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Volume 10
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Muitas vezes as primeiras barreiras para a melhoria na saúde da mulher têm suas raízes em fatores sócio-econômicos, legais e culturais. As mulheres geralmente ocupam uma posição subordinada em termos de poder econômico, tomadas de decisões e opções em relação à educação, trabalho e família. As leis nacionais freqüentemente restringem ou impedem a igualdade e capacidade de escolha dentro da sociedade. Assim, avanços na saúde reprodutiva não são apenas uma questão de intervenção eficiente na área de saúde mas também uma questão de justiça social e direitos humanos. Esse artigo discute como o sistema internacional de direitos humanos pode ser utilizado mais efetivamente na proteção e promoção dos direitos reprodutivos. Em particular, o artigo concentra-se em como os acordos do sistema internacional podem ter uma tarefa importante em fazer com que o Estado garanta os direitos da mulher em relação à saúde reprodutiva e sexual. O autor termina com um discussão sobre como o trabalho de defesa de direitos das ONGs pode colaborar mais com o monitoramento das decisões oficiais para que haja um avanço em relação ao direito à saúde reprodutiva da mulher.
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Good governance is currently seen as a means to development with decentralisation acting as one of its main tools.This paper illustrates how development institutions use decentralisation as a technical tool, neglecting its essentially political aspects.
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This paper is concerned with the requirements of microfinance organisations (MFOs) that seek both to reduce poverty and to become increasingly financially self-reliant. They need information on their impact in order to improve the services they offer. But impact assessment (IA) work has generally been carried out primarily to comply with the accountability requirements of their financial sponsors. This Note advocates re-orienting IA towards the MFO's own strategic decision processes, and integrating it more closely with internal monitoring.
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This paper reports on an attempt in Zimbabwe to use methods and techniques commonly associated with rural contexts, Rapid Rural Assessment (RRA) and Participatory Rural Appraisal (PRA), to undertake an assessment of the needs and perceptions of private sector enterprises in two urban settings. These participatory methods were well received and also facilitated dialogue among different, and sometimes mutually hostile, stakeholders.
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Os métodos participativos estão cada vez mais sendo utilizados no trabalho de desenvolvimento de base na África. Conceitos liberais do ocidente como "uma pessoa, um voto" são a base desses métodos. Tais conceitos, contudo, podem não ser facilmente compatíveis com a realidade popular na qual a etnia (isto é, identidades étnicas superiores e identidades étnicas subordinadas) é um importante fator que molda a ordem social. Esse artigo oferece uma visão da realidade sócio-política da etnia nos vilarejos de Botsuana. A tensão entre os métodos participativos e a realidade dos vilarejos estruturados etnicamente é ilustrada com exemplos de uma projeto que testou a relevância da Abordagem Rural Participativa (PRA) em Botsuana. Os autores identificam problemas e oportunidades gerados pelos métodos participativos ao enfrentarem as desigualdades existentes em comunidades divididas etnicamente.
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Enquanto a questão do gênero tem se tornado um fator central no desenvolvimento, a questão da idade e dos idosos raramente é levada em conta e muitas organizações assumem um modelo assistencial "de cima para baixo" e não participativo. Isso ocorre mesmo quando essas organizações estão engajadas em um desenvolvimento sustentável e participativo. Esse artigo analisa como as pessoas mais idosas têm se envolvido com os esforços assistenciais comunitários e sustentáveis no sudeste da Ásia. O autor argumenta que o fator mais importante para o sucesso do projeto é a capacitação social - habilidade que um grupo social ou comunidade possui para trabalhar efetivamente e cuidar de seus membros mais idosos - que, por sua vez, depende da abordagem estratégica da participação adotada pelo projeto.
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Atualmente tem sido dado bastante destaque ao envolvimento de comunidades no planejamento de seus próprios projetos. Muito dessa participação assume a forma de comunicação verbal, na qual os moradores dos vilarejos informam os funcionários que trabalham com desenvolvimento quais são seus problemas e como eles propõem resolvê-los. Baseando-se na experiência de dois projetos na Uganda e Etiópia, esse artigo argumenta que o ponto de partida para qualquer planejamento de projeto em um contexto comunitário é a prática existente naquela comunidade. Brehony sustenta que se avaliarmos as práticas, crenças e conhecimentos que a comunidade possui, nós teremos uma base mais firme para poderemos desenvolver um projeto.
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As enchentes de 1998 que inundaram grande parte de Bangladesh tiveram um forte impacto na vida e no trabalho de crianças de favelas urbanas. A falta de oportunidade de trabalho e as idéias sobre as tarefas adequadas para as crianças mais novas fizeram com que as enchentes não provocassem um aumento na entrada de força de trabalho e em alguns casos houve até mesmo uma redução das oportunidades disponíveis. O trabalho doméstico infantil também foi afetado. O trabalho pago e doméstico das crianças teve um impacto importante na sobrevivência das famílias durante e após as enchentes. As conclusões do artigo destacam a natureza simultaneamente benéfica e prejudicial do trabalho infantil e são, assim, importantes para a análise dos dilemas que os governantes enfrentam nessa área. A pesquisa relatada nesse artigo também tem implicações para aqueles envolvidos na adoção de políticas assistenciais em situações de desastres.
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O sistema de valores da assistência técnica ao trabalho de ajuda emergencial tem enfatizado a importância de se recrutar pessoas com adequada qualificação profissional e técnica para trabalhar sob as difíceis circunstâncias de desastres. Os autores utilizaram a Técnica para Incidentes Críticos para avaliar as qualificações profissionais que são consideradas cruciais para a conquista dos objetivos que os funcionários que trabalham com ajuda emergencial estão buscando. Quinze enfermeiros irlandeses, trabalhando predominantemente em campos de refugiados, identificaram mais de 60 tipos diferentes de objetivos de trabalho e 54 qualificações profissionais distintas. Os autores argumentam que deveria ser dada mais ênfase à variedade de objetivos que motivam tais trabalhadores. As qualificações profissionais identificadas foram primariamente as qualificações mais orientadas para o processo do que para os resultados e os autores sustentam que deveria ser dada mais ênfase ao desenvolvimento de qualificações flexíveis ao invés de qualificações fixas. As possibilidades de utilização da Técnica para Incidentes Críticos como mecanismo para aproveitar as experiências adquiridas na área e operacionalizar qualificações efetivas são também discutidas pelos autores.
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O artigo apresenta as maiores diferenças entre as abordagens do planejamento de projeto conhecida como Abordagem da Estrutura Lógica (Logical Framework Approach - LFA) e Avaliação Rural Participativa (Participatory Rural Appraisal - PRA) e discute se elas podem ser utilizadas de uma maneira complementar. É sugerido que a LFA seja utilizada para oferecer a estrutura geral do processo de planejamento enquanto a PRA pode ser utilizada em discussões e para levar as tomadas de decisões para a base. This article is freely available as a chapter in Development Methods and Approaches: Critical Reflections
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Stepping Stones is a training package on HIV/AIDS, gender, communication, and relationship skills designed both for use in existing HIV/AIDS projects and more generally. Narrating her experience of a training of trainers programme in India, the author explores the possibilities and challenges of using this as a means of integrating gender into HIV/AIDS projects.
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MISSING ABSTRACT
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Esse artigo busca tirar algumas lições a partir da experiência de ONGs que têm trabalhado com desenvolvimento no mundo todo durante as últimas cinco décadas. Tandon inicia o artigo descrevendo o significado do paradigma de desenvolvimento alternativo praticado por ONGs. Ele então examina algumas das grandes mudanças sócio-políticas que ocorreram nos últimos anos e o impacto que elas tiveram nas ONGs de desenvolvimento. Por último o autor apresenta alguns dos maiores dilemas que as ONGs de desenvolvimento enfrentam e suas implicações em potencial para as futuras tarefas e contribuições dessas ONGs no início do novo milênio.
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As forças associadas à globalização econômica e a aparente supremacia das forças de mercado têm desencadeado processos políticos e sociais que estão servindo - e na verdade foram criados para isso - para enriquecer e fortalecer uma minoria às custas da maioria da população. Entre esses processos incluem-se fenômenos como o crescimento do conflito armado, ameaças à segurança alimentar, perda dos meios de subsistência e de tradicionais modos de vida de milhões de pessoas no mundo todo, comércio das provisões sociais, ataques à soberania nacional e privatização da cidadania. O autor, contudo, argumenta que o impacto mais importante da globalização é a `localização' das lutas sociais e políticas e o surgimento de novas formas de solidariedade internacional. Várias ONGs sucumbiram muito rapidamente à visão de que a globalização no estágio atual é inevitável e irreversível e estão se acomodando a ela ao trocarem seus valores essenciais pelo profissionalismo técnico, freqüentemente importado do setor privado. Contudo, para que as ONGs assumam sua posição no movimento de transformação que busca a justiça social, elas deverão redescobrir e fomentar os valores da participação dos cidadãos e desenvolver um respeito genuíno pela diversidade.
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Esse artigo analisa a importância e a abrangência do processo de globalização, concentrando-se, de um lado, em suas implicações para a autonomia dos atores nacionais e, por outro, nas novas demandas que a governança global impõe sobre a ação multilateral. O autor argumenta que a forma atual de globalização é, de fato, compatível com um certo grau de ação social coordenada e autônoma fora da área de mercado. Isso nos permite fazer a diferenciação entre a realidade e a mistificação (isto é, a ideologia) que está por trás do conceito de globalização e rejeitar o discurso padrão e a terapia econômica que são oferecidos por certas organizações internacionais aos países em desenvolvimento. Se a globalização não elimina a possibilidade de uma ação autônoma em nível nacional, ela também estabelece a base para uma ação multilateral mais sólida e efetiva. Os fatores que apóiam a adoção de tal ação no futuro são analisados no artigo e essa ação é uma resposta às demandas por um maior gerenciamento dos bens públicos internacionais e aos apelos por uma governança global mais efetiva. O artigo termina fazendo uma análise das características necessárias em tal sistema multilateral para atender as necessidades que surgem a partir de uma nova realidade internacional.
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Esse artigo examina o porquê do Banco Mundial ter adotado políticas econômicas neoliberais. O autor argumenta que o discurso neoliberal favoreceu os interesses de atores importantes do hemisfério norte e, mais surpreendentemente, que esse discurso permitiu que muitos atores do hemisfério sul mantivessem ou aumentassem seu poder político. Isso porque o discurso do Banco Mundial oferece pouca ou nenhuma análise política do Estado mas, ao contrário, concentra-se em questões `técnicas' de ajuste econômico. Embora possa estar havendo atualmente uma certa mudança no discurso do Banco Mundial em relação a uma maior aceitação da participação do Estado, prevalece ainda a ausência generalizada de uma análise política, o que faz com que aquelas relações de poder dominantes não sejam ainda fundamentalmente reconhecidas nem desafiadas.
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Nos últimos anos, tanto as organizações do setor corporativo como as da sociedade civil, particularmente as ONGs internacionais, têm se tornado mais influentes nos debates e políticas sobre desenvolvimento. Está havendo dentro do setor corporativo uma crescente conscientização sobre a necessidade de se demonstrar responsabilidade social. Está havendo também um crescente consenso entre as ONGs de que a área de negócios é essencial para o crescimento econômico que, por sua vez, irá propagar o desenvolvimento social. Esse artigo mostra como os dois setores podem engajar-se construtivamente para estabelecer e monitorar determinados padrões, embora a autora também argumente que é necessário que alguns grupos de pressões persistam em uma agenda descompromissada e radical para que se mantenha vivo o debate crítico.
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O interesse em realizar parcerias entre as ONGs internacionais e o setor corporativo está crescendo bastante uma vez que ambos os setores estão vendo suas tarefas se alterarem em resposta à crescente conscientização do consumidor em relação às questões sociais, ambientais e de direitos humanos. Esse artigo apresenta o caso da parceria entre a indústria de materiais esportivos, o Fundo da organização Save the Children (SCF) e várias organizações locais e internacionais no distrito de Sialkot, no Paquistão. O autor utiliza esse caso para discutir os elementos importantes em uma parceria inter-setorial, as considerações para as várias partes que formam tais parcerias e as implicações que as parcerias com o setor corporativo acarretam para o futuro das ONGs e sua visão sobre desenvolvimento.
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As ONGs que trabalham com a questão de desenvolvimento estão em crise. Elas estão perdendo sua capacidade de engajamento em uma análise crítica, de propor soluções globais, de reagir ou aproveitar as iniciativas políticas ou de se situar em posições importantes nos processos sociais e políticos em que novas abordagens e soluções em potencial poderiam ser encontradas. Embora algumas ONGs têm procurado acomodar-se em torno das políticas e projetos dos doadores que se concentram em reduzir os efeitos negativos do ajuste estrutural, a razão da existência das ONGs é ter a autonomia, iniciativa e flexibilidade que o status não-governamental confere a elas. A crescente separação entre a capacidade das ONGs de fazer campanha, pesquisa e seu trabalho de base reflete uma divisão ainda mais profunda - tanto em termos práticos quanto teóricos - existente entre o conceito e processo de desenvolvimento e o conceito e processo da democratização. O autor argumenta que o desenvolvimento humano e a democracia participativa e representativa se reforçam mutuamente e são indivisíveis, e que o desafio que as ONGs enfrentam é fazer a conexão - teoricamente e praticamente - entre democracia e desenvolvimento.
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In this overview essay, the co-editors examine the new challenges and opportunities facing development NGOs in relation to their relevance, their mission, relations between Northern and Southern NGOs and with other agents of power, including business, and their effectiveness. There is a balance to be drawn between keeping up with emerging issues and agendas, and retaining the values that underpin their integrity and unique nature. NGOs saw phenomenal growth in the neo-liberal policy environment that flourished in the late twentieth century, but this very prominence means that more questions are being asked about their accountability, and about their mandates. Will the twenty-first century see NGOs still living complacently in the past, or will they genuinely rise to the challenges ahead? This editorial overview is freely available as the opening chapter in Debating Development: NGOs and the Future.
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Após 50 anos de trabalho extremamente bem-sucedido (principalmente o de promover a questão da igualdade, melhorar a qualidade da ODA, fomentar o trabalho das ONGs do hemisfério sul em nível internacional e organizar uma assistência humanitária rápida e efetiva), as ONGs de Desenvolvimento do Hemisfério Norte chegaram a um momento crucial. Van Rooy argumenta que a história da `categoria ocupacional' das ONGs, juntamente com um ambiente de mudanças políticas e econômicas (fim da guerra fria, crescimento do investimento internacional, declínio da OAD e o grande aumento da capacidade das ONGs do hemisfério sul) estariam fazendo com que a maioria das ONGs do hemisfério norte tivessem de parar de trabalhar. Ao contrário, porém, um renascimento caleidoscópico está previsto, onde as ONGs do norte permanecem realizando quatro funções fundamentais (como agentes humanitários, observadores político-econômicos, corretores norte-sul e defensores da responsabilidade corporativa). Essa mudança de trabalho anuncia boas notícias: a existência de evidências de que o projeto de justiça social global está avançando de maneira extremamente rápida.
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Esse artigo questiona se as agências de desenvolvimento e seus funcionários são suficientemente claros, em qualquer nível (organizações comunitárias de base, ONGs nacionais e internacionais), em relação aos seus próprios valores e funções, e busca analisar as tensões e dilemas que surgem quando as funções estão confusas. A clareza sobre a função das pessoas e agências envolvidas é essencial para a criação de um movimento global de cidadãos que seja válido e que possa conectar os problemas e atores locais e globais e trabalhar em direção a soluções sustentáveis.
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Toda organização possui certas convicções importantes sobre seus esforços e modos de trabalhar. Quando essas convicções são traduzidas em práticas relativamente duradouras, elas podem ser chamadas de valores organizacionais. Gerenciar o sistema de valores de uma organização é uma tarefa por si só importante e estratégica. Esse artigo, por sua vez, examina os conceitos e métodos para realizar essa tarefa.
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Enquanto as forças da globalização têm intensificado a polarização econômica, movimentos sociais diversos do mundo todo estão lutando para defender o interesse público e promover uma forma baseada nos direitos e mais sustentável de organizar a sociedade humana. Ao aliarem-se com as causas dos mais pobres em nível local e aumentarem a conscientização internacional sobre tais questões, as ONGs possuem uma função na construção de uma ordem global mais igualitária. Essas ONGs, contudo, precisam urgentemente encontrar melhores maneiras de unir essas lutas com suas análises, ações e valores éticos.
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Esse artigo relata os resultados e conclusões de um levantamento feito por ONGs do hemisfério norte durante 1998 e 1999, com o objetivo de testar as críticas generalizadas da defesa de direitos realizada por suas ONGs e servir de base para futuras pesquisas sobre o impacto das políticas adotadas pelo Escritório de Defesa de Direitos da Oxfam Internacional localizado em Washington. Baseando-se nos resultados da pesquisa, o autor desafia as ONGs do Norte a avaliarem mais profundamente suas políticas de defesa de direitos, de modo a que elas possam demonstrar efetivamente as conquistas realizadas nessa área. Ao fazerem isso, as ONGs irão investir com confiança uma proporção maior de seus recursos nos programas de defesa de direitos que efetivamente contribuem para alcançar seu objetivo de reduzir a pobreza.
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As campanhas realizadas pelas ONGs têm recebido cada vez mais destaque nos últimos anos. Nesse artigo três exemplos recentes são examinados criticamente (Brent Spar, minas terrestres e dívida externa), tanto em termos dos vários ingredientes que estão por trás de seu sucesso como em relação ao seu significado real e seu impacto no longo termo. O autor avalia as vantagens, desvantagens, desafios e oportunidades para as campanhas financiadas pelas ONGs dentro de uma ordem política em transformação e com base no potencial oferecido pela Nova Mídia.
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A crise cada vez mais profunda da dívida externa dos países do hemisfério sul tem se tornado o foco não apenas de debates sobre políticas multilaterais como também o assunto de uma campanha aberta contra a dívida externa, cuja influência mostrou-se de maneira clara durante o encontro frustrado promovido pela Organização Mundial do Comércio em Seattle, em dezembro de 1999. Embora efetiva, contudo, a campanha contra a dívida externa engloba várias posições diferentes, que resultam em estratégias e táticas diversas. Esse artigo analisa as razões e as implicações de tais diferenças, particularmente em relação à solidariedade e ação entre os hemisférios norte e sul. O autor também argumenta que os participantes e lobistas das campanhas do Norte devem assumir a liderança de grupos contrários à dívida externa que estejam mobilizando a opinião pública no Sul.
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A política de defesa de direitos das ONGs às vezes é mostrada como algo heróico mas os esforços para influenciar as políticas econômicas apoiadas pelo Banco Mundial apresentam bastante ambigüidade. A influência é difícil de ser demonstrada mas a defesa de direitos deveria ser avaliada de modo mais rigoroso para haver transparência e eficiência. Duas soluções (parciais) para essa ambigüidade seriam concentrar-se no próprio processo das campanhas das ONGs e monitorar o impacto sobre as partes componentes de um modelo de mudança institucional no Banco. Esse artigo avalia uma recente campanha de defesa de direitos, testando-a em relação a cinco críticas da campanha das ONGs, e então propõe que as ONGs defendam a criação de um modelo prático de mudanças de políticas e monitorem e avaliem seus esforços em relação às partes componentes do modelo.
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A dicotomia convencional (mas falsa) entre humanitarismo e desenvolvimento, até agora baseada nas diferenças conhecidas entre as leis humanitárias internacionais e leis de direitos humanos internacionais respectivamente, não é apenas inútil em termos práticos mas também serve para reduzir nossa compreensão sobre as questões compartilhadas presentes nos dois discursos. Existem, contudo, evidências que mostram um reconhecimento cada vez maior de que todos os trabalhos de desenvolvimento e ajuda humanitária são essencialmente baseados nas questões dos direitos e de esforços de integrar o pensamento e a prática em um conjunto comum de princípios.
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Apesar da crescente ênfase que as agências humanitárias estão dando à participação e consulta local, os receptores da ajuda estão freqüentemente reagindo de forma variada, para não dizer hostil, à assistência recebida. As agências precisam reconhecer as desigualdades que são inerentes em uma relação de ajuda e ser mais prudentes ao determinarem suas tarefas. Finalmente, a autora conclui que os provedores e os receptores de ajuda precisam aceitar nossa igualdade humana inata e nossa desigualdade circunstancial para estabelecermos uma relação de mútuo respeito e apreciação de cada um.
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Esse artigo examina a aplicação do esquema de Capacidades Locais para o projeto de paz nas atividades de campo do Sudão e identifica as lições aprendidas com o planejamento e implementação no programa Visão Mundial durante um período de 20 meses.
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É preferível que as agências humanitárias dêem ouvido aos apelos proféticos e arrisquem sua suada credibilidade engajando-se na defesa de direitos que busca evitar desastres ou, ao contrário, é preferível que as ONGs sejam mais cautelosas? Escrito sob a perspectiva de um praticante de defesa de direitos, esse artigo analisa as pressões conflitantes que pesam sobre as ONGs, tanto para que elas aumentem como limitem o trabalho de defesa de direitos durante os desastres. É importante avaliar os motivos das ONGs e também o impacto de seus esforços preventivos de defesa de direitos: quando o assunto se trata da defesa de direitos, questões sobre transparência, veracidade e legitimidade nunca estão desconectados. O artigo termina com um apelo às ONGs para que elas arrisquem sua credibilidade de maneira séria quando for necessário, como parte da ética geral humanitária de salvar vidas. Os riscos que as ONGs correm de parecerem estar se auto-servindo ou de estarem enganadas são reais mas, no fundo, o potencial de se alterar eventos catastróficos é muito importante para ser renunciado facilmente.
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O conceito de capacitação é evasivo e nossas abordagens atuais estão fadadas ao fracasso, não porque não possuímos modelos adequados mas porque essas abordagens são por elas mesmas inadequadas. Esse artigo busca apresentar algumas das mudanças fundamentais que uma nova forma de abordagem sobre capacitação iria acarretar. A primeira mudança seria do tangível para o intangível e a segunda seria de um modelo estático para uma abordagem desenvolvimentista. Algumas das consequências de tais mudanças são discutidas no artigo.
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Com a mudança de século de acordo com o calendário ocidental, talvez seja apropriado ter em mente que, para grande parte do mundo, os séculos são diferentes e alteram-se em momentos diferentes e sob diferentes condições. Assim, embora nós moremos e comercializemos em um vilarejo global, nós ainda estamos divididos pelo tempo, espaço e ideologias. A esperança é a de que o século vinte nos permita ter uma visão mais próxima uns dos outros e que a rede global, os websites e os sistemas de correio eletrônicos trabalhem como uma ponte ao invés de uma nova forma de aumentar as distâncias. O artigo prega um maior entendimento sobre as prioridades e visões diferentes que as mulheres islâmicas possuem sobre elas mesmas, de seu lugar na história e os objetivos pelos quais elas necessitam lutar. O artigo também faz um apelo para a universalidade da fraternidade e também para que a solidariedade que foi forjada na última metade do século vinte não seja fragmentada em migalhas no novo milênio.
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Enquanto os movimentos de mulheres na América Latina e em outros lugares estão sendo bem-sucedidos em colocar várias questões que são relevantes para as mulheres e para as relações de gênero na agenda política, e embora a maioria das agências humanitárias tem se esforçado para incorporar a análise sobre gênero em seus trabalhos, esse progresso não tem sido nem abrangente nem livre de problemas. Esse artigo concentra-se nos modos pelos quais a agenda de cooperação pelo desenvolvimento e as prioridades e métodos de trabalhar de agências de desenvolvimento e ONGs têm servido para distorcer a visão e prática das organizações das mulheres cujo trabalho eles procuram apoiar.
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Esse artigo resume os resultados de um projeto de ação-pesquisa realizado em conjunto por algumas ONGs locais e internacionais, que envolveu estudos de caso em quatro países da África, três no sul da Ásia, um na América Latina e um no Reino Unido. O artigo busca situar a discussão da avaliação dos impactos no contexto de uma crescente crítica das OGs internacionais. De um modo geral, o artigo sugere que modelos simples de causa e efeito que unem insumos de projetos a resultados e impactos, embora importantes, são normalmente inadequados para avaliar o impacto do que as ONGs realizam. Ao contrário, a autora recomenda a criação de modelos que englobem o contexto mais amplo de influências e processos de mudança que envolvem projetos e programas e os amplos impactos resultantes. Uma conclusão importante que surge a partir dos estudos de caso é que é vital a habilidade de selecionar um conjunto adequado de instrumentos e métodos, bem como a seqüência de sua utilização. O artigo conclui analisando as implicações de políticas mais amplas dos estudos, notavelmente em relação a: lidar com problemas de atribuição e agregação; explorar a questão do alcance da pobreza, relações de gênero e prevenção contra o uso simplista da avaliação de impacto para alocação de recursos. O artigo também sugere que a avaliação de impacto pode ser parte de um `círculo virtuoso' de mudanças que podem promover uma maior transparência e aprendizado entre as ONGs internacionais.
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A questão sobre como as agências de desenvolvimento deveriam avaliar seus impactos não possui respostas simples e, assim, ela freqüentemente não é indagada ou é formulada em termos que privilegia constatações quantitativas e limitadas. Descrevendo o projeto de um bairro de conjunto habitacional no Reino Unido, o autor pesquisa os entendimentos e percepções de diferentes colaboradores a respeito do que eles acreditam que tenha mudado durante a criação do projeto e a que eles atribuiriam aquelas mudanças. Os resultados da pesquisa sugerem que o impacto das intervenções de desenvolvimento depende sempre de diversos fatores e pode ser visto adequadamente apenas com o tempo. Os resultados sugerem também que grande parte dos fatores mais críticos na determinação de mudanças são intangíveis e estão relacionados a um amplo leque de relações sociais e à motivação humana e direcionamento, tanto individual quanto coletiva. O autor não apresenta um `esquema' sobre como conduzir a avaliação de impactos mas oferece algumas idéias sobre como enquadrar as questões e interpretar as respostas.
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Esse artigo argumenta que valores comuns específicos permitem que muitas ONGs tenham uma vantagem sobre outros tipos de organizações. Essa perspectiva deve ser entendida no contexto do crescente desejo dos doadores de financiar atores de desenvolvimento não tradicionais, incluindo os militares, paraestatais, comissões nomeadas pelo governo, contratantes de serviços privados e firmas de consultoria. Para distinguirem-se de outras agências que recebem financiamentos de ajuda, as ONGs necessitam identificar, articular e nutrir seus valores mais importantes e sua identidade. O autor identifica alguns dos indicadores-chave que melhor refletem os valores e capacidades organizacionais que distinguem as ONGs das demais agências. A preocupação que se tem é a de que, se as ONGs perderem seus valores mais importantes, elas irão perder sua função.
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Literacy programmes conventionally focus solely on non-literates and use a 'learn first, do later' model that is ill-suited to adult learning. Programmes based on existing groups (whether function- or location-based), and which use a 'learn through doing' approach, are more likely to be successful both in achieving literacy and in reinforcing other development goals. This paper reviews the theory and practice of adult literacy programmes.
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Esse artigo descreve o Processo de Mudança Participativa (PCP), um modelo que promove a formação e ação de organizações de base sustentáveis em comunidades pobres e marginalizadas, utilizando métodos de aprendizado participativo e ação para fazer com que as pessoas adquiram capacitação, auto-confiança e estruturas organizacionais necessárias para planejar e implementar projetos de desenvolvimento e influenciar formação de políticas. This article is freely available as a chapter in Development Methods and Approaches: Critical Reflections
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Conferences are typically organised around specialist presentations and panel discussions in ways that do not foster broad participation or effective knowledge-sharing. The paper describes a computer-based method to facilitate focused dialogue among participants.
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The author reports on the triennial conference of the European Association of Development Research and Training Institutes (EADI), held in Paris in 1999. He found a disturbing lack of historical analysis and awareness, and a surprising dearth of discussion of the value of knowledge, or information sharing, in the North-South relationship of the future.
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The author reports on this conference held in Tromsö, Norway, in June 1999. Discussion centred on the discourse of `gender' and on the women's movement, and the author considers these themes from the dual viewpoint of the practitioner and the academic.
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This Conference Report presents the recommendations taken from a Summary Report of the South Asian Agenda Regional Meeting for South Asia, held in New Delhi, India in 1999. The event was convened by the Disaster Mitigation Institute (DMI) and supported by the Department for International Development (DfID) of the British government. Measures to reduce the disaster vulnerability of poor communities, to improve the standard of, and review public expenditure on, relief, for example, are discussed.
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Esse artigo analisa as lições aprendidas com a revisão de duas campanhas internacionais de longo prazo. Uma dessas campanhas visava promover o aleitamento materno em Gana e a outra objetivava combater o uso de trabalho infantil na indústria de tapete da Índia. O artigo concentra-se particularmente no entendimento da natureza das campanhas e nos elementos que as tornam eficazes. Os autores afirmam que as campanhas não são lineares ou mecanicistas e que é necessário entender que elas passam por diversos estágios, requerendo diferentes tipos de ações nos diferentes níveis e em diferentes momentos. A variedade de trabalhos e qualificações necessários em uma campanha faz com que seja crucial que as várias organizações envolvidas colaborem umas com as outras. As mobilizações de base, em particular, possuem um importante papel para produzir mudanças sustentadas nas políticas, algo que é freqüentemente esquecido.
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Nos anos 90 o comércio justo, na medida em que foi sendo praticado por Organizações Comerciais Alternativas (OCAs), evoluiu de um modelo de solidariedade para um modelo de parceria. Esse artigo explora justamente a natureza da parceria do comércio justo, utilizando como base um estudo de caso da Cafédirect e de um de seus fornecedores, o KNCU, na Tanzânia. Para as OCAs, o comércio justo está articulado em termos de parceria com produtores e consumidores. Essa parceria é concebida pela autora como uma fusão entre mercado e ética na cadeia de fornecimento do produtor e consumidor. A parceria principal seria aquela entre a OCA e a organização produtora. O estudo de caso é utilizado para destacar os elementos da parceria que são necessários para que a relação comércio justo `funcione', chamando a atenção para a importância da participação do parceiro produtor.
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As cooperativas agrícolas estão sendo promovidas nos programas de desenvolvimento econômico da Índia como modo de incentivar a produção agrícola em larga escala e, ao mesmo tempo, garantir a cooperação comunitária e a igualdade. Analisando as cooperativas produtoras de açúcar no estado de Gujarat, região oeste da Índia, o autor mostra que essas cooperativas têm sido bem sucedidas na promoção da produção em larga escala e da melhoria dos níveis econômicos e sociais de seus membros. Esse sucesso, contudo, tem sido alcançado com base na exploração e empobrecimento das comunidades dos sem-terra locais e trabalhadores migrantes. Como resultado, tem havido uma crescente diferenciação no campesinato do sul de Gujarat.
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Ao analisar duas abordagens sobre mudança organizacional - gênero e desenvolvimento organizacional (DO) - a autora argumenta que a perspectiva de DO é falha uma vez que ela perpetua as desigualdades entre homens e mulheres ao não conseguir tratá-las adequadamente. Em contraste, a abordagem que se concentra na questão do gênero provoca mudanças tanto para as mulheres como para os homens e está contextualizada em uma agenda mais ampla de transformação social. A análise sobre como fortalecer a posição das mulheres é o ponto de partida crucial. Embora a questão do gênero não esteja desconectada de outras formas de opressão - como raça e classe - é necessário que se dê atenção especial ao gênero porque a experiência tem mostrado que essa questão está sendo `deixada de lado'. O artigo busca dar sua contribuição a uma nova área em teoria e prática, visando promover organizações que sejam igualitárias e eficazes.
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Esse artigo analisa a eficácia das diferentes estratégias utilizadas pelas agências de desenvolvimento nas áreas urbanas para reduzir a pobreza, incluindo os méritos relativos da geração de renda e das políticas de melhoria nas condições de moradias e bairros. Baseando-se nos resultados de estudos de caso recentes, a autora sugere que as vantagens alcançadas pelas políticas que visam melhorar as condições de moradias e bairros podem estar sendo subestimadas. Ela sugere também que a questão da integração de políticas de melhoria de moradias e bairros com a geração de renda tem recebido pouca atenção.
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Educational and societal development programmes in the Third World have paid too little attention to the facilitative and motivational merits of using indigenous languages. From primary education through to development activities among adults, the use of a non-indigenous language may in itself hinder the development process. In academic institutions, more interaction between the two fields of language planning and development studies is needed.
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The author examines the contemporary liwac or barter system in Addis Ababa, a thriving part of the informal economy which involves the exchange of household goods for second-hand clothes and shoes. He concludes that this form of transaction positively co-exists with and is not superseded by the monetised economy.
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This paper describes the relative advantages and disadvantages of formal Rotating Savings and Credit Associations (RoSCAs), in contrast with informal RoSCAs, as seen in Argentina. NGOs, it is argued, are not in a good position to use the formal RoSCA structure to developmental advantage, since they could not manage the risk assessment or legal framework necessary with formal RoSCAs, which do not rely on social censure and capital for their operation.
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Based on primary research, this paper describes the negative human, occupational, and environmental impacts of the Kiraz Dere dam project in Turkey, concluding that financial compensation for people who are displaced by such projects is unlikely in itself to lead to the resettlement recommended by agencies such as the World Bank.
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In English only
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As crenças sobre a origem e natureza do universo e sobre o lugar que a humanidade ocupa dentro dele raramente têm sido consideradas importantes para a teoria e prática econômica. Contudo, para a grande maioria das pessoas de todas as partes do mundo, a formação de princípios éticos fortes, baseados em sua fé religiosa, é um pré-requisito essencial para o progresso econômico a longo prazo. A entidade The World Faiths Development Dialogue está explorando a possibilidade de fazer a ponte entre o aparente abismo que separa as agências seculares de desenvolvimento, como o Banco Mundial, e as religiões existentes no mundo. Quais visões as comunidades da fé têm para oferecer? Existe uma genuína convergência de interesses?
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MOPAWI is an NGO in La Mosquitia, Honduras, working with indigenous communities in the region to create ecological sustainability and to strengthen technical knowledge and resource management. This paper presents the findings of research into how MOPAWI has `created linkages among the grassroots, the state, and ultimately the international level of politics in practice.' The strategic role of NGOs, and their ability to work across these levels, is discussed.
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The author discusses the importance of rural family poultry (RFP) in Africa as an income generating and/or subsistence asset for families, particularly highlighting the gender dimension of RFP, since women are often the main owners of, and carers for, chickens. RFP development programmes must take account of other demands on women's time, but should aim to keep profits in the hands of women, increase production (for nutritional and financial gains), facilitate setting up co-operatives and, through these, the provision of training and supplies (making use of economies of scale).
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This paper examines a Community Banking Scheme set up in Nigeria in 1991, in terms of its financial capabilities - `deposit mobilisation capability, and the value and ratio of its loan portfolio' - and considers four examples of its non-banking development functions. The author believes community banks have much development potential, and, while stating that the Scheme `has had mixed achievements', argues that the growth of non-banking facilities, and increased collaboration with self-help groups or NGOs, should lead to greater success.
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The author summarises the results of research into the health of older adults in Malawi, India, and Tanzania, which found high levels of malnutrition and anaemia among them, as well as, and linked to, poor functional ability. The data suggests the need for development agencies to specifically consider older adults - who form an increasing proportion of the population - in their programme work, since the problems highlighted arise from poverty-related factors.
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The author reports on this conference, held in Tokyo in 1999, which brought together leading development thinkers and practitioners, and finance experts. The main discussions are summarised, often with reference to the recent Asian financial crisis, and the author states that the IMF's apparent neglect of the link between finance and development was worrying, and evidence of the need for its reform.
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Como parte de uma campanha educacional sobre direitos humanos, o Comitê Bengalês para o Progresso Rural (BRAC) fixou 700.000 cartazes em todo o Bangladesh. Tal fato provocou contestações por parte de algumas organizações religiosas. Esse artigo investiga a natureza e a causa dessa reação e desenvolve estratégias sobre como as organizações de desenvolvimento podem alcançar seus objetivos ao enfrentar resistência. A causa da contestação foi identificada como uma reação às interpretações dos cartazes baseadas no sagrado Corão e práticas islâmicas e também como uma intromissão no território profissional das organizações religiosas, que afetou os interesses sócio-econômicos dos representantes dessas organizações. Desse modo, os autores concluem que as organizações de desenvolvimento deveriam antecipar tal oposição ao explicitar seus objetivos aos críticos em potencial, assim como formular programas que não ofereçam espaço para os oponentes prejudicarem as atividades que promovam o desenvolvimento.
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A espiritualidade é um aspecto central que influencia muitas das decisões diárias que as pessoas do "hemisfério sul" tomam em relação a elas próprias e em relação ao desenvolvimento de suas comunidades, incluindo a decisão de participar ou não de uma arriscada mas potencialmente benéfica ação social. Apesar de ser importante, a literatura que trata da questão do desenvolvimento e suas práticas evita sistematicamente esse tópico da espiritualidade. Tal desconsideração tem como resultado uma pesquisa de nível inferior e programas menos eficientes e, no final, não se consegue oferecer aos participantes a oportunidade deles refletirem sobre como o seu desenvolvimento e sua espiritualidade deverão influenciar uns aos outros. O autor apresenta algumas possíveis explicações para a falta de estudo sobre esse tópico e sugere algumas maneiras de abordar as questões da espiritualidade na teoria e na prática do desenvolvimento.
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Em 1997, 30 mulheres e homens de diferentes idades e de diferentes níveis culturais, religiosos, sociais e geográficos participaram de um encontro visando aprofundar seu entendimento sobre os impactos que as questões da "feminilidade" e da "masculinidade" provocam em suas vidas e sociedades. Todos os participantes responderam por escrito a questões do tipo: de que modo eu me tornei consciente da condição de ser "mulher" e "homem"? Como essas diferenças são expressas em minha sociedade? Até que ponto eu vejo as mudanças sociais que estão ocorrendo como resultado dos 50 anos de atividades do movimento feminista? O processo representou um desafio para se transpor a divisão feminina/masculina em direção a questões fundamentais sobre a dignidade humana. Esse artigo baseia-se nas contribuições escritas e faladas dos participantes.
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A organização ABANTU para o Desenvolvimento iniciou um programa regional que visa fortalecer a sociedade civil para que ela possa engajar-se na política através de uma perspectiva de gênero. A ABANTU havia desenvolvido anteriormente na Nigéria uma atividade que envolveu um estudo aprofundado sobre a capacitação da ONG para o engajamento político durante o período recente do regime militar. Ao manter os compromissos da ABANTU como uma rede de recursos humanos regional dedicada a promover o desenvolvimento e a igualdade entre os sexos, a partir de uma perspectiva africana, a equipe de pesquisa local utilizou uma metodologia de ação participativa para reunir e interpretar os resultados, de modo a privilegiar as perspectivas da ONG local e formas de entender o gênero e a política. O exercício produziu informações inéditas e material sobre estudos de caso experimentais além de, simultaneamente, identificar e reunir um grupo importante de ONGs no desenvolvimento e planejamento do programa de treinamento subseqüente. Mais importante ainda, a atividade ofereceu à rede de treinamento regional um conhecimento mais profundo sobre as culturas indígenas e políticas de gênero locais. Esse resultado foi influenciado pelas dinâmicas culturais locais e também pelos legados contraditórios de programas voltados para as mulheres, desenvolvidos por um governo controlado pelos militares. Essas influências limitam a extensão da atividade de gênero, especialmente quando tal atividade é monitorada através do engajamento direto com políticas governamentais.
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The author describes the movement of the Tobas indians from their nomadic, rural lifestyle in northern Argentina (due mainly to industrial deforestation) to Rosario, a city of around 1 million inhabitants. He highlights the difficulties the Tobas face in Rosario; their economic destitution, and the lack of education in their own language. He advocates economic support for co-operatives and training in traditional crafts, and changing the education system - or failing that, supporting non-formal workshops - to reflect the Tobas' own cultural values.
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The author analyses the concept of social exclusion, arguing that the term has become a label for `another `vulnerable group' with no differentiation, complexity, agency, or resistance'. She instead suggests that we look to broader ideas of justice, participation, and citizenship, to bring the `social' aspect back into the concept, which should be more synonymous with discrimination and marginalisation than with the failure of formal (education, employment, legal etc.) systems.
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Women's groups in Papua New Guinea, often under the influence of colonial and church governance in the past, still have an ambiguous function which serves to isolate women and `women's issues' rather than spread gender sensitivity. The author concludes that the existence of these forums for women actually encourages the continued marginalisation of women from governing and decision-making structures, since women's groups `tend to operate from separate and unequal spheres of influence'.
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The author provides a matrix examining gender-based financial, economic, social/cultural, and political/legal obstacles to women benefiting from microfinance and enterprise. She goes on to discuss how impact assessment work can be approached in the light of this matrix, highlighting the importance of establishing the nature of gender relations prior to projects, considering the potential outcomes that assessors should look out for, and carrying out gender-sensitive assessment.