O investimento direto estrangeiro é bom para os pobres? Uma revisão e balanço

Poucas questões no processo de desenvolvimento são tão polêmicas quanto o papel do setor privado internacional na forma de corporações transnacionais (TNCs) e investimento direto estrangeiro (IDE). Esse artigo revê a pesquisa mais recente sobre o impacto do IDE no crescimento econômico e redução da pobreza nos países em desenvolvimento. Um breve histórico do IDE é oferecido. Esse histórico é seguido por uma discussão dos mecanismos de transmissão conceitual conectando IDE, crescimento e pobreza. As evidências empíricas disponíveis são então discutidas. Argumenta-se que não se trata de uma questão sobre se o IDE é bom ou ruim para o desenvolvimento social e econômico, mas que seu impacto é determinado pelos termos nos quais o IDE é aceito. Embora no geral a evidência sobre IDE, crescimento e pobreza não seja conclusiva, a pesquisa tem seguido uma tendência de sugerir que os benefícios do IDE estão ligados ao regime de política do IDE e que a ortodoxia atual de manter-se em regime de política de IDE altamente liberal leva a uma situação em que os países em desenvolvimento possuem um precário trade-off (opção conflitante) entre atrair o IDE e manter instrumentos de política para extrair os benefícios de qualquer influxo de capital.
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