Mulheres e guerras: algumas trajetórias em direção à paz feminista

Esse artigo busca acabar com alguns mitos sobre a ausência das mulheres nas guerras e conflitos. Ele avalia alguns problemas sobre a vulnerabilidade das mulheres nessas circunstâncias e oferece algumas perspectivas feministas para se abordar esses problemas. O artigo avalia as demandas conflitantes que as mulheres enfrentam em períodos de guerra e revolução, e argumenta que processos históricos diferentes resultam em políticas diferentes relativas às mulheres após o conflito. Existem, porém, experiências comuns que universalmente marginalizam as mulheres nas fases de pós-conflito e reconstrução. Mesmo quando as mulheres participam ativamente em guerras e revoluções, elas são fortemente pressionadas para voltar para casa e reconstruir o domínio privado para assegurar a volta da paz e da "normalidade". Esse artigo afirma que a insistência em se colocar as mulheres dentro da esfera doméstica na era do pós-guerra pode ser contra-produtiva e considerada no desenvolvimento histórico da nacionalidade e nacionalismo como masculino em termos de seu caráter e demandas. Com o início do século vinte e um e a longa história de participação das mulheres em guerras, revoluções e realização de políticas, talvez agora seja possível utilizar a importância simbólica dada a elas em momentos de conflito para se articular uma percepção diferente da nacionalidade e do sentimento de pertencimento, criando uma abordagem mais cooperativa e menos competitiva e hierárquica para as políticas e reconstrução de nações e seu sentimento de pertence.
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