Privatização e crise do serviço público na Argentina

Esse artigo discute a privatização dos serviços públicos na Argentina à luz da crise severa que afetou o país entre 1999 e 2002. Uma estrutura reguladora inadequada e a ausência de agências reguladoras efetivas resultaram no exercício do poder monopolístico nas taxas de serviço público. A emergência de uma série de choques externos, iniciando em 1997 com a crise do sudeste da Ásia, enfraqueceu as contas externas do país. No contexto de um regime estrito de taxa fixa de câmbio, as crescentes taxas do serviço público e as obrigações externas contraídas pelas firmas privatizadas impuseram uma pressão cada vez maior no balanço de pagamentos. Embora as firmas privatizadas não tenham sido diretamente responsáveis pela recessão de quatro anos ou pela crise do balanço de pagamentos, suas ações contribuíram para o início e prolongamento das dificuldades enfrentadas pela Argentina.