Estados frágeis

Desde a década de 1990, os Estados que não possuem capacidade de realizar suas funções normais e promover o desenvolvimento têm sido chamados de 'Estados frágeis'. Este artigo trata da África, que não somente reúne a maior concentração de protótipos de Estados frágeis como também tem sido o foco de atenção de acadêmicos, agências internacionais de desenvolvimento e ativistas. O autor resenha as análises divergentes do Estado na África pós-colonial e conclui que suas características de instituições frágeis, desigualdades sociais, corrupção, conflito social, conflitos armados e guerra civil não são condições originais, mas antes enraizadas em contextos históricos específicos. É essencial entender tanto os fatores externos quanto os internos da fragilidade, se tais Estados forem receber a assistência e o empoderamento que necessitam – não somente para o benefício dos cidadãos pobres, mas também para a causa da paz global, prosperidade e segurança. Em última instância, são os cidadãos dos países envolvidos que são responsáveis por determinar quando os Estados deixam de ser frágeis – não doadores 'benévolos' e a comunidade internacional, cujo motivação primária para as intervenções, supostamente para fortalecer o Estado, é para assegura que os Estados frágeis encontrem seus lugares 'certos' na ordem hegemônica global.
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