‘Comunidades de prática’: prospectos para teoria e ação no desenvolvimento participativo

‘O mito da comunidade’ está impregnado na compreensão e prática do desenvolvimento participativo. Porém, a ideia de que as comunidades existem como unidades coerentes de pessoas que habitam espaços geográficos delimitados e que estão prontas para ser mobilizadas para o desenvolvimento restringe a própria ação que a participação promete. Este artigo oferece um modelo alternativo de comunidade que é mais compatível com o ideal de desenvolvimento centrado nas pessoas e participativo. Utilizando o conceito de Etienne Wenger de ‘comunidades de prática’ e recorrendo às abordagens de teoria narrativa e cognitivas para análise de políticas, o artigo argumenta que a comunidade deve ser criada e mantida ao redor de significados compartilhados.