Globalização

O termo 'globalização' é amplamente utilizado para descrever uma variedade de mudanças econômicas, culturais, sociais e políticas que têm influenciado o mundo nos últimos 50 e poucos anos. Por ser um fenômeno complexo e multifacetado, a globalização tem sido associada a uma ampla série de poderes e efeitos. Seus proponentes reivindicam que ela é um resultado 'natural' e inevitável do progresso tecnológico e cria uma positiva convergência econômica e política. Os críticos argumentam que a globalização é hegemônica e antagônica às economias locais e nacionais. Este artigo argumenta que a globalização é uma forma de expansão capitalista que acarreta a integração de economias locais e nacionais em uma economia de mercado global e desregulado. Embora econômica em sua estrutura, a globalização é igualmente um fenômeno político, influenciado por negociações e interações entre instituições de capital transnacional, Estados nacionais e instituições internacionais. Suas principais forças condutoras são instituições de capitalismo global – especialmente corporações transnacionais – mas ela também necessita de mãos firmes dos Estados para criar ambientes favoráveis para que ela se aprofunde. A globalização é sempre acompanhada por democracia liberal, que promove o estabelecimento de um Estado neo-liberal e políticas que permitem à globalização florescer. O artigo discute a relação entre a globalização e o desenvolvimento e destaca que alguns dos pressupostos mais comuns promovidos por seus proponentes são contraditórios frente à realidade da globalização; e que mais da metade da população do globo resiste à globalização porque ela não é capaz de cumprir suas promessas de bem-estar econômico e progresso para todos.
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