As organizações não governamentais e assistência aos refugiados: algumas lições de Malawi e Zimbábue

Apesar das ONGs indígenas estarem bem localizadas para prestarem assistência aos refugiados, estas organizações têm uma participação bastante marginal comparando ao trabalho que as ONGs do norte oferecem, pois estas realizam a maioria dos trabalhos de assistência. O desequilíbrio das relações de poder entre as organizações do norte, os doadores e as organizações do sul na assistência aos refugiados são revistas neste artigo. Utilizando-se dados dos programas de assistência para os refugiados de Moçambique em Malawi e Zimbábue. As condições e as estratégias utilizadas pelas organizações indígenas para combaterem com sucesso esta situação são, também, examindas. Os fatores que são considerados como importantes são: a formação de instituições locais para trabalhar de assuntos referentes ao desenvolvimento (`institution building'); a diversificação da base dos doadores; o projeto de planejamento e de desenvolvimento; as qualificações e o conhecimento dos diretores de trabalho de campo. O artigo considera uma ampla aplicabilidade deste experiência.
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