Protesto indígena, redes sociais e estereótipo étnico: algumas ideias da Amazônia Peruana

Este artigo examina a natureza do protesto social realizado por uma organização indígena da amazônia contra companhias energéticas internacionais que estão trabalhando no Peru. Ele analisa a resposta de ONGs peruanas e internacionais às atividades do grupo indígena e contesta certos estereótipos a respeito da natureza da ação coletiva indígena e percepções da comunidade. Em particular, ele focaliza a forma como funcionários da ONG tentam explicar o fracasso da organização indígena em mobilizar e sustentar um protesto coletivo. O texto destaca a dissonância entre uma romantização da indigeneidade e a realidade vivida de grupos indígenas. Ele defende o uso de estudos antropológicos e teoria de movimento social para explorar os limites para a mobilização indígena e sugere seu uso para planejamento de iniciativas mais sensível. Como a demanda por petróleo e gasolina cresce em todo o globo e os governos nos países em desenvolvimento buscam aumentar os ganhos com indústrias extrativas lucrativas, os confrontos entre grupos indígenas e companhias energéticas provavelmente aumentarão. A necessidade de um engajamento sensível entre ONGs e grupos indígenas é, portanto, de extrema importância.

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