Indicadores de desenvolvimento comunitário sustentável: uma técnica participativa útil ou outro beco sem saída?

Este artigo realiza uma reavaliação crítica de um projeto financiado pelo DFID na África do Sul entre 1998 e 2001. A avaliação buscou testar se o desenvolvimento de indicadores voltados à comunidade melhoraria a governança. Desde que o projeto terminou, uma série de textos foi publicada que são críticos de tais métodos participativos, argumentando particularmente que eles são apolíticos e adotam uma abordagem tecnocrática. À luz destas críticas, este artigo reavalia o projeto do DFID, dando prosseguimento à avaliação inicial realizada pelo autor em 2001. Sobantu, uma cidade negra em Pietermaritzburg, foi um dos locais do projeto original. Este foi o tema escolhido de nossa pesquisa porque a agência implementadora local foi uma instituição politicamente astuta e bem-conectada, que compreendeu a natureza política do processo requerido para se desenvolver os indicadores. Embora o projeto tenha alcançado alguns resultados positivos, o compromisso de longo prazo com os indicadores tem sido desde então comprometido. Isto se deveu em grande parte à incapacidade dos membros da comunidade engajarem-se significativamente com provedores-chave de serviços municipais. Contudo, mudanças recentes no regime de planejamento sul-africano poderiam oferecer oportunidades para que os indicadores se tornassem mais úteis novamente. pp223-234
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