ONGs, desastres e defesa de direitos: entre o Profeta e o Pastor

É preferível que as agências humanitárias dêem ouvido aos apelos proféticos e arrisquem sua suada credibilidade engajando-se na defesa de direitos que busca evitar desastres ou, ao contrário, é preferível que as ONGs sejam mais cautelosas? Escrito sob a perspectiva de um praticante de defesa de direitos, esse artigo analisa as pressões conflitantes que pesam sobre as ONGs, tanto para que elas aumentem como limitem o trabalho de defesa de direitos durante os desastres. É importante avaliar os motivos das ONGs e também o impacto de seus esforços preventivos de defesa de direitos: quando o assunto se trata da defesa de direitos, questões sobre transparência, veracidade e legitimidade nunca estão desconectados. O artigo termina com um apelo às ONGs para que elas arrisquem sua credibilidade de maneira séria quando for necessário, como parte da ética geral humanitária de salvar vidas. Os riscos que as ONGs correm de parecerem estar se auto-servindo ou de estarem enganadas são reais mas, no fundo, o potencial de se alterar eventos catastróficos é muito importante para ser renunciado facilmente.
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