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Volume 14
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Nessa entrevista, Rosemary Thorp, especialista em economia política da América Latina e atualmente Coordenadora dos Curadores da Oxfam GB, discute o impacto que as reformas de descentralização têm tido em promover o desenvolvimento e aprofundar a governança democrática na região. Concentrando-se em particular nas experiências do Chile e Colômbia, Thorp argumenta que, embora o processo de descentralização democrática seja promissor, ele precisa superar desafios múltiplos para explorar todo seu potencial. Alguns dos fatores-chave que ela identifica para a descentralização ser bem-sucedida são uma liderança política engajada, partidos políticos fortes e capacidade no nível local - todos freqüentemente não presentes no contexto latino americano.
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Esse artigo revê as lições da descentralização democrática em Madhya Pradesh (MP), um estado indiano pobre e semi-feudal que emergiu como um líder e audacioso experimentador no modelo institucional na década de 1990. Apesar de um início pouco promissor, a liderança política em MP definiu que iria utilizar a descentralização como uma alavanca para expandir e melhorar a implementação de serviços básicos. Os arquitetos da estratégia de MP estavam totalmente cientes das limitações sociais e econômicas, mas acreditavam que através de uma montagem cuidadosa, suporte adequado para desenvolver capital social e a conquista dos primeiros avanços, a iniciativa poderia destravar forças poderosas para o desenvolvimento da comunidade. Esse artigo concentra-se em duas iniciativas: uma para aumentar o acesso a escola e outra para promover a democracia direta no nível dos vilarejos. Os autores concluem que, enquanto a primeira fase de descentralização resultou em alguns avanços significativos, especialmente na área da educação, a segunda fase tem sido muito menos bem-sucedida.
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A promoção da democracia tem sido freqüentemente um processo de cima para baixo caracterizado por políticas de assistência que visam o nível macro. Quando políticas da base para cima foram experimentadas, elas também tenderam a abordar as ONGs profissionalizadas com pouca adesão e contato da base. Apenas nos últimos anos os doadores começaram a implementar programas que visam desenvolver aquilo que pode ser chamado de "micro-assistência" à democracia, definida como assistência da democracia dirigida a pequenas organizações na área, freqüentemente com base na comunidade. Esse artigo descreve a micro-assistência da UE à democracia na África do Sul após 1994. Os dados reunidos são provenientes de entrevistas conduzidas com encarregados de projetos e entrevistas semi-estruturadas com todos os diretores das Organizações Baseadas na Comunidade que têm recebido fundos da UE. Alguns resultados preliminares sugerem que a micro-assistência à democracia na África do Sul responde a problemas específicos que estejam afetando a sociedade civil local, mesmo que a maioria dessas organizações permaneçam raramente sustentáveis e suas habilidades de influenciar políticas locais sejam limitadas.
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Desde que o processo de descentralização de Gana começou no início da década de 1990, oficiais do governo e também agências e ONGs internacionais de ajuda têm se engajado em esforços para chamar atenção para as preocupações das mulheres e aumentar a sensibilidade quanto às questões de gênero nos processos de desenvolvimento no nível local. Esse artigo analisa três projetos colaborativos entre organizações de desenvolvimento internacional e assembléias de distrito em toda Gana para promover a sensibilidade quanto à questão de gênero e aumentar a representação das mulheres na governança local. Embora, como a autora sugere, ainda seja muito cedo para avaliar se tais iniciativas têm sido bem-sucedidas, está também claro que os esforços de descentralização precisam ser acompanhados por recursos adequados e suporte institucional apropriado e capacitação para que façam uma diferença.
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Esse artigo analisa um projeto-piloto de liderança transformadora descentralizada lançado pelo UNDP para combater a crise crescente do HIV/AIDS no Nepal. O projeto visa fortalecer a liderança da região e o planejamento participativo multisetorial, esclarecer a resposta do governo na região e criar redes regionais, nacionais e internacionais para responder efetivamente ao HIV/AIDS. A meta é criar líderes que prevejam possibilidades e visualizem oportunidades previamente inimagináveis e levem voz àqueles que antes não eram ouvidos. Mapeando os relatórios e comentários de participantes do projeto, os autores concluíram que o projeto tem fornecido a eles ferramentas valiosas e habilidades para agirem de acordo com o seu compromisso de deter a doença e tem contribuído para aprender lições a partir de uma perspectiva global sobre o que tem funcionado e o que não tem funcionado nas respostas ao HIV/AIDS até o momento.
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Esse artigo utiliza trabalhos teóricos e empíricos selecionados para explorar as conexões entre a descentralização e a democracia e seu impacto na participação e empoderamento no nível local. Entendendo a descentralização como um fenômeno complexo e multifacetado, o autor argumenta que seus benefícios em potencial podem ser percebidos apenas quando políticas complementares e condições nacionais ou locais específicas estiverem em vigor. Além disso, é também importante ter uma abordagem equilibrada entre os níveis locais, regionais e nacionais de governo de modo a proteger a autonomia local enquanto também promovendo um nível razoável de uniformidade em todas as regiões. O ensaio recorre ao trabalho de campo do autor em Moçambique assim como as experiências de descentralização em outros países em desenvolvimento.
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Esse ensaio de revisão analisa três trabalhos recentes sobre a relação entre democracia e descentralização, com um enfoque na participação e empoderamento local: Democracy and Decentralisation in South Asia and West Africa: Participation, Accountability and Performance [Democracia e Descentralização no sul da Ásia e oeste da África: Participação, Responsabilidade e Desempenho] (Richard Crook e James Manor), Good Government in the Tropics [Bom Governo nos Trópicos] (Judith Tendler) e uma edição temática do European Journal of Development Research sobre `Democratic Decentralisation through a Natural Resource Lens: Experiences from Africa, Asia and Latin America' [Descentralização Democrática através de uma Lente de Recursos Naturais: Experiências da África, Ásia e América Latina], editado por Anne M. Larson e Jesse C. Ribot.
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Crianças com menos de 18 anos representam o maior grupo de pobres na Uganda (62 por cento). Sua perspectiva não tem sido, até hoje, incorporada em muitas análises que têm sido realizadas. A pesquisa relatada nesse artigo perguntou a crianças entre 10 e 14 anos suas opiniões sobre a pobreza e também sobre a efetividade dos governos locais em tratar de questões relacionadas a elas. A pesquisa descobriu que as crianças possuem uma perspectiva sobre a pobreza diferente daquela dos adultos consultados em nossa amostra. As crianças têm uma visão positiva sobre seu papel potencial na redução da pobreza e são altamente críticas do desempenho atual do governo local.
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Os autores examinam o papel das ONGs religiosas internacionais na ajuda externa e desenvolvimento para a África, com especial referência ao Comitê Central Menonita (MCC). O MCC é bem-sucedido em sua contribuição ao desenvolvimento e empoderamento nos 20 países africanos em que opera devido ao seu enfoque filosófico e programático na transparência, sua abordagem holística dos direitos básicos e uma abordagem de "ouvir e aprender" que abrange empoderamento e justiça social. Embora a filosofia "ser pequeno é maravilhoso" não necessariamente inspira os métodos de "ajuda rápida" associados à Agenda de Novas Políticas, ela continua sendo a forma mais efetiva, eficiente, transparente e de resposta rápida à base para se tratar das questões do desenvolvimento.
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O autor trata das contribuições de quatro pensadores e ativistas latino americanos quanto à comunicação para mudança social. Argumenta-se que as atividades de desenvolvimento referem-se à comunicação em vários níveis e estão profundamente enraizadas nas culturas dos engajados, envolvendo significativas questões inter-culturais. O autor baseia-se em sua própria experiência abrangente nessas áreas e apresenta uma série de princípios e lições de aplicação mais ampla.
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Esse artigo trata da importância, complexidade e ambigüidade do terreno simbólico, tanto no cotidiano quanto na luta social. Tomando a roupa ou traje tradicional das mulheres Maias como um texto, a autora reflete sobre os múltiplos e contestados significados evocados por eles, argumentando que as mulheres Maias estão ocupando um papel que não tem recebido análise suficiente ou reconhecimento dentro da luta do movimento Maia pela identidade indígena e por direitos. Iniciando com uma breve introdução teórica, o artigo analisa os diferentes significados em disputa e como esses últimos são relacionados a questões mais amplas, concluindo com uma reflexão quanto aos desafios enfrentados pelas relações inter-étnicas e o reconhecimento dos povos indígenas na Guatemala.
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ONGs e ativistas sociais correm o risco de seguir as diretrizes de política favorecidas por agências doadoras internacionais em detrimento de sua própria capacidade organizacional e moral de agir solidariamente com aqueles cujos interesses eles dizem apoiar. Com referência específica à Tanzânia, o texto argumenta que embora as ONGs ajam prontamente para proteger seus próprios interesses, elas não defendem consistentemente as liberdades básicas dos trabalhadores. Em uma época unipolar, em que se diz que a era da política e da solidariedade internacional já passou, é vital para as ONGs e outros ativistas sociais manter viva a crença de que uma alternativa ao mundo atual é tanto necessária como possível.
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A medição de impacto é difícil no trabalho de desenvolvimento uma vez que ela implica atribuir mudança social, pessoal e comunitária de longo prazo às intervenções relativamente de pequena escala e de curto prazo na vida de uma comunidade. Esse artigo examina a experiência da ONG australiana Oxfam Community Aid Abroad em medir seu impacto em duas de suas regiões operacionais, Índia e Sri Lanka. Os resultados destacam a importância de mecanismos de participação e responsabilidade para "baixo", bem como de conectar-se às atividades no nível local com um amplo contexto regional, nacional e global.
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A "Economia da Comunhão": um estudo de caso da empresa e da sociedade civil em parceria para mudançaO papel das organizações da sociedade civil do hemisfério norte tem passado por mudanças dramáticas nos últimos anos. Em particular, seu papel principal como agências "redistributivas" atuando no hemisfério sul tem sido criticado, levando-as a procurar novas formas de definir sua parcela na redução da pobreza. Uma estratégia amplamente adotada tem sido a de ênfase crescente na defesa por justiça social; uma outra é a criação de parcerias com atores não-estatais e estatais, incluindo o setor privado. Tais parcerias levantam algumas questões difíceis relacionadas aos valores básicos e a legitimidade cívica da ação, em particular das ONGs de desenvolvimento baseadas no hemisfério norte. Este trabalho examina a questão das parcerias entre organizações da sociedade civil e empresas, através de um estudo de caso da "Economia da Comunhão", um projeto global que reúne pequenas empresas o organizações de entidades de igreja cujo objetivo comum é o de erradicar a pobreza.
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As questões relativas à restruturação democrática e à cidadania no nível municipal na América Latina têm sido objeto de crescente interesse e debate entre acadêmicos e praticantes do desenvolvimento em anos recentes. Este estudo investiga como a cooperação internacional pode facilitar a participação ativa dos cidadãos nas decisões locais da região, ao examinar um projeto específico de ligação patrocinado pelo Canadá envolvendo as cidades de Charlesbourg, Quebec (Canada) e Ovalle (Chile). O estudo apresenta uma abordagem relativamente otimista do papel que as inovações transferidas como resultado desse projeto têm exercido no estímulo ao envolvimento dos cidadãos no governo local. Ao mesmo tempo, o texto sugere que quaisquer ganhos podem ser limitados, devendo ser vistos dentro de um contexto político-administrativo mais abrangente na América Latina e dos fatores que restringem o estabelecimento de uma ampla cultura democrática no plano local.
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Existe uma grande sinergia em potencial proveniente da colaboração entre uma organização de pesquisa e uma organização operacional, tais como uma ONG, mas colaborações explícitas entre elas não são comuns. Essa Nota Prática examina a parceria institucional entre o Instituto Internacional de Pesquisa de Políticas de Alimentos (IFPRI) e a CARE-USA como uma ilustração concreta das dificuldades e benefícios em potencial de tal colaboração. Ela oferece exemplos de lacunas na orientação organizacional que podem levar a problemas, oferece idéias sobre como reduzir as distâncias e destaca quais choques devem ser esperados no caminho para desenvolver uma colaboração produtiva.
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Corrigir as desigualdades herdadas do apartheid tem criado um contexto complexo e desafiador na tentativa de enfrentar as necessidades básicas na África do Sul contemporânea. Dada a segregação física e política do apartheid, atender a demanda por habitação tem sido um desafio central ao desenvolvimento desde 1994. Mas mesmo que o governo local tenha sido levado a uma maior responsabilidade nessa área, ele deve fazer isso enquanto gerencia relações complexas com atores do setor privado buscando acesso aos serviços básicos anteriormente associados ao setor público. O resultado é que não somente a estrutura dos governos locais tem sido dramaticamente reformada desde 1994, mas também os governos têm adquirido uma nova responsabilidade de capacitar os mercados para trabalharem em nome da redução da pobreza.
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O monitoramento e avaliação de projetos na África têm tradicionalmente dependido do conhecimento "especializado" de avaliadores "profissionais" para desenvolver os chamados indicadores "SMART". Mas esse conhecimento especializado não tem sido difundido nas várias agências implementadoras - que incluem as próprias comunidades. O resultado tem sido alguns dados esporádicos e não-confiáveis e esquemas frágeis de monitoramento e avaliação. No Zimbábue, essas dificuldades têm inibido o desenvolvimento e o estabelecimento de um banco de dados de estatísticas sociais. Uma área frágil de estatísticas sociais é a de informações sobre crianças. Desde 1995, o UNICEF Zimbábue tem trabalhado com comunidades para produzir estatísticas relevantes e atualizadas através de projetos como o Sentinel Site Surveillance Survey e mais recentemente o desenvolvimento de um sistema de registro de vilarejos que conterá indicadores simples, mas vitais. Este artigo procura documentar e iluminar o pensamento sobre esses exercícios e os desafios enfrentados pelo UNICEF e pelas comunidades até agora.
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Dentro da Austrália, os programas de emprego do Estado são uma forma essencial de tentar reparar as desvantagens substanciais sociais e econômicas enfrentadas pelo povos indígenas australianos, particularmente no nível comunitário. Embora tais programas despendam grandes quantidades de dinheiro, os resultados sociais e econômicos para os indígenas australianos permanecem muito inferior ao dos não-indígenas. Esse artigo argumenta que uma importante limitação para o desenvolvimento humano indígena surge como resultado do racismo institucional dentro de uma série de agências do setor público responsável em todos os três níveis de governo dentro do sistema federalista australiano. Os resultados de uma avaliação do Programa de Emprego para o Desenvolvimento Comunitário (CDEP) dentro de uma remota comunidade indígena são apresentados. Isso serve para ilustrar como a exclusão dos indígenas das fases de montagem e implementação de programas cruciais do governo tem o potencial de resultar em uma substancial alocação ruim de financiamento com propósitos de auxiliar a redução da desvantagem econômica e social dos indígenas.
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Expandindo as oportunidades das mulheres: o potencial de projetos com bezerros na África subsaarianaEm todo o mundo, barreiras entrincheiradas de forma profunda excluem as mulheres de uma participação significativa nas atividades sócio-econômicas e políticas. Isso não é apenas uma questão de justiça e igualdade. Tem se argumentado que ao serem expandidas as oportunidades das mulheres, a sociedade como um todo seria simultaneamente fortalecida e isso ampliaria as perspectivas de desenvolvimento. Recentemente, uma ampla variedade de iniciativas internacionais tem sido desenvolvida para expandir as oportunidades das mulheres. Um desses programas é o financiamento de projetos com bezerros para mulheres. Utilizando dados da Cruz Vermelha, esse estudo examina o potencial dos projetos com bezerros para expandir as oportunidades das mulheres na África subsaariana.
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De meados de 1999 até meados de 2001, os autores realizaram um estudo qualitativo na zona rural do Vietnã para explorar as relações entre eqüidade de gênero e saúde reprodutiva. Um dos objetivos do estudo foi desenvolver indicadores culturalmente adequados de empoderamento de mulheres, específicos para o contexto vietnamita. Esse artigo descreve o processo de desenvolver, testar e refinar os indicadores de empoderamento, apresentar alguns dos resultados e discutir os desafios metodológicos acarretados. O artigo conclui recomendando uma série de campos específicos do Vietnã para avaliar o empoderamento das mulheres nas esferas sociais e econômicas da vida e na saúde reprodutiva.
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Esse artigo examina os processos participativos em um pacote de assistência técnica do Banco de Desenvolvimento Asiático (ADB) no setor de recursos hídricos da Tailândia. As autoras analisam vários níveis de interação social na comunidade local, em consultas aos participantes no nível intermediário e em oposição aos programas ambientais do ADB expressos por organizações da sociedade civil. Embora as abordagens participativas sejam empregadas para promover mais regimes de gerenciamento de baixo para cima dos recursos hídricos, as autoras concluem que as diferenças de poder e gênero local têm sido negligenciadas. Instituições em evolução de governança de recursos são constituídas por gênero, reproduzindo desigualdades de gênero, tais como em relação à água voltada para o uso agrícola como um recurso "masculino". Finalmente, o artigo argumenta que entendimentos e práticas de participação legitimizam agendas particulares, especialmente em uma arena politicamente polarizada.
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Desde os ataques do dia 11 de setembro de 2001 nos EUA, os debates relativos à situação das mulheres no mundo muçulmano têm tendido a focalizar até que ponto elas são vítimas de dogma religioso. Como qualquer outra religião, o Islamismo pode ser opressivo para as mulheres. Contudo, as mulheres trabalhadoras não são afetadas apenas por fatores religiosos. Esse artigo revê as experiências das mulheres na Indonésia e Irã, países nos quais os movimentos islâmicos têm tido um papel de destaque no governo. Na Indonésia, a crise econômica asiática do final da década de 1990 acelerou os conflitos civis e levou um governo islâmico ao poder. Desde então, o emprego das mulheres na Indonésia parece ter sido mais afetado pela crise econômica do que pelo movimento islâmico, sendo ele próprio um subproduto da crise. No Irã, poderia se esperar que o emprego formal das mulheres declinasse após duas décadas de Islamismo mas na verdade ele tem crescido. Uma revisão desses dois casos mostra que o impacto do surgimento do Islamismo político é complexo e não pode ser capturado por simples estereótipos.
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"Casamento" com o capital: as alternativas das mulheres trabalhadoras da indústria de roupas de FijiO golpe de estado que ocorreu em Fiji em maio de 2000 provocou uma saída de capital da indústria de roupas do país. Como os trabalhadores perderam seu emprego, a atenção das pessoas distanciou-se das melhorias de salário e condições para se concentrar na manutenção dos empregos nas fábricas de roupas do país. De que maneira os pesquisadores feministas podem contribuir em um clima de grande mobilidade de capital que proíbe organizar-se por um salário de subsistência? Esse artigo aplica a idéia de Amartya Sen das "alternativas" das mulheres em relação a seus maridos em uma análise do "casamento" das mulheres com o capital. Uma análise sobre a vida das mulheres trabalhadoras nas fábricas de roupas que vá além do local de trabalho revela o potencial para se aumentar o poder de negociação das mulheres em relação aos seus empregadores - estimulando os ativos individuais e coletivos das mulheres, seu acesso ao suporte do estado e ONGs, até outras formas de obtenção de renda e sistemas de suporte social sob o qual solicitar assistência.
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Esse artigo concentra-se no desafio e efeitos de se aderir à participação da comunidade como um princípio de desenvolvimento comunitário e a questão relativa de refletir a representação diversificada na prevenção e planejamento da promoção da saúde. Como requisito das agências financiadoras, são exploradas as conseqüências de sustentar esses princípios à luz dos recursos colocados à disposição. As informações são baseadas em um estudo de caso de um comitê consultivo com participação diversificada. Uma avaliação participativa desse comitê ilumina as dificuldades encontradas quando uma agência comunitária iniciou um projeto de promoção da saúde para abordar as necessidades das mulheres que não se expressam verbalmente e sob risco de agressão sexual. Sugestões são feitas sobre como essas dificuldades podem ser superadas. O comitê consultivo é um instrumento comum para o desenvolvimento comunitário mas também possui potencial para ser um modelo para uma maior comunicação e entendimento.
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A ênfase sistemática na questão do HIV/AIDS não diz respeito apenas a adaptar os programas das ONGs, mas também envolve a adaptação das parcerias. Trabalhar em um contexto de elevada incidência de HIV/AIDS exerce um impacto organizacional significativo sobre as ONGs que implementam projetos. Assim que funcionários, ou parentes de funcionários, ficam doentes, há mais faltas no trabalho, desempenho declinante, elevação de custos médicos e custos extras de treinamento e recrutamento. Simplesmente para manter a capacidade existente, as ONGs terão de investir em mudanças nos programas de planejamento, treinamento e cuidados voltados aos funcionários, políticas de saúde e gestão financeira. Isso necessariamente exigirá mais dinheiro para se obter os mesmos resultados do trabalho e essas atividades terão menos impacto (uma vez que uma proporção dos beneficiários poderá estar também doente ou em estado terminal). Portanto, oferecer apoio efetivo para as ONGs parceiras afetadas pelo HIV/AIDS leva a implicações importantes e difíceis para os doadores, particularmente numa época em que seus próprios colaboradores estão exigindo "dinheiro bem aplicado". A ênfase sistemática em parcerias requer que ambos os parceiros mudem - poderemos lançar esse desafio profissional e moral?
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Em 1993, a comunidade internacional reconheceu pela primeira vez que a violência contra as mulheres (VCM) é uma questão de direitos humanos, ao mesmo tempo em que a VCM tem se tornado cada vez mais uma questão de saúde pública global e uma barreira ao desenvolvimento sustentável. Contudo, mesmo quando há o compromisso para se reduzir a VCM através de seus programas e atividades de advocacy, as pessoas que trabalham com o desenvolvimento na área prática às vezes ficam incertas sobre se essa questão enquadra-se na agenda de redução da pobreza. Esse artigo tenta situar a VCM no discurso da pobreza, baseando-se em uma série de fontes documentais para apresentar as conexões conceituais entre a VCM, pobreza e desenvolvimento humano. O artigo, então, analisa questões sobre a avaliação de impacto dos programas que visam reduzir a VCM e oferece exemplos de como programas específicos têm sido avaliados.
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This essay reviews the often heated controversies unleashed by the 2002 publication of Globalization and its Discontents by Joseph E. Stiglitz, former Chief Economist of the World Bank and recipient of the2001 Nobel Prize for Economics. His critique of IMF policies and other economic orthodoxies, particularly in Russia and South Asia, has since come to be accepted more widely among mainstream economists. The author argues, however, that while Stiglitz is sympathetic to some of the arguments made by the so-called `anti-globalisation' movement, his views are far from the radical end of the spectrum.
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Abordagens participativas têm se tornado cada vez mais populares no desenvolvimento internacional. Embora tradicionalmente associadas a pequenos projetos não governamentais, elas são cada vez mais utilizadas por organizações governamentais e internacionais, tais como o Departamento para Desenvolvimento Internacional do Reino Unido (DFID) e o Banco Mundial. Esse artigo - concentrando-se em um pequeno projeto de agente de saúde no Amazonas, Brasil - desafia o pressuposto de que a participação inexoravelmente empodera e argumenta que a participação culturalmente inapropriada pode ser utilizada para legitimizar a intervenção prescritiva.
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Esse trabalho apresenta uma metodologia de desenvolvimento de produto para ser usada com trabalhadores rurais indígenas. Ela é baseada no renascimento de valores culturais e sociais, com um enfoque na conservação de recursos naturais. Ilustrado pelo caso das artesãs de Mixtec no México, esse artigo mostra como os grupos pobres podem melhorar suas condições de vida através da inovação e diversificação de seus produtos. O processo combina técnicas de desenvolvimento de produto baseadas no marketing, com um enfoque participativo e de avanço contínuo, para desenvolver um produto exclusivo e de alta qualidade que possa ser melhor comercializado. As artesãs são agora capazes de planejar sua produção e podem avaliar e comercializar seus produtos.
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O Proyecto Tequisquiapan (PT) oferece serviços de microfinanças protetores em uma pequena região rural do México, incluindo, de maneira importante, o acesso aberto a instalações de depósito. Os autores relatam a nova pesquisa que examinou os registros do PT na capacitação de pessoas com diferentes graus de vulnerabilidade para desenvolver ativos e proteger-se tanto de choques repentinos quanto de demandas mais previsíveis por quantias de dinheiro. O PT foi considerado relativamente mais útil para as famílias mais vulneráveis. Seu sucesso depende de sua pequena escala e no compromisso de seus funcionários, cujos salários são subsidiados, com a inovação e experimentação a fim de permanecer relevante às realidades financeiras variáveis e diferenciadas de seus membros. Isso vai contra a tendência atual em direção às microfinanças comercializadas em grande escala. O Banco Mundial, observam os autores, deveria prestar atenção a isso.
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Esse artigo explora a questão de desenvolvimento da democratização a partir de uma perspectiva de gênero, enfatizando a necessidade de se buscar as bases para a construção da democracia dentro dos setores da sociedade civil onde as mulheres desempenham um papel-chave. As mulheres chilenas e argentinas são um importante exemplo para o desenvolvimento político sustentável através de suas tarefas como Mães, particularmente na década de 1980 nos movimentos de protesto contra desaparecimentos políticos. A autora busca demonstrar como o esforço prático dessas mulheres as têm tornado ingrediente indispensável na conquista de desenvolvimento democrático real no nível de base e como elas servem de modelo para os formuladores de políticas em outros países em desenvolvimento.
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As avaliações das ONGs de desenvolvimento raramente consideram seu impacto sobre o capital social e aprendizado organizacional local. Profundamente vinculados, ambos são dimensões-chave do impacto de longo prazo das intervenções de desenvolvimento. Estudos têm destacado o sucesso relativo de ONGs na redução da pobreza mas têm sido críticos da sustentabilidade dos benefícios e do fracasso das ONGs de fortalecer as instituições. Esse artigo analisa a experiência de um projeto de gerenciamento de recursos naturais sustentável coordenado pela CARE em Villa Serrano, Bolívia, entre 1993 e 2000. O artigo compara o resultado de uma avaliação tradicional com o de uma avaliação de impacto, que nos permite identificar falhas significantes. O artigo conclui refletindo sobre as limitações de abordagens de intervenção tradicionais e sobre a necessidade de se repensar o papel estratégico das ONGs.
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Pesquisadores sociais continuam a identificar fatores importantes que promovam ou impeçam o desenvolvimento do capital social. Esse artigo destaca alguns desses fatores, baseado em uma investigação de um assentamento urbano de baixa renda na Guatemala. Ativistas e líderes comunitários, representantes eleitos, fornecedores de serviço do governo regional, residentes locais, diretores e funcionários de ONGs e outros informantes-chave vivendo e trabalhando dentro do local designado indicaram um conjunto complexo e diverso de questões sociais, culturais, políticas e econômicas que contribuíram para os baixos níveis de capital social de "ampla base". O temor durante muito tempo em relação à violência e corrupção dentro de um Estado historicamente de "cima para baixo" e autoritário foi o fator mais significativo que impediu o capital social, a organização social e a participação cívica. As ONGs do hemisfério norte provedoras de serviços na área também freiaram o capital social de "ampla base" ao promover a dependência através de estratégias de intervenção que eram externas, de cima para baixo, não-participativas e não baseadas na comunidade.
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Os doadores enfrentam muitas questões quando estão tentando apoiar metas de desenvolvimento em grandes regiões como a América Latina. Em suas tentativas de canalizar assistência a usuários finais apropriados, eles também têm de buscar coerência com a estratégia nacional, equilibrar oferta e demanda de recursos técnicos e garantir transparência a seus contribuintes de impostos. A solução dessas questões requer um considerável foco e uma clara compreensão de todos os fatores relevantes. Isso ocorre particularmente, mas não exclusivamente, no caso de pequenos doadores. Esse artigo oferece às agências um modelo de avaliar o envolvimento regional e criar uma estrutura de tomadas de decisões para investimentos futuros. Ele coloca a qualidade da ajuda acima da quantidade de doação.
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Embora as metodologias de pesquisas participativas estejam sendo amplamente defendidas, a maioria dos projetos não envolve a reversão radical da abordagem relacionada. Embora definida na teoria, a pesquisa participativa é difícil de ser implementada e, portanto, uma descrição mais precisa é necessária no nível prático. Aqui, nós descrevemos um projeto de pesquisa participativa sobre domesticação de árvores de agrosilvicultura realizada na área de Meru do Quênia. A interação contínua entre participantes permitiu que o projeto evoluísse de um teste de adequação de espécies de árvore para um estudo de saturação de espécies e finalmente para um levantamento da diversidade de espécies de árvore. Ao permitir a evolução através da interação, os resultados de pesquisa mais relevantes às necessidades reais dos produtores rurais foram obtidos.
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Na virada do século vinte e um, o PNUD (UNDP) havia encampado uma nova forma de financiamento baseada no "compartilhamento de custos", sendo essa fonte responsável por 51 por cento das despesas totais da organização no mundo todo em 2000. Diferentemente da relação tradicional doador - destinatário, tão comum nos projetos de desenvolvimento, a nova modalidade de compartilhamento de custos tem criado uma situação na qual os escritórios locais do PNUD têm se tornado "subcontratantes" e as agências dos países destinatários têm se tornado "clientes". Esse artigo explora essa transição no contexto do Brasil, concentrando-se em como a nova modalidade pode ter comprometido a capacidade do PNUD de promover Desenvolvimento Humano Sustentável, como estabelecido em seu mandato. O grande entusiasmo por essa modalidade dentro do sistema da ONU e sua aplicação em potencial em outros países em desenvolvimento aumentam a importância de uma avaliação sistemática de seu impacto e de suas conseqüências desenvolvimentais.
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The abrupt closure of the WTO Summit in Cancún in September 2003 without any formal agreement dealt a powerful blow to what had been designated as the ‘development round’ in Doha in 2001—and with it to the promise that the concerns of most interest to developing countries would for the first time take precedence in international trade discussions. In this interview, Adrian Lovett, Campaigns and Communications Director of Oxfam GB, talks about the collapse of the summit and about what the future of international trade negotiations may hold. While in many ways Cancún was a missed opportunity, Lovett also argues that the enhanced assertiveness of developing countries may mean that there is now a better chance that the failed negotiations lead to rules that work for the poor as well as the rich.
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O desenvolvimento das mulheres tem estado e muito provavelmente continuará a estar comprometido com políticas, planos e programas insustentáveis em relação a arranjos humanos. As desigualdades de gênero prejudicam o bem-estar e atrapalham o desenvolvimento. As mulheres e garotas, especialmente as pobres, arcam com a maior parte dessas desigualdades. Para alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável de satisfazer as necessidades e atingir as metas de desenvolvimento, com os quais a comunidade internacional tem repetidamente se comprometido, a própria sustentabilidade tem de ser gerada através da ênfase sistemática na questão de gênero.
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The pro-poor agenda sees the dissemination of research findings as fundamental to ensuring that research helps contribute to poverty alleviation. In recent years this has led to a substantial growth in intermediary services, such as ‘infomediaries’ (1), networks and websites. Yet the pathway to, and actual uptake by, the ‘poor’ continues to elude practitioners, researchers and policy-makers alike. This article draws out the key lessons of recent dissemination experience, and sets out a new challenge to maximise research impacts: the support of the poor in exerting their own perspectives (and demand) for knowledge-based services.
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Since July 1999, the International Organisation for Migration (IOM), at the request of the United Nations Mission in Kosovo (UNMIK) and the Kosovo Force (KFOR), has undertaken the implementation of the Information Counselling and Referral Service (ICRS, which aimed to provide support mechanisms for demobilised Kosovo Liberation Army (KLA) combatants in their return to post-conflict society. This Practical Note is based on the findings of a research project funded by the United States Institute of Peace (USIP) to assess the initial impact of this reintegration process.
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Concebida por enfermeiras em um hospital do campo de refugiados palestino em Beirute e inspirada pela Norwegian People's Aid, a agência de ajuda internacional dos sindicatos australianos foi desenhada para oferecer uma base material autêntica para solidariedade com lutas de libertação nacional. Transpondo a difícil divisão na política trabalhista australiana entre a Direita Católica, os Social-Democratas e esquerda pró-Moscow, a agência Australian People for Health, Education and Development Abroad (agora conhecida como Union Aid Abroad, APHEDA) foi capaz de canalizar fundos dos sindicatos e do governo australiano para a agricultura, saúde e projetos de treinamento vocacional no sul da África, Eritréia, Palestina, Vietnã, Camboja e Kanaky. Ao contrário da maior parte de organizações similares na Europa e EUA, seus parceiros anteriores raramente eram sindicatos. Na última década, a ênfase tem sido trabalhar com sindicatos: em relação a igualdade de gênero, alfabetização, cooperativas, HIV e saúde ocupacional e ambiental. Apenas recentemente a APHEDA tem apoiado diretamente o treinamento de sindicatos no Camboja, Timor Leste e Indonésia, sob pressão dos sindicatos australianos, que vêem os direitos dos trabalhadores em países vizinhos como algo crucial para o seu próprio destino. Contudo, os sindicatos de países capitalistas desenvolvidos não compreendem espontaneamente as necessidades humanitárias e de desenvolvimento de países como Papua Nova Guiné, onde trabalhadores assalariados são uma pequena minoria da população. A sindicalização é apenas parte da solução. O congresso em Durban de abril de 2000 da ICFTU reivindicou que os sindicatos "organizem o desorganizado", tais como trabalhadores de setores informais, e construam alianças com ONGs e com a sociedade civil em relação a valores compartilhados. Como uma ONG sindical, a APHEDA está localizada no meio de uma interseção desafiadora. Tendo como objetivo educar trabalhadores australianos sobre questões de globalização, a APHEDA freqüentemente é mais partidária do que outras ONGs de desenvolvimento internacional na Austrália, às vezes mais circunspecta. Com governos nacionais reacionários desde meados de 1990, ataques aos direitos dos sindicatos e o crescente compartilhamento do orçamento de ajuda australiano implementado através de empresas altamente lucrativas, a APHEDA enfrenta decisões sobre sua independência, alianças, direção e sustentabilidade.
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Fundada em 1951, a War on Want é uma ONG baseada no Reino Unido comprometida com o combate à pobreza, com fortes raízes no movimento trabalhista. O programa da War on Want relativo ao Local de Trabalho Global oferece aos sindicalistas uma série de qualificações e conhecimentos práticos sobre questões de desenvolvimento internacional. Parte do programa envolve um "Fórum de Trabalhadores Locais", que leva ativistas de base dos sindicatos do Reino Unido a um setor semelhante ou até mesmo a uma planta pertencente ao mesmo empregador no hemisfério sul. A meta é aumentar o entendimento dos participantes em relação ao impacto da globalização sobre as indústrias nas quais eles trabalham, estabelecer relacionamentos que possam agir como ponto de partida para ação global e incentivar os participantes a divulgar a mensagem dentro de seus próprios sindicatos. Existe também um website que desperta a conscientização sobre a economia global e incentiva os ativistas a fazer conexões e realizar ações conjuntas. É essencial que hoje em dia, mais do que nunca, os sindicalistas trabalhem juntos como uma força internacional para desafiar a globalização e lutar pelo reconhecimento dos direitos dos trabalhadores. O Local de Trabalho Global sugere que demonstrar solidariedade global aos trabalhadores do mundo todo pode ajudar os sindicalistas a despertar para esse desafio.
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Esse artigo argumenta que a posição das ONGs sobre direitos trabalhistas globais está equivocada. A preocupação das ONGs em relação às desigualdades de raça e gênero e sua rejeição da primazia de classe na economia global e capitalista de hoje em dia têm frustrado o projeto de incorporar direitos trabalhistas no regime de livre comércio global. Os sindicatos, enquanto isso, são uma das poucas agências dedicadas a combater as desigualdades de classe, especialmente entre trabalhadores do hemisfério norte e sul. Até que as ONGs repensem sua posição sobre classe, os sindicatos são a única agência capaz de forçar a inclusão das questões sobre direitos trabalhistas na agenda.
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Esse artigo analisa os problemas da sobrevivência organizacional, inovação e parcerias inter-organizacionais de sindicatos e organizações comunitárias de imigrantes. A análise concentra-se no Projeto de Cidadania, um projeto que visa ajudar e organizar os imigrantes mexicanos, lançado em 1995 pela Teamsters Local 890 em resposta à violação dos direitos dos imigrantes na Califórnia. A análise conclui que novas organizações parceiras comunitárias financiadas por sindicatos podem ser uma resposta efetiva a esses problemas se os participantes estabelecerem e sustentarem um balanço adequado de autonomia e accountability. O artigo também traça o desenvolvimento de uma noção radical e ampliada de cidadania através do Projeto de Cidadania e um conjunto relacionado de métodos que integram organização com implementação de serviço chamado de "trabalho de cidadania". Ele recomenda que centros sem fins lucrativos e isentos de impostos sejam estabelecidos em centros de trabalho, conselhos de trabalho e sindicatos internacionais para baixar os custos de tal inovação para os sindicatos locais.
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No início da década de 80, o apoio a sindicatos era um componente significativo dos programas da Oxfam GB em várias partes do mundo, principalmente na América Central e África do Sul. Na América Central, isso foi motivado porque o trabalho organizado teve um papel importante nos movimentos populares que estavam pressionando por arranjos políticos justos para as guerras que estavam devastando a região e porque os sindicatos, assim como seus membros e líderes, foram o alvo de repressão e violência política. Esse artigo analisa o cenário geral para o crescimento do financiamento de sindicatos em Honduras, reflete sobre essa experiência e discute alguns dos fatores que poderiam mudar uma relação de doador-recipiente potencialmente difícil para uma relação de diálogo e solidariedade.
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Entre 1991 e 2002, o movimento internacional anti-trabalho exploratório apresentou um significativo crescimento. Uma série de redes internacionais interconectadas desenvolveu-se, envolvendo sindicatos e ONGs em campanhas para persuadir determinadas Corporações Transnacionais (TNCs) a garantir que os direitos trabalhistas fossem respeitados na produção de seus bens. Embora a forma solta e interconectada da organização que caracteriza o movimento tem a ajudado a crescer e progredir apesar de sua formação diversa, possivelmente a falta de coordenação tem prejudicado sua habilidade de alcançar mudança de políticas. Existe a necessidade de se desenvolver novas formas de cooperação global para evitar fraturas dentro do movimento e a perda de ímpeto.
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Reviewed by Luz María de la Mora, Trade Representative of the Mexican Ministry of Economy at the EU, Brussels
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Os desafios resultantes da globalização econômica tornam imperativo que as organizações da sociedade civil superem as barreiras que as têm tradicionalmente dividido para garantir que os direitos daqueles que se encontram marginalizados ou vulneráveis sejam mantidos firmemente na agenda internacional. Em particular, a globalização renova a necessidade de se promover alianças entre o movimento sindical e ONGs preocupados com o desenvolvimento social e econômico. Embora haja muita evidência de cooperação bem-sucedida, grandes problemas, medos, suspeitas e às vezes hostilidades permanecem entre eles. Algumas dessas diferenças de políticas são substanciais e marcantes, mas outras são a conseqüência de culturas políticas ou organizacionais conflitantes, preconceitos, competição financeira e uma mútua falta de entendimento sobre as respectivas tarefas e objetivos. Debates a respeito da organização de trabalhadores na economia informal, incluindo a discussão da OIT em junho de 2002, oferecem um útil estudo de caso.
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Os sindicatos da Índia operam principalmente com trabalhadores com empregos formais, particularmente no setor público. Contudo, a maioria das pessoas na Índia trabalha na economia informal e suas necessidades são atendidas principalmente por agências voluntárias ou ONGs. A globalização econômica e as políticas associadas a ela estão resultando na crescente informalização do trabalho. Como representante dos trabalhadores, os sindicatos e agências da mesma forma estão sendo marginalizados. Paradoxalmente, essa situação está incentivando essas organizações a superar a desconfiança mútua que tem caracterizado as relações entre elas no passado e a unir forças para combinar suas vantagens. Esse artigo descreve o cenário geral e a situação atual em termos gerais antes de apresentar um estudo de caso do National Centre for Labour (NCL), um órgão de funcionários comerciais de organizações trabalhistas de todos os tipos de trabalho no setor informal da Índia. Seus membros incluem sindicatos e agências ativas entre trabalhadores da construção, assim como da silvicultura, pesca e trabalho doméstico. Tal colaboração não apenas melhorou a efetividade dos sindicatos e das agências como também tem aumentado o caráter representativo dos sindicatos.
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Esse artigo descreve um projeto de ação-pesquisa que possui os objetivos múltiplos de mapear o conjunto de trabalho realizado em domicílio em diferentes países, investigando os modos pelos quais tal trabalho é incorporado em cadeias de produção local ou internacional e desenvolver uma metodologia que facilitará o estabelecimento de organizações sustentáveis de trabalhadores baseados em casa. O artigo concentra-se principalmente na América Latina e Europa Oriental, embora o projeto também esteja ativo na Índia e tem começado a explorar as possibilidades de trabalho na China.
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As fábricas de roupa e produtos têxteis e as plantas de montagem nas zonas de livre comércio da América Central, conhecidas como indústria maquiladora, têm originado novos atores no cenário trabalhista, uma vez que organizações de mulheres e grupos de monitoramento local agora trabalham juntamente com o setor sindical tradicional. Além disso, algumas dessas novas organizações estão conectadas com redes baseadas em outros locais, principalmente nos EUA e Europa, e estão ativamente envolvidas em campanhas transnacionais para melhorar as condições de trabalho nas empresas maquiladoras. Até o momento, tentativas de colaboração entre sindicatos e esses novos atores trabalhistas têm sido decepcionantes e freqüentemente marcadas por conflito. Desafiando a idéia de que sindicatos e ONGs estão em competição pelo mesmo "espaço" limitado, ao analisar as relações entre sindicatos e organizações de mulheres esse artigo pergunta se tais conflitos são inevitáveis e sugere maneiras pelas quais os dois tipos de organizações poderiam trabalhar conjuntamente para melhorar as condições de trabalhadores na América Central.
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A preocupação quanto às condições de trabalho em uma cadeia de abastecimento global tem feito com que sindicatos e ONGs do hemisfério norte sentem-se à mesma mesa. Iniciativas de colaboração incluem campanhas como a Campanha de Roupas Limpas (CCC) em toda a Europa e fóruns sobre comércio ético, como a Iniciativa de Comércio Ético (ETI) do Reino Unido. As relações nem sempre têm sido fáceis. Os Sindicatos e ONGs possuem diferentes modos de trabalhar e tem havido insensibilidade de ambas as partes. O que observamos emergir, contudo, são novas formas de internacionalismo do trabalho que podem responder de forma efetiva à ameaça que a produção globalizada impõe aos direitos dos trabalhadores.
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O autor descreve a evolução do setor manufatureiro de vestuário no distrito de Totonicapán nas terras altas da Guatemala, uma área há muito tempo associada com tecelagem e atividades relacionadas. Os produtores têm sido perspicazes em encontrar maneiras de aproveitar as mudanças na economia global, como por exemplo importando tecidos mais baratos da Ásia para reduzir o custo dos produtos finais. Os produtores têm sido então capazes de explorar o nicho de mercado doméstico e regional para roupas de custo mais baixo do que as que estão disponíveis nas lojas de departamento, adaptando seu resultado para responder às modas e às tendências. Essa adaptabilidade, por sua vez, tem gerado mais emprego local e riqueza entre trabalhadores baseados em domicílio e trabalhadores das vilas, assim como entre pessoas da cidade e comerciantes e um alto nível de auto-emprego. Paradoxalmente, um fator que tem contribuído para essa situação - em oposição a tornar-se envolvido na produção das maquiladoras - é que o fracasso dos sindicatos em organizar os trabalhadores nos anos 1960 finalmente promoveu relações mais justas entre a elite tradicional e seus antigos empregados e um nível mais alto de dependência mútua do que existe na indústria maquiladora.
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Esse artigo explora a implementação da Convenção 182 sobre as Piores Formas de Trabalho Infantil em Honduras. Ele destaca lições-chave aprendidas com um projeto conjunto do Fundo Save the Children - Reino Unido e Ministério do Trabalho. Essas lições são relevantes para projetos similares que abordem a aplicação da legislação sobre trabalho infantil e para projetos que tratem do fortalecimento institucional e participação das crianças. O artigo examina a centralidade da parceria e propriedade e o valor das abordagens centradas na criança. Ele também analisa a capacidade das ONGs de se engajar no governo no nível nacional e regional e a importância de serem conectadas iniciativas no nível nacional, regional e local.
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O debate sobre códigos de conduta do local de trabalho tem criado tensões entre sindicatos e ONGs de direitos humanos. Essas tensões resultam das diferenças estruturais inerentes entre sindicatos orientados por interesses e ONGs de direitos humanos guiadas por ideais. As diferenças levam a diferenças na forma como esses agentes buscam a justiça social em uma economia globalizada. As ONGs de direitos humanos tendem a ver os códigos de conduta como um método para se evitar violações, similar ao seu trabalho tradicional sobre reforma legal e monitoramento de direitos humanos. Os sindicatos avaliam os códigos por seu potencial em ajudar a dar poder aos trabalhadores, especialmente em garantir a liberdade de associação, que levará à realização de direitos participativos. Em nosso entendimento sobre direitos humanos como uma forma de empoderamento de grupos vulneráveis, argumentamos que a perspectiva dos sindicatos sobre direitos humanos é uma boa abordagem de longo prazo. Os sucessos de curto prazo, tais como melhoria das condições de trabalho através de patrocínio externo, parecem úteis apenas até o ponto em que eles servem a esse objetivo de longo prazo.
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No contexto da globalização, a regulação social transnacional é cada vez mais o produto de ONGs interferindo na esfera do comércio global. Utilizando uma pesquisa empírica no sudeste da Ásia, o autor afirma que o que importa tanto quanto os códigos de conduta são os efeitos de transbordamento cuja força vai além de realizar conexões com a sociedade mais ampla do país anfitrião. A base para uma legislação trabalhista efetiva encontra-se dentro dos Estados e o ativismo deve se concentrar em melhorar as condições legais, políticas e sociais para trabalhadores nos países anfitriões em vez de tentar afetar o comportamento corporativo através da pressão do consumidor.
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A proliferação de códigos de conduta corporativos gera aliança e tensão entre os sindicatos e ONGs que trabalham com direitos dos trabalhadores na economia global. Aliança, porque os sindicatos e ONGs compartilham um desejo comum de acabar com o comportamento abusivo de companhias multinacionais e um objetivo mais amplo de pôr em cheque o poder das corporações na economia global. Tensão, porque os sindicatos e ONGs possuem diferentes interesses institucionais, diferentes análises dos problemas e soluções potenciais e diferentes modos de pensar e falar sobre justiça social na economia global. Existe o medo de que os códigos de conduta possam ser utilizados para prejudicar o cumprimento de leis trabalhistas efetivas por parte de autoridades de governo e reduzir o poder dos trabalhadores nos sindicatos. A essência por trás da retórica sobre essa nova geração de códigos de conduta corporativos está certamente aberta a questões. Contudo, esse artigo argumenta que, dada a presença fraca dos sindicatos na linha de montagem global e a capacidade de resposta rápida de diversas ONGs, tais códigos são um valioso bem. Os sindicatos e ONGs ainda possuem mais em comum uns com os outros do que qualquer um deles possui com as corporações, governos ou organizações internacionais que vêem o comércio livre e a livre circulação de capital como a solução para os baixos níveis de direitos trabalhistas. Mas ambos precisam ter clareza sobre suas diferenças e suas tarefas apropriadas enquanto enfrentam as oportunidades e desafios à frente.
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Os trabalhadores enfrentam grandes desafios em sua luta para se organizar, tanto em termos de risco pessoal como pelo número elevado de obstáculos. Superar tais desafios requer estratégias múltiplas e colaboração abrangente. Nesse artigo nós começamos revisando a repressão que os trabalhadores enfrentam. Nós então analisamos como os códigos do local de trabalho voluntário poderiam ajudar os trabalhadores a se organizar. Utilizando o padrão SA8000 como exemplo, nós analisamos alguns dos elementos que poderiam ser mais úteis para organizar os trabalhadores. Finalmente, nós analisamos um projeto colaborativo entre a International Textile, Garment and Leather Workers' Federation e a Social Accountability International para desenvolver um programa de treinamento que não apenas ajuda os trabalhadores a entender como usar os códigos em seu benefício como também desenvolve sua organização atual e estratégias de educação.
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Tentar construir alianças que unam a divisão existente entre sindicatos e ONGs, assim como a divisão entre o hemisfério norte e sul, poderia parecer uma tarefa utópica. Mas isso é exatamente o que uma nova geração criativa de organizadores de movimentos dos trabalhadores e ONGs do hemisfério ocidental estão tentando fazer. Esse artigo analisa dois esforços muito diferentes visando fazer a ponte entre essa "dupla divisão". O primeiro é uma combinação de organizações, incluindo sindicatos e ONGs no hemisfério norte e sul, que estão tratando de violações gritantes da dignidade de trabalhadores nas zonas de processamento de exportação de roupas no hemisfério sul. Esse "complexo de direitos básicos" tem resultado em importantes vitórias. Um segundo complexo de organizações, também envolvendo sindicatos e ONGs no hemisfério norte e sul, tem levantado questões gerais no nível macro sobre governança, enfatizando particularmente o caráter anti-democrático de propostas atuais para uma área de livre comércio das Américas. Nenhum desses complexos está isento de defeitos, mas cada um deixa claro que promover a ponte entre as divisões existentes não deve ser visto como um sonho utópico mas sim como um trabalho em andamento.
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As ONGs de direitos humanos foram a vanguarda da luta pela democratização na Nigéria, mas elas tiveram de forjar alianças com sindicatos e outros grupos para galvanizar esse processo efetivamente. Esse artigo explora as alianças entre sindicatos e ONGs na luta contra a ditadura militar na Nigéria para analisar de que forma as relações horizontais têm desempenhado em trocas dentro da sociedade civil. Ele argumenta que as exigências da luta política sustentada levanta conflitos sobre questões de participação, accountability e igualitarismo, que por sua vez promovem o capital social dentro da sociedade civil ao mitigar hierarquicamente os padrões estruturados e assimétricos da troca entre seus membros.
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Esse artigo examina a relação entre trabalhadores no setor de saúde e usuários dos serviços de saúde vista através de dois estudos de caso de sindicatos e ONGs trabalhando juntos, um na Malásia e outro na África do Sul. Apesar de uma história de tensões entre esses dois tipos de organização, quando eles trabalham juntos efetivamente os resultados podem ser significativos. A Iniciativa de Saúde dos Cidadãos da Malásia (Malaysia Citizens'Health Initiative) criou uma organização em separado e agora possui o poder de mediar diferenças entre sindicatos, ONGs e o governo. A parceria entre a Campanha de Ação no Tratamento e o Congresso dos Sindicatos Sul Africanos (COSATU) na África do Sul está oferecendo uma voz unificada exigindo a ação do governo em relação ao HIV/AIDS.
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Com a aprovação da Lei de Asilo e Imigração de 1999 no Reino Unido, um sistema de vales para todas as novas pessoas que buscam asilo deveria ter sido introduzido a partir de abril de 2000. Esses vales foram amplamente vistos como injustos ao discriminar um setor da sociedade já vulnerável. Uma coalizão única entre duas ONGs (Oxfam GB e Conselho de Refugiados) e um sindicato (Trade and General Workers' Union - TGWU) levou a uma campanha sincronizada contra o esquema de vales que incluiu uma série de trabalhos de mídia, lobby político e conscientização do público. O esquema de vales foi finalmente descartado. Esse artigo utiliza várias lições práticas sobre como desenvolver relações colaborativas bem-sucedidas em todos os setores sociais diferentes. O autor conclui que a principal lição não é a de que as ONGs devem trabalhar com os sindicatos mas a de que ao se trabalhar com outros agentes, unidos por um objetivo comum, pode-se combater a injustiça efetivamente e fazer uma diferença na vida das pessoas.
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Uma comparação de sindicatos e ONGs no Irã demonstra a natureza diversa de suas atividades. Nos últimos 90 anos, os sindicatos têm desempenhado tarefas importantes na mudança do sistema político nesse país. Contudo, os sindicatos são em grande parte organizações dominadas por homens, o que explica por que algumas mulheres têm começado a organizar sindicatos de mulheres. Esse artigo concentra-se, porém, nas atividades de ONGs de mulheres, que estão engajadas em melhorar as condições sócio-econômicas dos setores da sociedade mais marginalizados. Suas atividades são limitadas e elas não estão engajadas em mudanças estruturais. Contudo, elas estão desafiando o acesso específico do gênero e influência sobre o poder institucional, questões que são cruciais para o processo de democratização. É argumentado que, uma vez que diversos sindicatos e ONGs no Irã estão fortalecendo instituições baseadas nas comunidades em diferentes formas, sua colaboração teria um impacto mutuamente transformador que tornaria essas organizações em forças mais poderosas no processo de democratização.
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Os sindicatos são tipificados como tendo "duas faces"--a da justiça social e a do interesse. Esse artigo examina as tensões e dificuldades enfrentadas por movimentos sindicais no Pacífico Sul, buscando equilibrar as "duas faces" do sindicalismo durante um período de instabilidade política e econômica na região. Ele analisa as escolhas difíceis que os movimentos sindicais em Papua Nova Guiné, Ilhas Fiji e Ilhas Solomon têm de fazer para preservar seus interesses em resposta a reformas microeconômicas radicais e como eles têm buscado trabalhar com as organizações da sociedade civil para restaurar a estabilidade política e social. O artigo recorre a algumas lições provisórias que podem permitir que os sindicatos do Pacífico Sul respondam melhor a esses difíceis desafios.
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Esse artigo descreve as estruturas legais que estão governando os sindicatos e ONGs na Ucrânia, com as ONGs definidas em grande parte como organizações trabalhando para o benefício de seus membros e outros cidadãos compartilhando os mesmos interesses em vez de organizações filantrópicas cuja missão é ajudar outros agentes. Os sindicatos e ONGs são incentivados a colaborar em áreas onde seus interesses coincidem, e o artigo descreve dois programas recentes - um para promover mais o esporte e as atividades físicas entre a população ucraniana afim de combater as estatísticas de saúde declinantes e o outro para tratar das necessidades de um número crescente de pessoas com deficiência no país - em que tal colaboração tem sido central.
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Em 1987-1988, um debate nacional surgiu no Canadá sobre a necessidade de se estabelecer um acordo de livre comércio com os EUA e seu efeito potencial sobre a cultura, sociedade e soberania canadense - assim como sua economia. Uma coalizão nacional de sindicatos e grupos da sociedade civil surgiu para se opor a tal acordo com os EUA e mais tarde à sua expansão para o México na forma do Acordo de Livre Comércio Norte Americano (NAFTA). A coalizão foi saudada pelos membros como uma aliança marcante entre sindicatos e sociedade civil, assim como um novo desafio de base para as políticas econômicas neoliberais do governo no momento. A experiência levou a um modelo de colaboração de mais longo prazo entre sindicatos e ONGs no Canadá, mas a coalizão também enfrentou dificuldades em reconciliar as diferentes abordagens e objetivos dos participantes, que foram solucionadas com graus diferentes de sucesso. O artigo discute a coalizão em relação a atitudes e práticas de gênero; questões de representação e accountability; diferentes abordagens da organização, hierarquia, liderança e tomadas de decisões; conflitos de recursos; visões baseadas em classe versus novas visões de desafio e movimentos sociais; e visões dentro do movimento dos trabalhadores canadenses sobre o trabalho de coalizão com os grupos da sociedade civil.