Ruanda: além do ‘conflito étnico’

O artigo explora algumas das razões pelo fracasso da comunidade internacional em agir decisivamente e de maneira antecipada no genocídio de 1994 que ocorreu em Ruanda, que têm suas origens em um distante processo histórico e também na dinâmica das políticas internacionais no pós-guerra fria. Baseando-se em uma década de experiência na África central, a autora examina, criticamente, as explicações geralmente aceitas para o genocídio e suas conseqüências como sendo simplesmente uma ‘luta tribal’ e considera o papel dos agentes externos - incluindo jornalistas e agências de ajuda - em influenciar essa visão. O artigo termina com uma reflexão sobre os complexos desafios suscitados pela ‘reconciliação’ após o genocídio.
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