“O que você acha legal eu não acho legal”: ideologias sobre microfinanças dentro de uma cultura de ONGI

As investigações sobre desenvolvimento concentram-se nas sinergias de culturas institucionais para políticas e práticas. Organizações Não-Governamentais Internacionais (ONGIs) atualmente usufruem de uma posição privilegiada como precursoras da unidade da cultura mundial. Embora haja controvérsias quanto ao fato de ONGIs serem entidades monolíticas, poucos estudos realizam análises detalhadas sobre a voz ativa de agentes dentro de ONGIs com vistas a oferecer uma perspectiva mais pluralista. Este artigo separa os agentes de sua instituição de origem ao examinar as diferentes condições sócio-culturais que os orientam. O artigo enfatiza que como os projetos e visões vão e vêm, os agentes institucionais baseiam-se em sua própria filosofia que não necessariamente reflete a postura de sua instituição. Aqui, o foco está em uma das mais importantes iniciativas de desenvolvimento atuais – a das microfinanças – revelando entendimentos individuais sobre o que é sustentabilidade, o papel de agentes externos, indicadores de sucesso, estratégias de saída e ação ética. Apesar de inserir esses temas na área de microfinanças, o que se revela é que os agentes são motivados por sua própria ideologia construída, frequentemente aludindo perifericamente às questões específicas das microfinanças. Esse fato abre uma nova vertente de questionamento sobre por que ideologias organizacionais e visões populares sobre desenvolvimento, como as relacionadas às microfinanças, assumem tal diversidade de formas e resultados. Contrárias ao modelo de unidade da cultura mundial, tais descontinuidades de comunicação podem ser úteis para a compreensão dos resultados diversos do desenvolvimento.

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http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09614524.2012.696583

 

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