead development organisations to sacrifice or compromise their development work in order to generate revenue. The BCCI was funded by USAID for seven years and, to compensate for the loss of that funding and ostensibly in order to continue their development activities, set up and ran a national Lotto which consumed resources and ultimately became the sole raison d'être for the organisation. This article also appears in the Development in Practice Reader Development and Patronage.
-
The paper discusses some of the innovative ways in which the Zimbabwe Women's Resource Centre and Network (ZWRCN) has generated space for alternative critical feminist knowledge and analysis, which it sees as an essential basis for equitable development. The objectives of ZWRCN are briefly: to promote and strengthen inter-organizational networking activities for the exchange of information; to promote greater gender-awareness through information; to promote the adoption of gender-sensitive information systems; to repackage information in forms appropriate to relevant users; and to fill information gaps in both formal and non-formal ways. Strategies used by the ZWRCN include: documentation centre, thematic debates, talks on Gender and Development (GAD), gender training, a linkage programme, lobbying and advocacy, the GAD database, and book fairs. This article is freely available as a chapter in Development with Women. Abstract supplied by kind permission of CABI.
-
Increasing numbers of local development organisations are approaching banks seeking credit. Their success has often been limited, due in part to the organisations' unfamiliarity with banking concepts and lack of investment resources, and also to banks' attitudes towards lending to `self-help' groups, and small returns on small loans. In 1985, a group of development practitioners set up RAFAD (Research and Applications of Alternative Financing for Development), a Swiss-based organisation, which provides guarantees, underwriting loans to finance local economic activities in the South. The author discusses the difficulties faced, successes achieved and ways to expand the service.
-
The author reports on this conference, held in Bradford, England in May 1996. Consultants, planners, activists, geographers, ecologists, and economists attended, presenting papers on diverse topics but with the intention of understanding different methodological approaches to choosing development options. Focussing on environmental impact-assessment, the report highlights the participants' fruitful discussion of the interaction between various methodologies, but the author argues that `progress towards more environment-friendly development paths remains problematic.'
-
Regenerated Freirean Literacy through Empowering Community Techniques (REFLECT) is an approach to adult literacy programmes which borrows from Paolo Freire's `active dialogue' method and Participatory Rural Appraisal (PRA) techniques. Developed by ACTIONAID, the authors describe and assess the use of REFLECT in pilot studies in Uganda and in Bangladesh, providing very positive feedback on this learning methodology; they argue that it allows for a synthesis of empowerment and literacy, although its flexibility - whether it will work in urban areas, with refugees etc - needs to be tested.
-
The authors assess the 1995 CAS for Mexico, arguing that it fails to provide any coherent poverty-reduction strategies and maintains, incorrectly, that increased economic growth can alleviate poverty in and of itself. Also attacked is the way the CAS is developed without any consultation with civil society organisations in Mexico. This article also appears in the Development in Practice Reader Development and Patronage.
-
The British Overseas Development Administration (ODA) commissioned studies to look at the increasingly common practice of the British government directly funding Southern NGOs, rather than going through Northern NGOs. British development NGOs' (BINGOs') attitudes to this practice were assessed, and the author discusses the hypocrisy revealed. BINGOs believed that Southern NGOs were not capable of managing and evaluating projects, would become `donor-driven', would become more concerned with the availability of money than meeting needs, and would be susceptible to manipulation by donors and governments. The author argues that Northern NGOs need to re-examine the nature of their relationship with Southern counterparts. This article also appears in the Development in Practice Readers [13]Development and Patronage and [14]Development, NGOs, and Civil Society.
-
The Habitat International Coalition conducted research in 22 countries in Africa, Latin America and the Caribbean, and Asia, investigating public policy in housing and services since the 1950s. The findings are summarised here. Rural and urban development policies are considered, including housing shortages and types of housing, the consequences of relying on aid, and discussion of the different actors designing social policy. Finally, the author lists ingredients that seem to contribute to the success of housing and service provision.
-
Esse artigo revisa tendências da pobreza, fome e segurança alimentar nas Américas; analisa alguns dos principais processos, instituições e políticas que geram desenvolvimento não-sustentável e também discute alternativas de reformas necessárias em todos os níveis para obter-se melhoras na segurança alimentar. Enquanto a ajuda em forma de alimentação alivia a pobreza e fome, ela pode contribuir para aumentar, ao invés de resolver, as crises de subsistência. Uma vez que o Programa de Alimentação Mundial (World Food Programme) é o maior esquema de ajuda alimentar, algumas questões essenciais sobre as políticas do programa nas Américas são consideradas no artigo.
-
It is noted that while multilateral development banks (MDBs) have significantly increased their lending for 'targeted' anti-poverty projects since the early 1990s, there are few systematic, independent, field-based assessments of their effectiveness; as such monitoring and evaluation (M&E) is necessary to provide feedback to development decision-makers and stakeholders regarding what kinds of anti-poverty programme work and why. Pro-accountability actors in civil society in both donor countries and developing countries share a common interest in greater transparency as a path towards greater accountability and more effective MDB anti-poverty investments. Issues discussed are: bringing in civil society; learning from below; building networks; producing reliable generalizations; building credibility both above and below; making findings public; institution building; and cost effectiveness. This article is freely available as a chapter in Development and Social Action.
-
In English only
-
O problema da moradia e das condições de vida inadequadas que afeta um quarto da população mundial é discutido nesse artigo a partir da perspectiva dos direitos humanos e do reconhecimento internacional do direito básico a um lugar para viver e a um padrão de vida adequado. A natureza e a escala da crise da moradia indicam o fracasso das gestões governamentais, que fazem da exclusão, pobreza e violência algo endêmico nas sociedades. Na raiz disso está a institucionalização de moradias e condições de vida inseguras e inadequadas. O autor baseia-se na experiência da Habitat International Coalition (HIC) no desenvolvimento e apoio a um amplo leque de ações em níveis locais, nacionais, regionais e internacionais, sugerindo algumas medidas necessárias para que as mudanças não sejam apenas temas nas promoções e campanhas, mas que possam acima de tudo tornar-se permanentes.
-
The results and discussions are presented of a participatory rural appraisal workshop held at the Sothuparai Reservoir Project, Tamil Nadu, India. The workshop was held at the heart of the dam site in the dense mango groves with farmers from two different categories. The first group was of those who would benefit from the irrigation, the second of those who would have to give up their land. Abstract supplied by kind permission of CABI.
-
Financial accountability is as important in development agencies as in other organisations, although providing expenses statements, keeping accurate accounts, and setting and monitoring budgets are often seen by development workers as excessively bureaucratic tasks. The author argues that a small amount of training in simple, workable accounting procedures can enable people to obtain useful data from their accounts, and help with planning future expenditure.
-
Drawing from the experiences of BRAC in Bangladesh, the author highlights some of the major areas of controversy around micro-credit organisations, specifically criticising points made by Ben Rogaly (in Development in Practice 6(2)). Arguing that further research is needed to determine cost-benefit ratios when providing specialised credit systems for use by specific sub-sections of society, he maintains that trade-offs occur between accountability and flexibility, and that to ignore such complexities leads to too narrow a view of micro-credit and its potential.
-
The author replies to Hasan Zaman's comments (in the same issue of the journal) about micro-credit organisations.
-
The author reports on the `International Conference on Scientific Research Partnership for Sustainable Development - North-South and South-South Dimensions', held in Berne in March 1996. Over 400 people from a wide range of fields attended, and while the author concerns herself with points of relevance to NGOs, NGOs were not widely represented nor specifically considered at the conference. Subjects discussed include the propensity for inequality in partnerships and the need to draw up guidelines for co-operation to ensure fruitful (fair and trusting) relationships, and, for a rejected partner, an amicable divorce.
-
In 1994, the authors conducted research in the Iasi district of Romania, and present here findings about institutionalised children's aspirations, education, level of family contact and their assessment of the problems they face. The research provides some interesting pointers for those involved in programme planning, suggesting that better education and encouraging familial contact, where possible, throughout institutionalisation are more effective than strategies which seek to help the children when they leave. The article also questions the validity of the use of the term `orphans', when 80 percent of those questioned appeared to know the whereabouts of a family member.
-
It is increasingly being recognised that many survivors of trauma are not best helped by psychological intervention based on the common Western patient/analyst relationship. Radda Barnen commissioned research into a variety of approaches to working with children who have been victims of conflict and/or displacement. The principal findings highlight the need for treatment which bases its rationale and methods on the specific circumstances of communities, including their cultural norms, coping mechanisms, and the wider social circumstances of those affected, as well as the central role of families, schools and teachers in assisting recovery.
-
O problema da moradia e das condições de vida inadequadas que afeta um quarto da população mundial é discutido nesse artigo a partir da perspectiva dos direitos humanos e do reconhecimento internacional do direito básico a um lugar para viver e a um padrão de vida adequado. A natureza e a escala da crise da moradia indicam o fracasso das gestões governamentais, que fazem da exclusão, pobreza e violência algo endêmico nas sociedades. Na raiz disso está a institucionalização de moradias e condições de vida inseguras e inadequadas. O autor baseia-se na experiência da Habitat International Coalition (HIC) no desenvolvimento e apoio a um amplo leque de ações em níveis locais, nacionais, regionais e internacionais, sugerindo algumas medidas necessárias para que as mudanças não sejam apenas temas nas promoções e campanhas, mas que possam acima de tudo tornar-se permanentes.
-
No contexto das mudanças econômicas e tecnológicas do final do século vinte, o relatório do Banco Mundial World Development Report 1995 trata em conjunto os temas trabalhadores e mercado global, comemorando o triunfo do mercado na alocação eficiente dos trabalhadores em escala mundial. A ênfase que o Banco Mundial atribui à expansão da capacidade de exportação de produtos agrícolas na África não leva em conta as atuais condições hostis que os produtos africanos enfrentam no mercado mundial, nem a tendência atual de deslocamento de trabalhadores agrícolas. A `fuga de trabalhadores', particularmente de jovens, sinaliza o próprio descontentamento dos agricultores africanos com a atividade agrícola sob as condições atuais da liberalização do mercado. A limitada visão das políticas do Banco Mundial para a África deixa de lado as implicações sociais e políticas do deslocamento de trabalhadores rurais assim como evita a questão da necessidade de investimento em capital humano nas áreas rurais. Esse artigo argumenta que a falta de investimento em capital humano agora pode levar a guerras e altos gastos em políticas de socorro durante as próximas décadas.
-
Uma notável ausência no plano de ação de dez pontos lançado durante o World Summit for Children de 1990 foi a questão das crianças de rua. Porém, essas crianças constituem uma cena comum nas cidades dos países em desenvolvimento, vivendo sob as mais extremas condições de pobreza. O artigo focaliza a experiência das crianças de rua na cidade mexicana de Puebla. O autor argumenta que as pesquisas atuais negligenciam a dimensão moral e geográfica do trabalho com crianças de rua. Isso tem levado a uma prática que concebe a questão das crianças de rua como um problema de bem estar (das crianças), de forma que menos atenção tem sido dada ao contexto do espaço geográfico em que essas crianças vivem (a rua). Diferentemente, o trabalho de uma ONG chamada JUCONI indica que uma análise que leve em conta essa distinção pode oferecer uma concepção crítica. O artigo discute a abordagem da JUCONI e avalia as implicações para uma `melhor prática'.
-
Esse artigo, composto de duas partes, trata da experiência de se viver e trabalhar em uma ONG que lida com a questão da pobreza em uma situação de guerra civil que teve suas raízes em uma distribuição cronicamente desigual de poder e de acesso a recursos. Baseando-se em seu trabalho de doze anos na América Central, a autora mostra as demandas e limitações enfrentadas pelos funcionários que trabalham com ajuda internacional em um contexto de conflito civil e a maneira pela qual o relacionamento desses funcionários com organizações locais similares e ONGs é afetado. Aumento de poder e participação são questões examinadas sob a perspectiva daqueles que se recusam a assumir o papel de vítimas de guerra. A segunda parte do artigo analisa os impactos imediatos e de longo prazo da guerra e da violência política tanto sobre os sobreviventes como sobre trabalhadores locais e estrangeiros que se empenham em enfrentar as causas e conseqüências dessa situação.
-
É apresentada uma revisão dos diferentes princípios e características incorporados nas duas filosofias de desenvolvimento (como diferenciados brevemente nas frases “abordagem de cima para baixo” e “de baixo para cima” ou abordagem centrada nas pessoas). Uma avaliação é discutida em termos das duas abordagens: a subjetiva e a objetiva. Cada uma é examinada e discute-se se elas são mutuamente exclusivas ou compatíveis e se de fato avaliar os resultados do projeto é algo vantajoso. Conclui-se que a avaliação de cada tipo de projeto pode estimular o aprendizado mútuo e que uma união das abordagens objetivas e subjetivas pode levar a um resultado de avaliação mais bem-informado e um melhor projeto ou processo de desenvolvimento. Resumo gentilmente cedido pela CABI. This article is freely available as a chapter in Development Methods and Approaches: Critical Reflections
-
It is argued that the central role of rural grassroots organizations (RGOs) in Haitian rural development is of considerable importance. The Haitian Emergency Economic Recovery Programme has excluded the involvement of RGOs, and it is suggested that this will render the EERP largely impotent in confronting the extreme poverty and environmental degradation of the country. The paper describes some of the ways in which Haitian RGOs ought to be involved in the development process. Abstract supplied by kind permission of CABI.
-
The authors describe how late rainfall, and the subsequent drought-recovery Food-For-Work (FFW) programme, undermined a long-term environment-protection project in Lesotho, South Africa. They argue emergency relief should be coordinated to complement disaster-prevention and capacity-building programmes - the FFW programme set a precedent for `payment' for essential conservation work - and the authors discuss how food distribution can be done as `developmentally as possible'.
-
When the civil war in El Salvador ended in 1992, the Spanish government put forward money for a resettlement project (the ASPA project) which was designed and implemented by a Northern NGO for which the author worked as a construction adviser. The project, constructing a settlement for and with refugees returning from Honduras, faced difficulties due to a lack of local participation and the adoption of a discordant `professional' mindset in the planning and early stages of building work. The author discusses how the reconstruction process was altered to enable more effective participation and community ownership of the settlement.