Avaliação de impacto: enxergando o tronco e as árvores

Esse artigo resume os resultados de um projeto de ação-pesquisa realizado em conjunto por algumas ONGs locais e internacionais, que envolveu estudos de caso em quatro países da África, três no sul da Ásia, um na América Latina e um no Reino Unido. O artigo busca situar a discussão da avaliação dos impactos no contexto de uma crescente crítica das OGs internacionais. De um modo geral, o artigo sugere que modelos simples de causa e efeito que unem insumos de projetos a resultados e impactos, embora importantes, são normalmente inadequados para avaliar o impacto do que as ONGs realizam. Ao contrário, a autora recomenda a criação de modelos que englobem o contexto mais amplo de influências e processos de mudança que envolvem projetos e programas e os amplos impactos resultantes. Uma conclusão importante que surge a partir dos estudos de caso é que é vital a habilidade de selecionar um conjunto adequado de instrumentos e métodos, bem como a seqüência de sua utilização. O artigo conclui analisando as implicações de políticas mais amplas dos estudos, notavelmente em relação a: lidar com problemas de atribuição e agregação; explorar a questão do alcance da pobreza, relações de gênero e prevenção contra o uso simplista da avaliação de impacto para alocação de recursos. O artigo também sugere que a avaliação de impacto pode ser parte de um `círculo virtuoso' de mudanças que podem promover uma maior transparência e aprendizado entre as ONGs internacionais.
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