Desenvolvimento não-sustentável: a experiência filipina

As altas taxas de urbanização no hemisfério sul têm levado a um desenvolvimento insustentável em suas cidades. A forma de desenvolvimento que está ocorrendo é "parasita" no sentido de que exclui os pobres e segue o paradigma de desenvolvimento do hemisfério norte ao invés de seguir um modelo mais apropriado para as situações que o hemisfério sul enfrenta. O desenvolvimento sustentável é visto como uma forma de contrapor crescimento econômico com preocupações ambientais mas permanece a dúvida se isso é possível de ser alcançado uma vez que o impacto nos países do sul resultante de sua participação no mercado global tem se mostrado desastroso. Esse artigo destaca a necessidade da conscientização sobre a capacidade de "conduzir" e de "cuidar" de um país e argumenta que o trabalho em direção ao desenvolvimento sustentável precisa ser realizado a partir dos pobres. As Filipinas são um bom exemplo dessas preocupações, especialmente em relação às altas taxas de urbanização na Grande Manila, onde problemas ambientais e a falta de serviços têm levado à deterioração na qualidade de vida. Isso é visto pela autora como sendo responsabilidade de cinco grupos de poder que se sobrepõem - o Estado, o setor comercial, a igreja, a mídia e as agências humanitárias internacionais. Essas agências humanitárias citadas por último tendem a seguir o paradigma de desenvolvimento do hemisfério norte, o que coloca o hemisfério sul em uma posição vulnerável e força seus governos a agirem contra os interesses de seus países. Assim, é extremamente necessário que surja um novo paradigma de desenvolvimento que evite os erros do passado e melhore as perspectivas futuras para os pobres e para o meio ambiente.