Mulheres palestinas, violência e o processo de paz
Muito tem sido escrito sobre a contribuição das mulheres palestinas à luta pela libertação de sua nação. Essas mulheres não apenas têm sobrevivido em uma atmosfera de violência contínua, mas também têm avançado significativamente em termos de seus direitos e desenvolvimento como mulheres. Uma questão que tem sido menos explorada é o impacto de longo prazo da violência contra as mulheres, seja em termos de seu bem-estar físico e psicológico ou de sua habilidade de participar de modo significativo no próprio conflito ou na situação após o conflito. Esse artigo argumenta que, embora as mulheres palestinas não sejam simplesmente vítimas mas também agentes da violência, tal violência -- seja ela violência aleatória ou institucionalizada, provocada pelo inimigo ou pelo seu próprio povo -- coloca uma significativa limitação na habilidade dessas mulheres de participar da luta de libertação nacional. Conseqüentemente, elas estão inadequadamente preparadas para contribuir para o processo de paz e, portanto, são impedidas de aproveitar integralmente seu potencial no novo estado.
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