Agências de ajuda e posicionamento moral na guerra: princípios humanitários, neutralidade, imparcialidade e solidariedade

O artigo mostra as dificuldades de um posicionamento moral por parte de funcionários que trabalham com ajuda humanitária em meio a situações de conflito. O autor começa identificando o principal problema de uma postura moral como sendo o da alocação de valores humanitários em um contexto de uma desumanidade organizada. A principal parte do artigo em seguida examina o uso atual dos termos humanidade, neutralidade, imparcialidade e solidariedade quando eles são usados para delimitar as posições humanitárias. Posteriormente, o artigo focaliza de maneira breve as implicações morais para funcionários que trabalham com ajuda humanitária em operar como não-combatentes e de maneira neutra na guerra, enfatizando a importância de um posicionamento claro para conter a `ansiedade do espectador'. Finalmente, o artigo reconhece que uma gama de posições diferentes é inevitável e também desejável em um dado conflito, mas conclui enfatizando a responsabilidade de qualquer organização humanitária neutra de ser transparente em sua posição e preservar, ao invés de distorcer, os tradicionais e humanitários princípios e linguagem. O artigo termina recomendando forte apoio para as leis humanitárias internacionais e suas possíveis reformas como sendo a melhor maneira de conduzir o debate atual sobre o papel do humanitarismo durante a guerra.
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